Educação, Justiça e Saúde: para pior já bastou 2023? || Contra-Corrente em direto na Rádio Observ…

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Vamos fazer um balanço de 2023 e olhar as expectativas para 2024 Este é o último contracorrente do ano com a Helena atos pode participar já sabe que pode deixar as suas mensagens ou inscrever-se através do 91002 4185 91 002 4185 e Carla Jorge de Carvalho para além da Helena Matos temos muitos

Convidados hoje no contracorrente pois temos vai ser mais uma casa cheia estamos a a usar a última semana do ano para para trazer cá muitos muitos convidados mas antes disso fazemos com Helena Matos este balanço de 2023 falando também das expectativas para 2024 eh o SNS neste ano que está a

Terminar tive uma direção executiva tive um rosto e na verdade acumulou também os piores dias de sempre as piores semanas de sempre e os piores meses de sempre na educação as provas de frição vieram confirmar o que os testes pisa já tinham deixado claro que os alunos portugueses

Estão a ficar para trás já na justiça aos habituais problemas de funcionamento junta-se o embate entre o PS e a pgr a velha tentação de meter o ministério público na ordem a par das teorias da conspiração do costume Helena mates O pior já passou ou será que 2024 vai

Trazer ainda surpresas piores bem H na educação é difícil recuperar ou seja porque não é apenas uma questão de funcionamento ou de não funcionamento não se consegue eh recuperar no imediato ou seja muitas vezes as medidas que se tomam num ano letivo fazem sentir só s tem só chegamos à às suas reais

Consequências 2 3 anos depois portanto eu creio que na educação vejo um sobretudo Tend quanto agora os resultados das provas de aferição que estamos a falar de crianças que estão em qualquer coisa como segundo ano de escolaridade eh sexto ano de escolaridade portanto é complicado eh este esta estes maus resultados vão

Eh não apenas continuar a ter impacto nos anos seguintes como Muito provavelmente haver multiplicado o seu Impacto eu acho que o que acontece eu escolhi aqui a educação a justiça e a saúde eh e porquê porque são setores que tocam diretamente à pessoas e e porque de alguma forma eles remetem sobretudo a

Educação e a saúde para um um problema base que é nós temos um um discurso político da direita à esquerda muito centrado na naquilo que o Estado faz por nós e o estado em Portugal e tem querido fazer muito quase tudo baseado num discurso muito estatista H

Acabamos e e 2023 ilustrou ISO muito em Como a educação e a saúde acabamos de uma armadilha quase perfeita ou seja pagamos uma carga fiscal para um estado social que se propõe eh que sabe educar melhor com os pais que sabe tudo o que se tem de ensinar o

Que não se deve ensinar portanto tudo muito estatista tudo muito Centralizado eh no caso da Saúde vivemos também muito esta ideia de que o serviço Nacional de saúde é o o aquele que é assegurado nos hospitais e nos serviços públicos eh e Depois acabamos a perceber que por

Exemplo os os os os portugueses são dos que mais gastam com com custos de saúde em pagamentos diretos entre os países da ocde não é nós estamos h a pagar mais ou menos 29 por do total das despesas de saúde em 2021 em em comparação com os 18% em média da ocde

Não é portanto há Aqui nós temos pagamos impostos e temos um curso político centrado num funcionamento de de um de um estado Eh que que tudo preenche e acha que tudo pode preencher e e muito daquilo com que nos confrontamos em 2023 foi com o mau funcionamento as consequências da degradação desses

Serviços isso é particularmente visível para mim no caso eh da educação e da Saúde Depois temos uma outra área que aqui também será falada que é a questão da justiça em que é assim como uma espécie de fantasma que anda por aí sim tem problemas de funcionamento sim os

Oficiais de Justiça estão muito envelhecidos sim a carreira não tem atratividade mas sim também temos um problema entre eh a política e a justiça é a segunda vez que um líder do partido socialista acaba a ver o Ministério Público h de alguma forma a interromper os seus

Projetos políticos é é óbvio que se eu por exemplo faço parte daqueles portugueses que acham que é completamente diferente falar das razões que levaram o Ministério Público a intervir no caso do José Sócrates das razões que levaram o Ministério Público a e a a incluir o nome do do do

Primeiro-ministro António Costa no inquérito mas isto gera um mal-estar na sociedade sobretudo se tivermos em conta que ao mesmo tempo o presidente da república o seu nome é também referido num processo de investigação três processos de investigação porque eles decorrem aem entidades diferentes portanto há aqui uma questão eh de com

Muitas pessoas na área política a queixarem-se de um excesso de protagonismo eh na área política ou como se o Ministério Público estivesse a fazer política e portanto eu acho que temos de falar sobre isto porque isto é daquelas coisas que mesmo que só ditas

Eh T um peso eh não é uma questão de mau funcionamento ou é é mesmo uma questão de de regime portanto é por aqui que vamos e com a justiça com que não é como a educação e a saúde nós temos no caso da educação e da saúde uma procura por

Parte daqueles cidadãos portugueses que têm disponibilidade para isso destes serviços no setor privado quando tê disponibilidade económica ou t esses serviços nas suas proximidades eh porque Há também um fator a ter em conta que que é e que se fala tanto que é a questão da coesão territorial porque

Quando falham os o muitos destes serviços estatais seja na educação seja na saúde eh cresce aquele sentimento de abandono por parte das populações nós tivemos hoje aqui de manhã no vencedor é a questão do para onde é que vai o utente de Viseu que partir uma perna à meio da

Noite quer dizer e como é que vai não é portanto é um é um pouco esta esta eh esta este estado que quis ser tudo e acaba a soss sobrar ao seu próprio mau funcionamento isto para mim é particularmente mais importante não apenas pelas consequências que tem na

Vida dos portugueses mas também eh porque nós vamos entrar naquele ano em que vamos ouvir falar tanto eh dos 50 anos do 25 de abril e talvez possamos aqui acrescentar não era bem assim Nós pensamos que ia estar o nosso estado social o nosso SS fá a frase não foi por

Isto que se fez o 25 de Abril pois quer dizer o que as bases do SNS já tinham sido lançadas a escola pública claro que também mas havia Houve aqui uma massificação e eh nunca pensamos Pelo menos eu não pensei é que estivesse a funcionar tão mal portanto eh é disso

Que vamos que vamos falar e como eh como já fomos dizendo temos Temos vários convidados especialistas em nas várias áreas eh que escolheste para para esse balanço A Raquel apcis é editora de política do jornal O sol e está aqui também conosco Bom dia ra

Agora em estúdio que B vamos ter um ano político muito intenso o próximo com três eleições para já eh Açores em Fevereiro Março com as legislativas e depois as europeias em não creio que haja quartas Porque mesmo assim tem que haver um intervalo de se meses e

Portanto acho que não dará tempo para mesmo mesmo que haja mu tiver que hav eleições legislativas repetidas esperemos que não mas não será no próximo ano muitas mudanças mas em todo o caso esperamos vai ser um ano muito importante do ponto de vista político o próximo eu acho que sim Acho que

H acho que enfim acho que aquilo que se passou este ano e estamos hoje vale a pena recordar a fazer um ano que tivemos uma das demissões de peso do governo a demissão de Pedro Nuno Santos e quem diria que um ano depois estávamos aqui a a a discutir das possibilidades dele

Poder chegar a primeiro-ministro foi o nosso tema de ontem foi exatamente e portanto eh e portanto enfim eh eh acho que isto também prova que as previsões em política São relativamente difíceis por mais que agora se façam muitos cenários e tenho visto muitos no no nos

Últimos dias eh eh acho que isso prova eh que vamos ter um ano político muito intenso eh eu eh eh apesar de tudo até porque sou uma mulher de fé mantenho a esperança de que as próximas eleições das próximas eleições possa sair uma solução eh com alguma viabilidade e

Portanto esse cenário de que possa haver umas quartas eleições seis meses depois para mim eh eh não me parece apesar de tudo uma coisa muito provável acho que os portugueses apesar de tudo têm sabido eh escolher de acordo com as circunstâncias Estas são circunstâncias de facto muito difíceis eh mas são são

Circunstâncias em que nós muitas vezes aqui eh na bolha do comentário não levamos tudo em consideração eh e aquilo de que a Helena Matos estava agora a falar eh eh e que me parece que tem sido muito pouco tido em conta naquilo que é o comentário político e a análise

Daquilo que pode acontecer não me parece que não vá pesar e na decisão dos eleitores e aquilo que eles enfrentam diariamente nomeadamente e por estes dias na saúde Mas não é por estes dias sabemos que H uma situação que se arrasta já eh dá muitos meses para cá e

Que tem tendência a piorar eu digo eu já agora refiro também e que daqui a dois dias supostamente ente entra entra em vigor uma reforma uma mega reforma eh na saúde e está tudo por definir e portanto eu temo também que estes primeiros dias de de de Janeiro venham ainda a gravar

Mais eh porque vai haver um problema no serviço Nacional de saúde que é saber quem tem poderes para decidir o quê e quem vai decidir o quê Porque há eh eh funções de desfia que não estão nomeadas há eh por exemplo as ARS que ficam esvaziadas de funções porque passam para

As ols Mas isso não está ainda formalizado os os enfim quem trabalha hoje em dia numa RS eh na terça-feira dia 2 de janeiro dirige-se à mesma ARS para fazer o mesmo tipo de funções e portanto eu acho que se vai acrescentar confusão pelo menos nesta primeira fase

À confusão que já existe eh e com alguns riscos de tomadas de decisões eh eh que sejam ou tardias ou erradas ou duplicadas o que eu acho que vai provocar a ainda muito mais confusão mas isto isto era para dar o exemplo de que eu acho que tudo isto pesará na na

Decisão dos dos eleitores quando eles forem eh votar no dia 10 de Março eh e acho que o tempo que dista também daqui até às eleições ainda muita coisa poderá acontecer e portanto parece-me que apesar de tudo eles eh eh como nestes 50 anos foram fazendo h de tomar uma

Decisão que tenha eh eh pernas para andar espero eu pelo menos eh falavas Raquel na questão da Saúde o Mário Amorin Lopes é especialista na área da saúde e temo-lo ouvido muito aqui no contracorrente quando queremos olhar para para o tema e Mário maril Lopes bom

Dia bom dia e bem-vindo a Raquel chamava aqui a atenção para esta para este momento para a reforma do SNS vai entrar em vigor há muito há ainda muitos muito para saber sobre o que é que vai mudar efetivamente a partir do dia 1 de Janeiro novamente muito bom dia

A todos tem pena não estar aí em estúdio convosco Obrigado pelo convite deixem-me só fazer aqui uma declaração de interesse Inicial que é eu sou e candidato cabeça de lista pelo distrito Aveiro pela iniciativa Liberal portanto fica a nota dada para os nossos ouvintes para darem o o o devido desconto e terem

A devida atenção as minhas as minhas posições h eu tava a escutar a a a Raquel AB cisia e ela estava a dizer bem que de facto Isto vai esvaziar este modelo das unidades locais de saúde eh que é um modelo que em teoria faz sentido ou seja para explicar para quem

Possa não conhecer a ideia é integrar todos os cuidados de saúde deses cuidados de saúde primários ou seja aqueles que nós obtemos nos centros de saúde nas unidades eh de saúde familiar e depois também os cuidados secundários os cuidados hospitalares idealmente também cuidados terciários mas isso e tendencialmente é mais complicado e e

Esta estão integrada faz sentido e porque o paciente uma pessoa ao longo da sua vida eh não tem vários naturalmente vários episódios que possam eh necessitar de atenção a mas a saúde tem de ser gerida de uma forma contínua a porque se nós não trabalharmos aqui a montante tentando prevenir a potenciais

Doenças então quando a pessoa chega ao sistema de saúde Já pode ser demasiado tarde já pode estar com uma situação demasiado aguda e se houver Aqui Esta integração de cuidados e for possível acompanhar as pessoas ao longo da sua vida conhecer o histórico familiar fazer o El de ligação entre cuidados primários

E cuidados secundários isto em teoria faz faz sentido também faz sentido alterar o modelo de financiamento Porque neste momento os hospitais são financiados eh à peça em função daquilo que é produção se são feitas mais cirurgias são dadas mais consultas hospitalares então isso significa maior remuneração mas será verdadeiramente

Isto que que nós queremos o ideal seria as pessoas não terem de recorrer aos cuidados de saúde Porque estão eh bem e como tal não necessitam de de ir ao centro de saúde ou ao hospital e e portanto deve haver aqui um trabalho importante ao nível da prevenção este

Modelo de financiamento que paga em função da produção eh não não tem os incentivos eh para que o O Haja aqui esta esta vontade de resolver o problema na prevenção enquanto que no modelo das unidades locais de saúde isso já acontece eh porque o financiamento é per

Cápita ou seja nós percebemos qual é a área territorial que a unidade local de saúde cobra Quantas pessoas vivem na aquela zona e o financiamento é dado por cabeça eh logo se aqueles cidadãos tiverem um bom acompanhamento houver um bom trabalho ao nível da prevenção isso necessariamente irá diminuir o acesso

Aos cuidados de saúde logo eh poupam recursos portanto os incentivos ficam mais alinhados no entanto é preciso terem atenção eh que por exemplo Há muitos hospitais e até alguns Cent de saúde mas sobretudo hospitais que cobrem pessoas eh que são em alguns casos até de outros distritos depois como é que se

Faz essa compensação é preciso ser assim atenção depois eh também temos de ter em conta que há muita heterogeneidade entre distritos há distritos que são mais jovens do que outros e como tal eh tem menos carga de doença nós sabemos que quanto mais eh velhas são as pessoas mais tendencialmente terão doenças

Crónicas e e outras complicações eh como é que depois se faz este ajuste entre os distritos tudo isto são questões relevantes Eh que que têm de ser atendidas eh e feito este este comentário mais técnico gostava de fazer aqui a nota política que é a questão de

Por exemplo Raquel Cis estava a falar de esvaziar as ARS Eu Creio que isto é deliberado Ou seja quando se começou a falar do processo de descentralização e se transferiram alas competências ou algumas competências porque na prática o que acontece neste momento é é bom que

As pessoas tenham noção disso é que os municípios por exemplo vão poder contratar os funcionários de empresa e comprar o Ajax portanto não vão poder definir as horas de funcionamento do Centro de Saúde não vão poder contratar médicos ou enfermeiros não vão poder gerir esses recursos exatamente igual à

Educação portanto na educação também os municípios não vão poder contratar os professores as escolas não vão poder fazer o seu projeto educativo portanto a descentralização é claramente coxa Mas neste processo de centralização em que algumas das competências iriam terminar nas ccdrn nas ccdr que são uma espécie de um governo regional não eleito

Portanto também assim uma estrutura um bocadinho um bocadinho coxa eh a ideia era precisamente de esvaziar as RS para que quando houvesse esta transferência de competências para as ccdr já há pouco restasse e e na verdade é isso que está a acontecer porque estas uls o que vão

Novamente fazer é centralizar a a sua tutela no ministério da saúde ou seja em vez de nós caminharmos para um modelo mais local mais próximo das populações porque vamos lá ver ninguém conhece melhor eh as necessidades da população local do que as pessoas que estão lá no

Terreno do que as câmaras municipais eh do que as as organizações eh as instituições que estão ali naquela área são eles que conhecem bem as necessidades das pessoas conhecem as próprias pessoas Este trabalho de proximidade é muito importante e com o fim o esvaziamento das RS nós vamos ter

Apenas uma ligação entre as uls e diretamente eh as entidades tuteladas pelo Ministério da saúde seja a CCS seja outros organismos seja a direção a própria direção do serviço Nacional de saúde portanto vai-se perder aqui esta cadeia eh este Elo de ligação eh entre uma autoridade mais Regional eh e o o

Estado Central portanto embora Pareça que o LS tenha mais autonomia eh no final do dia vão ter de continuar a depender eh daquilo que é não apenas o orçamento do Ministério da Saúde com umas decisões principais do do Ministério da Saúde mas Bom dia Daqui Helena Matos há aqui uma questão que no

Fim disto tudo é como quando o sistema ele mesmo se torna a motivo da discussão e não o serviço que ele devia prestar ou seja nós a nossa relação com o SNS que sempre se pautou por um por mais ou menos por um mais por um Imaginário

Muitas vezes do que por uma realidade eh Eu recordo que nós passamos daquela fase em queos o melhor SNS do mundo para uma fase em que nos foi anunciado que ele podia vir a ter o pior em que a própria tutela política começa a falar

Do pior mês de sempre do pior semana de sempre ou seja não foram os médicos nem os utentes que falaram do pior de Foi mesmo a tutela há aqui um problema base para quem vai para quem precisa de um médico de família para quem precisa de ir uma urgência de hospital é pouco

Relevante Ou pelo menos não é essa a discussão que está que lhe está a parecer mais próxima saber como é que aquilo está organizado a quem é que reporta o problema é mesmo saber como é que vai ter médico não é e depois dizem-lhe que não que devia ir ao centro

De saúde em vez de ir à urgência hospitalar mas não pode ir ao centro de saúde porque não tem médico de família no Centro de Saúde portanto eh nós temos aqui já anunciado mais conflitualidade laboral temos a questão das horas do modelo acente nos hospitais em horas extraordinárias eh O que é que

Eh O que é que se pode fazer para devolver a confiança no SNS aos portugueses eh eu não acho que ele tenha de ser todo prestado eh em em estruturas estatais acho que é uma responsabilidade estatal Mas na minha opinião deverão ser diversificadas e eh eh eh os locais os

Espaços os sistemas em que esses serviços são assegurados mas eh quer dizer a pergunta básica que é muito estra eu tenho uma criança doente preciso de levar a uma urgência hospitalar eu faço parte de uma geração que nunca não não faria faz parte do meu adquirido civilizacional que se tenho

Uma criança doente consigo chegar a uma urgência e que não e que não me dizem que está fechada ou que se estivesse para ter uma criança e chegasse uma maternidade não me enfiavam numa ambulância para andar a passear para Portugal fora a contar contrações e quilómetros e de repente tudo isso que

Parecia um adquirido eh desapareceu há aqui um fator insegurança não Sem dúvida alguma e e aliás eu eu imagino que para o português comum que está em casa que enfim tem alguma doença crónica uma doença oncológica mais grave esperemos que não seja o caso e que assiste diariamente h a esta conversa

Sobre se deve ser o público o privado o social Eu imagino que que fique completamente estupefacto porque isto é conversa de século XIX esta esta ideia de luta de classe o público contra o privado é é na crónico já já Devíamos ter há muito tempo ultrapassado isto

Quer dizer as pessoas estão a lutar contra uma doença e estão a lutar também contra a ideologia na saúde eh Uma das coisas que nós temos definitivamente de fazer é despolitizar a saúde a saúde está demasiado politizada é um campo de batalha para lutas de ideologia e para

Lutas de classes e para andar aqui a a a demonizar o setor privado e o setor social repare-se o que nós temos de fazer no final do dia é garantir acesso a de saúde a todos os portugueses eu sinceramente se nós fizéssemos uma sondagem e se perguntássemos à esmagadora maioria dos portugueses Eu

Sinceramente não creio que ser público privado ou social aparecesse sequer no top 20 das preocupações e dos portugueses o que eles querem é ser bem tratados e naturalmente que isso não represente um encargo financeiro que os coloque na penúria E e essa situação tem de estar salvaguardada até porque o

Setor privado e o setor social podem e devem e já o fizeram prestar Serviço público o caso das parcerias público ou privadas na saúde que funcionaram bem pouparam dinheiro ao estado os hospitais funcionavam bem e e as pessoas tinham acesso a bons cuidados de saúde eram entidades privadas a prestar serviço

Público a mesma coisa já agora no caso da educação os contratos programa e os contratos da associação peço desculpa eram também acordos com o setor privado e também com o setor social sem fins lucrativos para prestar serviço público portanto Isso é que é verdadeiramente importante é perceber como é que nós

Temos de montar aqui o sistema para que todos possam contribuir a resolver os problemas de saúde e de dos portugueses porque no final do dia vamos perguntar aos portugueses assim ora pode ter uma operação daqui a um mês num hospital privado ou então espera ano e meio para

Ter uma cirurgia no hospital público eu eu não acredito que ninguém inclusive até aqueles que votam no bloco de esquerda e no PCP que tem um um horror a tudo o que não é público que digam que preferem esperar um ano e meio para ter uma cirurgia no noos Hospital Público

Portanto nós temos de acabar com esta com esta discussão política do no no sistema de saúde e perceber como é que todos eh podem ajudar e como é que todos podem contribuir o setor privado tem uma capacidade instalada muito elevada uhum fruto fruto das ineficiências e da incapacidade do serviço Nacional de

Saúde de satisfazer as necessidades de saúde dos portugueses Porque se o serviço Nacional de saúde funcionasse bem que nós já o pagamos através dos nossos impostos quem é que no seu perfeito juízo iria estar a pagar uma cobertura adicional de um seguro de saúde para ir buscar cuidado de Saúde ao

Setor privado ninguém o Faria portanto é precisamente porque o SNS não funciona corretamente e aliás a situação agravou-se E nunca tivemos tanta gente com seguro de saúde estamos a falar 3. 700.000 pessoas é quase metade da população portuguesa É muita gente que tem o seguro de saúde T paga impostos e

Tem de pagar também o seu seguro de saúde eh que acaba por se ver forçada a usar estes os os cuidados privados hh a solução tem de passar por juntar toda a capacidade instalada que existe em Portugal seja público seja privado seja social is tem deixar de ser uma uma

Questão relevante e depois outro ponto muito importante que também tem que ver aqui com a arquitetura do sistema é perceber como é que nós colocamos os incentivos corretos para que o sistema continuamente melhore porque a abordagem sempre foi a abordagem eh típica do do partido socialista e dos partidos mas à

Esquerda é sempre uma lógica Tutelar o estado tutela à populações o estado tutela o poder local o estado tutela As instituições e portanto via decreto define como é que as pessoas devem funcionar como é que as instituições devem funcionar esta abordagem não pode funcionar porque não há ninguém que

Esteja fechado num gabinete e consiga ter visibilidade e clar evidência para saber o que é melhor para as pessoas e em cada em cada município em cada Distrito O sistema tem de funcionar de baixo para cima o sistema tem de ter os incentivos para que ele se reforma a si

Próprio um exemplo a questão da remuneração dos médicos nós neste momento eh porque é assim transversal em toda a administração pública nós temos tabelas de remuneração únicas portanto é tudo tratado igual Chapa cinco Ora nós sabemos qualquer pessoa que tenha tido um mês de prática eh num numa empresa

Numa instituição num hospital ou até tenha estado na universidade nós sabemos que as pessoas são diferentes por diferentes motivos não necessariamente porque uns são mais preguiçosos do que outros mas porque por diferentes motivos eh uns empenham-se mais e outros empenham-se menos se a remuneração não estiver eh dependente também disto não

Tudo naturalmente mas se não tiver também dependente disto como acontece na esmagadora maioria das empresas é que há uma componente variável então que incentivos é que depois Os Profissionais de Saúde têm em esforçarem-se mais alguns farão por brio pessoal mas um sistema não pode funcionar apenas com

Base na ideia de que toda a gente tem ter abrio pessoal não tem no final do dia de pagar as suas contas Portanto tem ter incentivos para isso o que é que acontece hoje em dia nos hospitais nós temos cirurgias que são as cirurgias que fazem parte do escalonamento normal do

Agendamento do hospital e depois temos aquelas que são pagas via CIC e o o CIC é para as cirurgias que já ultrapassaram Os tempos máximos recomendados os tempos clínicos não é e põe em causa o estado de saúde eh dos dos pacientes essas cirurgias via CIC não são pagas em

Função do salário são pagas à peça uma vez mais ou seja quantas mais cirurgias os médicos realizarem maior será o o seu vencimento o que é que acontece depois nós chegamos aos hospitais públicos e vemos que dentro do horário normal de trabalho o bloco operatório está a 40 ou

50 a 60% chega às 6 da tarde portanto já tá em horas extra começa a disparar aos sábados não para porquê Porque aos sábados são todas as cirurgias que são escalonadas via CIC Ou seja que há aqui um pagamento adicional e e é natural que e eh depois e não estando o sistema

Monar para diferenciar os profissionais estas situações aconteçam portanto quando estamos aqui a discutir a remuneração dos médicos e também dos enfermeiros e dos assistentes operacionais e os auxiliares seria uma excelente oportunidade para introduzir também esta componente de remuneração diferenciada para que aqueles que diligentemente estão no hospital público

E que trabalham e que portanto que não que não vão para outro sítio em acumulação eh possam ter uma remuneração diferenciada como Aliás já acontece em algumas unidades eh de saúde familiar modelo B por exemplo e modelo C em que existe esta componente indexada à produtividade isto é uma forma de

Garantir que depois os profissionais e a própria gestão do hospital quer continuamente melhorar eh o seu funcionamento porquê porque todos ganham com isso e ainda bem que assim é as pessoas para o bem e para o mal eh movem-se por incentivos portanto nós temos de ter os incentivos certos e se o

Nosso sistema de saúde não tem esses incentivos e neste momento não os tem nós não podemos ficar à espera que ele se regenere automaticamente temos de continuamente esperar que apareça um político qualquer eh eh decretar que agora vai funcionar de modo a b ou c mas isso nunca será uma solução e permanente

H porque é que os hospitais em parceria pública ou privada funcionavam bem porque havia um caderno de encargos que era preciso cumprir e aliás um caderno de encargos muito mais exigente para os ppp do que para os hospitais do estado os EPS eu diria até que se os EPS

Tivessem de de cumprir aquilo que era o caderno de encargos ppp Muito provavelmente a grande parte fecharia não conseguiria cumprir e o o prestador privado tinha de cumprir estas estas condições e portanto tinha necessariamente de prestar bons cuidados de ser eficiente na gestão dos seus recursos de garantir que tinha

Profissionais motivados se tivesse as urgências fechadas como agora está a acontecer por exemplo com o Hospital Beatriz Ângelo que era um hospital parceria pública ou privada isso iria ter um impacto brutal no seu orçamento iria ter um corte portanto não poderia acontecer o hospital tinha de garantir

Que dava as condções remuneratórias e de carreira aos seus profissionais de saúde para que isso não falhasse o que é que os hospitais epe públicos têm essas suas ências tiverem fechadas poucas implicações eh e e e e portanto no final do dia nós temos de perceber como é que

Nós Montamos o sistema para que ele automaticamente consiga melhorar isso não existe atualmente a mesma coisa com as escolas quando as escolas não definem o seu projeto educativo não podem contratar os seus professores como é que é possível que ainda haja no século XX em 2023 um concurso Nacional em que

Temos um professor de bargan a ser alocado para começar a trabalhar dois dias a seguir em Faro Isto é isto é impensável vamos então vou aproveitar para fazer uma coisa que é até porque Raquel não está com essas inibições de ser candidata e que é perguntar-lhe porque ela é preciso sempre Recordar fazer

Justiça à raquela bois que ela foi das primeiras pessoas à espera do meu Spot exatamente a dizer que este governo não ia terminar o seu mandato e que é Ou seja faz por exemplo abrindo agora a página do do Observador Nós lemos qualquer coisa como que as urgências em

Lisboa estão com tempo de espera até 14 horas e que é e faça tudo isto que o Mário minin Lopes aqui estava a descrever que é Raquel como é que isto não se consegue transformar pelas oposições não é numa h Num caso numa crise Ou seja todos nós somos mais ou

Menos do tempo em que uma grávida ter um parto numa ambulância obrigava ao ministro da saúde a virus ficar admitir-se Campos saiu de ministro da saúde por causa disso há aqui parece que uma normalização acho que em 2023 em relação ao SNS assistimos a uma normalização do que para nós era

Normal eu eu bem eu eu eu acho que há duas linhas aí uma é a a forma como a eficácia que tem a máquina de comunicação do governo e do partido socialista eu ontem à noite por acaso estava a ver um debate entre representantes dos vários partidos eh e

Onde verifiquei uma coisa eh muito interessante que é o partido socialista já definiu Qual é o seu discurso de campanha e o seu discurso de campanha é as contas certas é aquelas contas que eles apresentam sempre da da dívida do défice dos rendimentos depois não especificam e pronto e desse discurso e

Desse discurso não saem aliás eu não sei se o Mário não estava nesse debate o Mário estava pronto e o Mário estava a acrescentar e o discurso do chega também era isso não era mári sim e o discurso sim embora ontem nem nem acho que tenha sido tão notório acho que foi mais

Notório a forma como o representante do partido socialista se divertia a ver como o representante do chega se picava com os partidos à direita eh mas é justo dizer que eh todos os outros o Mário que estava lá eh o o ai ajude-me Mário do PSD era o o do PSD era o

António Leitão Amaro o António Leitão Amaro que pegaram exatamente no no tema da Saúde como não pode deixar de ser no tema da Habitação até o próprio bloco de esquerda enfim todos os partidos da oposição pegaram eh eh nesse tema e o que eu percebi é que estamos no início

Da prépa campha eh é que eh aquilo que eu assisti ontem tem que ser e analisado pelos partidos da oposição para perceberem como é que rompem esta bolha eh do partido socialista que a estas perguntas se recusa pur e simplesmente a responder e no minuto seguinte quando

Lhe é feita a pergunta está a falar outra vez na mesma rodinha do do do das contas certas do do crescimento em linha com os maiores países da União Europeia enfim sempre eh tras lendo a realidade e daqueles números que enfim que António Costa falou no seu discurso de fim de

Ano etc e ignoram que isto esteja a passar o máximo que dizem assim há problemas há temos que os resolver eh e portanto eu não acho que seja exatamente justo dizer que a oposição não está a pegar nisto eu acho que a posição que a oposição ainda não está a pegar nisto de

Forma eh totalmente eficaz mas também é justo dizer que a campanha só agora está a começar eh a ao que na fase das propostas vai ser mais fácil perceber eh até que ponto é que a oposição aposta nisto que são facto as dificuldades que as que as que as pessoas estão a sentir

Por oposição aqui sim a um partido socialista que me parece que está limitado pela herança porque o partido socialista sobre estas matérias não pode fazer um discurso de rotura e por isso é que ontem o Francisco César fugia a essas perguntas como o diabo da Cruz

Porque ele não pode dizer que o que foi feito até aqui foi mal feito uhum eh mas também não tem resposta para aquilo que eh eh os os que estavam ontem neste debate eh o acusavam que era de estarem no governo há 8 anos e não terem feito nada para resolver nenhum destes

Problemas e os centrais era a educação a saúde e a habitação eh mas isto é sempre normal quando há um partido que está no governo e que depois vai a eleições tem sempre essa dificuldade ou não de discurso porque aqui tão difícil quebrar a parte da oposição por parte da

Oposição não isso isso é está na primeira linha eu acho que há uma máquina comunicacional do partido socialista que é de facto muito eficaz eh que tem eh tentáculos também um pouco em toda a comunicação social eh porque se nós vimos também os programas simplesmente de análise

Raramente se fala disto falamos das das contas certas do Carisma do Ainda Ontem fte de ver programas variadíssimos sobre o Carisma do Pedro Nuno Santos que eu acho uma coisa de facto interessantíssima única coisa que tem para dar sim mas que quer dizer eu eu sinceramente é assim eu sou jornalista

Há 30 anos nunca vi fazer um fazer programas sobre o Carisma do Sá Carneiro que também tinha do Mário Soares que também tinha do Cavaco Silva que também tinha do José Sócrates também tinha nem do José Sócrates e portanto eu acho que estamos estamos a chegar a um fenómeno

Eh que que me parece a mim também Isto é para dizer o quê que eu não acho que seja inteiramente justo imputar todas as culpas da não passar desta deste discurso à oposição Eu acho que o PS faz e bem o seu trabalho de forma muito profissional mas também acho

Que a comunicação social em geral também não está a fazer a função de escrutínio que deveria fazer sobretudo numa altura destas quer dizer nós temos as notícias mas depois quando temos o o debate de análise política este tema não surge ou raramente surge e a menos quando são debates mesmo

Políticos e Portanto acho que não é uma batalha perdida porque até porque acho que que que que enfim que que que as consequências da situação que estamos a viver são de tal forma dramáticas e temo que se venham a agravar de tal forma que acho que será

Impossível fugir a este debate agora não acho que seja para responder à Helena inteiramente justo dizer que a oposição não pega posso admito e acho que ainda não ainda não pega eficazmente e e e acho que devia exatamente pegar nas suas propostas nomeadamente o PSD que até já

As apresentou e a iniciativa Liberal penso que também o chega diz sempre que já apresentou as mesmas dos outros eh eh mas eu só só dou por Elas quando ele diz que já apresentou quando os outros dizem que apresentaram que devem pegar nelas mais eficazmente para e trazer as

Soluções para cima da mesa e e acho que que que o tempo de campanha será útil para isso por isso é que eu digo que aquelas aqu Desculpa uma pergunta o Pedro n Santos eh fora do do da da intervenção carismática quando se passa para a intervenção substantiva eh não

Vai a conteúdos nenhuns não vai a conteúdos não vai a conteúdos nem naquilo que eram as suas e a sua agenda dos dos das Tapes e dos aeroportos e tudo nem nisso ele abre o jogo e h e portanto eu não me parece que seja possível ao longo dos próximos dois

Meses e qualquer coisa que o Pedro nundo Santos passei na campanha eleitoral sem dizer ao que vem em nenhum assunto a sua carismática figura portanto ser assun pass pronto exatamente acho que isso é difícil h e portanto enfim estou para ver como é que vai correr a campanha eleitoral vai

Haver um congresso no dia no é o tipo de acontecimento pod lanar ideias peix naágua estou só aqui a este ciclo desta primeira hora só acrescentar aqui um ponto posso só acrescentar aqui uma uma nota rápida rapidamente Mário mar Lopes muito muito rapidamente eh em relação àquilo que que estamos a fazer

Esta análise do PS e em circunstâncias normais o que um governo que esteve 8 anos no poder deveria estar a fazer era defender o seu legado era eh destacar as propostas as reformas que fez como é que contribuiu para um país mais Próspero o PS Não fala disso porque não pode porque

O seu legado s é basicamente um 8 anos em que nada foi feito do ponto de vista de reformas substantivas em que a saúde está pior a educação está pior a habitação está péssima os jovens não tê onde viver eu eu quase todas as semanas tenho um aluno no meu gabinete a querer

Falar comigo a pensar que e conversar comigo sobre a ideia de imigrar Isto é é uma desilusão é uma desilusão profunda os nossos melhores estão a estão a sair máo mar Lopes e Raquel Cis vamos fazer só aqui uma interrupção vão ficar e portanto vamos continuar a falar

Fazer o balanço eh deste ano de 2023 é também fazer um balanço deste governo naturalmente vamos continuar com eles e também vamos olhar para eh a educação e a justiça já depois de atualizarmos as notícias até [Música] já são 11 horas muito bom dia está com a rádio

Observador síntese de notícias agora com a edição da Carla Jorge de Carvalho com o ataque aéreo da Rússia esta manhã sobre a Ucrânia dezenas de mísseis não foram intercetados pelas defesas de Kiev dos 158 mísseis e drones foram destruídos 114 números avançados pela força aérea da Ucrânia O que

Significa que 44 mísseis escaparam ao sistema de defesa os ataques atingiram cidades de norte a sul da Ucrânia em que EV uma pessoa morreu e 20 ficaram feridas no total e em todo o país este ataque fez 10 vítimas Mortais é um número que pode vir a ser atualizado o

Presidente da Ucrânia na reação promete responder estes ataques vadomiro zelenski avisa que o kremlin utilizou Praticamente todo o Arsenal que tinha disponível as nações unidas denunciam ataques israelitas a um comboio de agida humanit área no norte de gasa eh o eh este Comboio ficou danificado não há

Registro de feridos é o que diz esta manhã o diretor da agência da Ono para os refugiados palestinianos no dia em que há também a notícia de ataques no centro de gasa em particular em dois Campos de refugiados onde mais de 30 pessoas e morreram o ano termina com uma

Nova enchente Nas urgências hospitalares e com o PSD a pedir um debate no Parlamento já na próxima semana eh o coordenador da comissão de saúde do grupo parlamentar do PSD exp explicou aqui eh na rádio observador que acusou O governo estar a viver numa ficção enquanto que o partido socialista Já

Respondeu eh dizendo que eh tem havido um alarmismo em torno do acesso aos cuidados de saúde foi aqui no explicador da Rádio observador o coordenador do PS da comissão de saúde diz que estão a ser tomadas medidas para que as urgências não sejam a principal porta de entrada

Dos doentes nesta fase eh de gripe e de gripe A eh olhando para os tempos de espera eh no Hospital Beatriz Ângelo eh é preciso aguardar 12 horas para eh atendimento nesta altura estão 32 pessoas com pulseira amarela no hospital amadora cindra o tempo de espera para doentes considerados urgentes é de 5

Horas em Santa Maria de duas eh o cenário nos centros de saúde é diferente o conselho Clínico do agrupamento de centros de saúde de Lisboa Norte reconhece que tem existido um aumento de pacientes mas ainda longe do pico que era eh esperado Guilherme guinaz Romana

Eh da cha mais uma vez o concelho para que os doentes contactem a linha sns24 e recorram aos centros de saúde antes de se dirigirem às urgências hospitalares e com a contagem das Horas extraordinárias dos Profissionais de Saúde de volta às estaca zero com o início do próximo ano o movimento

Médicos em luta deixa um alerta em março o cenário Nas urgências vai voltar a repetir-se e vai ser catastrófico eh expressão utilizada pela porta-voz deste que diz que grande parte dos hospitais vai esgotar as horas extraordinárias muito em breve rádio bxa probabilidade e pouco frequentes 11 graus H instante estamos de regresso ao

[Música] contracorrente no contracorrente de hoje estamos a fazer um balanço 2023 e a olhar expectativas para o próximo ano com a Helena Matos mas também com muitos convidados sabe que pode participar no contracorrente inscrevendo-se ou deixando mensagens através do número 91002 4185 e retomamos a conversa com os

Nossos convidados deste momento a Raquel abcis e o Mário Amorin Lopes vão juntar-se daqui a pouco H Nuno Crato e também e Luís Rosa Helena não sei se queres já colocar uma questão quero colocar uma questão uma questão que eh quero colocá-la Diferentemente ao Mário Marin Lopes e a Raquel abcis e prende-se

Com o seguinte nós temos hoje na numa notícia na secção de economia do Expresso eh Às vezes a secção de economia do Expresso Traz umas notícias pel as quais eh estou a pensar por exemplo há um ano Olha Há um ano houve uma demissão que foi cá pel no correr da manhã Alexandra

Reis Não é que depois tonou toda aquela crise já a questão da indenização já tinha vindo numa secção de Economia mas eh Há aqui um um algarismo eh nesta uns algarismos um número nesta nesta notícia que nos devia fazer pensar vamos recuar a 2011 nesse ano de 2011 o valor da dívida

Dos hospitais públicos aos fornecedores atingiu 3.000 milhões de euros e nesse ano de 2011 este valor de dívida de 3.000 milhões de euros pôs em causa o fornecimento de medicamentos hospitalares eu não sei se se lembram mas a troika já ontem aqui o dissemos não veio porque eu estava numa excursão

E resolveu vir até aqui veio porque em 2011 entre outras coisas nós podíamos ter ficado sem dinheiro para pagar medicamentos e nessa altura Portugal foi obrigado pelo banco central europeu pelo fundo monetário Internacional pela comissão europeia a ter um plano de pagamentos ora fixem este número 3.000

Milhões de euros é fácil porque é uma Tap eh acontece que nós estamos agora aqui com esta notícia eh no Expresso que nos dá conta que a dívida do do SNS em 2023 em setembro e em 2322 Milhões de euros sendo que sendo que eh já tinham sido injetados no final

De 2022 853 milhões de euros ou seja nós estamos com o o SNS com dívidas aos fornecedores que estão a voltar que estão a subir consistentemente e isto levou até e é daquelas Coisas extraordinárias estea é mais uma preocupação que eu coloco aqui ao Mário Marin Lopes que é no sentido quer dizer

Como é que isto é possível que porque gerir é também conseguir controlar o tempo em que estas dívidas são pagas eh isto ultrapassa todos os prazos legais mas mais o governo tomou uma decisão e por iso é que houve tal notícia no Expresso tomou uma decisão daquelas

Notícias que vem nas secções de Economia com muitas palavras em inglês e que nós aquilo já quase que se nos escapa e que é as facturas que se vão pagar em primeiro lugar são aquelas das empresas que desta área da saúde e farmacêuticas que vendem as suas que vendem as dívidas

Que o SNS lhes tem para para que para as conseguir cobrar para as conseguirem cobrar chamado Factoring e portanto isto e isto sei lá bloco esquerda não estivesse assim tão adormecido como está isto dá um título extraordinário não é eh o Ministério da Saúde e o ministério das Finanças

Fizeram uma resolução para pagar aos grandes tubarões da da da Indústria Farmacêutica porque é claro que as pequenas e médias empresas ficam com com muito mais dificuldade de comercializar assim os seus créditos portanto há aqui para lá da tal bolha que a Raquel aqui falava há aqui uma uma opacidade sobre

Estas operações de bastidores mas talvez pudéssemos começar pelo Mário Amin Lopes que dizer eh esta estas dívidas do SNS nem sequer com com a criação de uma de uma gestão separada para o SNS quando se esperava que esta questão das faturas em atraso eh para lá de todos os prazos

Para serem pagas estivesse a ser resolvida e agora até tivemos aqui esta notícia de que de facto hum para conseguirem receber muitas empresas desta área ou algumas empresas eh estão a recorrer eh a estes procedimentos eh do Factoring para conseguirem cobrar ao SNS esse caso H exemplifica bem a a

Forma eh como o estado primeiro lida com os contribuintes com as pessoas eh e com as empresas e como não aplica as regras a si próprio as regras que ex exige aos outros portanto não é uma pessoa de bem estado em Portugal se alguém se atrasar

A pagar por exemplo o IRS um dia que seja leva com uma coima já o estado em muitos casos mesmo em processos que depois vão a tribunal fica anos sem eh sem pagar o que é o que é devido isso isso tem de mudar independentemente aqui

Do partido que possa estar no poder o Estado tem de aplicar a si próprio exatamente aquilo que exige aos restantes cidadãos Isto é é um princípio da mais elementar democratici dade eh e e e e base de um estado de direito e no caso dos fornecedores da Saúde o que

Isso significa na prática é que o estado os usa para se financiar Porque neste momento com as taxas de jura 3 ou 4 ou 5% esses milhares de milhões de euros eh que não são pagos aos fornecedores e depois no fundo estão a criar problemas de tesouraria nestes próprios

Fornecedores são uma forma que o estado arranja para depois ir buscar em juros receita adicional isto não é uma forma eh transparente não é uma forma ável eh de se gerir as Finanças Públicas empurrar para fornecedores hh problemas de financiamento sendo que depois aqueles fornecedores e isso já acontece

Hoje em dia com muitos hospitais aqueles fornecedores que não dependem do estado português não dependem da economia portuguesa muitos casos recusam-se a vender para os hospitais públicos compreensivelmente porque o pagamento vem tarde a mais horas com grande incerteza cria problemas de Saria para estes fornecedores portanto isto não é a

Maneira certa de eh de de de fazer as coisas mas os o estado pode o o de facto eh confere-lhe este este poder eh e sendo assim consegue ter esta relação de forças que é que é desigual é injusta cria também problemas porque depois os fornecedores têm problemas na sua

Própria eh gestão de tesouraria eh e e é um problema grave é um problema que Aliás acresce a muitos outros H só para só para terminar eu acho que vale a pena partilhar esta história porque está relacionado com o próprio ccp não é o código dos contratos públicos são

Basicamente as regras que regem a contratação pública eh nas entidades do Estado Aliás o o próprio acrónimo cccp é ironicamente similar ao cccc p que é a União Soviética H estes códigos uma vez assisti presenciei portanto ninguém me contou num hospital grande da zona norte

Eh duas pessoas e a irem com uma técnica superior lá do hospital eh que estava com o saco preto na mão a irem para uma sala e de repente metem a mão no saco uma delas tira uma bola preta uma delas tira uma bola branca e eu fiquei estupefacto pensei que estavam a

Distribuir rifas eh no no hospital e perguntei o que era aquilo e disseram que aquilo era um processo completamente normal de desempate de um processo de contratação porque os dois fornecedores tinham apresentado o mesmo preço enfim isso não quer dizer necessariamente que seja com Lui pode ser porque

Simplesmente eh é um mercado muito competitivo e portanto os preços aproximam-se mas seja por motivo for como o preço é o único fator que é possível considerar ou melhor é possível considerar outros mas é extremamente laborioso extremamente burocrático e a confiança que se tem com os fornecedores

A sua fiabilidade os tempos de entrega nada disto interessa interessa o preço e para se fazer o desempate é com bola preta bola branca Isto foi em 2019 é é é compreensível que um hospital use um processo desempate para selecionar os seus fornecedores usando uma bola preta

B bola branca Isto é isto é incompreensível mas é realidade dos hospitais no dia a dia têm de receber com despachos circulares circulares normativas da ACS da dgs do Ministério da Saúde das secretarias de estado com em alguns casos as indicações contrárias que são conflituantes entre si e portanto o o Conselho de

Administração do hospital no fundo no fundo acaba por ser despachantes porque and não a tratar dos despachos que seguem da totela isto não é uma forma de de de poder gerir bem o o sistema de saúde e Claro no caso do dos fornecedores aqueles que têm alternativa compreensivelmente se puderem não vender

Ao estado e aos hospitais portugueses assim o farão naturalmente porque o risco é o risco é elevado isto não não são formas de de fazer as coisas e Raquel este o exemplo do estado na saúde ou noutras áreas é é também uma questão é também um um um problema se olharmos

Para o que para o que foi este ano for mas isso é aquilo que nós todos como cidadãos já nos habituamos Eu por acaso falhei agora ao pagamento eh de um Iva que tinha para pagar já recebi a cartinha em casa ainda só passaram 15

Dias nem quero saber o que é que já me vão cobrar em juros eh e e e pronto isso isso isso isso é tipo típica coisa que é muito injusta mas que nós em Portugal já nos habituamos de que é assim agora em relação a isto e eh eu não sou uma

Especialista eh em saúde nem neste tipo de de de questões de pagamentos de dívidas a fornecedores etc mas sou o suficiente eh e and cá o suficiente para perceber que isto é um problema eterno e não é só na saúde e eu acho que não sendo também estrategista política eh eu

Daria acho que há aqui um uma linha para explorar é porque isto a justificação que isto tem desta dívida que é praticamente igual aou está a caminho de ser igual e aos fornecedores da saúde entre 2011 e 2023 eh eh e e isto somado a o discurso das contas certas eh

Leva-nos a um resultado inevitável é que para termos contas certas em vez de fazermos o caminho que deveríamos ter feito e porque para ter contas certas foi preciso o apoio da Extrema esquerda aquilo que aconteceu imediatamente em duas áreas sensíveis e eh da nossa sociedade a educação e a saúde foi o fim

Das ppps uma cedência à esquerda e o fim dos contratos da associação também uma cedência à esquerda E depois o que é que houve zero financiamento porque para ter as contas certas não se pode gastar dinheiro nos serviços públicos e portanto quando quando eu já disse isto

Várias vezes quando quando se diz que os portugueses não comem contas certas é que não comem mesmo não comem mesmo nem se tratam mesmo com contas certas nem aprendem mesmo com contas certas eh eh por exemplo um dos argumentos Eh que que o que o que o partido socialista dá

Sempre quando se fala destes temas é que isto não é um problema só Português é um problema europeu bom mas os nossos jovens qualificados emigram para esses países onde também há esse problema e eu tenho na família como acho que todos nós temos na família jovens desses que

Saíram daqui para outros países na Europa Onde existe também o problema da Habitação Mas eles lá não têm o problema da Habitação porquê porque ganham bem e aqui ganham mal porquê porque porque a economia nesses países apesar de tudo tem uma vitalidade que aqui não tem porque aqui conseguiram

Resultados económicos e eh praticando aquilo que o PS não gosta de dizer nem de assumir mas a verdade é praticando uma austeridade tão grande ou Igual àquela que foi que que que nós vivemos na troica porque para termos as contas certas e não termos austeridade tínhamos

Que ter crescido e tínhamos que ter tido uma economia com um dinamismo que não houve porque houve eh eh no poder político num partido socialista muito virado à esquerda mas sobretudo que dependia da da Extrema esquerda a necessidade eh de e eh partilhar e portanto Quando se diz ah

Não tem problema nenhum eh porque a Extrema esquerda não influenciou o partido socialista não influenciou influenciou o resultad está à vista na saúde e na educação e em muitas outras coisas e numa economia que não se pode desenvol olver porque o discurso é que as empresas que têm lucro Têm que pagar

Mais Impostos sobre os lucros excessivos vai lá a gente saber o que é que isso é em Portugal e e apesar de tudo o chega tem um discurso parecido e e portanto aí se percebe bem que também toca também toca a Extrema esquerda é um forte argumento eleitoral Sim

Nós estamos a falar aqui de saúde mas também dis mais sobre isso Justiça eu nem me atrevo a falar de Justiça com o luí rosa ao meu lado mas agora agora temos ao telefone e vamos aproveitar o tempo que Nuno Crato tem para para estar com connosco foi ministro da educação no

Decato Bom dia obrigada por estar por estar connosco já falamos aqui de alguma eh da forma como a educação foi e gerida e por este por este governo O que é que temos visto que balanço é que faz deste 2023 recapitulando rapidamente tivemos professores em greve alunos sem aulas os

Resultados do piso e das provas de aferição a colocarem os alunos a a perderem na comparação com outros países que obviamente também foram afetados pela pandemia o balanço é é também traça um retrato assim muito negativo do setor ora viva Bom dia o retrato do setor que traçado este ano é um retrato

H que surpreendeu uma série de pessoas não não terá surpreendido outras mas este ano o que se verificou sobretudo no fim do ano foi que a situação eh cognitiva dos alunos que é o que no fundo o que nos interessa o que é que os alunos aprendem Qual é a formação que

Têm Qual é a formação com que vão sair da escola piorou bastante e isso foi durante bastante tempo e pouco debatido mas com os resultados do Pisa era impossível não não debater este problema e este problema de facto é é é bastante grave é uma questão que vem

Detrás repare-se que há uma queda continuada dos nossos resultados dos nossos alunos em todas as avaliações internacionais começando com o o piros de 2016 Mas enfim o pir eh ainda é logo a seguir mal este governo tinha entrado em funções pouco depois de ter entrado em funções mas

Depois temos o pisa 2018 o teams 2019 o pir de 2021 agora O pisa 2022 quer dizer são notícias mais notícias constantes Durante algum tempo pensou-se bem Isto foi a pandemia e enfim as pessoas tiveram alguma compreensão para as dificuldades que existiram durante a pandemia Mas agora

Está muito claro que nós baixamos mais do que os outros países que os prejuízos para os nossos alunos são superiores aou de países que fecharam a escola Durante quanto o mesmo tempo ou tempo equivalente àqueles que nós fechamos e que estas estas quebras vêm detrás são

Quedas que vêm detrás e portanto eu acho que nós Devíamos todos pensar muito seriamente O que é que queremos da escola porque este caminho não está a levar à escola que nós queremos mas noato Bom dia Daqui Helena Matos eh nós sabemos o esforço que foi feito eh aliás

Eh pelo governo do qual fez fez fez parte que foi governo passo Coelho mas era um esforço já anterior nós Eh claro que com divergências muitas vezes questões polémicas mas no havia um um esforço que já tinha começado em governos anteriores também do alguns do partido socialista de fazer eh procurar

Introduzir elementos de avaliação na escola portuguesa para conseguir eh que os alunos portugueses que os seus resultados fossem eh postos em comparação com eh os os de outros países conseguir haver umas um um uma noção de progressão nas aprendizagens de eh colocar muitas vezes o foco também na

Questão de ver avaliação e avaliação com séries continuadas não é para se conseguir perceber o que é que se está a ensinar agora o que é que não se está a ensinar agora no que é que estão melhor no que é que estão pior e e aquilo que

Assistimos aqui com os governos de António Costa foi o quebrar em primeiro lugar desses mecanismos de avaliação ou seja mudaram-se os anos nos quais se procedia a avaliação passaram-se para provas de aferição acabou-se com exames Ou seja tirou-se a avaliação e mais ou menos de cima da mesa por outro lado

Houve uma grande centralização na questão da escola pública com o fim dos contratos de associação um um discurso muito centrado Nas questões mais eh emocionais e ideológicas Se quisermos as questões da inclusão do ensino foi-se falando cada vez menos e das questões do ensino e neste momento imaginando até

Por exemplo a conflitualidade que aconteceu e agora a aqui até para irmos ao outro governo estou a pensar da conflitualidade que acompanhou os governos de Maria quando Maria de Lurdes Rodrigues foi ministra da educação e outros ministros na nessa nessa pasta que é tudo nesta pasta demora tempo ou

Seja Nós não vemos logo as consequências imediatamente para se conseguir voltar àquela linha de progressão em que se estava quanto tempo e quanta conflitualidade é que vão ser necessárias é uma pergunta que que eu não sei responder agora eu de facto é verdade é verdade que sobretudo a partir

De 2003 2003 até 2015 houve um esforço continuado de vários governos de vários ministros de várias instituições de não são só os ministros não são só os governos de todo todo o sistema para melhorar a educação em Portugal isso é notório tanto é notório que nós de 2003

A 2015 Subimos sempre nas avaliações internacionais quer dizer o nosso sistema de ensino foi sempre melhorando quando comparado com critérios de eh com critérios de observação e de medida que são critérios muito muito bem estabelecidos e muito muito comparáveis de ano para ano e de sistema para sistema portanto nós de facto 2003

201 Subimos melhoramos sempre eu Julgo que isso se deve a duas coisas fundamentais que foi por um lado o interesse que todos manifestaram em que a educação fosse mais exigente no sentido em que os alunos os alunos saberem mais estarem mais bem preparados de terem maior Domínio das matérias

Fundamentais do português da Matemática depois das ciências Geografia História etc portanto por um lado isso um esforço para que os alunos soubessem mais por outro lado um sistema de avaliação crescentemente mais bem organizado porque nós começamos com provas de aferição mas as provas de aferição eram sempre feitas nos mesmos anos e eram

Feitas nos finais de ciclo que é quando importa depois as provas de avaliação foram transformadas em exames ou em Provas finais que não são exatamente exames portanto há sempre uma tentativa de que a avaliação seja mais bem feita o o gav foi instituído que era o gabinete de avaliação foi instituído pelo pelo

Ministro marcal grilo e foi um passe em frente depois Foi estabelecido o iav depois foram estabelecidos métodos mais comparáveis de avaliação ora tudo isto é um progresso estas duas coisas que eu que eu estou a falar eu Julgo que são as duas coisas fundamentais para a melhoria

De um sistema de ensino que é ambição curricular e depois em seguida verificação do que se está a passar através de um sistema de avaliação Isto é como em tudo na vida quer dizer eu quero fazer ginástica e quero e quero f mas eu compro uma balança e ao mesmo

Tempo faço ginástica quer dizer tenho que ter um programa Enter o que é que estou a fazer mas os goos de António Costa deitaram Fora à balança pois nós neste momento estávamos cegos se não fosse o pisa nós estávamos cegos e repare-se até há muito pouco tempo todas as avaliações que surgiam

Que não eram muito não eram comparáveis não se sabia bem o que é que queriam dizer não eh não tinham os mesmos critérios etc as avaliações era no sentido que no o país está a progredir dizia-se que o plano de recuperação das aprendizagens está a resultar que Portugal era uma anomalia Porque

Portugal era um país que com a pandemia conseguia progredir até houve pessoas que sei lá acho acho que foi a Susana aqui eizou com isso então disse então é melhor fecharmos as escolas com as escolas fechadas isto funciona melhor enfim eram coisas um bocadinho enfim um bocadinho fantas

Fantasiosas como agora se vem a verificar portanto eu diria que fora Aqueles problemas que são problemas estruturais do sistema falta de professores etc etc que nós temos praticamente todos ultrapassados exceto o problema da falta de professores mas se nos compararmos por exemplo com um país como sei lá

Moçambique on onde há terras onde não há escolas onde os alunos se juntam em volta de uma árvore com um professor quer dizer se compararmos com esses países nós temos a situação essencialmente resolvida temos escolas temos escolas que enfim podem haver umas que não não estejam a funcionar ou que

Tenham alguns algumas deficiências estruturais etc mas temos escolas temos temos um sistema que funciona o que que ora é o problema grande é o problema de professores Esse é um problema grande que se vai projetar no futuro e que já se sabia há muito tempo eu lembro que

Ando a falar diso desde 2014 e isto não quer dizer que eu seja uma pessoa especialmente bem informada que sabia-se desde 2014 que era muito claro que eh iria haver um momento em que iria haver falta de pessas portanto deixa-me só sinzar porque eu se calhar não não me

Expliquei muito bem fora estes problemas estruturais em Portugal problemas materiais que e de e de e de existência de de Recursos Humanos etc fora estes problemas que em Portugal o único de facto grave no futuro vai ser o da falta de professores fora estes problemas nós

Temos o problema resolvido Então o que é que nos falta o que nos falta são estas duas coisas é ambição curricular e um bom sistema de avaliação para perceber como é que estamos a funcionar bem só democrato muito obrigada por por ter vindo um bom ano um bom ano

Para h saúde educação Justiça também íamos falar sobre isso e vamos Luís Rosa redator principal do Observador traz aqui uma espécie bem-vindo Bom dia TRS aqui uma espécie de balanço dos casos do ano e nem tudo é negativo B dia não nem tudo é negativo acho que o primeiro caso

Que eu gostava destacar tem a ver com aquele processo que os jovens portugueses eh me apresentaram no tribunal europeu dos direitos humanos eh portanto são seis jovens portugueses que processaram 32 estados europeus eu acho para mim é a melhor notícia do do ano na área da justiça por várias razões

Primeiro pela proactividade destes jovens porque agiram e agiram em nome Dao que aconteceu em Portugal os foques florestais que ocorreram em 2017 na zona de Leiria e da região cente foram clique para esses jovens agirem em segundo lugar porque utilizaram os mecanismos legais que a democracia providencia aos

Cidadãos para agirem contra o estado e esse é um bom exemplo do que é o estado de direito estado direito que é uma das grandes diferenças entre a democracia e a ditadura e em terceiro lugar assim distinguiram-se de forma Clara daquilo que eu acho que são quase atos de

Delinquência com os ativistas daquel máximo aliás isso foi coincidente se não fori no mesmo dia foi quase o primeiro o ataque com tinta ao Ministro Eduardo Cordeiro se não foi nesse dia foi muito próximo duas formas muito diferentes de agir na numa democracia ou seja em primeiro lugar por um lado os

Instrumentos que o estado direito dá a todos os cidadãos para irem ainda por cima com instâncias europeias para agirem contra o estado neste caso Foram contra 32 países europeus e em segundo do outro lado temos pessoas que limitam-se simplesmente a atacar quem fala e nem sequer tentam expressar qualquer qualquer opinião simplesmente

Atacam quem está quem está a falar eu acho que essa distinção é muito importante eh ainda por cima os jovens os seis jovens europeus foram para os se jovens portugueses foram para o tribunal europeu dos Direitos do Homem marcaram a agenda internacional esta ação foi noticiada em toda a Imprensa

Internacional teve mesmo Impacto e que seguimento é que vai ter ainda está a ser julgada vamos ver qual será a decisão em princípio será em 2024 que será conhecida a decisão do tribunal europeu dos Direitos do Homem e portanto nesse acho que este caso é um caso muito

Importante para destacar neste ano eh e por outro lado também quero evidenciar aqui uma área numa numa numa área em que há poucos resultados que é a área da criminalidade económica ou financeira nós no observador ao longo de 2023 também destacamos o trit tem julgado mais um processo do caso do banco

Privado português e que levou à à atenção para cumprimento de pena do segundo ex-administrador do banco privado português que é Fernando Lima que foi preo para cumprir uma pena de prisão de 6 anos pelos crimes de abuso de confiança frode fiscal e branqueamento de capitá apropriou-se 2,1 milhões de euros do banco privado

Português Paul guichard foi o primeiro administr ex administrador do bpp a Preto está a cumprir a cumprir pena e foi Até recentemente condenado a outra pena ainda falta um terceiro gestor de bpp que também nós noticiamos que está quase prestes a transitar em julgado a

Sua também terá uma uma pena de 9 anos para cumprir portanto Isto é um caso é um bom exemplo de um caso é um bom exemplo de um caso que apresentou resultados que são parques na área da da criminalidade económica ou financeira e por outro lado também é um é um caso

Também demonstra a enorme disparidade do tempo de resolução da criminalidade comum que é cerca de um ano e que compara muito bem com com a união europeia é relação aos casos de criminalidade económica ou financeira este gestor Fernando Lima foi preso 15 anos depois dos Factos 15 anos depois

Dos Factos e o tempo médio de resolução destes processos da criminalidade económic financeira varia entre os 10 e os 15 anos precisamente é sempre superior a 10 anos é diferença de um para 10 portanto é um bom exemplo por boas razões e por mais razões e

Finalmente eu gostava de destacar o o um trabalho do diapo regional do porto que é um um departamento do Ministério Público que tem feito um escrutínio muito muito apertado ao poder autárquico eh ao longo de 2023 fez de várias acusações nomeadamente a operação Babel que Visa a câmara câmara de Vila Nova de

Gaia a operação Taia que Visa Barcelos Santo Tirso o IPO do porto também foi na operação Taia que nasceu aquela acusação contra Miguel Alves 2022 que levou a sua admissão sário de estado adjunto primeiro minist estado adjunto António Costa fez outra acusação da Câmara de montealegre contra um dinossauro

Autárquico chama Orlando Alves o vorttex que levou a admissão do presidente da Câmara de de espinho Miguel Reis que era do PS e também do ex como Deputado aliás levar a Cida do do Parlamento de pinto morara que era uma figura muito próxima de luí Montenegro do PST é um

Departamento tem feito bons tem apresentado bons resultados na área das acusações dos inquéritos agora vamos ver se isto resulta em condenações o que nem sempre aconteceu mas estão grosso modo são estes processos que eu gostava de vivenciar como como neste balanço do ano da Justiça mas Luís Eh desculpa que te

Pergunte e em 2024 há dois um um um um julgamento precisamos de saber se acontece ou não estou a falar de José Sócrates eu não estou não houve grande result resultar nessa matéria po eh mas e para a nossa perceção do da justiça e não é uma questão apena justiça é também

Uma questão de regime não é José Sócrates ser julgado ou não é é é fundamental percebê-lo e por outro lado temos também o inquérito que Visa António Costa e em que o próprio ministério público pode também ele estar a ser julgado do ponto de vista político portanto tu falaste dos casos iia falar

Da operação influen mas se quiseres podemos já falar disso sim então Ah bem eu em primeiro lugar deixa-me falar do do do do caso sras o caso sras vai ter uma decisão fundamental em janeiro de 2024 Eh vamos ver se será conhecida antes do final de Janeiro eh nós

Noticiamos aqui que tinha sido adiado por 30 dias era era previsível era sepois de ter sido tomado em dezembro foi adiado um mês para o final de Janeiro essa acusação essa decisão desculpa do tribunal de relação de Lisboa será fundamental para perceber se José socar será ou não julgado a isto

Era preciso um programa inteiro para eu te explicar todas as questões da operação marqués mas tendo o mais sintético possível se o ministério se o o o tribunal deção de Lisboa dê razão ao Ministério Público e à acusação original da operação marqus fori reposta ou seja José socas será julgado eventualmente

Pelos crimes de corrupção dos quais não foi pronunciado por pelo juí Rosa em 2021 e será julgado eventualmente também por crimes fraude fiscal e Brino de capitais foram reposto estes três crimes e isso vai ter uma grande implicação no no na pronúncia que ele teve em 2021 que

Era só de falsificação de documento e branqueamento de capitais esse julgamento por exemplo que nunca começou e que Já devia ter começado pode nem sequer vir e pode ser anulado e pode ser feito só um julgamento de José Sócrates para sobre a acusação original de de de da operação Marquês e portanto Sócrates

Pode ser julgado por corrupção por froto fiscal e por branqueamento de capitais se o Ministério Público por outro lado perder esse recurso vamos ver o que é que acontece aquilo que foi a pronúncia do juiz verrado nunca foi julgada até agora e que é uma coisa que eu gostava

De ver por exemplo os partidos políticos preocupados com isso e que não nunca falaram se calhar em nome de uma coisa que eu ia falar agora assim sobre operação influencia que que o partido socialista não está a respeitar agora nunca falaram sobre isso em nome da

Separação de poderes da Justiça ou que é da Justiça H política o que é da política e o princípio da separação de poderes é um princípio constitucional fundamental em qualquer estado de direito mas agora agora fazendo aqui a a passagem para o influêncer o partido socialista está a violar quase todos os

Dias está a rasgar quase todos os dias na minha opinião isto é uma opinião não um facto o princípio da separação de ponderas nomeadamente através do presidente da Assembleia da República Uhum que é o líder do Poder Legislativo portanto estado de direito tem três poderes constitucionais tem o poder

Executivo tem o poder legislativo e tem o poder judicial e nós temos a ver com muita regularidade o líder do Poder Legislativo ou seja o órgão de soberania que faz leis é dizer à justiça o que é que a justiça tem que fazer e que tem

Que arquivar o mais de pressa possível o inquérito que está no Supremo Tribunal de Justiça nos serviços do Ministério Público Supremo Tribunal de Justiça contra António Costa isso é violar o princípio da separação de poderes não tenho qualquer dúvida sobre isso e eu vejo com muita preocupação isso porque

Se nós pensarmos bem eh no no no que é que aconteceu nestes últimos anos nós temos visto o o a justiça entrar cada vez mais em tem a ver com com o poder político ou seja com o escrínio da ação do poder político seja opção Marques que

É se calhar o melhor exemplo disso seja também o Caso Espírito Santo tem muito a ver também com o poder político mas também com o poder económico o que na prática o o partido socialista está a dizer é que defende praticamente defend o controle político da investigação

Criminal e isso é muito perigoso para a democracia porque além de ser uma violação do princípio da separação de poderes também implica que pode fazer com que não exista um escrutinio efetivo do poder político Porque qualquer controle político de investigação criminal que é uma coisa que Rui Rio

Defende e que agora vários aliás Rui Rio veio pedir a admissão da Procurador Geral da República a 14 de dezembro não foi foi foi ainda bem qual foi o argumento mas é que parece que o r Rio é um especialista em Investigação Criminal coisa que eu desconhecia Portanto ele

Parece que sabe conhece o processo todo porque ele diz eh aliás que e a procuradora tem uma H que o ministério público tem uma arrogância própria dos poderes eh absolutos e também estou a citá-lo quando digo que Rui Rio considera que a Procurador Geral da República tem uma

Postura antipolítico não sei o que é que isso é uma postura antipolítico a justiça não pode investigar os políticos não sei eu vejo os olhos de riquel andarem para cá e para lá mas eu não sei o que é que isso é numa postura anti políticos sabe Raquel não isso também

Mas mas o Rui Rio sabe e ele Rio tem um problema pessoal com a justiça Ele sempre teve um problema com a justiça e que se agravou com as buscas à casa dele que se agravou com as buscas à casa dele que ele que ele não abriu a porta

Durante duas horas não sabemos bem porquê mas para tinha depois nos ouvidos não chegar a televisão e dizer que a televisão chegou primeiro é exato mas achas Raquel desculpa que interromper Luís que para esta questão desta clima de alguma de algum cerco ao Ministério Público cerco não mas assim aqui há

Alguma pressão sobre o Ministério Público ali erança do Rui rio cres que ajudou a normalizar esse estado de de de que a justiça é um problema que o ministério público está contra os políticos Eu acho que eu acho que Rui rio não teve grande sucesso eh como líder partidário e como líder da

Oposição eh e e uma das razões pelas quais não teve foi também por causa dessa agenda da Justiça que era a sua agenda prioritária que não era dos Jornalistas e dos Jornalistas também dos Jornalistas dos Jornalistas também mas que não era uma agenda eh eh que as pessoas percepcion assem como o grande

Problema que o país tinha que resolver e com isto não estou a dizer eh eh que a justiça não tem problemas porque também acho que os tem eh mas acho que que Rui RIO eh não contribuiu porque ele de facto não conseguiu eh eh eh não conseguiu eh assum vingar como como nem

Não só como líder como líder da oposição eh como não conseguiu ganhar eleições e aliás peruas sempre e da última vez eu diria que de uma forma e eh quase vergonhosa e posso só dar uma chega muito rápida que é lembro perfeitamente do debate de António Costa com rio

Nessas eleições em que Costa ganha comia absoluta Costa disse precisamente o seguinte o Dr Rui Rio quer controlar a justiça e portanto o PS jogou contra Rui Rio essa agenda agora e a vitória do Costa foi também uma vitória da Independência e da do poder judicial e da autonomia do Ministério Público não

E e e é verdade que o continua a reafirmar na última entrevista naquela entrevista de publicamente e ele próprio deviv a voz continua a reafirmar Depois manda os os seus eh eh os seus companheiros e fazerem o trabalho sujo mas eh isto para dizer que eu eu não

Acho que que Rui Rio tenha tido grande influência acho acho que pelo contrário pode ter tido até um efeito perverso porque eh eu acho que obviamente a justiça como qualquer outro órgão de soberania deve estar sob escrutínio e deve ter mudanças e deve ser poder ser criticado eh mas obviamente isso não

Pode ser feito eh Enfim pelo pelo pelo um presidente da da Assembleia da República que se transformou no no no Cacique do partido socialista que ataca tudo o que mexe e eh que aparentemente possa ir contra os interesses do partido socialista isso é que não pode nunca

Acontecer nem pode nunca ser feito dessa maneira eu aliás não vejo neste momento qualquer a diferença entre Augusto Santos Silva aquilo que ele diz e aquilo que José Sócrates diz esse de pleno direito porque está a ser acusado pela justiça e já não tem responsabilidades políticas e pode dizer o que entender

Mas já Agora eu gostava só também de falar das críticas que devem ser feitas ao Ministério Público se me permitidos que é eu acho que tenho isto Tenho dito isto desde o princípio a ação do Ministério Público na operação influencer foi exagerada nas detenções na existência do prisão preventiva Aliás

O Ministério Público tem-se caracterizado nos últimos anos é mais uma crítica como tenho dito várias vezes uma falta de pragmatismo em processos tão importantes como do universo Espírito Santo ou do caso EDP por exemplo o ministério público tem tido muita falta de pragmatismo e também concordo comant a crítica que

Nomeadamente do partido socialista e não só tem sido feita que temos caminhar de forma exagerada por uma autonomia de cada magistrado do Ministério Público o ministério público é autónomo Mas é uma uma estrutura hierarquizada estás a pensar diretamente em cândida Almeida e na forma como ela

Ger no Ministério Público eh não não não não tenho na cabeça candid ten tenho na cabeça que acho que há uma autonomia que conhece bem o ministério público e conhece bem o pensamento das várias gerações do ministério e acho que nomeadamente as gerações mais mais novas

A minha geração por exemplo tem uma uma ideia da Autonomia de cada magistrado que eu acho que que se chama Tecnicamente autonomia interna que é exagerada ou seja isso quase praticamente impede a ação dos responsáveis hierárquicos do Ministério Público a essa tem vid esse caminho esse caminho não está correto tem que ser

Reposta A Hierarquia no ministério público e acho que esta crítica do poder político faz sentido o qual é o meu ponto de grande discordância é que eu não não é preciso alterar a lei sim para fazer isso não é e há quem defenda a alteração da lei e há quem defenda

Nomeadamente no partido socialista Isso é uma questão histórica do partido socialista de que o ministério público deve estar sob a alçada do Ministério da Justiça porque um procurador não é um magistrado O que é efetivamente mas sim um funcionário da Administração é o Model francês isso é algo que nós na na

Quando discutimos a nossa Constituição em chou a estar em causa nãoé chou chou a estar em causa porque o modelo da ditadura nós quisemos a democracia e os constituintes quiseram fazer uma grande diferença Face ao modelo da ditadura foi o Ministério da Justiça mandava no Procurador Geral da República o ministro

Da Justiça mandava no procurador-geral da república e a Democracia que isto é um sistema diferente e que isto é um sistema em que o procurador-geral da república e o Ministério Público caminhou não foi logo em 75 ou em 76 desculpa mas caminhou para uma autonomia crescente bem mas essa autonomia tem

Limites como é óbvio estou a falar da autonomia dos Procuradores Face aos seus responsáveis hierárquicos em relação ao Procurador Geral da República o procurador Jal da República não responde ao Ministro da Justiça isso é efetivo Aliás o ministro da Justiça foi tendo poderes que foram sendo foram sendo

Retirados da Lei com o passado dos tempos bem antes podia por exemplo pedir processos por exemplo ainda em democracia isso já não pode acontecer aliás este governo teve uma coisa muito engraçada que foi quando Miguel Alves se demitiu a António Costa e no lar do rato até estou a visualizá-lo agora que a

Minha memória é muito visual eh Estava muito chateado apesar de ter aquele sorriso um bocadinho falso a a de criticar que O Observador tinha acesso a tudo e O Observador sabia de tudo e não sei quê mas até a ministra da Justiça escreveu como se no observador o ministra da Justiça escreveu à

Procuradora Geral da República perguntou-lhe diretamente Então mas afinal o secretário de estado da junta Prime Ministro foi ou não acusado que é uma coisa que eu nunca tinha visto na democracia Isto foi praticamente ignorado por to que é o ministro a ministra da Justiça segundo o primeiro-ministro perguntou à pral da

República se o membro do governo tinha sido acusado isso é algo que não faz sentido nenhum uhum isso mostra também a forma como António Costa entrou muito passou a ter ele diz uma coisa mas faz outra realmente quer dizer acredita na autonomia do Ministério Público mas manda a ministra da Justiça a fazer

Perguntas à procura pública sobre membros do seu governo isso não faz sentido nenhum porque quê Porque o Miguel aves tem um advogado constituído nos autos e obviamente se ele quer saber se foi acusado ou não vai aos autos através do seu advogado não mandou para geral pública perguntar B isto Só tudo

Para dizer que eh acho que há aqui um um uma uma situação em que nós estamos a caminhar cada vez mais para uma uma uma parte da classe política entender que tem que haver aqui um uma espécie de controle político do Ministério Público E isso se nós vermos só para terminar se

Nós vermos o o o os ingredientes S ap influencer nós percebemos que como isso é muito perigoso nós temos por exemplo um lobista rotulado publicamente de melhor amigo pelo primeiro-ministro e com acesso privilegiado aos circuitos do Poder isto tudo à nossa foi tudo feo à nossa vista e em em alta definição e

Acordos e depois a forma como António Costa ignorou toda a prudência e a informação pública sobre Vitor Scar o homem que manchou a residência oficial do primeiro ministro com 75.000 € nós aqui no observador publicamos vários trabalhos sobre pescar e a forma como ele tinha essa promoção entre poris

Cidade entre interesse público e o interesse privado e portanto se nós H ação da Justiça não operação influencer a fim ao cabo existe porque o primeiro-ministro e o governo e o poder político não foram suficientemente perentes não foram não tiveram ações preventivas porque se tivessem ações preventivas por exemplo o melhor amigo

Do primeiro-ministro que é Sherman de um banco na guin Bal um narcoestado um banco que é vendido na praça de Singapura como um banco que que é importante para a China e portanto tem Aparentemente parece que também tem aqui financiamentos chineses eh portanto um primeiro-ministro estado da União

Europeia não pode estar associado a uma pessoa que isto se ele for se António Costa for para Bruxelas certamente que esse escrutínio será feito não pode estar associado a uma pessoa que além de ser lobista e de ser advogado que tem clientes que representam interesses interesses privados também tem cargos e

Já tinha quando era Conselheiro especial de António Costa tem cargos numa empresa que tem alguma ligação à China e que tem uma ligação um banco na na na Guine abal que não é propriamente apesar de ser um um estado com quem nós Portugal temos que espar relações é um um estado que

Passa por graves problemas quem diz que canção é um narco estado são as nações unidas eu eu sou os Estados Unidos e portanto essa essa falta de sensibilidade do poder político para a prevenção da corrupção é algo que é muito importante que aconteca eu acho isso mais importante do que por exemplo

Do que controlar o Ministério Público se nós controlarmos o ministério público não temos investigação autónoma independente do poder político e a única pessoa aqui neste neste programa que vai fazer campanha eleitoral é o Mário am Lopes que continua connosco em linha Mário é difícil que a questão da justiça

Seja discutida com serenidade durante uma campanha eleitoral e sim sem dúvida só voltando aqui atrás de eu fazer campanha enfim sorte a voar o meu mas vai ser também uma boa oportunidade para para enfim para estar na rua e ouvir as preocupações das pessoas sobretudo do distrito Aveiro h a

Questão da justiça é é de facto muito relevante vante O o Luís Rosa destacou os casos mais Associados à corrupção casos aqui com uma base mais política eh mas há aqui também um ângulo que me parece importante destacar eh quando nós olhamos para os motivos para empresas H

Estrangeiras acabarem por não sediar em Portugal porque nós temos ótimas condições para atrair essas empresas a verdade seja dita eh um dos motivos que aparece logo nos lugares cimeiros para Além da questão fiscal temos um IRS elevadíssimo segundo maior ir irc Aliás o segundo maioria RC do CDE mas uma das

Principais questões é a mesmo a questão da justiça a morosidade da justiça e enfim não sei se não não me sinto competente suficiente para para saber se é excesso de garantismo ou não mas a possibilidade de continuadamente haver recursos e e depois e as penas não transitarem em em em julgado tudo isto

Gera muita incerteza nos negócios eh muitas muitos diferendos entre na economia são resolvidos de facto nos tribunais não havendo outra forma das partes chegarem ao entendimento são resolvidos nos tribunais se uma empresa se uma pessoa também eh um cidadão particular não tiver acesso a eh a um

Sistema judicial que funcione e mais do que isso eu acho que para além de de funcionar para resolver os problemas do dia a dia tem também a responsabilidade eh de eh mostrar que existe punição para o incumprimento porque se não existe punição para o incumprimento eh que

Razões materiais é que depois as pessoas têm para não arriscar eh enfim situações mais potencialmente ilícitas ou há de facto pimento e responsabilização isso isso é um princípio base eh da Liberdade Não há liberdade sem responsabilidade eh e portanto Nós acreditamos nós iniciativa Liberal na Liberdade individual mas sempre acupula de

Responsabilização eh e portanto os tribunais são um garante dessa responsabilização se no final do dia os portugueses em casa vê estas negociatas todas a serem serem feitas e depois os processos a prescrever no tribunal eh processos a serem arquivados escutas para Recordar Os Casos do processo de operação Marques escutas na altura a

Serem destruídas a amando do presidente do Supremo Tribunal de Justiça toda esta descredibilização da Justiça vai minar a confiança das pessoas mina a confiança das empresas afasta empresas que podiam vir para Portugal e criar valor pagar bons salários criar riqueza em Portugal portanto Este é um eixo fundamental que

Nós temos de resolver os portugueses eh sentem muitas vezes e e diria com razão que existe impunidade existe impunidade com a corrupção e eu não creio que seja deliberado e ou seja não não parece que seja toda a estrutura do Ministério Público deliberadamente tenta aqui Protar os seus proteger os seus pelo

Contrário eh é de facto o o resultado de um sistema que não funciona bem que é Moroso que é lento que não é eficaz e portanto Este é um elemento chave do Estado direito não existe um estado direito e que é desigual e que é sim

Desigual Esse é um bom ponto quem pode pagar consegue estar eternamente AD eterno no tribunal quem não puder pagar enfim tem de de de aceitar as coisas como eu até tenho fama até tenho fama de marxista por por defender isso Mário apenas num minuto se puder ser ou dois

Eh e em 2024 O que é que vamos poder esperar da Saúde os portugueses O que é que podem esperar do SNS melhor pior vai depender de do que aconteceu no dia 10 de Março é eu creio que sim eu eu acho que enfim eu só posso falar por nó nós

Se se nós enfim tivermos um bom resultado e e e de alguma forma conseguirmos influenciar o governo seja porque fazemos parte dele seja porque faremos um acordo de incidência parlamentar aqui o o o nosso objetivo é de facto colocar o utente no centro ou seja perceber como é que nós resolvemos

Os problemas ao utente e há aqui muita coisa que pode ser feita eh não é preciso desmantelar o o algumas alterações ou algo que o governo este governo em particular tem feito por exemplo manter a direção a direção executiva do SNS e ter uma pessoa mais técnica penso que faz sentido mas é

Preciso antes de mais eh contratualizar com o setor privado setor social para conseguirmos trazer toda a capacidade instalada que existe em Portugal para resolver os problemas dos portugueses Há muitas cirurgias muitas consultas de especialidade que já podiam estar h a ser realizadas Depois temos de fazer aqui uma reforma profunda também na

Autonomia das das dos hospitais dos centros de saúde para que eles tenham os instrumentos para tomar boas decisões de gestão porque eles não têm Eh esses instrumentos é fundamental também eh garantir que existe uma boa carreira profissional eh no serviço Nacional de saúde porque nós estamos a perder

Profissionais eh mas isto tem de ser uma oportunidade também para reformar o sistema e adicionar aqui a tal componente variável em que nós vamos premiar a produtividade e vamos garantir que aqueles profissionais que de facto com mais dedicados têm a sua remuneração a acompanhar essa essa dedicação h e e

Eu acho que isto não será um plano a um ano é É acho que é importante ser franco Ah é um plano A a 2 3 4 anos mas é algo que depois pode ficar para para o futuro h e portanto com com o tempo é possível reformar o sistema de saúde não

Necessariamente atirar dinheiro para cima dos problemas é isso que o partido socialista tem feito Mas isso não resolve como é bom de se ver não basta atirar dinheiro para os problemas se não os resolvermos de uma forma estrutural e Raquel politicamente falando o que é que

Esperas de 2024 DS vai Renascer não isso eu acho que já é praticamente seguro já não e eh isso acho que depois da Constituição da Ad é seguro que pelo menos vai vai ter mais um suspiro agora vamos ver o que é que faz com esse

Suspiro eh mas o que eu espero para para para 2024 e e eh eh e acho que o país devia eh esperar isso também é que haja alternância democrática muito do que tivemos aqui a falar não tem eh do meu ponto de vista eh propriamente a ver com

Eh eh problemas que sejam exclusivos do partido socialista Eu acho que o partido socialista está há tempo demais no poder e eh este e algumas das das destas coisas de que o Luís Rosa aqui falava a utilização do melhor amigo à vontade com que nós sabemos quem é o melhor amigo do

Do António Costa que é enviado de borla eh para tratar dos problemas mais importantes do país que aliás nos custaram 3000 3,4 mil milhões de euros etc eh tudo isso acontece porque o partido socialista está a começar a ficar com a sensação de que é o partido

Hegemónica e o partido único de poder em Portugal nós já vimos isto no fim do cavaquista a democracia vive de alternância democrática e era muito importante que nas próximas eleições nós pudéssemos ter alternância democrática porque senão eu acho que de facto se fixa a a nas pessoas a convicção de que

O partido socialista vai estar para sempre no poder e que quem não o quer o melhor é votar no partido protesto que esteja com mais vitalidade e mais à mão eh e eu temo que isso venha a ser muito Malu para a democracia portanto aquilo

Que eu espero mesmo em 2024 é que haja alternância democrática porque a bem da continuidade e da Saúde da nossa democracia precisamente no ano em que faz 50 anos uhum Luís eu dizia TRS coisas muito rápidas olha em primeiro lugar em janeiro Espera logo uma decisão

Do Clara da relação de Lisboa sobre o caso do Z Sócrates e que ela seja executada rapidamente que essa vai ser a grande grande questão é se ela será escutada rapidamente ou não apen para mim pelo menos não é apenas uma questão de de justiça é uma questão de regime ou

Seja uma questão de regime Sim tudo numa frase a democracia tem de jogar José Sócrates seja por pela pronúncia de juizs IV Rosa seja pela pronun do tribunal deção de Lisboa ele tem de ser julgado e depois o tribunal decidirá ser ser culpado ser inocente isso tem que

Acontecer em segundo lugar eu espero que o resultado desde março de das eleições de 10 de Março sejam eh levem à manutenção da independência do poder judicial do princípio da separação de poderes são princípio estruturantes da democracia e a manutenção da autonomia do ministério público e espero que o PS

E o PST vão vão apontem nesse sentido e em terceiro lugar que eh esse o partido que ganhar e o governo que se formar vamos ver se será formado um governo estável ou não isso é grande Uma das grandes incertezas da da eleições de 10 de Março mas se houver estabilidade e se

Houver tivermos um governo que esse governo seja ele qual for tenha soluções concretas para o fim desta discrepância que eu não canso de falar entre a justiça comum e a justiça da criminalidade económica e financeira e outra coisa que o Mário Marin Lopes estava a falar muito que é muito

Importante das empresas da Justiça das empresas a justiça e dos cidadãos também da jurisdição administrativa ou fiscal que é o cancro da Justiça portuguesa qu tempos médios de revolução são dos piores da União Europeia também de mais de 10 anos 15 anos ou seja quando o estado quando os cidadãos ou as empresas

Põem ações contra o estado e contra a administração fiscal demoram imenso tempo a ser resolvidas e são é um um dos principais problemas em termos de captação de investimentos estrangeiro para a economia portuguesa é um é uma prioridade que qualquer governo tem de ter este governo não conseguiu apresentar soluções concretas foi criou

Um novo tribunal central de de de administrativo que é uma Segunda instância da Justiça administrativa ou fiscal mas não o pôs a funcionar panto não basta isso basta é preciso mais mais Soluções é importante que esta esta a justiça administrativa fiscal seja também uma prioridade do governo para

Que se resolva e para que se consigamos ser um país atraente em termos de capitação de investimentos estéo que é fundamental para o nosso desenvolvimento económico e agora nós Carla O que é que esperas de 2024 Espero continuar a ouvir-vos e tu Helena Matos olha em primeiro lugar eu quero agradecer

Profundamente aos nossos convidados e aos nossos ouvintes que eh T feito não é o o o contracorrente ao longo deste ano e que nesta semana mana particularmente penosa do do estado gripal que se abateu sobre este estúdio tiveram um papel primordial primordial porque houve aqui mesmo umas horas em que houve mesmo a

Pergunta Será que se vai conseguir continuar e felizmente eu que sou 20 diariamente cheguei a temer por isso senti sentia doença doença no estúdio nós também portanto esperemos ontem percebi que estava um bocado melhores os considerei que era segur cá Pois é exato portanto eh eu acho que assim acho temos

De agradecer aos nossos ouvintes à pessoas Todas têm feito têm ajudado a fazer o contracorrente porque o contracorrente é um programa de opinião mas é um programa de em que eh a opinião não resulta daquilo que pensa uma pessoa ou que pensa outra pessoa mas sim do conjunto e da diversidade de opiniões

Que estão aqui dentro e portanto esperemos que em 2024 continue a ser assim eu espero sinceramente que osé Manuel Fernandes volte na próxima semana não é e está previsto não está PR está previsto está sen vamos Buá e e portanto estamos assim para a semana temos um

Novo ano mais contracorrente e e foi tão bom ouvir pelo menos lembro-me esta semana se não fossem vocês não se falava disto pois Mário am Lopes Raquel abaas Luís Rosa obrigada bom ano para vocês e sempre en contra corrente até para ano [Música] examente l