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A crise da que estamos a falar agora e ocorreu ao longo da década de 30 que foi uma década caracterizada ualmente por grande estabilidade interna mas grandes perturbações internacionais portanto no contexto internacional o mundo vivia as consequências da grande depressão de 1929 e mais tarde já na segunda metade
Desta década tínhamos aqui ao lado um país que atravessava um dos peros mais difíceis da sua história com a guerra civil em Espanha e portanto Esse é o contexto internacional que evidentemente teria grandes repercussões sobre a economia portuguesa não fosse o facto de Economia ser nesta altura uma economia
Muito fechada e portanto muito protegida do impacto destas duas grandes perturbações internacionais pelo contrário o o contexto interno era um contexto de grande estabilidade ou de progressiva estabilização quer do regime político quer do regime económico portanto nós estávamos a assistir à estabilização ou à institucionalização Se quisermos do estado novo e eh um
Conjunto de reformas que eh instituíam um novo quadro económico [Música] também a crise tem eh três principais causas todas elas relacionadas com a produção agrícola a primeira que tem que ver com eh O esgotamento dos benefícios gerados pela campanha do trigo e portanto eh o fim dos excedentes que
Essa campanha origina depois eh os efeitos adversos das circunstâncias meteorológicas que penalizaram todas as Produções agrícolas em geral mas em particular as dos outros cereais e a do vinho e finalmente o facto de em 1936 estarmos num ano de contra safra na produção de azeitona e portanto o efeito
Também prejudicial sobre ou a quebra natural da produção de azeite são essas as três grandes e circunstâncias que se combinam num mesmo período para produzir então est esta crise que é iminentemente [Música] agrí o comitê datou o pico Neste período em 1934 e e a cava em 1936 portanto nós fizemos e neste
Período trabalhamos sobretudo em frequências anuais o que nós temos claramente identificado é que o ano de 1935 é já claramente um ano de recessão que se agrava aliás em 193 e que depois termina em 1937 com uma rápida [Música] recuperação uma das fases mais visíveis desta recessão diretamente relacionada
Com a o clima económico interno é a redução do consumo privado há porém e outras outras manifestações ou outros factos ocorrer ao mesmo tempo que de alguma maneira até compensam esta redução do do consumo privado por um lado um comportamento e menos adverso do investimento que n alguns momentos até
Eh tem uma evolução positiva precisamente e refletindo o início da aplicação da lei da reconstituição económica aprovada anteriormente e que depois vai ter efeitos no futuro mas também a evolução favorável das trocas comerciais e que refletem várias circunstâncias eh algumas relacionadas com ainda os resultados positivos da
Campanha do Trigo e a produção destes centos comerciais que puderam ser ainda exportados durante uma parte final deste período de recessão mas também a a a a importação a preços mais favoráveis de ou a substituição de importação de determinadas mercadorias que passaram a ser importadas das colónias a preços
Mais favoráveis como era por exemplo o caso do café e e do açúcar o que eu penso que é peculiar nesta crise é precisamente o facto de ela ter origem num conjunto de circunstâncias que cada uma delas por si só não teria provocado a recessão ocorreu em várias outras épocas da Vida
Nacional e mesmo até nesta década factos semelhantes o que esta crise teve de particular foi que eles se conjugaram para acontecer na mesma altura e é da conjugação dessas três movimentos Se quisermos que resulta precisamente uma recessão que poderia não ter acontecido se eles tivessem ocorrido sucessivamente e não simultaneamente
1 comentário
De ressalvar que o "orgulhosamente sós" foi proferido no contexto de 18 de fevereiro de 1965, e os facismos, do qual Salazar era então discípulo e desenvolvedor próprio, ainda não causavam o nojo internacional que levou ao isolamento diplomático principalmente da década de 1960 em diante (e remoção do racismo como eixo da política do salazarismo tardio, que leva a alguns míopes a dizerem que o salazarismo afinal não fascista).
Isto não era isolamento de Portugal; somente um equilibrar de contas e desenvolvimento económico que os oligarcas briguentos da primeira república, e ditadores marciais, não se focaram em resolver.
(a par de reforço da policialização do estado, legalização da discriminação racial e alianças profanas de Salazar com as grandes famílias, mas isso é outra história)