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Nós estamos de facto perante uma situação no grupo Global media que é para quem ela trabalha verdadeiramente aflitiva eh enfim há mais setores da economia onde às vezes Passam Coisas daquelas não é só neste setor mas eh Não há dúvida que temos estamos perante uma situação difícil e todos os que lá
Trabalham merecem eh Enfim pelo menos a nossa preocupação e eh com a sua situação agora uma questão é é ver essa situação outra questão é achar cada vez que H um problema o estado mete uns milhões como metu na fasec ou como metu noutras empresas e o problema se resolve
A verdade é que o problema não se resolve e até pode agravar-se eh nós já fizemos aqui há não muito tempo um programa sobre este tema das dificuldades na comunicação social Aliás já havia dificuldades na Global mídia havia discussões no Reino Unido também por causa de grandes títulos que estavam
A trocar de mãos problema de independência problema do financiamento público Ora bem eu eu hoje queria pegar por um aspecto e em que em vez de já vamos à história da da nacionalização e do que pode acontecer com a nacionalização mas queria eh lembrar um bocadinho que digamos esta
História é longa Não é esta história é longa e não é uma história que derive apenas de eh um pouco por todo lado haver um problema com o modelo de negócio da comunicação social da Imprensa geral mas da comunicação social em particular e da Imprensa escrita ainda mais em particular quando falo da
Imprensa escrita falo eh em papel e online não é não estamos a falar só da Imprensa escrita eh falei disso que última vez isto basicamente tem a ver com a necessidade de nós de uma numa democracia precisarmos de ter um espaço público comum uma espécie de Ágora como
Havia no tempo dos e dos gregos não é e e para poder partilhar a informação que leva aos cidadãos a escolherem na altura certa portanto E isto é uma coisa que sem fonar quer dizer antes de haver repara entre a áa e as primeiras democracias enfim mais ou menos modernas
Que são a partir da Revolução Americana e depois da revolução inglesa eh a diferença é que passou a haver imprensa antes não havia a imprensa é uma coisa relativamente recente e muito ocidental devo dizer a imprensa no sentido que nós lhe damos não é e mesmo essa imprensa tem poucos anos em termos
De modelo que não fosse um modelo eh em que os os vários protagonistas políticos a usavam para os seus fins isso aconteceu em todos os países e curiosamente o primeiro jornal em Portugal que rompe com essa lógica portanto a nossa imprensa chegou tarde como muitas outras coisas practicamente
Não havia no século e e XVI século X também se atrasou um pouco ela começa a parecer mais depois da Revolução Liberal portanto há 200 anos mas verdadeiramente o primeiro jornal com características em que não está ali para servir uma agenda política ou uma agenda pessoal porque era assim que oses apareceram portanto
Não vamos ter também também grandes sobre ISO grandes ilusões foi curiosamente o dia notícias que copiou um modelo que estava a crescer eh em noutros países como por exemplo Reino Unido niste dia mais à frente que é basicamente um modelo de negócio que funcionou durante não chegou 200 anos
Mas basicamente foi funcionando que é eu faço notícias que interessem a mais pessoas com isso vendo um produto barato atenção o jornal Dia notícias o primeiro dia notícias quando apareceu era muito barato Eduardo no tempo de Eduardo Coelho era muito barato por comparação com os outros jornais tenho muitos
Leitores e com esses leitores vou seguir picar publicidade e portanto Com estes dois dois canais de receita leitores e publicidade eh eu eh consigo pagar o Jornalismo e pagar cada vez melhor Jornalismo e assim funcionou durante muito tempo ainda hoje é esse modelo Esse é o tal modelo que tá
Em crise tá em crise porque por um lado muitos leitores habituaram-se a não pagar pela informação por razões várias quer quer dizer reparem a primeira vez que os leitores tiveram a ideia ideia entre aspas de que não tinham que pagar pela informação foi quando apareceu a
Rádio a rádio não se pagava recebia em casa tinha-se Pagar o uma taxa uma houve alturas em que houve uma taxa houve uma alturas em que houve várias situações mas estou a falar em T Sim S comprava se aparalho e tinhas acesso comprava su aparalho e tinhas acesso não é eh depois
A televisão também não se pagava a internet era também não se pagava não é ah e portanto na internet por exemplo hoje em dia nós temos uma situação que é é paradoxal que é em muitos aspectos nunca tanta gente leu as notícias que nós escrevemos mas nunca houve tão poucas
Pessoas a pagar por elas portanto e e quando isso acontece Ah esse é o digamos o Pilar da compra da informação mas há o Pilar da Publicidade e esse Pilar da publicidade migrou para as redes sociais e para outras e para os operadores para os grandes operadores da internet que possuem mecanismos de
Potenciar a publicidade que os órgãos de informação tradicionais não têm para as pessoas perceberem que às vezes as pessoas estão e que não está muito dentro deste negócio toda a gente eh usa a internet toda a gente sabe que quando por exemplo se eu for à internet e
Tentar sei lá ver que hotéis é que existem para em vienda da Áustria dar um exemplo como outro qualquer nas próximas vezes que abrir uma página Qualquer que seja seja de informação seja seja de vai vão-me aparecer anúncios sobre vienda da Áustria e viajas para vienda da Áustria
E o que tu quiseres de vienda da Áustria e quem diz isso diz se eu procurar um livro se eu procurar um umas púas se eu procurar qualquer coisa logo a seguir eu vou ser perseguido por isso todas as pessoas têm esta experiência isso acontece porque os os grandes operadores
Tê duas capacidades que nós não temos a chamada tratamento do grandes quantidades de dados Big Data que lhes permite por um lado saberem muito bem quem é que eu sou um um Google um Facebook sabem sabem conhecem às vezes melhor as minhas características sei lá
Que a pessoa que vive comigo não é e vive comigo há muitos anos ela eh sabe mais sobre mim próprio e às vezes eu próprio se fosse ver o que eles sabem ficaria surpreendido sobre aqu sobre algumas coisas sobre mim próprio e por outro lado conhecem as minhas preocupações de imediatas e portanto
Aquilo que me podem vender portanto isso é permite fazer a publicidade muito dirigida muito direcionada os ção não tê essa capacidade fazem assim uma espécie de olha em vez de ter um tiro de precisão é um tiro de caçadeira portanto é por arrasto não por arrasto vai tudo o que vier vem portanto
Já sabe que uns têm mais leitores topo de digamos mais ricos outros mais pobres outros que classe A a gente dos anúncios conhece essa esta linguagem mas é é completamente diferente dizer eu quero anunciar para a pessoa que está na rua não sei quantos porque quer dizer no limite eu se tiver
Uma sapataria naquela na rua consegue anunciar para as pessoas que moram naquela rua nenhum J não consegue fazer isso nenhuma televisão consegue fazer isso nenhuma rádio consegue fazer isso e portanto temos aqui uma desvantagem competitiva brutal que não tinha acontecido até agora e que eu e que para
A qual isto acontece em todo o mundo não é só em Portugal e portanto há uma migração da das receitas dos órgãos tradicionais para estes novos operadores que não produzem informação basicamente a questão é esta eles não produzam informação são um bocadinho como os cucos não é vão para os ninos dos outros
E portanto usam a informação dos outros Nós também não queremos tirar-lhes a informação porque se nos se dissermos vocês não podem usar Nossa informação a seguir Nós também perdemos perdemos audiência portanto há aqui um jogo que é muito perverso para os órgãos de informação tradicionais mas dito isto
Dito isto que já falamos um pouco da outra vez acho que é necessário falar um da situação Portuguesa e da do que se passa em Portugal e uma das coisas que me faz muita impressão faz muita impressão é ouvir muitas das reações agora ao que está a passar
A muito focadas em quem comprou ou não comprou Global media e se é um bom ou mau acionista atenção há porventura 20 anos que a estrutura acionista e os objetivos dos acionistas da Global mídia estão sujeitos deviam estar sujeitos a discussão e vamos recapitular um pouco a história portanto a maior parte dos
Títulos da Global mídia e não todos não é mas deante os dois mais emblemáticos de notícias e jornal Notícias foram eram públicos ou com participação pública e foram privatizados no final dos anos 80 portanto há sensivelmente 30 30 35 anos na altura houve um um grupo ligado à
Distribuição de cinema a luz ao mundo que F que acabou conseguir ficar com eles o esquema foi um bocadinho Manhoso porque aquilo foi através de uma venda a trabalhadores e os trabalhadores enfim um esquema que não foi completamente transparente Mas acabou por ficar com eles a primeira vez pronto depois o
Grupo alargou-se até se tinha nascido independente acabou por ser integrado lá dentro não sei quê não sei que mais a primeira vez que houve que se levantaram questões sobre o o futuro deste grupo foi quando um grande operador de telecomunicações na altura APT hoje hoje já al disse entrou nesta neste negócio e
A questão que seava é para quê enfim na altura se discutiu estamos na altura da internet asos operadores de Telecomunicações não comprar jornais de mídia tinha acontecido órgãos de de comunicação social tinha acontecido n outros países do mundo mas isso criou logo uma situação eh di algum desequilíbrio porque estamos a falar de
Um operador com poder económico absolutamente desproporcionado e logo aí as coisas começaram a levantar dúvidas depois Isto foi evoluindo houve outros acionistas mas pá aí há 10 anos para trás para cá que a coisa ficou completamente eh eu diria descontrolada e nunca se percebeu muito bem porque é
Que um Macaense vinha pôr dinheiro na na naquele grupo um angolano vinha pôr dinheiro naquele grupo e agora este fundo vem pôr dinheiro naquele grupo e antes disso um alguém que estava ligado à distribuição de tabac às máquinas de distribuição de tabaco e outro tipo de coisas também estou a falar Marco
Calinha queria de repente entrar neste negócio nunca se percebeu muito bem qual era a lógica qual era o modelo de negócio qual era o projeto vou ser completamente sincero e isto não se percebeu muito bem basta olhar para o que tanto foi acontecendo aos títulos eu fui veros nem nem de memória
Apesar de estar neste negócio eu conseguia recapitular tudo fui ver e Eh quantos diretores teve o diar notícias neste século neste século neste século portanto estou a falar só deste século portanto houve um que conheci muito bem felizmente já morreu e que talvez foi o último diretor que o di antias teve com
Enfim que eu diria com tempo com um projeto com essas coisas todas que era um á com resendes Portanto ele foi diretor tinha começado em 92 panto a seguir a privatização e depois foi até 2004 e a partir daí é um trolinho verdadeiramente em 2004 ainda houve mais
Dois diretores o Fernando Lima e o José Manuel Barroso depois em 2005 2000 final de 2004 2005 entra o Miguel cotinho que hoje em dia é o presidente da fundação EDP a seguir há um primeiro diretor interino João Morgado Fernandes e logo aqui os diretores interinos deixam podem descobrir franzil sobrolho João Morgado
Fernandes que a seguir teve uma uma carreira que continua a ter como eh assessor do ministros em govern socialistas depois António G Teixeira que apesar de tudo ainda aguentou 2 anos 2005 2007 aqui outro outro outro interino Miguel Gaspar que já morreu sim eh e
Depois a seguir até foi para o público a seguir João Marcelino é o que dura mais tempo dura entre 2007 2014 7 anos portanto h o único que tem apesar de tudo percebe-se que tem ali um projeto mas também a coisa não acaba bem a seguir entra n sarava nun sarav hoje em
Dia é assessor do grupo parlamentar do partido socialista e depois vem leonilo Paulo Ferreira não perdão a seguir vem Adre Macedo também já não tá no jornalismo leonido Paulo Ferreira que esse continua da direção ou interina apenas depois Paulo baldaia portanto que tinha eu não sei se isto era antes ou
Depois Dee ter sido diretor da tsf Paulo baldaia Paulo Tavares novamente interino e Ferreira Fernandes 2019 2018 2020 rosá portanto rosálio Amorim 2020 2023 E agora José Jú isto no total dá 16 estes nomes todos fadinhos são 16 é evidente que isto isto permite perceber
Que há aqui um problema e há um problema para o qual eu devo dizer que muita gente fechou os olhos desde que pare o dinheiro e nem se perguntavam muito de onde é que vinha o dinheiro e qual era a lógica do negócio eu acho que uma parte dos problemas está aqui
Eh tá aqui do lado da entidade da comunicação social mas que provavelmente os termos em que ela própria atua limita quer dizer ela é é obrigatório conhecer haver transparência sobre a propriedade dos órgãos de informação mas apenas isso e depois eu diria que da parte olha da
Da da nossa classe jornalistas houve uma certa cegueira Que foi Não não fazer perguntas pá o dinheiro aparece o cheque vai passado ao fim do mês não se fazem muitas perguntas porque se fazem muitas perguntas se calhar o dinheiro desaparece desta vez veio novamente um fundo que não se percebe porque é que
Qual é a lógica daquele daquele investimento as entrevistas dadas por João Paulo Fave são f lá caóticas para não dizer outra coisa não sei se viste ontem na na comissão eu onem não vi tudo vi uns bocadinhos e não não esclareceu quem os po saber são muitos proprietários
Enfim é uma forma de dizer quem é o dono sem dizer não é portanto é um fundo e o fundo tem muitos donos pronto sim Ora bem eh estes problemas e a Inc portanto e e a ausência de de um projeto perceber para onde é que se vai foram sendo
Prolongados por sucessivas injeções de capital e pela utilização e podíamos dizer a delapidação de um património pré existente o os o di notícias tinham uma sede em Lisboa na avenida de liberdade o lugal mais nobre da cidade o sítio pó imobiliário mais valorizado o porto o de
JN tinha no porto maced que era uma torre num sítio também muito Nobre e tudo isso permitiu operações imobiliárias que foram dando balões de oxigénio a à às empresas mas nunca sem resolver o problema de fundo e portanto agora a gente chega aqui diz assim qual
É a solução Qual é a solução O que é que se faz com isto bem eu não pretendo ter uma solução mas posso dizer assim um bocadinho Como dizia o poeta sei por onde é que não vou e por onde é que não vou de certeza é pelo caminho da nacionalização estes
Dois óg tanto o tsf não mas tanto os não notícias como o dia notícias já foram públicos já foram públicos e eu recordo-me o que é que acontecia nesses tempos eu eu participei enfim anos 80 estava cá participei nas discussões sobre o futuro destes órgãos de informação e na altura
A própria ideia Estamos nos anos 80 a própria ideia de que todos todos os jornais estamos a falar de um tempo em que não havia televisões privadas port não havia televisões privadas e achava-se que as televisões privadas eram o diabo era era o diabo desse tempo
Ou um dos diabos desse tempo as as rádios havia a Rádio Pública e A Renascença o resto tinha não não existia até que apareceu começaram a aparecer rádios piratas a tecnologia começou a permitir as rádios Piratas e depois veio uma lei da rádio que permitiu dar um
Bocadinho de ordem a esse tudo e apareceram as rádios privadas tsf uma delas mas outras neste processo atenção neste processo em que ah e os jornais e nos jornais prátic não eram todos os diários mas a maioria dos Diários eram do Estado sendo que neste não tinham sido nacionalizados diretamente tinham sados
Indiretamente porque o estado ficou com eles ao tomar conta dos bancos hum ao tomar conta dos bancos aconteceu muita coisa até até até barbeiros foram nacionalizados portanto os bancos tinham ali tinham ficado com aquilo como penhora não sei quê nacionalizada Porque os bancos eram inicialmente propriedade proprietários banh os bancos tinham uma
Posição e digamos muito forte no jornais precisamente porque na no final do digamos do anterior regime da década de 60 70 todos estes órgãos de informação a grande parte deles tinham passado por processos de reestruturação tinha a ver nomeadamente com a substituição das Velhas as rotativas por rotativas de
Offset sim eh e isso tinha implicado investimentos e no meio dos investimentos empréstimos e meio dos empréstimos acabou por ficar os bancos acabaram por tomar posição na maior parte destes destes destes jornais portanto eh neste processo houve logo alguns títulos que eu diria que tinham tinham
Eram da divisão dos do jornal Notícias e do diá notícias que desapareceram um deles é foi o século sim muit melhor o século o século era foi durante muitos muitos muitos anos o grande jornal de Lisboa não era o diá notícias o grande Jal Lisboa era era Teve teve diretores
Muito eh afirmativos muito muito presentes teve tinha tinha o melhor arquivo de todos não era ffia do século era uma coisa e muitos furos acima hum tinha uma embora o diário notícias tivesse tido grandes repórteres nos anos 30 estou a pensar nomeadamente o caso do António ferro não é mas o século tinha
Uma capacidade de estar nos sítios uma Uma postura mais cosmopolita por assim diz eu vou contar uma história eu aqui aqui há uns anos há muitos anos já fiz uma vez um trabalho e sobre uma data que estamos agora a colorar aos 90 anos que
Aliás é o tema do podcast eu não ou vi ainda mas é o tema do podcast do Rui e do e do João Miguel Tavares o resto da história que é o 18 de janeiro de 1934 portanto foi uma uma revolta que houve na Marinha grande e nessa altura
Aim na altura não havia nada digitalizado e tal portanto fui já não sei se para moteca se para Biblioteca Nacional não daquel onde a gente podia ler os jornais antigos e estive a ler o que é que os jornais escreviam na altura a diferença entre o século e o dia
Notícias era abissal o Dian notícias tinha feito um trabalho burocrático eh quase só com base em comunicados oficiais o século e atenção o século era tinha feito uma reportagem antir revolta da Marinha Grande portanto quase militante digamos assim não não tou a dizer que fosse um jornalismo mas era
Uma coisa com gente no local coro local tudo tudo uma coisa completamente diferente Portanto o século que além disso tinha Olha a sede do século ainda hoje é sede no ministério só para dar ideia não é é um sítio o gabino do ministro é lindíssimo com umas umas uns
Azulejos Qual é o mistério ambiente ambiente ambiente ambiente é muito bonito não sabia que era aí o que o século era aliás Aquele é Ru século n verdade R século tava lá o Séc Aliás o milagre de Fátima quem está lá é o século os jornalistas sim quando o sol
Vaiou não é sim sim TR J um jista que é para cético tinha ido paratic mas ISO são outras histórias e leva e leva fotógrafo e e aquelas fotografias impressionantes das pessoas na lama no não sei quê é o século eles tinham eles depois têm até porque têm judeus na na
No seu capital H eles têm durante a segunda de guerra uma posição H apesar de serem se poder pensar que eram German nóos em alguns casos se elião mas por exemplo eles trazem muita reportagem eh mesmo eu penso que o o diretor notur é o Augusto Rosa não é o
Tempo na Segunda Guerra tempo muitos anos o Augusto Rosa é uma grande figura tem estradas em tem ruas em Lisboa sim portanto quear uma família muito importante e eles e tem o Moses amsac e e eles por exemplo trazem na Holanda com os bispos holandeses que estão a denunciar as perseguições dos
Nazis ou seja havia ali uma postura muito muito mais cosmopolita era um jornal mais que vendia mais que o dia notícias era mais popular que o dia notícias portanto era uma coisa era um jornal portanto formato grande que a gente na gíria chama bro sheit mas
Aqueles jnes que dá muito grandes não é e depois tinha revistas com muita qualidade o caso e no entanto é o jornal que morre é o jornal mor é o jornal que morre a seguir ao 25 de Abril ou melhor a seguir já portanto já na no Pero 76 77
E é morto sabes por quem não sabes quem é o ministro que decide que elele o Jal fecha Manuel Alegre Manuel Alegre sim naturalmente porquê porque é que ele o jornal tinha sido enfim era do era era público tinha sido um dos jornais com mais eh convulsões revolucionárias e já tinha perdido
Completamente os leitores todos eu quando era miúdo portanto década de 60 isto de facto era outro tempo quando era miúdo portanto miúdo mesmo mesmo eh lembra-me que em casa dos meus pais onde se Liam os jornais compravam todos os dias três jornais V lá tu outro que
Outro tempo hois não nem um por semana eh compravam três jornais e os jornais que estavam na altura cada um 10 tões 10 tões em dinheiro dois é é meio cêntimo quer dizer a tinha fazer correção pela inflação não fui fazê-la para saber qual era o valor exato e
Esses personais era de manhã o meu pai eh compravam ou provavelmente levavam a casa levavam a casa a o jornal Notícias não di notícias e o século e à tarde variava um bocadinho ele comprava um vespertino porque havia jornais à tarde não é havia comprava um vestino eu só me
Lembro da capital portanto havia a capital havia O Diário Popular ele ele oual Popular ou o diári Lisboa dependia um bocadinho às vezes diá Popular acabou depois da capital ainda antes jis passaram de 10 91 eu era miúdo ainda quando os nóis passaram de 10 cestões
Para 15 sões portanto com os mesmos três escudos o meu pai passou continuou a gastar três escudos e cortou o século que deixou a minha avó Furiosa a minha avó via em nossa casa porque o século era o que ela gostava era o que que ela
Gostava de ler portanto isto era era um outro tempo e e obviamente que eu sei que nessa altura a maior parte das pessoas não Liam os jornais mesmo assim as tiragens eram muito grandes O Diário Popular por exemplo que é um jornal que chegou a ter talvez da tarde o mais
Popular de todos tinha um hum pronto os tempos eram outros tinha uma uma altura uma acho que era quando Fazia anos que fazia um sorteio com os nossos numerado e tinha um sorteio e havia houve pelo menos um ano em que vendia em que o prémio era um apartamento de J Pimenta J
Benta era o grande Construtor aqui da zona de Lisboa e nesse dia houve dia havia dias em que Ronal vendia 1 milhão de exemplares 1 milhão de exemplares o dia notícias hoje vende 1000 e qualquer coisa eh 1800 sim mas isso é o é o isso esses
1800 já conta com ofertas e outras coisas não é portanto é uma é são não sei se não chega a 2000 tá fica longe de 2000 o público está abaixo dos 10.000 o jornal Notícias que chegou a vender mais de 100.000 mais de 100.000 há pouco
Tempo neste S neste século está a vender 17 ou 18.000 o expresso que também chegou aos 140.000 tá nos 40.000 O Correio da Manhã o famoso Correio da Manhã que também chegou aos c e tal 1000 tá nos 50 tá nos 50.000 é o que vende mais sozinho vende mais que os outros
Todos chamados portanto eu acho mas alguns desses leitores estão agora a ler no digital não compram mas pagam assinatura ou não alguns mas não tem não tem comparação possível não tem proporção possível não tem proporção possível portanto eh na alguns órgãos de informação que tem apesar de tudo um número significativo de assinantes
Portanto em Portugal só há três órgãos de informação com um número significativo de assinantes que somos nós observador o público e o expresso que tem de facto eh umas dezenas de milhares assinantes qualquer um destes títulos mas não muitas dezenas tá não muitas tudo o resto e se tem pá o Jan
Salve o erro tem 3.000 ou 4000 assinantes ou qu assim do género portanto digitais assinantes digitais portanto estamos a a falar de uma de um de um mundo que de alguma forma desapareceu Ora bem no tempo uma uma das razões porque ele desapareceu foi também o que aconteceu do tempo da
Nacionalização houve alguns que no fim conseguiram de alguma forma salvar-se Portanto o di notícias foi renasceu o Jal notícias eh teve os Jal notícias teve ali uma época em que teve os Jal notias muitos anos não era o principal Jornal do Porto tornou-se no principal Jornal do Porto
Durante a década de final da década de 60 70 porque antes os grandes jornais do porto eram eh até pelas suas próprias características O Primeiro de Janeiro e o comércio do porto dois títulos que também já desapareceram e que alguns deles eram mais antigos e mais históricos que o jornal de notícias o
Jornal Notícias é o jornal popular do porto até do porto de cidade mais do que do Norte o jornal do Norte era o comesso do porto começo do Porto é que tinha a rede correspondentes e as notícias mais finas mas com como digamos durante o período revolucionário foi um dos
Jornais que sofreu mais Primeiro de Janeiro eh que não chegou a ser nacionalizado eh a mesma coisa portanto era o jornal das elites do porto era o jornal Olha era o jornal que ocupava o espaço que hoje é ocupado estou a falar de jornais papel é em papel é hoje
Ocupado pelo público antes era ocupado pelo primeiro de janeiro eu tenho uma memória disto muito viva Porque como Sabes o pú eu fui diretor do público o assista do público era o engenheiro beliro de Azevedo ele dizia-nos muitas vezes que o público tinha que ocupar o jornal do seu primeiro de Janeiro
Portanto que era o jornal que ele gostava de ler o jornal de qualidade do Norte não era o caso do jornal Notícias que era um jornal mais Eh mais popular mais mais popular bem popular ehos hã acelerando com a revolução estes e e pá os dramas com os diretores os
Dramas com estas coisas todas eram permanentes permanentes mudava o governo mudavam mudavam as administrações mudavam administrações mudavam os diretores e isto passava-se eh houve casos em que H quem batesse o pé caso famoso não tinha notícias Como marrio Mesquita que bateu o pé na altura ao ao Ministro do partido socialista o
Como é que ele se chamava o a tá-me a tá-me a falhar o nome mas isto foi um foi um período trágico em que também não havia investimento não havia visão estratégica e só de facto quando os jornais estes jornais são de novo privatizados é que alguns deles
Conseguem Renascer outros já não já não foi a tempo o dier Polar acaba por morrer a capital ainda dura mais tempo mas também acaba por morrer e todos eles duram pouco tempo portanto como as outras empresas as empresas deação também morrem e por isso olha eu não depois falemos um bocadinho melhor do
Que é que o estado pode fazer Faz sim e já até porque já falamos disso da da última vez eu diria que há duas coisas aqui que são importantes primeiro empresas moribundas no mercado não se destrem só a elas destrem o mercado destrem o resto das empresas porque ou
Dinheiro que não se sabe de onde é que vem também o faz eh H estes alguns os neste momento no mercado português a empresa que tem um salário médio mais elevado é empresa pública O que quer dizer que está concorrer des lealmente pelos pela força de trabalho por nós não
É com todos os outras empresas privadas portanto a RTP a empresa com salário médio mais elevado e qualquer uma destas empresas tem um salário médio mais elevado que por exemplo nós observador para para não termos dúvidas sobre isso porque quem tem que fazer contas ao fim
Do mês sabe que há coisas que se podem fazer e outras que são loucuras portanto quando há no mercado empresas que estão artificialmente eh ensoul adas seja por dinheiro que não sabe de onde vem e não é só daqui que não sabe de onde vem em
No que não sabe onde é que vem o dinheiro porque perdem dinheiro há há décadas e não sabe como é como como é que elas ainda sobrevivem ou que têm dinheiro que não acaba que é o dinheiro nós todos acabam por muitas vezes criar as empresas problemas a empresas novas
Ou mesmo empresas velhas melhor geridas e que querem Inovar porque isso é preciso estar a Inovar e é aquilo que tem feito os as histórias com mínimo de sucesso a nível internacional são empresas que estão sempre sempre sempre aar coisas novas portanto porque o mundo
Tá a mudar todos os dias não é portanto nós não podemos pensar que vamos fazer o mesmo que fazíamos há 20 ou 30 anos e portanto Olha se eu posso dar uma independentemente das sugestões públicas de intervenção do estado que há algumas que não é nacionalização porque essa
Leva sempre a um a um caminho complicado eh eu às vezes interrompo porque é que não se olha para aquele grupo de empresas uma a uma em vez de olhar todas como um pacote eh porque é aquilo que está muitas vezes está em causa e se for
Uma a uma que em vez de estar a dizer que o JN deve ser património da material da humanidade como eu já vi sugerir alguém se junta para encontrar acionistas que comprem os não notícias sim por exemplo E quem diz os não notícias diz o resto das outras coisas
Haja abertura e mecanismos de mercado para isto funcionar que não permita a eternização de situações que são doentias para todos