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[Música] Olá falda rebordão obrigado por ter aceitado o meu convite obrigada Ricardo um prazer diz-me uma coisa tu ainda és ainda és jovem O que é o que é sempre uma uma uma é sempre muito bom panto ser jovem é sempre bom e mas mas começaste a viver
Fora do país e e uma carreira profissional ainda muito mais jovem como é que em que altura da tua vida é que decides Queres ir para fora e porque é que queres ir para fora Este é um um tema muito interessante porque a propósito da dos últimos números que
Saíram do Observatório das migrações a semana passada divulgados pelo Expresso eu refletia sobre este tema h e sobre a realidade dos últimos 6 anos eu estou fora de Portugal há 6 anos saí pela primeira vez aos 19 anos para viver no Canadá e onde tirei um Major International finance e esta decisão H
Foi quase óbvia para mim porque para além de fazer parte da nova sb é uma faculdade já muito virada para o mundo Internacional e com muito contacto com o mercado de trabalho percebi que queria queria no fundo e ganhar este mundo e perceber o que é que de melhor se fazia
Lá fora para também trazer eventualmente para Portugal é muito por isso também que a maioria dos meus projetos fora do meu coroll no meu trabalho a fullt são em Portugal porque tem esta esta esperança e crença deixar o mercado de trabalho encontrar melhor do que quando fui para fora e portanto saí pela
Primeira vez aos 19 anos ainda para estudar depois mais tarde Copenhaga dentro do do contexto do meu Double degree H em no sems e depois a primeira vez que tive o meu meu full-time Job foi também na Irlanda e atualmente vivo em Londres portanto nos últimos se anos já tive em cinco países
Diferentes a viver apesar de ser uma uma apaixonada por Portugal ó F tu Tu disseste aí uma coisa com uma naturalidade que é natural mas é assim fui estudar para o Canadá mas não é assim uma coisa muito natural se calhar alguém tá em Portugal pensa Olha vou
Estudar para a França ou para a Inglaterra para o Canadá não é assim propriamente ali do outro lado porque o Canadá então primeiro porque h quando sempre que fui crescendo tive oportunidade de visitar uma uma capital de da Europa todos os anos tanto os meus pais faziam um grande esforço todos os
Anos para poder levar eh a visitar uma capital da Europa e senti sempre que apesar das Diferenças que nós temos culturais eh nós europeus pensamos de uma forma semelhante portanto eu queria explorar como é que pessoas lá fora pensavam em especial no maior mercado do mundo perto
Dos Estados Unidos Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo a maior potência económica e portanto eu queria perceber o que é que como é que as pessoas viviam lá como é que era este tema das Finanças eu fui fazer um Manager International finance portanto
Como é que se via este tema das Finanças h e e e da economia na maior potência do mundo e foi por isso que eu que eu fui estudar para o Canadá a par do meu trabalho portanto eu trabalhava isto é uma coisa muito comum lá fora os
Estudantes trabalham e estudam a mes mesmo tempo portanto eu trabalhava e estudava para me conseguir manter a viver no Canadá mas foi por isso que eu decidi eh ir para o outro lado do oceano para tentar perceber como é que a maior potência do mundo funciona e como é que
As pessoas pensam Olha eu uma tu tu com a a tua jovem idade Já estás estás na Google estás numa posição já bastante interessante para a idade que tens como é que tens sentido como é que tens sentido vou dizer isto de uma forma assim como é que os os botes tratam uma
Jovem na no seu início de carreira no mundo Internacional e agora de uma forma séria Ou seja sentistes que a idade era um problema ou não era um problema e esta minha pergunta não é tão ingénua assim é porque muitas vezes em muitas empresas em Portugal infelizmente a
Idade ainda é vista como um problema no sentido em que é desvalorizada as competências e as capacidades de jovens que já as têm apenas porque são jovens Ricardo Eu até me atrevo a dizer que a idade é um rótulo Ou seja a idade acaba por condicionar as oportunidades que nós
Temos e eu sinto muito isso nas empresas em Portugal que acho que ainda tem uma abordagem extremamente paternalista não só em relação ao tema da idade mas a muitos outros temas que poderíamos discutir mas a idade Sem dúvida que foi foi um desafio muitas vezes a primeira
Vez que eu senti h e acho que nós temos nós temos feito um bom caminho mas há muito que se pode fazer até em especial se olharmos para Portugal nós estamos a formar a geração mais qualificada de sempre não é Fundação Francisco Manuel dos Santos diz que eh nove em cada 10
Jovens que se formam entre os 20 e 24 anos T mais do que o ensino superior mas curiosamente estamos cada vez mais tarde a chegar perto de centros de decisão E isso só mostra que a idade é um rótulo nunca senti isso na na minha empresa sempre senti mesmo quando estava em
Portugal que me sentavam como eu costumava dizer na mesa dos crescidos o meu primeiro convite para fazer parte de um Executive board foi quando eu tinha 23 anos portanto eu faço parte do Executive Board da nova sbe dar advisory Odin sobre a estratégia de internacional internacional da escola hh nós a nova
Sbe passamos de H sermos uma escola quase desconhecida para estos no top 15 do ranking do Financial times a nível Mundial que é espetacular e recebi o meu primeiro convite aos 24 anos mas sinto que isso ainda não é uma realidade em Portugal e que a idade é muitas vezes
Compreendida em especial este tema da geração e para alguns desafios geracionais de falta de compromisso responsabilidade até eh como um uma falha de de experiências quando é importante ter esta massa crítica jovem porque de facto tem mais energia para fazer a mudança e com isto não quer
Dizer que também não é importante termos uma geração mais de 50 por exemplo que é um tema que se vai começar a debater muito eh com as com aumento da Esperança média de vida e um Portugal cada vez mais envelhecido nas empresas mas é muito importante dar oportunidades aos
Jovens para se sentarem perto dos centros de decisão então Ricardo imagina que eu agora quero regressar para Portugal eu não tenho uma empresa ou a maioria das empresas em Portugal em especial multi nacionais não tê os seus centros de decisão aqui portanto para um jovem não há incentivo até porque este
Facto de ser uma idade é um entrave a podermos chegar a posições de liderança mais cedo sem dúvida e e há há uma coisa que gostava que tu gostava de ouvir a tua opinião que é sempre eu eu eu tenho contacto com muitas realidades internacionais e com muitas pessoas de
Muitas idades jovens e menos jovens a maior parte deles jovens em termos de da forma como se sentem não não não aem idade mas como é que tu sentes esta pelo menos como é que tu vês a diferença entre aquilo que sentes em Portugal onde se calhar até não tens tanto contacto pelo
Menos profissional direto tens mais indireto mas aí Internacional onde tens essa essa realidade profissional que é o que eu vejo muitas vezes é uma li uma autolimitação Isto é a facto de alguém ser não só jovem conhe ser português acha que há um conjunto de limites que
Eu não vejo em jovens por exemplo de outros países onde não tem tem não tem limites para a sua ambição e e nós em Portugal talvez por um passado que tá a mudar Felizmente eu acho que as gerações as novas gerações estão a mudar autolimitados a nossa ambição ou seja
Achamos porque estamos em Portugal Porque Portugal é um país Pequenino então o nosso potencial máximo é este que é algo que eu sempre e depois temos a outra parte disto que também é também nos limita sem nós perceberemos que é os portugueses são os maiores do mundo Ou
São os piores do mundo e mesmo essa conversa do da melhor a geração melhor qualificada sempre que é verdade mas é verdade em todo o mundo todas as gerações em todos os países são as mais qualificadas de sempre e portanto aquilo que eu muitas vezes digo é nós não somos
De forma alguma melhor que ninguém mas também não somos de forma alguma pior que ninguém portanto temos s o nosso melhor para competir no mundo que é Global o que é que tu achas disto Olha eu até diria atrevo-me a dizer que a maioria dos portugueses que eu conheço a
Viver fora e eu conheço muitos eh até pela rede não só pela rede da L e da da minha faculdade não é como o facto de ter estudado em três países diferentes e já ter vivido em cinco países diferentes conheço muitos jovens H tal e qual Como
Dizia jovens não só de idade mas jovens também de cabeça em em muitas realidades diferentes e com muitas origens diferentes e sinto que nós portugueses temos este síndrome do impressor muito mais presente por termos crescido numa realidade e num país que de facto é um mercado pequeno ou seja nós somos 10
Milhões de habitantes de facto somos um um um mercado muito pequeno mas se olharmos para outras realidades à escala e à s a Austrália só tem 25 milhões de pessoas eles não sofrem do mesmo tema que nós e mais que é os portugueses são percecionadas nestas empresas internacionais como alta qualidade num
Ponto de vista de hard Skills e também de soft Skills porque nós temos esta capacidades extraordinárias já quase desde a época dos descobrimentos de com poucos recursos por por estarmos de facto num país com poucos recursos H conseguir atingir resultados extraordinários e isto foi uma coisa que
Eu senti muito porque ao ao longo da da minha carreira até agora já trabalhei em muitos mercados um deles foi o mercado português e nós com muito menos recursos do que outros mercados em que eu trabalhei eu trabalhei há pouco tempo no segundo maior mercado da Google a nível
Internacional só maior os Estados Unidos senti que com metade ou quase eu atrevi-me a dizer um démo dos recursos nós conseguíamos atingir resultados igualmente fantásticos e acho que isto tem muito a ver com o mindset e educação em Portugal um tema muito cultural isto não existe só em Portugal é um clássico
De eh Europa do Sul e está estudado tá nos números H em em muitos temas também relacionados com Nós não sabemos como nos posicionar no mercado e achamos que na verdade este exercício quase de nos vendermos e de auto promovermos é um exercício errado eu lembro-me quando
Facilitei um um um workshop que é o I am remarkable no web summit com 500 pessoas nós tínhamos uma plateia extremamente diversa mas tínhamos também muitos Portugueses e fizemos a pergunta quantas pessoas é que tinham ouvido na su infância que a falarem sobre os seus resultados e as coisas que faziam bem
Era gabarolice h e metade da plateia levantou a mão e eram maioritariamente Europa do Sul ou Portugueses e eu adoro esta frase que diz não é gabarolice é baseado em factos e em mercados como os Estados Unidos Por exemplo eles fazem isto extremamente bem percebem que o
Mercado de trabalho é um mercado de transação de negócio portanto um mercado Onde existe oferta existe procura e nós enquanto ativo no mercado de trabalho temos que nos posicionar da melhor forma e utilizando dados para no fundo a nos valorizarmos enquanto ativo vamos conseguir muito mais facilmente H
Atingir os nossos os nossos objetivos e é por isso também que depois e se olharmos basta olharmos para o número de aplicações que os portugueses fazem a a cargos internacionais e etc vemos uma predisposição muito maior destas culturas para fazer do que nós Portugueses e acho que isto é um viés
Inconsciente que precisamos de quebrar em Portugal porque de facto temos ótima qualidade mesmo de um ponto de vista da Art skills estamos igualmente qualificados para ir aprender como qualquer pessoa de qualquer outra nacionalidade essa questão que tu dizes eu acho que é uma das questões importantíssimas e é algo que
Eu não que eu tenho visto desde muito novo eu lembro uma das coisas que mais mais me impressionou porque na altura era era era mais jovem de idade não é portanto hojea sou hoje is sabes que os os menos jovens de idade gostam deer estas coisas não é gostam de se manter
Jovem mas na altura jovem nos Estados Unidos numa numa conferência em que ess e do Tom pitas na altura era um dos gurus da gestão e estavam umas 5000 pessoas e no final da conferência dele de 1 hora e meia ele fez perguntas à audiência e eram maioritariamente
Americanos fo nos Estados Unidos eram americanos portanto maioritariamente estavam a assistir e aquilo que me impressionou eu teria 20 e Poucos Anos Nessa altura foi que a quantidade de de americanos de todas as idades que se levantavam e dizia toma o que é que tu achas disto eu acho isto alguns diz eles
Faziam perguntas absurdas mas mas eu pensei assim Isto é fantástico esta gente não tem qualquer tipo de problema de dirigir a um guru não é de dizer a sua opinião de fazer a sua pergunta emfrente a 5.000 pessoas algo que era completamente impossível a data em Portugal ainda hoje há alguma
Dificuldade às vezes em eventos que as pessoas se exponham e isso foi uma coisa que me impressionou e aquilo que tu dizias também da da dimensão a dimensão é psicológica é mental porque é assim a Dinamarca é um país pequenininho a Suécia é um país pequeno mas se quiser
Ser mais pequeno Estónia mas na Estónia que tem 1 milhão 200.000 habitantes Se não me engano e portanto é super pequeno e eu conheço tenos amigos da Estónia nunca ouvi nenhum deles a achar que era pequeno o que havia num sítio pequeno e portanto isso é algo que vale a pena
Combater e que temos que combater porque nós podemos competir com todos bem e mal e ganhar e perder e Ricardo mais que é isto isto é uma coisa tão cultural e tão enraizada Portugal é um dos países mais a veros ao risco quando dizias isso de não não
Haver vergonha para fazer uma pergunta eu acho que isso está muito relacionado com o tema da falha e o incentivo à falha e o Celebrar da falha por exemplo as as empresas mais inovadoras do mundo e eu sinto muito isso trabalhar numa tecnológica que está na frente da
Inovação não é neste momento e e sempre esteve ao longo dos últimos anos nós por exemplo não temos um departamento de inovação dentro da empresa e isso porque é esperado é expectável que todas as pessoas tenham esta capacidade de arriscar dizer olha gostava de tentar este projeto ou acho que podemos
Melhorar o processo desta forma e este incentivo à falha e a empresa tard disposta a dar-nos esta oportunidade um ponto de vista de tempo e recursos para nós falharmos porque só se existir esta falha que é possível de facto perceber o que é que não funciona e avançar este no
Fundo este este mindset Progressista não é H é que nos permite então ganhar escala e dimensão e como dizias eu vivi num país a Irlanda que é um dos países que mais cresce num ponto de vista de PIB ultimamente e tem-se falado muito sobre esta discussão igualmente com o
Tema da Grécia não é por ter mudado para um primeiro-ministro que olha para o país como se fosse uma empresa que eu acho que é um mindset que também falta muito h e exatamente tem uma dimensão pequena poderiam ter os mesmos problemas estruturais porque até tem algumas
Semelhanças de um ponto de vista de cultura e aversão ao risco e estão a conseguir fazer este caminho portanto eu acho que também é preciso Um grande foque aqui de um ponto de vista de políticas públicas para que se consiga fazer este caminho de Portugal enquanto país olha agora vamos mudar um bocadinho
Como é que tu na na interação que tens com jovens em Portugal o que é que tu sentes porque aí estás mais próximos de está mais próximo né eu tenho muita interação com os jovens mas apesar de tudo a minha idade Depois tem faz com que em interação tenha um determinado
Tipo de de conversa por muito que é é natural é assim e ainda bem que é assim não há outra maneira quando um jovem fala com jovem a conversa inital gentee é diferente porque estão estão sentem-se sentem-se a falar com os seus pares e portanto seguramente que falam coisas
Contigo não falam comigo como é que tu o que é que tu sentes da parte dos jovens com quem interagis eh estão contentes de por estar em Portugal querem ir para fora querem ir para fora porque querem melhorar a vida em termos financeiros querem ir para fora porque querem ter
Mais oportunidades porque querem conhecer mundo porque querem querem ficar cá querem voltar ou não o que é que é algo que eu tenho sempre muita curiosidade em saber Principalmente quando falo com jovens Olha este tema tem evoluído muito eu senti muito esta evolução eu venho a Portugal muito
Frequentemente não é h e estou sempre com um grupo de amigos e e e tenho aliás movo-me em bolhas muito diferentes eu acho que isto é interessante porque acabo por ouvir perspectivas de jovens com realidade diferentes backgrounds diferentes e ambições de vida também muito diferentes e é interessante
Perceber que nos últimos nos últimos meses eu diria 1 ano dois anos até para cá eh é cada vez mais frustrante ter estas conversas com os meus amigos e com os jovens eh nos vários âmbitos portanto eu tenho uma uma ngo uma Fundação sem sem fins lucrativos uma organização sem
Fins lucrativos onde eh mulheres com TR a 10 anos de experiência profissional ligá-las a se level em Portugal para ajudar de um ponto de vista de carreira a fechar o leadership and Mission GAP Este é uma das bolhas outra grupo de discussão do Presidente da República outro aos meus amigos que estudaram
Economia comigo os meus amigos de infância são do mundo da Saúde portanto realidades muito diferentes e acho que tenho aqui uma amostra podíamos normalizar com facilidade com mais de de 30 H pessoas de realidades muito diferentes e o que eu sinto muito é uma frustração muito grande porque este tema
Da imigração e de sair para fora deixou de ser uma escolha para ser a única escolha e eu acho que aqui é que tá o problema porque eu sou uma grande defensora da mobilidade de cérebros as pessoas falam sobre a fuga de cérebros fuga de cérebros existe em todos os países e não
É sobre fuga de Servos é sobre mobilidade de cervos ou seja as pessoas poderem ir lá fora aprender a regressar o problema é hum as pessoas que estão dentro sentem que a única forma de progredirem crescerem e mais criarem património família é ir para fora porque não sentem essa possibilidade num um
Ponto de vista de habitação e salários Progressão de carreira e o segundo ponto é todas as pessoas que estão fora e eventualmente poderiam querer regressar não sentem os incentivos nem as oportunidades para regressar a Portugal e isto é que eu acho que é um grande problema que se tem vindo a agravar nos
Últimos tempos as últimas conversas que eu tenho com jovens em Portugal são de desacreditação no país completamente não existir uma visão portanto não há uma visão se nós pensarmos no país mais uma vez com uma empresa uma empresa que não tenha uma visão de longo prazo não
Consegue reter os seus eh os seus Trabalhadores Porque as pessoas não têm uma visão de onde é que a empresa quer ir não conseguem tomar decisões no curto prazo porque não existe uma visão de longo prazo e é exatamente isso que os jovens sentem em relação a Portugal não
Existe uma visão de longo prazo tudo o que fazemos é numa perspectiva de curto prazo os salários em Portugal comparados com outros países e não é preciso ir muito longe Basto a viajamos de avião Du horas são completamente diferentes a carga fiscal em Portugal é muito alta e
Portanto é muito difícil para um jovem sair da casa dos pais eu tenho imensos amigos que ainda vivem casa dos pais não têm possibilidade de sair sentem-se estagnados de um ponto de vista de carreira e de facto o tema dos salários é um tema muito premente quando falamos
No ponto de vista Empresarial não é que é o mundo onde mais me movo as pessoas falam sobre progressão de carreira e etc assim mas o maior problema são os salários as pessoas querem ser recompensadas e ter qualidade de vida e isto é perfeitamente legítimo e as pessoas querem ser recompensadas na
Mesma medida em que se esforçam e é cada vez mais difícil para os jovens também sentir que são ouvidos neste ano é muito pouca penetração e ligação aos líderes não se identificam com as com as lideranças atuais e Há muitas iniciativas para criar Shadow boards em diversos âmbitos mas lá está Shadow
Boards não são Executive boards e portanto por mais que a intenção esteja lá de ouvir os jovens é preciso efetivamente dar-lhes os recursos para que possam implementar soluções h e acho que isto é um tema que me preocupa muitíssimo enquanto jovem preocupada com o meu país portuguesa eh que GO gostava
De regressar para criar família e património em Portugal e que sinto que não existe essa essa oportunidade e mais que é todas as pessoas e amigos e e jovens com quem eu falo nos dos diversos âmbitos vem a imigração como a única e não uma escolha essa questão que tu
Dizes é uma questão que eu também m e é uma questão importante eu tenho eu conheço essa realidade queer através do dos meus filhos quer filhos de amigos e e nós não temos a perceção em Portugal eu não tinha também de certa forma que a diferença do custo de vida noutros
Países naqueles países que nós dizemos são os países mais caros muitas vezes alguns dos mais caros do mundo entre aquilo que eles ganham e aquilo que custa mais de viver em Portugal é abismal isto é alguém que vivea em Lisboa no porto um jovem com o salário que consegue em Portugal
Provavelmente chega ao fim do mês sem sem sem capacidade de poupar e às vezes com dificuldade até para pagar as coesas todas vai para um dos países mais caros do mundo e aquilo que lá vai receber e aquilo que paga se calhar vai receber duas ou três vezes que ganha iia aqui e
O custo de vida se calar é 1.2 1.3 1.4 que seria aqui numa das principais cidades e portanto esta diferença é muito grande e essa questão é uma questão muito importante e portanto toda a gente obviamente procura o melhor salário procura fazer uma vida paraar
Criar criar a sua Seja lá o que for o seu caminho pessoal ou familiar e por outro lado também uma questão que a mim também sempre muito preocupou e não não que é a questão que tu dizias que é o a meritocracia ou seja é al alguém sentir
Que está a aprender que está a crescer e que está a ser recompensado pela sua capacidade e que não tá a ser bloqueado às vezes até por alguns mais velhos que não têm tanta capacidade Mas que que conseguem manter o manter quase monolítico o a a a
Empresa Isto é algo que a mim me preocupa também muito e e acho que deve preocupar com o país e de agora voltando vamos ser otimistas ou seja o que é que tu e outros jovens não é porque eu já não eu posso ir fazendo uma co mas já
Não tenho não posso fazer tantas como tu fazer o que é que vocês estão a fazer para mudar isto que é preciso mudar senão só estamos sempre aqui a queixar todos uns dos outros e não vamos darar de nenhum e este é um ótimo ponto porque
Eu acho que isto também é uma coisa que tem que mudar do lado dos jovens Eh Ou seja eu acho que há aqui duas duas frentes importantes não é que é do lado das lideranças é preciso haver espaço para colocar os jovens Mas do lado dos jovens também é precisa haver iniciativa
Porque o que eu sinto muito é que existe muito esta a realidade de facto é difícil para os jovens mas eu pergunto o que é que nós estamos a fazer nós enquanto jovens para mudar esta realidade do país e acho que há muita coisa a ser feita eh eu acredito muito
Nesta parceria entre setor público e privado e acho que eh não tá tudo errado em Portugal não tá tudo contra oo sistema mais há imensos projetos em Portugal que mostram que nós podemos ser pioneiros a partir daqui aliás Portugal Tem uma oportunidade única eu acho Histórica de um ponto de vista de
Tecnologia pela Inteligência Artificial que é uma uma grande oportunidade e e nós temos pessoas muito boas a trabalhar a área de Inteligência Artificial e assinaladas em todo o lado Inclusive a Estados Unidos que é o número um eh nesta área em que trabalho h a colocar portugueses à frente e na lista de
Pessoas mais influentes para a inteligência artificial portanto há muita coisa que podemos fazer aí e de um outro ponto de vista que é um mercado de trabalho cada vez mais fluido mais híbrido em que Portugal é o lugar Isto é muito interessante verem que a maioria das pessoas na Europa escolheria para
Viver seja português ou noss a português o que é que nós jovens portugueses estamos a fazer eu acho que é importante também dar esta visibilidade eu há imensos projetos neste momento a trabalhar e a colaborar seja com Fundações com empresas e aqui lá está mais desta perspectiva do setor privado
Para ajudar e para contribuir para que os jovens possam avançar H acho que acho que há eh que mostrar também aos jovens que estas iniciativas podem partir deles e que eles podem submeter estas ideias e talvez em breve surge aí um projeto muit muito relacionado com esta área em que
Os jovens terão essa oportunidade de qualquer jovem em qualquer lugar do país porque acho que é muito importante eh também dizer isso Portugal não é só Lisboa Porto eh Portugal é o interior Portugal é o norte do país em que um jovem em qualquer lado do país possa
Contribuir com ideias e h ser aproximada stakeholders porque de facto nem todos têm esta oportunidade de conhecer as pessoas certas para depois se ligarem e fazer os projetos acontecer Portanto acho que é muito importante facilitar esse caminho e há muitos jovens a envolver-se quer de um ponto de vista
Político quer de um ponto de vista de organizações sem fins lucrativos quer nas suas empresas a lançar estas estas iniciativas e a desafiar os líders h a trazer mais mais ideias para Portugal e também a tentar criar soluções aqui um um exemplo posso dar meu exemplo pessoal
Não é estou fora há 6 anos todos os projetos para os quais contribuo s em Portugal faço parte do H conselho estratégico da CP para tentar perceber como é que podemos ajudar os os empresários Portugueses e trazendo as ideias de alguns dos países onde eu onde
Eu já vivi como é que podemos ajudar os empresários portugueses a fazer este caminho e a criar mais oportunidades porque enquanto não tivermos empresas mais produtivas nós temos um grave problema de de produtividade em Portugal não é possível abrir mais head count ou seja eh Progressão de carreira e colocar
Mais pessoas dentro das empresas portanto temos que perceber como é que ajudamos nesta dinâmica e aqui a tecnologia também tem um um papel muito importante H Estou também envolvida no grupo reflexão do presidente para pensarmos como é que nas mais diversas áreas podemos encontrar soluções e acho
Que é isto que falta muito a Portugal que é focarmos também na solução quais é que são as soluções porque há muitas coisas que podemos fazer e muitas ideias quais é que são os recursos que precisamos e o que é que existe é que podemos mobilizar h e e desafiava também
Aos jovens se nos estiverem a ouvir que pensem nestas iniciativas e que tenham esta esta vontade e esta coragem de abordar outras pessoas se calhar Ricardo se eu te enviar uma mensagem fazer uma sugestão Tu vais estar disposto mas é preciso que eu também inicie esse
Processo e acho que em Portugal eh falta muito esta esta proatividade de realmente irmos atrás e fazermos acontecer as coisas porque o país não vai mudar se nós não começarmos e eu gosto muito de uma frase que diz que os jovens não são o futuro do país os
Jovens são o presente do país eh e eu eu desafiava aos jovens também a pensar sobre isso em que país é que querem viver e não achar que Portugal vai virar uma uma estância de férias em em que vamos regressar se calar só para nos reformos porque é um país Fantástico com
Imensos recursos e com uma grande capacidade de exportação essa questão por dis Esta é uma questão que é É muitoe tem algumas coisas importantes e uma delas é que esta conversa de que os jovens são o futuro ou Estes são o futuro ou aquela classe é Isto ou Aquilo é uma conversa
Que não faz sentido o mundo é feito permanentemente do presente de quem cá está dos jovens dos menos jovem dos homens das mulheres dos dos vários das várias nacionalidades são quem estão num determinado espaço que fazem a acontecer alguma coisa e portanto nós passamos muito tempo com essa P nós passamos
Muito tempo perdidos nos problemas e nas e nos diagnósticos e pouco a fazer aquilo que podemos fazer mesmo a questão do interior é uma uma questão chega a ser absurda num país que hoje está tão conectado em termos viários e em termos tecnológicos o que é que é o interior
Num país que tem 200 Km de um lado ao outro e 800 km de comprimento isto não não faz sentido há países onde isso é é a realidade de quase toda a gente para ir Ricardo quando vivia no Canadá demorava um uma hora para ir do sítio onde vivia à faculdade onde estudava
Essa é a realidade para nós irmos de Lisboa ao centro do país uma hora portanto somos um país pequeno que na verdade pode ver isso não como uma desvantagem mas como uma vantagem e disseste uma coisa que acho que é uma boa é uma boa é um bom
Conselho aos jovens é um conselho que se deve dar a toda a gente que é quando nós fazemos alguma coisa que faz sentido para ambas as partes não há limites de interagirmos seja com quem for ou seja quando se alguém mandar uma mensagem um e-mail ou um contacto V Linkin o que for
Para uma outra pessoa que não conhece independentemente da idade da posição mas sobre algo que faz sentido essa pessoa a maior parte das vezes vai responder nem que seja com simpatia dizendo olha não não me interessa não ou não não posso mas não vai ficar sequer chateada desde que faça sentido aquilo
Que não faz sentido é andar a mandar coisas para toda a gente a todo o tempo sem nexo nenhum e isto é algo que que tem a ver com a às vezes com a tal limitação própria que temos que é OK aquela pessoa é muito importante não há pessoas importantes as pessoas são
Pessoas e portanto seja e no limite poem são bem educados ou mal educadas no limite e portanto qual é o problema o que é que nós perdemos nada perdemos No Limite ficamos igual ao que estamos não exato o não tá sempre garantido eu acho que este este mindset é que é preciso
Mudar que é ou seja não posso fazer uma abordagem a uma pessoa sem ter uma proposta de valor é isso e portanto não é não é não é abordarmos uma pessoa sem sem que tenhamos algum algo para apresentar ou que amos os uma ideia ou que tinhamos algum valor para trazer
Para cima da mesa mas é fazer este trabalho de preparação que é eu defendo que os jovens devem ter um lugar à mesa mas os jovens têm que fazer o trabalho de casa de perceber porque é que merecem lugar à mesa e merecer um lugar à mesa é
Isto é fazer o trabalho de casa perceber qual é o valor acrescentado e e nós temos acesso a tudo informação as Fundações em Portugal o por datata faz um trabalho extraordinário a unirnos com os dados isto é uma coisa muito importante e cultural é muito importante trabalharmos na dos dados e não do
Achômetro quais é que são os dados O que é que os dados provam com isto qual é que é a solução e qual é que é o impacto que podemos criar porque a partir do momento em que fazemos isto ou seja pensamos porque é que esta pessoa se
Importa Quais é que são os dados e soluções que podemos trazer para cima da mesa e o impacto que podemos gerar então ultrapassamos a barreira da idade e a partir daí Ricardo eu acho que já não é um tema de falarmos sobre Eu tenho 26 anos tenho 50 35 não interessa Porque a
Partir daquele momento já é sobre o valor e as minhas ideias e o que eu trago para cima da da mesa e as soluções que posso apresentar e o impacto que posso gerar para a organização para o país para a empresa para a comunidade o
Que for eh e Portanto acho que este este é que é o mindset mais importante de mudar e se isto começar em pequeno Como dizia a ela Roosevelt não é que a mudança do mundo começa nas pequenas comunidades são são gestos tão pequenos que não são visíveis no mapa se nós
Tivermos este mindset nas nossas escolas na nossa comunidade na nossa família nas nossas poupanças na forma como nos educamos também literacia financeira a educação política o país também muda e este é um tema muito importante é também necessário nós fazemos este exercício de nos educarmos só para além do ensino
Tradicional Sem dúvida olha falo da última questão que te vou fazer porque isto é assim passa bastante O que é algo que hoje eu sinto nos jovens e e felizmente que assim é porque a minha geração não tinha essa não tinha essa essa talvez porque tínhamos mais a a necessidade de tínhamos trabalhar
Tínhamos que melhorar a vida e todos têm como é evidente mas os jovens does querem fazê-lo fazendo tendo o melhor equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal o que eu acho muito bem e e a minha pergunta é a ti como é que tu estás sempre estás em tantos projetos
Muitos deles que são profissionais outros são associativos outros são mas como é que como é que fazes essa esse equilíbrio com o resto contigo uma falda não é que tens que há de ter interesses que há de ter desportes que queres fazer há de ter coisas que gostas quer estar
Com os teus amigos etc como é que Consegues conciliar isso olha a a resposta é nem sempre resulta ou seja há semanas em que não consigo fazer tudoo H mas acho acho que esta há uma frase que diz e eu pensava muito sobre isto como é
Que eu consigo ter tudo How can I have it all não é e uma mentora minha respondeu-me we can have it all maybe not All at the same time e portanto eu sei muito bem quais é que são as minhas prioridades em cada momento da minha vida eh sempre tendo em consideração que
A minha família os meus amigos a minha comunidade são uma das minhas prioridades depois participar em iniciativas e portanto sou muito mais cuidadosa com os SS do que com os nãos porque eu dizer sim é uma coisa Como dizia o Steve Jobs é dizer não a tantas
Outras e portanto a forma como aloco o meu tempo nos meus projetos e depois garantir que os projetos em que estão envolvida T sempre o impacto portanto eu faço sempre a pergunta what success looks like o que é que é sucesso para nós neste projeto vamos de facto ter um
Impacto Vamos juntar em mais um grupo de discussão A debater temas para não termos Impacto efetivo e portanto a escolha dos projetos em que Estou envolvida e a forma como Gir o meu tempo usando o meu calendário como a minha mãe melhor bíblia e colocando tudo no meu
Google Calendar é a forma que eu encontro de conseguir fazer tudo nem sempre é perfeito ainda estou a descobrir como é que se faz isto gerit tudo e acho que é um tema muito importante também mais uma vez para qualquer pessoa não só jovem acho que também temos que perceber quais é que
São os projetos que de facto nos trazem energia Eu Estou envolvida em muitos projetos este tema dos jovens do talento das empresas que me traz muita energia e portanto acaba por quase não parecer trabalho para mim acho que isto funciona para mim se calhar para outra pessoa não
Funciona Acho que cada pessoa tem que encontrar realmente quais é que são as coisas em que sente H este este calling não é este chamamento para acrescentar e acho que é assim que que rejo as minhas escolhas e os meus chins muito obrigado gostei muito de falar contigo continua a
Fazer muitos projetos junta muitos jovens contigo para V para mudarem mudem mudem a vossa vida e mudem no caminho mudem mudem o país para melhor Obrigado e um grande abraço obrigada eu Ricardo foi um prazer obrigada [Música] h