🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
[Música] [Aplausos] [Música] muito boa tarde a todos bem-vindos a mais uma conversa sobre um ensaio um retrato lançado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos vamos conversar com a Joana rato e a Isabel Leite sobre mente cérebro e educação um tema que interessa muito não só aos docentes ou a
Comunidade docente como também aos pais e que pode iluminar um bocadinho a ideia de que da Caixa negra do aluno não é como é que se entra dentro da caixa negra do aluno para favorecer as metodologias pedagógicas eu começava por lhe perguntar claramente
O que é que se sabe e não se sabe hoje sobre o cérebro que ajudam o entendimento dos mecanismos de cognição muito boa tarde em primeiro lugar e agradecer aí o convite da fundação Francisco Manuel dos Santos e especialmente aqui à Isabel por estar aqui comigo conversar um pouco sobre
Sobre o livro O que não se sabe ainda é bastante não é eh mas já se sabe para podermos pensar de uma outra forma sobre a educação e já se sabe eh algo que me parece que ainda é desconhecido para quem está a trabalhar na educação sobretudo dentro daquilo que é a
Necessidade de percebermos que ah há um processo de maturação cerebral que temos que atender ah sobretudo aqui um um desenvolvedor de áreas cerebrais que se desenvolvem um pouco quase como antes como passa ou seja não se desenvolvem todas ou ao mesmo tempo da mesma forma e isso queria aquilo que também depois a
Ciência cognitiva já fala há muito tempo que é a probabilidade individual por isso a partir desse momento é Com estes contributos das nossas ciências nós percebemos primeiro algumas coisas que que se confirmam daquilo que já psicologia estudava porque se formos avaliar de literatura eh ainda é assim ser cognitiva psicologia que mais
Contribui para a educação mas com as neurociências vem de facto aqui dar uma visão muito mais aprofundada dentro daquilo que é modificado estruturalmente e funcionalmente no cérebro e dar respostas que a psicologia ainda não estava a conseguir lá chegar Porque é importante depois também esta toda interrogação e mesmo nome do do próprio
Livro que é uma que é algo que me questionou várias vezes e que se deve sobretudo não não está relacionado unicamente por eu ter interesse nestas áreas do cérebro só mas sim porque dentro daquilo que é discutido para podermos ver a aprendizagem avaliar a aprendizagem como ela se processa está
Sobretudo ah nesta ter algo de saber ou seja nem só Tudo podemos ir buscar a educação nem são tudo podemos ir buscar na nossa sem ser cognitiva É por isso este nome é precisamente para poder dar espaço e representatividade destes três domínios científicos eh Isabel leite é do centro
Da Universidade de Évora membro do é do log que é um singsan tanque para educação da fundação Belo Medo de Azevedo as Secretaria de Estado do ensino básico e secundário e também investigadora sobre as habilidades da leitura por exemplo o que é que a comunidade docente e o que é que também
Em termos políticos se pode esperar desta ligação interligação entre as neurociências e o ensino bom eu diria que em primeiro lugar quando quando se pensa na educação faz-me todo o sentido que se pense numa perspectiva muito como como a Joana refere no livro dela muito transdisciplinar ou seja irmos no fundo
Procurar as diferentes disciplinas ao estudo do cérebro ao estudo dos processos cognitivos ao estudo da psicologia do desenvolvimento ao estudo da própria psicologia da educação aos estudo dos fenómenos dos processos educativos do contexto educativo é sala de aula portanto de como é que a aprendizagem ocorre o
Que é que é favorável é essa aprendizagem Quais são os fatores que podem ou não podem condicionar e portanto termos estas diferentes que no caso destas disciplinas nas neurociências e da psicologia da educação que na realidade fazem esta análise é diferente dos níveis de análise Ou seja quando nós olhamos para
Para contributos neurociências e as neurociências estou a ajudar o sistema nervoso muitas vezes quase ao nível do do neurônio ou de funcionamento de estruturas específicas do cérebro que temos que fazer é ponto em ter este nível de análise e os processos cognitivos que essas mesmas estruturas
Estão a executar e como é que esses processos cognitivos são absolutamente cruciais para entendermos a variabilidade da aprendizagem os fatos que podem condicionar a aprendizagem e como é que o ensino pode ser otimizado no sentido de favorecer a aprendizagem e reduzir eventualmente e dificuldades Portanto o termos e este espectro de
Disciplinas é extremamente útil para no fundo dar respostas àquilo que inquieta ou sistema educativo num lado senso ou que inquieta qualquer professor que é como é que nós podemos fazer com que os nossos alunos aprendem melhor aprendam mais rápido tenham menos dificuldades e como é que isto se transforma depois num sistema
Educativo num sentido mais lato muito mais eficaz e portanto eu acho que todas estas disciplinas têm o seu papel na compreensão do processo de aprendizagem naquele que a Joana chama no no seu livro muito bem esta transdisciplinaridade e ir para além das neurociências o ir para além da
Psicologia cognitiva e tal além das ciências da educação e perceber o contributo de cada uma delas nos dá para aquilo que é o nosso objetivo último enquanto o sistema educativo que é termos melhores desempenhos dos nossos alunos termos um sistema educativo que é muito mais eficaz e conseguirmos
Resolver os desafios que nós temos pela pela nossa pela nossa frente não é hum eu diria que esta principal a minha visão de qual é o contributo que as diferentes disciplinas devem dar para a educação no sentido mais baixo do termo A Joana é ensaio faz muita questão de nos
Desvendar alguns dos neuromitos que estão à volta destas questões das questões de de sobre o cérebro funcionamento o método de aprendizagem e eh e diz-nos o seguinte um dos neuromitos mais clássicos e que já fez a enfurecer ou divertir muitos cientistas é o que usamos apenas 10% do nosso
Cérebro começava por aí os problemas podia que desses outros exemplos que normalmente eu acho que isto é bom pronto os neuralmente surgem precisamente dentro daquilo que não sabemos não é há pouco tinha colocado a questão do do que é que se sabe e não se
Sabe e do que não se sabe depois dá realmente espaço para para poder especular o mais possível ah os 10%, já é um Clássico O que faz divertir cientistas é porque porque é que durar tanto tempo não é porque de facto já já se discutiu tanto sobre isto até a data
Não se conseguiu provar não é ah pelo menos apresentado es verificados que isso possa acontecer por isso é um bocadinho ir no segmento daquilo que é um pouco a ficção não é nós quando encontramos isso em livros encontramos isso eh em filmes eh é sempre esta tentativa que se calhar não
Estamos a usar o serve todo por isso se calhar só temos a usar uma parte descobrimos a há ainda mais para descobrir se Nossa não não estamos sempre mesmo a usar a todo o cérebro isso ah tá mais do que provado a semana por exemplo esse neurómia aquilo que me
Dizia era os os investigadores os cientistas ficam ah zangados até eu muito surpreendidos mas talvez se Perpétua se não não há necessária a ligação entre o conhecimento adquirido conhecimento científico que é atingir e por exemplo os docentes não sim Essa é das preocupações e aqui que também tentem tratar neste livro que é
Nós mesmo das descobertas que temos elas não ganham visibilidade nas escolas e pior o que entra são estas ideias especulativas sobre sobre alguns estudos nomeadamente até a questão dos 10% está a ter muito relacionado por causa de até da introdução da das tecnologias da Euro imagem não é de
Podermos ver eh áreas a serem ativadas e isto criou Essa ilusão que em terminadas eh tarefas eram só aquelas áreas estariam a ser usadas mas não não está relacionado com isso aquilo tem a ver com o verificar o fluxo de sangue naquele momento Ah nós nós conseguimos
Entender que é mais energia não é consumida está mais naquelas áreas por isso há há depois é o grande problema aqui às vezes das próprias interpretações que possam ser feitas deste estudo científicos e é aqui que é necessário cada vez mais comunicação de ciência que é que cada vez também ah
Necessário apostar na própria formação do professores e que isto pode Minimizar muito e travar muito esta este Isabela Joana do Insight estaca dois paradigmas educacionais que é a descoberta valorizar-se mais a descoberta feita pelo aluno ou por outro lado apostar mais no ensino estruturado da parte do professor antes de ouvirmos
A Joana e um bocadinho que Resumindo que apresenta de reflexão sobre este tema no seu livro que gostava de saber qual a sua opinião ou como tem encarado estas duas estes dois paradigmas educacionais bom eu eu acho que a principal forma de nós esclarecermos Ah qual dos paradigmas estará mais
Correto é necessariamente através da investigação científica Esse é o ponto e para podermos concluir que uma abordagem é mais eficaz ou leva o melhor resultado do que outra temos que constatualizar ou seja toda a informação acerca dos alunos Acerca das escolas acerca do trabalho que está a ser feito
Por parte dos professores para perceber efetivamente O que é que leva ao melhor resultados em condições que são compáveis e o grande problema que muitas vezes acontece quando nós tomamos posições numa ou noutra sentido é que não tomamos com base em evidência empírica segura e rigorosa este parece-me que é um ponto principal
Quando quando me pergunta qual seria a minha opinião os dados em algumas áreas podem parecer inconsistentes mas noutra já são muito consistentes por exemplo quando nós olhamos para a aprendizagens que são naturalmente complexas estamos na feira do livro e portanto vou aqui puxar um bocadinho a brasa a minha sardinha então
Falando por exemplo da aprendizagem da Leitura evidencia muito clara nenhuma criança pelo simples fato de estar disposta a palavra as escritas ou material escrito por muito interessante pensar vai por si aprender a ler e isto não é uma questão de convicção Isto foi demonstrado nos anos 80 com experiências
Que foram feitas com alunos de cinco anos de idade e desde então tem sido demonstrada em vários estudos em várias partes do mundo com diferentes línguas diferentes condições e com sujeitos diferentes idades até com a população adulta ilustrada a quem é dada a oportunidade de aprender na idade adulta
Ou em vezes até alterados mas que artificialmente podemos colocar os a aprender um novo sistema de escrita por exemplo essas experiências já foram feitas e de forma muito cont teus resultados são muitíssimo consistentes não conseguimos descobrir o princípio do sistema de escrita ou seja como é que aqueles caracteres visuais estão a
Representar a fala para sermos por por nós próprios portanto é essa instrução tem que ser dada tem que ser dada de forma sistemática tem que ser praticado o exercício da aplicação desse conhecimento da correspondência vou simplificar letra som na leitura e a criança entende ou adultos tem que ter a
Oportunidade de ler horas a fio a leitura desde a aprendizagens mais complexas que o ser humano tem que fazer basta nós pensarmos no número de horas que para que passarmos desde a nossa primeira aula 1º ciclo até sermos capazes de ler fluentemente um livro e ter prazer de ler ou ter ou conseguir
Uns Trader a informação principal para aprender Quantas horas de instrução nós tivemos quantas horas os nossos professores nos corrigiram na nossa leitura em voz alta nos deram fichas fizeram perguntas de interpretação portanto eu me aprendizagem muitíssimo complexa e agora para não só para sair da Leitura passaríamos para a área da
Matemática passaríamos para outras áreas sei lá aprendizagem de conceitos fundamentais no mundo da física da química ou de outras áreas onde o ensino é fundamental ou seja papel do professor e absolutamente crucial caso contrário não é espectável que uma criança consiga aprender aquilo que a humanidade vou centenas milhares de anos a desenvolver
Portanto e esse este parece-me que é um ponto extremamente importante para esclarecer muitas vezes o debate e como evidência como prova nada mais do que testar tal como esses estudos com a leitura ou fizeram nos anos 80 em que se comparou a possibilidade das Crianças aprenderem outra condição controlando todas as variáveis de
Material de instrução que o professor ajudava vendo o que que realmente resulta e portanto eu acho que isso é evidência científica é disso que nós estamos a falar quando falamos de ser porque quando falamos de educação quando falamos do que os contributos da psicologia cognitiva de outras áreas do Saber
Joana O que é que as neurociências é outra forma de colocar a questão dos dois destes dois paradigmas na educação Ah o que é que as neurociências nos dizem ou podem dizer é um professor quanto de emoção é necessário para aprender para um aluno aprender sendo que como reforça no livre há várias
Fases e cada aluno é um aluno Ah quanto de emoção e quanto de repetição e que vem a ideia da memorização deixa-me só pegar nesta questão que eu acho que Isabel pegou nela muito bem mas só para poder reforçar esta quase de Economia não é entre se o ensino deve
Ser entrado na criança ou o ensino centrado no professor é uma discussão que se tem há muito tempo e o que este esta tal podermos triangular não é as diferentes científico que nos tem dito é que primeiro em termos de literatura há muito mais dados sobre o ensino
Estruturado do que não estruturado e depois eh se calhar não se tá a ver bem o qual é o foco porque o foco se tem que estar é qual é o objetivo de aprendizagem não tanto se é mais a criança que tem que estar mais outono ou
Mais o professor que tem que estar mais passivo mas sim o que é que nós estamos efetivamente a trabalhar porque como é a Isabela aqui referiu quando estamos a falar do ensino da leitura da escrita da Matemática necessariamente que tem que haver um um método necessariamente Tem
Que haver uma estrutura mas se calhar se falamos em atividades que envolvam mais a criatividade o resolver problemas aí ou planeamento aí já podemos se calhar dar mais espaço à criança dando uma orientação claramente mais poder Então até porque sempre dependente daquilo geralmente é também sempre o seu conhecimento prévio porque também
Sabemos que é que o conhecimento prévio que sabemos Qual o patamar seguinte que podemos chamar a seguir para aprendizagem mas eh a grande discussão deve ser Qual é o objetivo da aprendizagem no qual é o que é que nós estamos efetivamente a trabalhar para perceber Então se devemos dar mais
Autonomia ou não ah aquilo que que será o processo de de aprender relativamente a emoção acrescentar um ponto a ao que as Joana está a dizer e muito bem que é e qual é a etapa Em que em que o aluno se encontra porque Muito provavelmente em algumas aprendizagens no início é
Fundamental é se estruturação e esse ensino essa instrução A Escolha dos materiais muito bem pensados por parte do professor e certamente haverá momento todos em que faz todo o sentido que o professor dela dormia ao aluno até para verificar se ele é capaz de aplicar esse conhecimento de outras condições noutras
Situações se consegue a partir daí gerar nova informação fazer referências portanto esta dicotomia em que muitas vezes nos colocamos de uma metodologia de ensino tocou a outra se calhar não é a mais mais correta e reforçando o que a Joana disse é pensarmos no objeto aquilo que
Estamos a ensinar e pensarmos o que é que esse essa aprendizagem existe pronto número um e o segundo ponto temos em atenção Qual é o domínio que a criança ou aluno já alcançou nessa mesma aprendizagem se está num momento certo ou não para ser autônomo volta a perguntar emoção ou repetição ou emoção
E repetição essa também é sempre uma velha questão ah em termos de ah a literatura é bastante Clara que ah o cérebro reage não é aquilo que é o estímulo por isso quanto mais repete é um pouco quase ligada àquilo que é o mecanismo de sobrevivência pensar bem se
A pessoa está a fazer várias vezes aquilo é porque é importante e isso é importante organiza para poder não é os próprios circuitos trabalharem para atingir aquela aquela aquisição por isso a repetição vai ter que ser sempre necessário para aprender a questão da emoção aqui já aqui uma grande
Durabilidade porque aquilo que nós podemos sentir com a como desafio para outros pode não ser como nós sentimos como ameaça para o outro não ser e isto estou a falar da ameaça e de desafio porque já sabemos e há muita literatura sobre isso que nos indica que interfere
Efetivamente na aprendizagem por isso se eu estiver num ambiente em que me sinto desconfortável em que de alguma forma possa sentir que foi humilhado ou seja Sinto alguma ameaça nesse nesse ambiente claro que vou ter mais resistência para fazer essa aprendizagem se eu sentir num ambiente em que me desafia estimula
Sente à vontade até para praticar o erro que é algo muito comum quando está a aprender vou estar mais disponível para aprender por isso é esse ponto de vista da Zona está sempre ligado a isso não é aquilo que é o nosso sistema de Recompensas que temos todos Ah e aquilo
Que é sentirmos que estamos Seguros ou não naquele ambiente e precisamos disponíveis para aprender nos sentirmos confortáveis como mas mas é eh também uma eh um questionar daquilo que era a educação espartana não é a ideia de que eh se tinha que eh repetir memorizar Pronto agora é outra questão é Há outras
Formas que é necessário uma disciplina e outras formas se calhar de podermos trabalhar esta questão mesmo da repetição a memória pode ser trabalhada de várias formas não naquilo que se calhar conhecemos de uma forma muito mais mecânica e e já temos vários trabalhos não É dentro daquilo que até
Mesmo a ciência qualquer motivo é assim é é que mais produziu literatura sobre isso ah a forma como podemos depois fazer ligações entre o que nós estamos a dar e que testando-nos com maior frequência Ah e pôr-nos à prova vai nos fazer essas esses reforços de memória por isso reforçar memória pode ser
Através até de podermos então fazer mais coisas nos perguntamos a nós próprios O que é que nós estamos a aprender uma algo que é sempre importante é os próprios pais não é em vez de dizer como é que foi o dia então o que é que
Aprendeste hoje e o que é que foi de tanto fazer essas ligações é importante para poder Recordar aquilo que foi eh debatido na aula e essa é uma forma de trabalhar a memória Ah muito mais muito mais sobre operacional o revisitar a matéria ao longo de vários dias o
Aplicar a mesma matéria em diferentes contextos diferentes e exercícios diferentes atividades estabelecer ligações entre o que é novo o que estamos a aprender de novo com o conhecimento anterior tudo isto fortalece o nosso médico ou seja a informação que temos de guardar na nossa memória e portanto é favorável
Aprendizagem a ideia a ideia com que fica que nós estamos negativamente a memória portanto associá-la a um a uma metodologia de ensino de facto muitos espartana muito muito quase que sofrida Por parte dos alunos ter que decorar listas num curto espaço de tempo informação num curto espaço de tempo
Quando não tem que ser necessariamente assim não é quando o aluno revisita o mesmo conteúdo em diferentes contextos num texto numa figura numa imagem numa explicação que o professor dá numa ficha que tem que responder num filme A que assisto a um documentário a mesma informação está a ser passada por
Diferentes formatos está-se sistematicamente a ser consolidada e aquilo que os estudos da Psicologia ecognitiva nos mostram que isso é o mais favorável a consolidação da informação na memória na memória é bom se uma pergunta um bocadinho complicada que é o que é que diria é um aluno hoje
Que é ou como é que convenceriam um aluno hoje das potencialidades que ele tem cerebrais e cognitivas que não que ainda não são exploradas Mas pense de como apresentava Admirável Mundo Novo algo que me parece essencial às vezes até quando o a primeira primeira sensação que nós temos não é quando
Chegamos à escola às vezes até ou é de sucesso ou em Sucesso não é eu consegui não consegui e às vezes é bem não ninguém gosta de falhar não é por isso depois há um evitamento não é essas coisas não foram bem trabalhadas ah de poder nos afastarmos cada vez mais ou ver
Repetidos em sucessos por isso algo que temos que cada vez mais trabalhar é esta questão de nós temos possibilidade de se investirmos nisso temos possibilidade de ultrapassar essas Essas barreiras por isso quando os alunos dizem já já tive tantos problemas já tive tantas em sucessos não vou conseguir pronto é algo
Que eu não pronto não fui talhado para Aquilo é perceber então onde é que podem estar fragilidades porque às vezes é porque falta de prática ou entendimento logo Claro claro do que é que se está a trabalhar e depois é um um uma resistência à prática precisamente por o
Que vai desenvolvendo de de adverso sobre isso por isso falamos muito nesta questão também da mentalidade de crescimento e aí que temos que trabalhar mais no sentido de Ok isto não está a correr bem mas podemos fazer o correr bem e há todas as especialidades para isso até porque nós temos efetivamente
Aprender até ao final das nossas vidas é semana é não é ensaio diz-nos que um dos argumentos faleceu-se sobre o cérebro é de que ah são resultado de umas sido simplificação ou de uma super generalização de dados em pequenas amostras ou pesquisas feitas em adultos
Ou em animais em vez do grupo Alto e maior interesse que é a população em idade escolar difícil de encarar pois Porque mesmo mesmo a investigação a psicologia também também passou por por este caminho e as neurociências naturalmente também é que ao nível da investigação acabou por se
Focar muito mais no aspecto clínico mas o nível das preservações das lesões naturalmente muita da investigação começou por aí E agora temos que nos aproximar mais e por isso é que até quando falamos ainda na ciência até falamos em neurociências cognitivas para poder fazer esse caminho ah de orientamos mais as investigações dentro
Daquilo que se chama em contexto real ou seja naturalmente muita da investigação sobretudo nas nossas ciências é feito em laboratório controlar variáveis e agora temos que começar a andar ferramentas que temos que também trabalhar melhor para poder fazer isso mas começar a estudar mais dentro do contexto ou seja
Do contexto Vivo e o chamado White Tracker tentar utilizar metodologias que nos passam a ajudar a perceber melhor por exemplo algo necessitado muita curiosidade e cada vez mais e isto até dentro daquilo que é uma preocupação dos professores fala-se hoje em dia que os alunos são menos capazes
De manter a atenção durante muito tempo claro que isto depois pode estar relacionado com várias aspectos não é é tendo mesmo dentro daquilo que é dinâmica de sala de aula mas interessa perceber efetivamente com maior pormenor dentro desse dessas atividades que são feitas quanto em tempo efetivamente ou
Seja não pode ser visto em laboratório tem que ser ou contexto da sala várias pistas que nós conseguimos ter no laboratório Mas temos que introduzir mais a investigação e até envolver mais os professores que é isso também que aqui se pede não é é porque os os professores próprios também dizem Será
Que isto funciona será que não funciona estou a fazer bem não posso ter outro caminho e é tentar fazer a investigação mais próxima e mais colaborativa com as pessoas que estão no terreno Isabela na sua opinião Quais são as estruturas ou os mecanismos que Ainda faltam para unir este conhecimento na
Euro ou científico ao processo de aprendizagem e o eu diria que há dois aspetos fundamentais um é conseguirmos do ponto de vista de trabalho de investigação alcançar verdadeiramente esta multidisciplinaridade ou seja conseguir que investigadores que falam línguas diferentes que estão habituados a utilizar metodologias de investigação diferentes que habitualmente têm níveis
De análise muito diferentes pela sua área de saber consigam sentar-se a mesma mesa definir um objeto ou interesse comum uma questão comum neste caso estamos a falar de questões na área da Educação problemas na área de educação aos quais queremos dar resposta e tentarem juntos cada um contribuinte com
A com o seu saber com os seus conceitos com as pessoas metodologias de investigação procurar dar resposta àquela questão Este é um primeiro problema e é uma primeira questão temos um longo um longo caminho a percorrer quando eu digo que temos não me refiro apenas ao nosso contexto Nacional em
Portugal temos ainda muito pouca muito pouco investigação eh que cruza várias áreas mas isso repete-se noutros países Aliás a Joana fala da exemplos de de casos de sucesso não é quer de conferências quer de revistas científicas quer de cursos onde Começam a surgir estas várias áreas e isso vai
Ser é um esforço que eu acho que nós temos que fazer para conseguir responder de forma mais adequada aos problemas da educação porque há várias áreas que têm contributos muito relevantes o segundo ponto tem a ver com fazer chegar essa informação ao público interessado e o público interessado em primeiro lugar ao
Sistema educativo aos professores aos escolas e se depende em primeira mão não só de divulgação Científica Mas também da própria formação dos professores para nós sermos capazes de interpretar dados de investigação e sermos capazes de fazer a ponte entre o que é que um estudo feito com uma determinada amostra
Quais são as limitações que esse estudo tem o que é que podemos traduzir desse estudo para a minha sala de aula eu tenho que ter uma cultura científica que me permita ser capaz de interpretar dados Me permita perceber as implicações daqueles achados e essa cultura científica tem que ser dada em primeira
Mão nos cursos de formação de de professores e por exemplo nós há relativamente pouco tempo fizemos um estudo em que fizemos levantamento de alguns conceitos que se que Hoje sabemos que são centrais para e por exemplo ensinar a ler e escrever eficazmente quando eu digo que sabemos que são
Centrais é são Dados cuja ciência tem estudado Desde há mais de 20 anos e que tem conduzido sistematicamente aos mesmos resultados ou seja o tipo de instrução Que processos têm que ser treinados que conhecimentos têm que ser transmitidos à criança quais são as características que os materiais têm que
Ter para favorecer essa aprendizagem da leitura e nós analisarmos os planos estudos de todas as licenciaturas a nível Nacional do sistema de ensino superior público e de cerca de Metade dos cursos privados quer dizer licenciaturas quer estrados e chegarmos à conclusão que muita desta informação que é extremamente útil para o nosso
Professor não está na sua formação Inicial e daquilo que sabemos de trabalhos feitos noutros países também sabíamos que depois das pessoas estarem no terreno é muito mais difícil eles virem adquirir essa informação portanto a formação Inicial tem um papel absolutamente Central no criar dessa cultura científica e dessa desse
Capacidade depois de interpretar dados e de perceber que há diferentes áreas do saber que podem dar contributos extremamente úteis e portanto eu acho que esse é um dos grandes Desafios que nós temos pela frente por um lado Resumindo investigação e temos capazes de trabalhar em conjunto de pessoas de
Diferentes áreas deixarmos estar em tricheirados na nossa área académica e segundo transpor essa informação para o público que mais vai fazer o uso dela e que isso passa em primeiro lugar pela formação inicial da continuidade de professores Joana é nesta numa perspectiva interdisciplinaridade que estamos a falar aqui mente cérebro educação Quais
Quais é que definia como os principais desafios atuais do ensino coisa que são três grandes questões bem primeiro esta esta questão da formação que a Isabel estava a dizer não é e até mesmo este conhecimento mais do neurodesenvolvimento porque eh muitas vezes quando falo com os professores e e
Esclarece mesmo esta questão de diferenças trajetórias de desenvolvimento aquilo que poderá estar ligado àquilo que também é o próprio histórico do aluno ah tudo isso ah fazendo esta combinação e as pessoas ficam realmente a olhar mais para o aluno no seu todo não quer dizer que eles não olhem mas para fazer estas
Ligações entre aquilo que pode estar interferir para não estar ainda naquele ponto de aprendizagem porque ainda se olham muito isto vem muito dentro daquilo que às vezes clássicas olha se bem é uma é um grupo de crianças com as mesmas idades E considera-se como estão as mesmas idades que vão responder todas
Da mesma forma e não e sabemos que não muito adivinha-se tudo isto que falamos dentro daquilo que são variáveis a neurobiológicas variáveis contextuais e tudo isso são peças de puzzle tem que se juntar para depois poder perceber melhor porque é que aquela criança rapidamente evolui porque é que a outra precisa de
Uma maior ajuda e e também aquilo que é o grande desafio é sempre conseguir ter esta flexibilidade destes diferentes ritmos não é e é aqui sempre que eu acho que que é sempre o desafio próprio Professor conseguir corresponder às várias necessidades Ah não é site destaca a necessidade de motivação que
Eu achei curioso motivação para o sucesso e o sucesso da motivação como é que a Isabela O que é que comentaria sobre esta ligação entre sucesso e motivação e qual é o peso desta ideia também muito associado ao ensino do Sucesso Como se mede esse sucesso na
Verdade e que motivação que é dada suplementar pelos dados das neurociências eu acho que uma das coisas que nós podíamos extrair facilmente de da área da Psicologia e também dos estudos da das neurociências relativamente à motivação como como força motriz que nos leva alcançaram determinado um determinado objetivo
Eu o primeiro ponto que me parece importante aqui é que nós muitas vezes falamos de motivação como se fosse possível a falar de motivação não vazio essa motivação e e principalmente quando pensamos por exemplo na na motivação para para aprendizagem escolar para a nossa vida acadêmica decorre muito da nossa própria
Perceção do nosso sucesso da utilidade para nós próprios uma motivação intrínseca não é da satisfação que aquela aprendizagem nos dados nos mostrar por exemplo que fomos capazes de nos superar a nós próprios e não tanto eh numa motivação eh do motivar No Vazio no sentido de eu tenho que motivar o
Volume para custar de qualquer coisa essa motivação muitas vezes surge pelo contacto com determinadas áreas de Saber pela experiência do aluno pela e é influenciada por multa pelos fatores quer dizer que não são apenas interesse que os alunos é um conceito muito mais complexo mas eu disse associarmos a
Motivação pensarmos do objeto em si é que ele tem que ser apreendido ou daquilo que o aluno tem que investir é uma coisa muito artificial e que eu ia só acrescentar é mesmo isso também algo que as próprias na nossa nos indica é que a própria motivação é variável ou
Seja o que cometido a um pode não tiver outro e agora lembra-me de uma situação em que uma professora ficou preocupada porque para os motivar eh chegou hã uma combinação e o prémio seria uma ideia de cinema mas havia Miúdos que não queriam não não estavam aquilo muito
Interessante por isso ficou Então mas como é que eu convence a pensar era era pronto todos e iam adorar aquela aquela iniciativa e é aqui também que nos temos que nos situar porque se calhar a motivação é de facto importante mas é importante nesta questão escolar mais de
Acordo com aquilo que eu que o resultado que a criança vir não é do seu esforço e por isso já está às vezes estas motivações externas estes premiadas ou é pode ser muito variável e pode não funcionar é diz-nos que é uma espécie do livro que quando forem adultas as
Crianças dos precisarão de ter pensamento criativo e crítico resiliência terão de ser capazes de resolver problemas complexos cervoso comunicar e adaptar-se e claro a auto regularem-se o que se espera que a investigação seja como eh que traga como contributo para chegarmos até aqui portanto a investigação já já começa a dar aqui algumas
Indicações dentro daquilo que é uma aposta sobre a o funcionamento executivo ou seja de trabalharmos desde cedo as funções executivas que é um termo complexo mas que acaba por ser um conjunto de capacidades cognitivas que nos permitem controlar uma resposta a trabalhar a memória de trabalho sermos mais flexível este pensamento e isso
Aprende-se e muitas vezes é necessário dar essa dar essa aprendiza gem ajudar a criança a fazer essa aprendizagem de auto-relação para poder saber monitorizar pois também a sua própria aprendizagem uma das coisas que geralmente falha não é não conseguir fazer este planeamento dos vários Passos por exemplo concretizar uma tarefa e Se
Isso for aprendido é muito mais fácil ela depois fazer essa relação e poder ter essas noções assim às vezes onde é que ocorreu o erro porque se não conseguir fazer isso também não consegue identificar desvendamos um pouco sobre da Caixa Negra esta caixa negra que creio todos
Os pais e todos os educadores todos os docentes gostariam eh sobre a qual saber mais mente serve e educação é um dos novos ensaios da fundação Francisco Manuel dos Santos muito obrigada as duas por esta conversa [Aplausos] [Música]
1 comentário
É uma lástima que a pedagogia e os pedagogos fossem banidos da discussão da educação. Esta agora, por opções políticas ou por ignorância, é discutida pela psicologia, pela medicina e pelos neurocientistas.
Recordo Compayré, G. (1911): “A utilidade da história da pedagogia não pode ser posta em causa. Não falo
apenas da atracção que ela pode exercer, (pois] a história da pedagogia não pode ser encarada unicamente como um espectáculo agradável: ela é, de facto, uma escola de educação, uma das fontes da pedagogia detinitiva. Quando se trata de física ou de química, a história destas ciências no passado não é mais do que um
assunto de erudição e de curiosidade … Na ciência da educação, pelo contrário, como em todas as ciências filosóficas, a história é a introdução necessária, a preparação para a própria ciência.” (Dictionnaire de Pédagogie et d'instruction Primaire).