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A caminho dos 50 anos do 25 de abril recordamos um Portugal sem liberdade e refletimos sobre um Portugal futuro não podias com Raquel Mourão Lopes e Francisco Sena Santos não podias ouvir a três é o tema do nosso programa de hoje um tema que claro nos é muito querido e que
Escolhemos para hoje para Celebrar o dia mundial da rádio que se assinala já daqui a uns dias poucos na terça-feira dia 13 eu sou a Raquel Mourão Lopes comigo está como sempre o Francisco ca Santos Olá Francisco e hoje resolvemos Inovar temos um ilustríssimo painel de convidados mais alargado que o habitual
Vamos lá saber quem são eles para começar Nuno Santos Silva coronel da Força Aérea comissões feitas na guineia e Angola ainda durante a ditadura na madrugada do 25 de abril de 74 foi um dos oficiais que ocupou os estúdios do Rádio Clube Português de onde foram lidos os comunicados do posto de comando
Do mfa abandonou a força aérea uns meses mais tarde depois do 25 de novembro licenciou-se em economia refez a vida foi condecorado com a grande cruz da Ordem da Liberdade em 86 nasceu 29 anos antes do 25 de Abril olá senhor Coronel muito obrigada por ter vindo aqui ter
Muit gosto estar aqui com muito obrig Depois temos obrig P convite temos o Luís Oliveira homem da Rádio começou no ano 2000 na Rádio Nova depois Rádio Universitária doingo passou pela televisão voltou e ainda bem depois para os braços da rádio está na antena 3 desde 2008 é uma das pessoas favoritas
De toda a gente aqui na rádio acho que posso dizer sem grande margem para me enganar grande especialista e enorme fã de Bob Dylan eh acho que não posso evitar dizer que é um querido querido amigo uma grande inspiração é atualmente subdiretor da três nasceu 6 anos depois
Do 25 de Abril em seguida temos o Fernando Alvim faz rádio desde os 13 anos começou como profissional na rádio press passou pela Nova Era pela comercial também andou pela televisão no cnl na TVI na Sique radical na RTP aqui na antena 3 apresenta diariamente a prova oral desde
2002 já está lançado para ser o autor do programa com maior longevidade na rádio portuguesa haverá certamente poucos concorrentes e também gostamos muito dele o Alvim nasceu e esta Francisca é uma estreia aqui no nosso programa em 1974 o ano do 25 de Abril nas no dia 3
De Maio sou um estilhaço da revolução é um bebé da revolução exato e temos também a Catarina Fernandes licenciada em estudos de cultura e comunicação é quase mestre em ciências da comunicação já fez crítica musical atualmente produz entrevista faz parte da equipa que gera as redes sociais aqui na três é a maior
Entusiasta que eu conheço de indie rock dos anos 2000 e é também um dos nossos faróis no que a música nova diz respeito na equipa do domínio público é o mais jovem elemento da equipa da antena 3 nasceu 26 anos depois do 25 de Abril Olá Catarina Olá já vai longa esta
Apresentação e antes de passarmos à conversa propunha Francisco que aqui ouvíssemos um registo histórico que vai dar-nos o mote perfeito para conversarmos depois aqui Poo de comando do movimento das foras armas as foras armas portugesas para todos os habitantes da cidade de Lisboa nodo de recolherem suas
Casas nas quais devem conservar com a máxima calma esper sinceramente que a gravidade da H que vivemos Não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal para confrontos com as forças armadas tal confronto além de desnecessário só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que lutariam e criariam divisões entre os
Portugueses O que há que evitar a todo custo não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português apelamos para o espírito Cívico e profissional de classe médica esperando a sua AC corrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração
Que seja que deseja sinceramente desnecessária eram 4:35 da manhã da madrugada de 25 de abril de 74 quando o Joaquim fortado é a voz que aqui ouvimos leu este que foi o primeiro de uma série de comunicados e um dos nossos convidados estava lá Nuno Santos Silva era na altura capitão da
Força Aérea nós quando quando quando percorremos a história daquela quinta-feira 25 de Abril 74 há episódios determinantes dramáticos H estou a pensar no o episódio da rua do Arsenal é decisivo quando a coluna do Capitão Maia avança eh começa a subida para o Carmo E H está frente a frente com uma companhia
Vinda de Cascais crei que o siak e também cavalaria 7 e há o o confronto entre o capitão Assunção e o coronel julo eu ferrand Almeida que manda disparar e e os militares de de Cavalaria recusam recusam disparar Capitão Assunção leva uma estalada eh são são episódios depois à tarde no no
Largo do do Carmo eh o assalto à ao quartel da GNR e a e a Detenção de Marcelo citano mas nada disto iria funcionar se não fosse a sua a inter se não fosse a vossa intervenção os os oito os oito eh precursores Vamos lá ver a história
Entraram no rádio clube português para quem está mais longe e que não quem não quem onde é que está o rádio Clube Português o rádio clube português está h junto ao parque edar um bocadinho dois quarteirões acima do do hotel rits que na altura já existia eh é no número 26
Da Rua sampai Pina Então o que é que aconteceu a sampai Pina é Rua entre a Castilho e a e a artilharia um O que é que como foi a que horas é que entrou é que entraram lá na naquela na portaria do Rádio Clube
Er a ordem de operaç a minha voz está um bocado tem um pigar quase semelhante ao ao do milhar asas não é eh a ordem de operações determinava que a nossa entrada no rádio que o português devia ser feita às 3 horas da manhã às 3 hor da manhã pequeno por Cala não
Pequena situação de nos ligarmos à à à unidade do exército que fazer a proteção da zona fez com que nós estivéssemos entrado às 3:12 eu acho foi a primeira unidade militar a entrar em Ação naquela madrugada não não então quem foi primeiro e eh eu não sei dizer porque a
Minha a nossa ação era feita em como out que ia tomar conta das Antenas do Rádio Clube Português teve outras unidades que tinham objetivos muito parciais e que todas elas a partir do momento que o grande la fila morena se fez ouvir estava no terreno eu não sei exatamente
Grand foi na foi na Rádio Renascença uhum exato É bom que se diga que a operação Militar do 25 de Abril envolve cerca de 5000 homens de muitas unidades em todo o país mas vamos à sua e a sua envolve há oito militares que entram nas instalações do Rádio Clube é isso
Exatamente e quantos é que estão cá fora a fazer segurança tá uma companhia portanto são cerca de 100 homens Uhum E o senhor foi dos que entrou foi dos que entr então guin guos consigo leve-nos consigo como foi isso entra-se entra-se entrava no rádio Clube Português então e havia um um azinho Pequenino
Razoavelmente grande H devo dizer há há coisas que são que são engraçadas e devem ser referidas nós éramos oito na altura certa colocamos todos em frente à porta o Costa Neves o Costa Neves É um tipo curioso ele é General sério foi depois Conselheiro da reção e e levou o
25 de Abril tão a sério que o uniformizado em número um para quem conhece alguma coisa dos militares nós temos vários uniformes o número um é o uniforme mais cerimonioso não é Portanto ele apresentou-se com o uniforme número um bateu a p n EA com camuflado não não
Não Este é o número três Ah então qual era o seu O meu era o número dois e todos estávamos uniforme de trabalho normal azul azul sim Azul calça e blusão e camisa azul também não é em gravata AZ entraram no átrio e depois batemos à porta
Hum mas batemos mesmo à porta pediram licença para entrar não podíamos L pamos quando a porta se abre o aini que era o porteiro interrog onos O que é que querem não é e o Costa Neves largo ele já crescido já bastante crescido ao tempo não ele ele teve esta pergunta e o
Costa Neves como delicado mas muito assertivo disse nós vamos aqui dar um golpe de estado logo assim para começar o Alin terá hitado um pouco e como ele hitou um pouco e estava ali a criar-se um compasso de espera muito pouco útil Eu recordo que er uma das pessoas que
Estava atrás para o entra entra entra e ele entrou e entramos de rompante era nós éramos oito e tomá conta tudo o que era importante dentro do estúdio comunicações os estúdios bem segira o átrio há um corredor um corredor Comprido estúdios de L do outro tem a
Redação mais ou menos a meio do lado direito Tinha sim foi foi assim exato sim e pronto e e instalamos não é e Depois ficamos ali a aguardar que houvesse mais instruções e e a reação das pessoas com quem se iam cruzando quando chegam à redação quando
Chegam à Regi quando chegam ao Estúdio quer dizer estas també não havia assim tanta gente essa hora Claro havia havia pouca gente havia estos aqui fortado na redação já estava lá estava dentro do estúdio e obviamente quando viam entrar ficou um bocado assustado não é aliás
Como regral de todas as pessoas mas há aqui uma coisa que eu ten a tendência para ampliar é que nós éramos pessoas muito delicadas não é eu diria mesmo de boas maneiras não é falamos com as pessoas sem agressividade forado ficou amigo de todos sim sim falamos com as pessoas sem nenhuma animosidade
Sem muito militarizado de forma a inspirar digamos alguma violência verbal e as pessoas que obviamente assustadas a princípio a pouco e pouco foram-se acomodando a nossa presença e não demorou muito tempo até que passaram a ser importantes auxiliares no processo auxiliares portanto ninguém ofereceu a mínima Resistência é isso mas houve ali
Umas dúvidas houve ali um momento em que bem mas quem são os senhores Isto é o golpe bom ou é o golpe mau nós não a houve ali um momento em que suspeitaram será que estes são os causas is é É verdade que sim é verdade que sim é
Verdade que sim mas eu penso que est est as nossas boas maneiras o facto de não exibirmos nenhuma atitude violenta ou agress deve ter levado as pessoas a pensar pá que enfim tem gente boa são tipos delicados não é pelo menos éramos delicados Hum e depois éramos todos
Muito novos reparem quando foi 25 tinha 29 anos de idade e tinha cabelo tinha os que tinha tinha alguma cor e mas porão física mais enfim mais jovial e sobretudo tal como agora continu seu tipo delicado e de bom trato não é e foi isso exatamente esta maneira de ser e de
Estar que que nos levou a confrontar com as pessoas que estavam no rádio clube português sentaram-se para conversar ou foi em pé aquilo Não não sempre em pé sempre em pé sempre em pé adoro saber estes prores Pois é são deliciosos uma coisa que já já ganhei por ter vindo
Aqui este programa Na verdade o Francisco e eu queríamos dizer normalmente an TR tem um estúdio novo agora para se um dia voltar a acontecer tu poderes ler em pé fal também bom nós gostamos ser dois a fazer perguntas mas hoje estamos aqui cinco pessoas que
Todos os dias estão no batente da rádio não per faço uma pequena corren há pouco quando li o meu ai quando deu a minha bibliografia Que vergonha já não não não não hum disz que eu abandon a força aérea como é que is deixou deixou a
Força aérea é isso é isso que querem portanto corrigir fui forçado a abandonar a força aérea após o5 de novembro eu fui eu fui demitido não mas não é caso único deve multiplicar a minha situação por 500 portanto após o 25 de Novembro houve uma verdadeira Purga das Forças Armadas
Também alguns Jornalistas do rádio clube na altura eh eu penso que à exceção do cost todos tiveram de sabores alguns escaparam aquele filtro mas quase todos tiveram maus momentos na carreira militar incluindo o próprio General Costa Neves Mas vamos primeiro vamos primeiro à história Vamos à história do
Vamos à história do 25 de Abril Fernando a tua curiosidade sobre o sobre aquela madrugada imagina-te imagina-te lá na rádio e aparecerem estes oito oito militares com revólver não não nos contou ainda queam todos com revólver o revólver H amra pistola pistol há imensas razões há imensas razões para poder prender Fernando Alvim
Portanto ninguém o empunhou Nessa altura a partir juntava a eles muito rapidamente oferecia Qualquer coisa se se se ele tivesse Mas acima de tudo eu não sabia que tinha sido tão tarde eu estava convencido de que o gope tinha sido ali por volta da meia-noite uma
Coisa assim há pouco estava a a tentar perceber que se fosse hoje o o golpe Será que era a rádio o meio utilizado penso que não não é E H Será que era a televisão também acho que não era era a internet era era o WhatsApp eu acho que
E era era um grup privado pergunta chave tá aí uma pergunta estou aqui para pergunta Chaves meu mas se calhar eu acho que era perente ouvirmos a propósito disto já a Catarina não é que faz parte mais do que nós todos de uma geração muito mais virada para vai tikt digital mas curiosamente
Não começou Isto é interessante que é escolheu para trabalhar a rádio não é desde logo isso é uma coisa que que te distingue certamente de outras pessoas da tua geração e para as quais certamente a rádio não tem um papel tão importante não é é um é fruta da época
Infelizmente para nós Portanto o que é que te moveu O que é que te apaixonou pela rádio para mim a rádio É talvez o meio mais seguro tanto de fonte de informação como um espaço seguro para ser para ouvir e acho que também que é tem um formato o formato áudio é que
Não há com esta dimensão e com com todo este esforço é mais lado nenhum é assim mesmoos catar promoção já tem de ser não mas acredito mesmo que sim também acredito que quando era mais nova não tinha nem o gosto nem a noção da importância da
Rádio como tenho agora acho que é um meio que é preciso algum tempo alguma maturidade para se perceber o quão importante é e a dimensão do seu potencial Quando é que a rádio entrou em ti ah tinhas que idade Talvez um bocadinho tarde aos 17 acho que foi mais
Nessa altura onde comecei exatamente a ouvir a antena 3S Não sei não sei explicar bem incrível não não não isso não bem sem sem querendo mas nunca nunca esteve parte do da estação do carro mas foi por acaso ligar a rádio no carro começaram a ouvir mais a antena 3 os
Programas a música Estas na faculdade já ainda não estava no secundário e a rádio começou a ganhar uma importância maior na minha vida quando fiz 18 h e sem querer estar aqui a pronto vou falar de uma banda em específico mas foi uma coisa que que
Mudou pode-se dizer a minha breve vida e a trajetória de e da da minha vida e da a minha jornada académica mas foi na antena 3 que eu comecei a ouvir os Glock and wiis e comecei a foi uma banda que me marcou muito que me levou a trabalhar
Na faculdade a a música como como um elemento necessário para a cultura Para para pensar na vida para pensar no indivíduo para pensar na política na cultura e devo ISS à antena TR Por isso acho que também é daí que vem a minha admiração o meu gosto pela rádio e pela
Importância da rádio eh e aí agora voltando à pergunta não sei se seria no tiktok se faria a revolução ou se pensaria num golpe de estado eh honestamente eu consigo perceber a importância que as redes sociais têm agora mas não sei se eram capazes de mover um golpe de estado como aconteceu
No 25 de Abril ouvir essas palavras é completamente surreal e apesar de não negar de todo a importância das redes sociais não sei se seria esse o meio e acho que não não querendo não é é honesto mas acho que a rádio continua a desempenhar um papel de de serviço
Público de de uma importância gigantesca e acho que seria um meio que na minha opinião se fosse hoje seria uma das opções Talvez o tiktok também estaria num nessa rede de de de plataformas a que das quais se pudesse fazer proveito mas sinto sinceramente que não teria a
Mesma o mesmo Impacto que que movesse as pessoas como a rádio move e como a rádio moveu Luís Luís Oliveira eh o diretor da antena 3 como é que a rádio concorre se é que deve concorrer com a força de difusão que tem as redes sociais como é
Que a rádio luta pela sobrevivência Olha a a Catarina disse algumas coisas muito interessantes nesse sentido ponto um Eu acredito que a que uma revolução hoje começasse nas redes sociais mas fosse de alguma forma legitimada num órgão como a rádio a rádio é ainda hoje hum o meio em que as pessoas depositam
Mais confiança isso tem H estudos que mostram isso isso não não é não é a minha opinião não é isso tem alguma até tem algumas justificações para quem consome por exemplo muita informação Como é o meu caso que são mais ou menos fáceis de entender há menos espaço para
A especulação e para o comentário Redondo hum raramente o noticiário de rádio é monotemático portanto dá-nos uma ideia muitas vezes mais colorida do país e do mundo não é portanto eu acho que a rádio ainda consegue ser esse Porto de abrigo em relação ao muito muito
H muito poluído no que há mais fake News e respeito e não só não num determinado de opinião publicada digamos assim interessada por outro lado e ainda pegando nas palavras da da Catarina que quase me emocionou h de facto a rádio tem esse lado íntimo de nos entrar pelo
Ouvido não é o António Sérgio dizia uma coisa eu nem me quero pôr em bicos de pés porque não convivia assim tanto com com o António ses portanto não de longe de mim fazer isso mas uma vez numa conversa muito informal ele dizia pá o
Ouvido é um buraco mas é um buraco na cabeça e de facto essa proximidade tem com com a cabeça eu não teria descoberto provavelmente as vinhas da Ira se não tivesses ouvido o alvar Costa a falar do springin e mesmo saindo da música Sei lá o papel dos artistas de rádio digamos
Assim que não estão só na animação a Raquel Mourão Lopes não está aqui a ouvir eu se eu ouvisse como ouo todos os dias facilmente perceberia que ela gosta de viajar facilmente percebe se percebe que o Fernando Alves por exemplo é muito ligado nos Orixás e naquela ideia de
Brasil tão colorido que o António Macedo gosta da mesa e gosta dos amigos isso percebe-se quando se houve rádio com a com o coração também não é e o desafio que era aí que tu me perguntava é de facto a rádio estar mais onde os jovens
Estão onde as pessoas estão não são só os jovens não é sem infantilizar também acho que não preciso não precisamos de ir por aí mas de facto deve procurar fazê-lo e sem por complexo estar na a rádio sempre teve isso nãoé nunca quando não foi comida pelas redes pela televisão não
Foi comida pela internet não será comida pelas redes sociais tem que tem que lá Estar tem que aproveitar o melhor que elas têm para até se promover mas não não creio que corra o risco se calhar a rádio como conhecemos sim o audio nunca esta ideia íntima de
Ouvir nunca mas eu tenho uma pergunta para fazer ao ao cornel em primeiro lugar tenho mais que uma pergunta tenho um agradecimento a fazer porque eu não vou conseguir falar com os 5000 participantes no 25 de Abril mas com os posso queria lhes agradecer por esse est à mão exatamente por esse
Momento mas nós temos uma uma ideia uma ideia não uma uma realidade que nos é passada sobre o 25 de Abril aquela ideia de uma revolução que foi feita com flores no caso os os Cravos alguma vez tiveram medo que isso não acontecesse ou seja tinham a convicção que iria ser uma
Coisa pacífica queb ou quando souve aquele comunicado em que se pede por exemplo aos médicos para estarem no hospital aquilo realmente podia descambar e era algoa uma coisa que vos atormentava de alguma forma não havia um risco muito sério e garantidamente que não dávamos como adquirido o facto não
Ia haver problemas não estávamos era preparados para que eles se eles acontecessem reagir não é portanto havia h a consciência de que alguma coisa podia podia correr mal e digamos não teria sido tão ligeiro nem tão otimista pensando que aquilo simplesmente ia fluir que as pessoas aderiam que i que
Acabou por ser uma enorme festa popular a mas de facto a eminência de uma situação desagradável estava presente ainda aconteceram algumas pontuais não é no terre de Passo na na na na na pid não é mas são factos que só por si não determinam digamos a natureza do acontecimento at
Do acontecimento eu penso que era muito esperado a ideia que eu tenho há pouco de falamos aqui na eventual com Mas afinal quem são estes cpos de onde é que vêm vê do causa vê de quem vê e e e eu penso que durante algum tempo isso deve ter estado presente nas
Pessoas quando nos viram entrar e a nossa forma correta de lidar com as pessoas deve teros disid e pensar que não seria bem daí Porque não era de esperar que pessoas tão tão corteses tão educadas tão delicadas viessem desse desse lado não é e mas isso era uma era
Uma possibilidade por outro lado logo após o primeiro comunicado e nós colocamos no ar tudo o que era música caracterizava um modo diferente de viver Z Afonso Jé Mário branco fanhais e e muitos outros foram lá abriram lá as gavetas as parteleiras do Rádio Clube Nessa altura tivemos a
Conivência das pessoas que estavam no rádio clube não é aliás de operador de som foi ele quem foi abrir as lá as nome é que citou não me lembro o nome dele não na verdade ele não disse nome nenhum disse da que se trá o operador de som ah
O operador técnico eu não sei se foi o José Ribeiro se foi o Franklin e é porque quando não havia o hino nacional não havia o Hino Nacional então se houvesse teria essa assanha não não não não não havia quer dizer o que era era suposto que após o primeiro comunicado
Seguida o Ino Nacional viesse ser tocado não é mas não havia antes disso tivemos que ir a procura não sei exatamente a onde do in nacional e alguém descobriu a tal compacidade que era necessária que havia um in Nacional pegado a uma outra coisa qualquer e então foi ass assim e
Colocou-se o in Nacional outra coisa também é muito curiosa aquele aquilo que se considera como enfim o hin do mfa aquela é um acaso não é é um acaso estava mal foi a primeiro que apareceu foi o primeiro que apareceu e como foi tocar tantas vez ainda possível música
Coincidentemente era agradável de ouvir orelhuda sim pegou pegou H ali um momento extraordinário que é então o momento em que o Joaquim fortado leu o comunicado o primeiro comunicado e depois eh falaram com o o na altura no na pontinha lá de um num num numa coisa
Pequenina e estava o posto comando do do na altura j mfia e falaram com eles falaram com com o Atel o Sanchez Osório Sim claro estávamos em contacto permanente há uma coisa curiosa é que naquela operação militar houve inauguração de uma munição muito especial nunca usada em em teatro de
Guerra que era moedas de 50 centavos porque se presumia que a rádio e que os telefones fossem cortados e foram não é Também se presumia que a energia ia ser cortada e foi não é portanto as moedas as providenciais moedas de 50 centavos permiti dizer cab
Pública mais perto e havia ali assim e fazer a comunicação através mas tinha sido montada uma rede de comunicações militares até à pontinha havia um cabo que vinha que chegava ao à pontinha ao posto de comando certo mas isso era a partir da licente de sapadores não é o
Nosso não o nosso era suposto usamos a rede telefónica normal ou os telefones enquanto foi possível ou as cabinas públic qu L que as outros faltaram quem é que cortou agora s faço uma pergunta foi o o governo Deão que mandou cortar a eletricidade Claro clar e como é que seg
Como é que seguiu a noite Houve essa playlist de celebração da liberdade e depois não entend pergunta Houve essa essa puseram finalmente a tocar músicas que já se podiam ouvir desde logo não é e depois como é que seguiu a noite no no rádio clube estado de alerta permanente
Não é eh foram praticamente três dias sem sem de sono não é lá dentro sempre havia uma tensão muito grande havia alguma certea daquela quinta-feira coisa estava resolvida sim as coisas estavam a andar mas havia sempre a possibilidade de um reverso qualquer não é portanto não nos podemos esquecer disso e então o
Nosso sado era de vigilância e Vigilância permanente não é e portanto isso fez-nos com que eh fosse necessário estar Estar atento não é Eu recordo perfeitamente que tive praticamente três noites sem sem dormir uma questão que já passou aqui por nossos quatro perguntadores e por a rádio eh a televisão só foi ocupada
Quase 12 horas depois quando uma uma companhia da epan administração Militar entrou nos estúdios então do do Lumiar h a rádio por a rádio e por aquela rádio era a única rádio que tinha condições fazer difundir notícias para todo o país Rádio Clube Português Rádio Clube Português na altura da família Botelho
Menir portanto isto era era um requisito fundamental Hoje seria também outra particularidade tinha tinha um slogan sempre no ar sempre consigo tinha um gerador ah sim ah tinha um gerador se houvesse quebras de energia como houve pois pois houve e houve Portanto o gerador entrou imediatamente em funcionamento a também nisso
Neutralizaram o efeito do corte de energia elétrica sim imediatamente Não é com a ajuda do do pessoal que estava no rádio português Claro é impressionante como tinham tudo pensado desculpem interromper mas é surreal e não sei se posso fazer uma pergunta um plano pois mas a pergunta para mim vai exatamente a
Esse ponto como é que se planeia algo nesta dimensão como é que se cria uma rede de comunicação de forma clandestina como é que isto tudo acontece com tanta gente envolvida eu não tinha noção da de de tanta gente que estava envolvida num golpe de estado como é que se como é que
Isto aconteceu como é que se criou uma algo desta dimensão é muito simples e é muito complicado sabe que nós militares temos um conceito Fantástico que é missão há uma missão depois há que planear não é a missão era de facto é o o nome da operação militar é fim de regime
Uhum portanto Este era o objetivo era fino regime como era preciso mobilizar várias unidades em todo o país com uma imensidão de objetivos e para cada um desses objetivos havia uma força que garantia que o objetivo era tomado Portanto o resto são todo elentos que integram a coisa que se chamada plano de
Operações com a rádio a ter sempre um papel decisivo Tudo começa na rádio às 11:5 o João Paulo Dinis passa o Paulo de Carvalho e depois do Deus nos emissores Associados de Lisboa numa rádio local e depois à meite de 25 o leite Vasconcelos passa o Grand na Rádio Renascença levado
Pelo Carlos Alvim estamos aqui a falar de uma altura em que finalmente se pode se puderam tocar algumas músicas na rádio e antes disso não só não se podiam tocar algumas músicas como havia temas de que não se podia falar Tu és se calhar o exemplo mais flagrante de um
Programa diário como a longevidade incrível de que já falamos em que podes verdadeiramente falar de tudo e fazes fazes um uso bastante ambicioso dessa prerrogativa não é p refle muito ambos isso não é Muito ousado é falas absolutamente tudo o que te dá na real gana passando uma expressão muito elegante portanto enfim
Confrontante com esta experiência tão diferente o que que que é que tu que é que tu pensas sobre isto quer dizer posso dizer gigante não é é o facto de ter nascido também em 74 e uma semana depois da da revolução faz que mesmo que eu não quisesse que seria estúpido se eu
Não quisesse H que que que esteja ligado ao ao 25 de abril e Hum já disse muitas vezes que eu acho que o 25 de Abril devia ser uma festa nacional eu eu sei que se calhar não é este o tema do do do do programa mas
Acho que o 25 de Abril tinha tudo para ser a maior festa Nacional em Portugal superior ao Natal superior ao fim de ano eh porque acho que não havia motivo melhor do que celebrarmos a liberdade naquele dia foi Pois foi mas mas a verdade é que depois ficou com uma
Conotação não estava nessa festa infelizmente não estava infelizmente não estava estava quase a chegar seria o DJ quase certeza não é mas mas a verdade é que depois houve uma uma uma conotação hum política muito muito grande e o 25 de Abril eh acaba por ser um um dia onde
Onde se fazem discursos políticos a meu ver bem mas depois esqueceu-se esta e da da desta vertente mais popular que eu acho que o 25 de Abril tinha todo sentido e já falei com vários dos mais importantes organizadores de de de de de eventos em Portugal desde o covões ao
Luis montês eh eh dizendo justamente qual era o meu o meu objetivo o meu objetivo era que vários produtores de eventos se se se unissem para fazer um movimento em Portugal que culminasse numa festa Nacional era é isto que eu penso pronto ess é a minha vertente
Lúdica do 25 de Abril em relação à pergunta que eu te fiz o que é que tu pensas já não me lembro da pergunta tu seres no fundo uma espécie de uma celebração diária da Liberdade na Pr É verdade e acho sabes que e curiosamente no dia que estamos a a fazer este
Programa eu fui surpreendido H há um dia por um artigo do de Valter Ug mãe Eh em que ele escreveu no no Dan Magazine sobre a prova oral e e sobre mim e e às vezes euem eu não tenho a noção da Liberdade que que que que eu que eu
Tenho e e e e nem sequer nem sequer sabia que passava essa essa imagem tanto mas ainda bem que passo eu acho que é uma responsabilidade também e eu acho que é isso quando quando nós temos toda essa essa essa liberdade temos que eh perceber porque é que a temos e e e
Defendê-la para que eh nunca nos nos retirem é isso eu S Eu só tenho medo de de dia ficar sem sem Liberdade Luís naquele naquele 25 de Abril h o rádio Clube Português rebatizado emissor da Liberdade fez serviço público aliás fez fez tantas vezes hum a rádio é uma trincheira do serviço
Ao público serviço público é é é T que continuar a ser e com entre os diferentes meios é provavelmente aqui é uma opinião é uma opinião pessoal eh a rádio faz serviço público não tenho dúvidas sim eh em coisas que às vezes são um bocadinho não são óbvios ou não
Há uma ou seja não há um indicativo que diga agora Este programa é de serviço público não é mas há imensos conteúdos que que que fazem um apelo à cidadania que alertam para as questões perentes que estão hoje muito mais presentes por exemplo na vida da da Catarina do que
Estavam até na minha geração como é o caso do ambiente por exemplo h não escorrega para o fútil não não escorrega para o fútil tem obrigação eu acho que este é um um belíssimo programa para para ilustrar isso tem obrigação de olhar para o futuro mas ter memória uhum
Hum é notável a antena TR acolher um programa com este perfil que vai buscar o que aconteceu há 50 anos sim mas acho que é um bocado e é o Óbvio depois é aquela história de Ok procurando ter uma maneira procurando que os convidados casem com o nosso público sim procurando
Que que haja um protagonista como a Raquel que possa casar com o conhecimento da do Francisco sim mas acho que deve acho que o deve deve fazer para que um bocadinho até respeitando essa memória de Abril eu acho que essa ideia de cidadania Eu gosto de olhar
Para ela de uma forma muito lata sem sem sem depois ir muito ao por menor hum há pessoas que realmente vão passar a vida toda sem se interessarem muito por política pela política como a conhecemos no seu sentido mais até formal H mas há coisas muito políticas no dia a dia que
Passam passam pela rádio e uma pessoa que que que ganha o interesse hã por questões como o ambiente com Como a cultura como sejam os livros seja a música etc Hum acho que esse esse papel ainda e acho que a Rádio Pública o faz com pois até com uma certa ousadia não é
Ou seja há temas há temáticas e é H até há temas de bandas que só podem passar só passam na Rádio Pública os privados não lhes pegam alguns temas que o Fernando Alvinho aborda na prova oral só tem lugar na Rádio Pública quer dizer o Alvinho poderá falar sobre isso não e
Agora vou fazer um programa sobre nudismo onde é que podia isto sim sim mas o o o Alvim por exemplo é é muito interessante eu estava há pouco a falar e esqueci-me do Alvim o Alvin é uma pessoa e o é muito interesante também também agora sobretudo Sobretudo
Com o seu novo cabelo que aqui é minha é a minha inveja a falar mas nós também fomos como ouvintes eu coloco-me nesse patamar também fomos percecionado a mudança do Alvim com este com o tempo os assuntos que hoje lhe interessam mais a maneira como ele se tornou mais Eng
No assunto a ou no assunto b a maneira como até parece mais adulto e não diria tanto Também estás a mas mas esse é muito interessante percebermos esse crescimento e do Alvin noar e com uma capacidade ainda de ser muito queria usar a palavra crossover Queria arranjar uma palavra portuguesa
Para isso mas de facto ser muito transversal exatamente Hum E eu sei que até muitas vezes nos ouvintes como com uma prova oral tem esse lado interativo isso acontece do pai do filho escutarem o mesmo programa e às vezes até ser o o filho que tem mais coisas para dizer do
Que o pai numa matéria e noutra H isso acontecer de outra forma acho que a rádio continua e e apesar de eu ser um um defensor acérrimo do serviço público também não ficava bem comigo mesmo se dissesse que isto é um exclusivo do serviço público tu pensas tu estudas a
Rádio e como é o que é que antecip como é que vai evoluir a a rádio vai ser cada vez mais segmentada a ideia a rádio é se calhar como o jornalismo é sempre a mesma coisa a rádio a rádio fala com as pessoas a rádio tem vozes que contam e
Passam e tem música e o jornalismo tem novas ferramentas mas é sempre a mesma coisa é sempre contar o que o que está a acontecer há há uma palavra que não é tão bonita como o rádio que é áudio não é e de facto a palav O rádio está está a
Tornar-se áudio é a a palavra rádio é muito mais bonica muito mais romântica é muito mais eterna e mas de facto se andarmos na rua percebemos que se calhar um dos Gadgets ou dos objetos mais vendidos nos últimos anos foram ISO nós temos na cabeça os fones amarelos
Vermelhos pequenos grandes h e eu dou um exemplo sempre pessoal que me lembro da minha infância que é a minha avó tinha um um atelier de tapetes Arraiolos onde eu passava de vez em quando e tinha não sei 20 senhoras a trabalhar ouviam uma rádio hum alguém escolhia e tinham que
Ouvir aquela rádio se aquele sítio eu existisse hoje uma telefonia de Bacit se calhar provavelmente se aquele sítio existisse hoje hum provavelmente teríamos não teríamos Aquele rádio mas teríamos 15 16 17 pessoas com aos cadores na cabeça a consumirem coisas muito diferentes mas se por exemplo só
Três tivessem a ouvir rádio já eram já estávamos aqui a triplicar a escolha de de rádios e de facto essa segmentação acontece Hum eu aqui há uns tempos estava estava a discuti com com alguém que queria fazer um podcast sobre futebol eh e disse Ah pá pá eu queria
Fugir um bocadinho à aquele esquema do ter um tipo do Porto Benfica e do Sporting e se calhar hoje nessa segmentação a a resposta óbvia é não não então faz só com os tipos do Sporting e porque tem há essa capacidade muitas vezes hoje no no no que vimos nos
Podcast de facto lev um problema que é ficar só ali ficar dentro por isso éis as opiniões estão tão extremadas não é porque porque depois criam-se estes estes nichos claro ok tem vantagens tou dar um exemplo muito sentimental por se eu se eu der neste exemplo de facto até
É meio perigoso mas se eu der um um interesse Genuino h a coisa é diferente eu vou dar um exemplo aqui há um tempos ouvia uma história de um programa sobre sexualidade na terceira idade feito uma rádio local da Catalunha tu não queres ouvir esse programa P Alvinho por acaso
Até ten algum interesse que eu já não estou assim tão longe umaa saber o que é que me espera Aira dos 50 pois ch sim mas é o exemplo de um de um de um conteúdo que que interessa muito a um público em especial e que dificilmente
Consegue atrair os outros e que em órgãos kall como são as rádio jornalistas normalmente acabam por ficar de fora e que hoje têm uma capacidade de serem produzidos e de terem o seu público eu acho que os podcasts são são a eh as novas rádios piratas eh acho que
Acho que a rádio inclusivamente tem que estar atenta justamente aos Novos Valores que vão surgir não é na rádio porque a rádio normalmente não abre a porta não abre a porta porque não tem possibilidade de o fazer mas é nos podcasts que nós podemos perceber tipo Espera aí tá aqui uma pessoa nova
Disruptiva Bora lá tentar que ele venha para para a rádio Será que quer o problema é que é que uma caderina por vezes pode po pode haver para para Estas pessoas que que têm estes podcasts se quer já não tenho muito interesse de ver para a rádio
Podem não ter mas também podem ter depende da forma como nós e fazemos o convid como nós atraímos a pessoas querem Claro o naquela altura o via rádio em 74 sim sim sim com muita frequência O que é que euia eu acho que eu viia muita coisa sobretudo havia
Alguns programas que eram programa limite o programa Ocean Ah sim e mas de facto era era um era era aquilo que mais sv eu eu ainda hoje não consumo muito televisão hum eh e lamentavelmente também já nos disse que não mhar vou vou corrigir vou corrigir a
Minha atitude mas de facto na altura a rádio era grande instrumento de comunicação e até daria de entretenimento não é e depois como foi a festa quando quando saiu quando voltou à rua na sampai Pina como é que foi a festa como é que encontrou o que é que
Tinha mudado no país acho que mudou tudo não é por essa sessão que eu tive Qual foi a pois Qual foi a primeira sensação que teve eh foi há vi um café ali à esquina era já não há pisca pisca pisca já não há nós reunimo-nos ali antes de entrar no
Rádio com o português aliás reunimos já bastante tarde o senhor entr Alt diz p faç o favor senora eu quero fechar a lo e tal e nós disciplinadamente abandonamos o pisca-pisca mas falámos da primeira sensação que teve quando saiu primeira digamos eu saí e pela primeira vez do Rádio Clube
Português no meio da madrugada de 25 de Abril ainda naquela madrugada naquela madrugada porque suou entrada à altura informação de que era possível que uma que uma coluna de tanques da Guarda nação republicana fosse ocupar uma vez que havia ali assim indicação de que era Posto doent das Forças Armadas portanto
Era e um atacar esse objetivo isso não aconteceu mas de facto Eu recordo perfeitamente V cá fora H acompanhado do militar que estava a coordenar a segurança física das instalações e portanto uma vez se as nossas seguranças estavam em condições de suportar qualquer ataque e tudo mais e estava e
Depois recolhi e depois fiquei lá não sei mais quanto tempo não é agora quando eu de facto me consegui libertar da pressão de está dentro das estúdios do R do português A sensação que eu tinha que a missão cumprida que é o tal defeito que os militares têm não é há uma missão
Cumpre-se a missão e depois depois pronto volta tudo quando é que foi dar um abraço à à gente do post comando na pontinha nunca naquela altura nunca mais nós não nos vimos é que depois a sensação que eu tenho que é uma sensação estranha é que nós compr a nossa missão
E digamos em princípio podíamos retornar à situação anterior Ou seja eu voltava para a direção material e cada um de nós voltava Aliás o próprio Hotel também parece isso não é e mas de facto foi ção que o país nos caiu em cima era foi a Primeiro de Maio H
Manifestação do Primeiro de Maio Sim claro claro claro que foi não é claro que foi toda a gente foi mas quem o o Alvino foi por três dias não é TR dias tentei tá o trânsito que memória que tem dessa manifestação é uma coisa grandiosa não é
De facto aquilo era a maior a maior exibição de alegria coletiva que aquilo que eu ouvi falava há bocadinho uma festa sim de facto daquela entreajuda e disponibilidade imensa que as pessoas tinham para partilhar a vida de todos nós o sentimento de coletividade que era enorme estrondoso e depois dissipou-se
Tudo ao longo eu acho que H há uma coisa curiosa que já que falamos nisso e eu acho que até então Portugal era uma era um país e pouco Alegre s e o e o e Cinzento E E H E acho que o 25 de Abril veio trazer a
Eu estou a dizer uma coisa Evidente mas masou as pessoas as pessoas ficaram mais felizes e mais alegres porque puderam não é pois é Portugal não era não era triste por pelo ADN das pessoas mas é que isso muda tudo até na produtividade das pessoas se estás Alegre não isto
Aprende-se na os líderes das empresas aquela aquela questão do dia de trabalho para a nação não é em que as pessoas os mais variados ofícios se dispuseram a trabalhar e o e o e que seria o seu rendimento doarem para que o país fosse melor uma iniciativa fantástica não é
Mas na altura os Senas tinham imensa disponibilidade para se entregar uma causa comum isso foi-se dissipando ao longo do tempo já agora aproveito para para uma coisa o vosso programa é extremamente interessante eu ouvi alguns dos dos Capítulos anteriores e e a a ideia principal é é fantástica não
Podias e confront aquilo que não podias com o que podes agora a sensação é de alí e de liberdade não é e d alguma gratidão em relativamente ao que foi feito mas eu devo uma nota um pouco menos menos agradável não é h a minha a minha a participação no 25
De Abril custou a minha carreira militar eh Isto é de facto alguma coisa extremamente importante porque as pessoas de meto para o outro vêem-se desprovidas de que tinha sido a sua escolha profissional em função de uma opção política que nada de errado tinha não é digamos a minha maior ambição er
Que de facto o país fosse mais próprio mais feliz mais igualitário mais fraterno mas de facto A Hierarquia militar que então após o 25 de Novembro tomou conta da instituição tinha relativamente aos militares do 25 de Abril uma enorme animosidade uma enorme incompreensão ao longo do tempo Boa pergunta estranhou aquela junta de
Salvação Nacional logo a logo fiquei com a ideia de alguma coisa aqui não tá a correr bem não é alguma coisa não está Aliás o cver mar tinha sido preso por nós na madrugada do 25 de Abril que estava ali perto do Ráo que o portugues
E foi preso não é depois quando ele aparece na junta deção Nacional interrogamos O que que tá aqui a acontecer coisa que não tava aer mas eu dizia esta questão que é o seguinte de facto eu eu não tenho dúvidas nenhumas em citar isto como facto real
Não é o 25 de Abril custou-me a minha carreira militar e portanto se calhar eu teria tentado a dizer usando a vossa chave palavra chave não podias é evidente que eu não posso que não podias fazer o v de Abril porque foi que estava gravado na minha consciência não é no
Meu dever agora que não devia talvez aplicasse não éo teve um percurso revolucionário no no tempo do prec e E é isso que leva no fim de contas a a a deixar a sair da Tropa a ser forçado ser ser posto fora foi forçado e depois
Foi fazer o quê depois tanto fui fazer várias coisas não é fiz um pouco ouvindo as notas biográficas iniciais deste programa frse a economia refez a vida não e depois isso foi foi economista mas até chegar lá assim agora agora agora não sou agora sou sou digamos reformado n há
Uma há uma pergunta com que nós costumamos encerrar o programa eu acho que que faz muito sentido que lha dirijamos que é 50 anos depois do 25 de Abril eh reconhece algum risco de regressão em alguma coisa acha que algumas das conquistas do 25 de abril e
Correm o risco de sofrer algum revés ou não eu acho que sim e ten este receio relativamente ao futuro é nós cont tínhamos aqui há uns anos atrás eu eu participava muito em sessões nas escolas onde falava do 25 de abril e hav uma ideia fundamental que eu procurava
Transmitir a guerra foi um enorme ensinamento para nós sobretudo porque permitiu ver a injustiça de um ato de violência não é e e e a sua falta de legitimidade E então costumava dizer com alguma com algum ar doutoral que não para esta geração que não sejam mais necessários guerras para que a vossa
Consciência clar enganei-me redondamente estão aqui duas guerras e não sei até ponto em que isto não se vai não vai ter tornar-se mais grave não é e portanto também tinha a ambição de que mas em Portugal é liberdade está garantida não de forma nenhuma eu acho que não o meu
Sentimento que não tenha é de algum receio de algum temor não é porque a forma como as coisas evoluem com a capacidade que alguns elementos a diversa à democraia democracia ao bem-estar da população à igualdade estão aqui a germinar masis o que eu acho estranho com cidadão português é que
Isso colhe adesões isso acolhe complicidad acolhe compreensões eu não não consigo entender isto é como se as pessoas fossem desprovidas da capacidade de pensar e que de facto eh Isto é tão insidioso e tão subversivo que eu acho que hoje em dia nós estamos a enfrentar uma questão fundamental que é a
Possibilidade desta democracia que nós conquistamos e teve custos pesados seja post ter rico daqui risco daqui é muito H muito pouco bom que a rádio possa voltar a ter um papel exatamente que não seja não seja preciso ser o mesmo exato bom Nuno Santos Silva Fernando Alvim Catarina Fernandes Luís Oliveira
Convidados de luz Francisco hã para Celebrar o dia mundial da Rádio Vamos às despedidas deste não podias este nosso programa resulta de uma parceria entre a antena 3 e a comissão comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril tem produção da Marta Cavaleiro hoje tivemos o apoio técnico da Paula Guimarães também a
Reportagem fotográfica do talentosíssimo Pedro Pina eu sou a Raquel Mourão Lopes comigo esteve como sempre o Francisco Sena Santos viva rádio podem ver-nos no canal de YouTube da antena 3 escutar noos a qualquer altura em RTP Play e nas plataformas habituais de Podcast e Claro
Na rádio sábado sim sábado não às 10 da manhã aqui na antena 3 e assim sendo até ao próximo sábado [Música] sim
3 comentários
Adorei assistir a este programa. Saudações a todos os intervenientes.
Delicioso ouvir isto
Gosto tanto de ouvir! Para mim, deveria ter mais tempo. Todas estas histórias prendem o ouvinte, são factos e nunca devemos esquecer. Bem-hajam todos.