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[Música] Esta é a história do dia da Rádio observador porque protestam os [Música] polícias saudações a todos os colegas e camaradas da polícia de segurança pública da Guarda Nacional republicana e do corpo da Guarda prisional os polícias estão em protesto um pouco por todo o país centenas de Agentes concentram-se
Em vigília por melhores salários em frente à Assembleia da República em Lisboa ou junto às câmaras municipais de cidades como Braga Faro Caldas da Rainha o Leiria para Além disso muitos operacionais começaram a recusar sair das esquadras alegando a falta de condições das viaturas temos mostrar realmente o nosso descontentamento fazer
Ver que os vencimentos of feridos são indignos e injustos e que queremos este problema resolvido não com medidas de fazer de conta mas com medidas que resolvam o problema que Protesto é este e Que efeitos está a ter o que pedem os polícias vou conversar com Pedro Rainho editor adjunto da sociedade do
Observador eu sou a tresa abcis e esta é a história do dia de 11 de [Música] janeiro bem-vindo Pedro Olá nos últimos dias temos ouvido falar de vários problemas nas esquadras os polícias não estão a sair para a rua porque tem os carros avariados O que é que se está a
Passar eh nós temos visto desde o final do do da semana passada ali a partir de domingo mas sobretudo a partir de segunda-feira eh aquilo que é e que os próprios eh elementos da PSP sobretudo da PSP eh dizem ser um movimento de revolta e revolta com as condições de
Trabalho com as condições salariais isto parte muito de um processo que ainda decorreu no final do ano passado que foi a promulgação pelo presidente República de um suplemento eh para os inspetores da polícia judiciária e e que eh suscitou aqui a tal revolta entre elementos das outras forças de segurança
Eh e aquilo que temos visto na prática é aquilo que se chama o movimento inop inop é o a abreviatura na no no jargão policial para inoperacional Temos visto uma série de carros a parar H polícias a darem H sinal de que um carro não pode sair à rua
Pelas mais variadas razões mas muito corriqueiras Até em alguns casos porque um pisca a sinalização de mudança de de de direção não funciona porque é preciso mudar travões porque os pneus estão carecas e portanto nestes casos o que os polícias estão a fazer é comunicar a à
Central este carro não está em condições não vai sair H na verdade não estão a fazer mais do que aquilo que é já aplicado ao cidadão comum h e E de resto temos aqui uma particularidade interessante é que o próprio ministro da administração interna quando nesta terça-feira veio falar sobre sobre este
Protesto H disse claramente que nunca foram dadas indicações para que carros que não estão em condições não saem à rua e portanto H é isso que os que os elementos da da PSP estão a fazer carros que não passariam na inspeção basicamente é isso não passariam na
Inspeção e portanto também se o cidadão comum não pode andar com eles na estrada e a polícia de Segurança Pública pela mesma lógica não pode usá-los em em missões este movimento nasceu de uma forma muito inorgânica a SP tem 17 sindicatos mas o protesto de agora não
Nasceu em nenhum deles como é que ele se formou é de facto temos aqui um movimento que de rotura com com os sindicados Ou pelo menos é n certo forma Quase subversiva eh em relação à aquilo que são as instituições mais tradicionais os os os sindicatos não é
Deixa-me só dar esta nota não é a primeira vez que um movimento chamado inorgânico H aparece nas Forças de segurança e e e ganha algumas raízes nós já vimos aqui h h h pouco tempo e que continua atual continua a ter adeptos um movimento zero eh que também fazia uma
Contestação muito forte àquilo que são as condições das polícias este movimento eh como Como já lhe chamei inorgânico eh parte de um de uma atitude muito individualizada muito simples que foi um agente que um agente da PSP que fez um vídeo que publicou nas redes sociais um
Vídeo de de contestação e de eh insatisfação em relação à aquilo que são as condições salariais e de trabalho na na polí eh divulgou esse esse vídeo nas redes sociais escreveu também uma carta aberta que de alguma forma apelava à mobilização dos agentes e e à
Contestação e esse a gente foi para a frente da Assembleia da República com cartazes como qualquer cidadão costuma fazer eh ou pode fazer e depois aquilo que nós começamos a perceber foi que eh começou a a haver uma adesão cada vez mais forte sim da Por parte dos
Elementos da da PSP sobretudo h e uma mensagem muito recorrente de solidariedade para com para com esta gente e de de espírito Deão de União no fundo a ideia de que estamos todos a lutar pelo mesmo e portanto houve cada vez mais gente a juntar-se não só a este
Gente em frente à Assembleia da república como também a este ao tal movimento inop a ao passar informação à central de que os carros não estavam em condições e e portanto não podiam sair e como eu dizia além de ser um movimento muito inorgânico está muito associado às redes sociis
Tem até um lado eu posso acho que lhe podemos chamar anárquico e porque sem uma estrutura préviamente definida de todo de todo e aquilo funciona basicamente com um grupo telegram tem neste momento cerca de quase quase 17.000 membros e quem quer intervém quem quer propõe quem quer sugere formas de
Luta e e sobretudo aquela nota de que falávamos há pouco sem intervenção Clara por parte de das estruturas tradicionais do do s e como é que com os polícias presos dentro da Esquadra eh como é que está a segurança das pessoas neste momento está em risco Esse
É um ponto muito importante eh porque a ideia que a determinada altura pode ter passado é de que os polícias se recusavam pura e simplesmente a sair da Esquadra isto suscitava aqui um um uma preocupação com a segurança pública com a segurança dos cidadãos e aquilo que
Nós fomos percebendo em contacto não só com elementos que participam ou que estão a apoiar este protesto como também com com estruturas sindicais com a própria direção Nacional da da polícia de Segurança Pública é de que essa avaliação é feita em em função do nível de perigosidade de cada ocorrência
Como se costuma chamar na nas polícias por exemplo é sempre mais fácil perceber isso com exemplos no caso de um acidente um acidente de devação entre dois carros se houver feridos se houver registro de feridos os polícias vão à ocorrência e respondem e vão ao terreno se não houver
Reporte de feridos não saem da Esquadra eh e depois há aqui outro outra nuance que é quando estão em causa situações que comportam risco risco para a vida humana eh estou a falar de situações de violência doméstica de assalto com arma branca com arma de fogo com pistolas eh
Nesses casos eh aquilo que nos tem sido transmitido é de que eh abre-se a exceção àquela regra de não sair tendo em conta que os carros não estão em condições de de ir às missões abre-se uma exceção e os carros e e as Patrulhas eh ou vão eh nos carros que não estariam
Nas melhores condições ou vão de forma apiada vão a pé até às ocorrências mas não deixam de responder hum aquilo que fica e também é preciso dizê-lo aquilo que fica absolutamente sem resposta e esta é a garantia que fomos recolhendo de várias eh Fontes com tem com quem
Temos contactado ao longo dos Últimos Dias aquilo aqui os polícias não vão de todo eh é situações em que haja queixas por ruído portanto Se tiverem eh Vizinhos se alguém tiver vizinhos particularmente barulhentos vai ter a ar por estes dias situações em que é preciso abrir uma porta e é preciso ter
Um agente da da PSP a a assegurar que que aquela pessoa é mesmo habitante daquela casa também não vai contar com a presença da PSP ou então situações em que estejam em causa conflitos sem a tal sem o tal recurso a armas brancas ou
Armas de fogo ou seja em que não haja eh comprovado risco para a vida humana aí eh os polícias não saem é é uma espécie de serviços mínimos salvaguardando sempre a segurança das pessoas mas quase a sobar o sistema com a falhas operacionais em coisas menores é uma boa
Forma de de resumir a prática destes diasim o descontentamento dos polícias não é novo e não é exclusivo da PSP junta também GNR e os guardas prisionais de que é que eles se queixam E qual é que tem sido a resposta do governo é de facto o descontentamento não é não é
Novo porque as condições pras jas e das forças de segurança em geral não é sim porque as condições precárias também não são novas nós eh pelo menos de desde 2018 talvez até 2017 aqui no no observador temos relatado situações como falta de carros de computadores de impressoras e até de esquadras sem
Condições mínimas de funcionamento e portanto essas condições as condições que que estão muito na base deste protesto não são novas h a a verdade é que tem havido e como dizias um apelo eh constante à à mobilização não só de elementos da PSP como também da GNR e
Dos guardas prisionais mas também tem tem ficado Claro e nós temos acompanhado isto com alguma atenção com bastante atenção na verdade nos últimos dois TR Dias eh aquilo que se percebe é que se os PSP SE os elementos da da PSP têm respondido de forma recorrente e são
Muito participativos a a sugerir ideias a a fazer a tal comunicação de carros in operacionais a participar nas vigílias em frente à Assembleia da República ou nas câmaras municipais um pouco por todo o país Ilhas incluído eh se isto é verdade para a PSP não é e exatamente
Igual a situação não é exatamente igual no caso da GNR e muito menos ainda dos dos guardas prisionais portanto temos visto psbs a participar GNR elementos da GNR muito pontualmente e dos guardas prisionais não tem havido sequer grande sinal ou nenhum sinal de que queeram participar nestas e neste [Música]
Protesto já voltamos à conversa com Pedro Rainho editor adjunto de sociedade da Rádio observador na segunda parte vamos conhecer um dos principais rostos por trás do protesto das políci [Música] estamos de regresso à conversa com Pedro Rainho editor adjunto de sociedade da Rádio observador Pedro tu espritas
Alguns grupos onde este protesto está a ser organizado há bocado falaste de um grupo de telegram com 17.000 pessoas e encontraste lá até dicas sobre como tornar os carros inoperacional é caótico eh é tem uma um nível de comunicação muito intenso hh mas ressalta muito aquela ideia de de
Um grupo anárquico no seu funcionamento eh O que é curioso quando estamos a falar de elementos muito ligados às às Forças de segurança mas é um grupo muito informal h e aquilo que acontecia relativamente essa essa essa questão da das dicas que que foram sendo dadas para
Para reforçar o protesto no fundo H aquilo que fomos percebendo é que H à mesma medida ou ao mesmo tempo que determinadas divisões iam dando como eh se iam eh manifestando membros das divisões se iam manifestando como totalmente inoperacional no fundo não temos carros para sair ponto não temos
Nenhuns carros eh aquilo que ia acontecendo era eh alguns apelos aqui ali de podemos chamar-lhe assim de sabotagem deste processo eh e se um carro estava minimamente Nas condições era possível dar ali um jeitinho eh deixar umas luz acesas durante algum tempo e Executar a bateria colocar areia nos depósitos de combustível queimar
Fusíveis enfim H há que ser Claros em relação a a um ponto em função daquela daquele caráter anárquico do grupo nós percebemos que estas sugestões vão sendo feitas não temos nenhuma garantia de que em algum caso isto tenha de facto sido levado à Avante e que algum PSP tenha
Sabotado um carro para não sair e a emissão e e também é verdade Outro ponto é que a a frota automóvel os caros da PSP estão estão numa condição tão deau perada que nem era preciso fazer grande coisa basta que os psps em muitos casos vão reportando as condições reais dos
Carros para que para que grande parte da frota recorrentemente não possa sair à rua não quero ser um mártir ou ter protagonismo já temos muito disso na Instituição em que presta serviço APS os nossos políticos finalmente perceberem que nós existimos que temos um problema grave nos nossos vencimentos e este
Problema fica resolvido não ir ouvir mais nada da minha pessoa nos protestos há uma mensagem que se tem repetido nós somos Pedro Costa quem é que é o Pedro Costa e qual é que é a relação dele com este protesto é há já até uma hashtag e sobre este protesto somos todos Pedro
Costa Pedro Costa é um é um um jovem agente da PSP 32 anos ele foi destacado para o Aeroporto de Lisboa eh mais recentemente está há 5 anos na na PSP Na verdade até queria ser militar não não imaginava Um percurso como como polícia eh antes de ser destacado para para para
Para as instalações da PSP no Aeroporto de Lisboa esteve na na esquadra da amadora e e aquilo que que as fontes próximas elementos próximos da da PSP com quem falamos e que conhecem e o caminho de Pedro Costa aquilo que nos contam é que foi foi logo nesse primeiro
Contacto com a polícia com a realidade interna da polícia ainda na amadora que ele terá e apercebido ou que se terá confrontado com com as condições de trabalho com aquilo que ele próprio tem referido a alguns elementos mais próximos como a as desigualdades do dentro da da polícia porque ele vinha
Ele vinha do interior do país sim sim ele ele é um cidadão alentejano e e que depois acaba por por vir para para Lisboa trabalhar e depois deste aquele vídeo que falávamos há pouco de que é publicado nas redes sociais foi Pedro Costa quem quem o protagonizou podemos
Dizer assim e isso acaba com como que catapult táo para para a liderança deste movimento uma liderança que não é de facto é uma liderança sim simbólica porque ele não exerce nenhum tipo de orientação ao resto do dos participantes eu creio que ele nem sequer tem participação Naquele grupo telegram que
É mais que é mais dinâmico mas acaba de facto por situar-se como o rosto principal do do protesto e acaba por arrastar atrás de si muita solidariedade ele apareceu como Alguém vindo do alentejo como dizias Veio parar a uma esquadra da grande Lisboa e diz que ficou surpreendido com a forma como os
Polícias são tratados o que é que é isto o que é que ele está a falar ele eh propriamente dito não é muito aberto a a grandes conversas sobre o seu eh passado ou sobre o seu percurso ou sobre a sua motivação além daquele vídeo e da carta
Aberta que que que tornou públicas mas aquilo que se vai percebendo de quem o conhece melhor é que ele tem um discurso muito muito politizado e é um discurso que anda muito à volta da ideia de que os políticos não respeitam os agentes de que os agentes além daquela ideia de
Desigualdades com que ele se confrontou na na PSP de que os agentes são os elementos da PSP São Pau para toda a obra mas ele próprio não está associado a nenhum partido a partidos políticos não e se estivermos a falar de movimentos politizados eh sim e é o
Próprio quem o assume na carta aberta que tornou pública Logo no início da semana ele tem uma associação ele diz que tem uma simpatia pelo movimento zero eh não é um movimento um um membro ativo desse movimento mas diz que que sente simpatia por um movimento como movimento zero que
Na verdade está muo associada a forças de extrema de extrema direita ou de direita radical eh no espectro político Nacional quanto é que recebe um agente da polícia eh é difícil dizer um valor em média porque isso depende do do universo de polícias de de Há quantos
Anos um um agente está na PSP eu posso dar uma imagem eh que talvez ilustre o ponto de partida de um elemento da PSP eh aquilo que nós sabemos e e e já demos essa informação aqui no no observador é de um agente que acabe de sair da escola
De polícia e que no fundo vá para o terreno passo a expressão eh tem um salário tem no final do mês um salário de 1000 e poucos euros isto excluirmos os serviços os tais serviços gratificados e que são feitos Extra horário laboral Portanto o salário eh por exemplo trabalhar durante o jogo
Da taça a falar por exemplo e fazer um serviço gratificado no no jogo da da taça como fazer segurança num Centro Comercial num Supermercado tudo isso são serviços gratificados que são pagos Extra ao salário portanto se não eh participar se não Se não cumprir esses serviços gratificados um agente que
Acabe de sair da escola de polícia e que vá então para o terreno tem um salário de 1000 e poucos euros isto diz respeito a um salário base de 1000 de 908 € perdão e depois acresce este valor uma série alguns suplementos entre os quais o tal suplemento de risco que falávamos
Há pouco para quem acabe de de de de chegar ao terreno e anda ali pelos 181 € mais ou menos Pedro para onde é que este Protesto das forças de segurança pode evoluir até quando é que os polícias vão estar em frente à Assembleia da República é isso ainda é muito incerto
Tanto na na questão de para onde é que isto pode caminhar e e também e naquela questão de até quando é que isto vai durar H na verdade isto corre também da falta de coordenação centralizada Que há Que há neste neste protesto H há uma tentativa de marcar um um outro
Protesto Nacional amplo e coordenado para dia 19 de Janeiro eh Há também a ideia de insistir nas vigílias diárias na tal presença em função a em frente à Assembleia da república e nas câmaras municipais vão surgindo outras formas de protesto mas não é muito claro para onde
É que isto vai avançar e e que forma é que este movimento pode pode pode tomar no nos próximos dias eventualmente semanas não sabemos quanto oxigénio é que este movimento ainda terá e quanta força é que é que vai ter para se manter presente no no espaço mediático eh
Dependerá também da das formas de de protesto vão adotando ao longo do tempo aquilo que nós sabemos é que falávamos há pouco do rosto do protesto do tal herói como é visto o Pedro Costa entre os seus pares aquilo que ele garante é que não vai desmobilizar e que nem
Sequer está muito disponível para apontar uma data no calendário e para dizer a partir daqui desisto ou a partir daqui a vitória está conseguida quem o acompanha e Isa é uma realidade muito interessante que nós temos percebido Apesar deste discurso do garante da luta do Pedro Costa quem o acompanha quem
Quem tem estado com ele na na Assembleia da República imagem que passa é de alguém que já já está cansado já está desgastado são muitas horas ali em frente à Assembleia da república e portanto isso tambm ele na primeira noite dormiu no chão ainda não havia isso decorre muito da da espontaneidade
Do do protesto e da decisão quase imediata de já fiz o vídeo já publiquei a carta aberta vou para o terreno vou para para a porta da Assembleia fazer o meu protesto e depois com a tal onda onda de solidariedade que tem que tem eh verificado mas não percebemos ainda e
Esta é uma grande dúvida eu falava há pouco no oxigénio que este movimento ainda tem para respirar e é preciso perceber também ainda se este movimento está tão associado ao ao gesto do Pedro Costa consegue sobreviver além da figura do Pedro Costa Obrigada Pedro [Música] Obrigado Pedro Rainho é editor adjunto
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Alme a música do Gené do João riro eu sou ais até amanhã h