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Muito bom dia senhor General Tomé pinto muito obrigada por estar aqui para evocar vos o 25 de novembro de 75 eu vou começar por uma coisa que me disse melan tes em 94 que foi o seguinte os governos de Vasco Gonçalves foram o terreno de luta entre moderados e radicais ligados
Ao PC e à extrema esquerda toda a história do poder político em Portugal desde o segundo governo provisório até ao fim do vão quente foi a história dessa confrontação citei Quando é que o general Tomé Pinto se apercebeu do Rumo das coisas eh foi na verdade uma confrontação não
Tínhamos dúvidas nenhumas após o 11 de Março Vasco Gonçalves no seu discurso de Almada marcava bem os novos caminhos que pretendia impor felizmente muitos outros oficiais como o caso do Melo Antunes não desistiram dos objetivos políticos sociais e económicos prometidos em 25 de abril Por isso sucede vem suceder o 25
De Novembro onde dois sistemas políticos estavam em conflito ou estiveram em conflito confito e o o Seal estava em Angola apesar de se ter regressado de Angola Só no verão de 74 acompanhava os acontecimentos no quartel geral pelas minhas minhas funções e fazia os meus relatórios e fazia a minha análise da da
Situação portanto estava dentro do conhecimento da da situação depois vim quer dizer após 11 de Março 75 já regressado de Angola não me restaram dúvidas sobre a gravidade da situação a minha responsabilidade militar e cidadão obrigava a passar a ser um elemento ativo entretanto convite do que
O dois ou TRS meses depois foi foi o pel que me convidou para fazer parte de um grupo não estava satisfeito com a situ estou bem recordada disso o 11 de Março deitou fora o plano Antunes nacionalizou a riqueza do país e a revolução acelerou a vitória do PS nessas eleições as
Primeiras 25 de Abril para a constituinte assanhou o combate entre a legitimidade democrática e a revolucionária o setor militar moderado a que pertencia já iniciara reuniões com eanos para a criação de um grupo militar pronto a intervir eh semida no percurso após o 25 de Abril que já vários acontecimentos que marcam
Bem esse período e eu portanto é num dos períodos que eu que que o J alanos Me convida que são tentativa desvi doos objetivos e que e que interessa lembrar o primeiro foi o 28 de setembro de 74 o segundo foi o programa económico do Melo Antunes que em sines em sesimbra melhor
Dizendo tentou levar a bom fim este objetivo do desenvolvimento e e a sua não aceitação deste objetivo foi um mau presagio e e e pésimo presagio sim um péssimo prago O terceiro foi o 11 de Março onde foi nítido O desvio do programa como muitos de nós o entendíamos passar a haver dois
Sistemas políticos em confronto de um lado a revolução do outro a cont revolução o povo português mais uma vez nos salvou com a sua votação na constituinte de 75 com uma maa presença presença e os e o número de votos deu a verdade do país exatamente
Que não era aquela que os expos que os expos pensavam exatamente mas houve um quarto acontecimento os que viram os que vieram quer dizer da constitu com foi o quarto acontecimento Este foi foi foi a a votação da própria constituinte exação da constituinte e a partir daí então
Eh o que é que f fizeram olhe os que que viriam a ser designados por moderados ou que vieram a ser designados por por moderados juntaram forças juntaram conhecimentos e orgulho em Serem Portugueses e e senhores de uma identidade que não abdicavam e então começaram a reunir
Começamos a reunir em casa de uns em casa de outros os nossos pontos de reunião quer dizer eram eram era em casa de uns e de outros eu até lemb dos Santos sim e oanes perguntou-lhe qualquer coisa lembra-se ó p p tu estás satisfeito com a situação e
Eu disse não respondia eu quer dizer não estou nada nada satisfeito e muitos dos dos homens de 25 de 74 iam tomando posição e surge depois o documento dos no em agosto 7 em agosto de 75 cujo autor foi o Melo Antunes não há dúvidas nenhumas combinando com os
Outros que travam quer dizer à volta à volta dele tratou-se do quinto acontecimento portanto já recordamos quatro acontecimentos Esse é o quinto documento do Mel antos pois e foi a tentativa de trazer o país Aos aos bons caminhos da da da Democracia que tínhamos a liberdade mas não tínhamos
Ainda a democracia a implantação da Democracia após a liberdade alcançada em 74 e a descolonização mais mal que bem em meu entender se veio a realizar hoje menos inteligentemente digo eu quer dizer Dizem que o 25 de Novembro foi um acontecimento fraturante eh portanto não
Faz parte do 25 de Abril pois não está de acordo com essa não estou de maneira nenhuma de acordo com isto e isto que foi dito por um ministro do atual governo e que só se justifica por não ter vivido estes acontecimentos nem ao menos os ter estudado tem estudado
Saberia que é diferente no 25 de Novembro tomaram parte ativa muitos jovens do 25 25 de Abril eu só queria só um pequen de parentes só um segundo só para dizer que estamos a gravar isto ainda na vigência do governo de António Costa e portanto eh pode quando isto for
Para o ar já quando estamos agora neste momento a falar já não ser o mesmo governo e o mesmo Ministro deixo-me eu perguntar-lhe agora se o documento dos no rompe inegavelmente o mfa é a primeira rotura desde abril de 74 horas depois alguns oficiais superiores Ianes Tomé Pinto Vasco Rocha Vieira lour dos
Santos Garcia dos Santos Entre outros eh assinam esse documento assinaram porque quiseram porque lhes pediram quem é que como é que se consertaram entre Uns e Outros voluntariamente e com entusiasmo e e todos assinamos porque sabíamos que era uma maneira de e de de organizar quer dier Eh uma uma situação que puder
Fazer Face a outra situação exatamente os conselheiros da revolução quer dizer sendo Ass AD pela maior parte dos oficiais muitos do meu curso do qual fazia o Jão alanos e de quem era amigo e de quem é hoje grande muito amigo que nos ligam fortes laços de camaradagem e
Amizade felizmente tem perdurado quer até até hoje até hoje Exatamente exatamente e ao Senhor General esses H esse grupo Onde estava incluído e de Oficiais experientes sérios respeitados H que eram vistos com com com orgulho pelas Forças Armadas e e pela sua conduta eram vistos como um grupo
Eh como é que os vossos outros camaradas eh se referiam ao grupo que se tinha reunido À Volta do General de anos e por iniciativa dele os os os os interventores foram foram muito muitos mas nos ard dação estáo que antes de falar no no nos J alanos eles estavam à
Volta dos J alanos falo no em outros oficiais que foram importantes para que essa reunião Se mantivesse cada um com a sua maneira de ser com a sua coisa faziam a unidade desse desse grupo destaco o Melo Antunes o político sabedor e Sereno mas muito preocupado
Com a situação com Então se vivia o Ianes foi o responsável pela organização militar organização de a conduta do grupo militar que se foi constituindo e e onde eu ingressei e o Ger Trindade e e outros Monteiro Pereira e tantos outros irei referir se houver oportunidade do
Convite do próprio do próprio Eanes o Jaime Neves como sempre descontente com a situação um comandante operacional que exigia ação rápida rápida o Vasco Lourenço teve papel de relevo na intervenção política e corajosa nas reuniões sem fim lemb que elas eram elas eram sem fim porque eu como jornalista
Tinha que esperar que elas acabassem queeram nunca mais acabavam exatamente e e e depois veio a exercer as funções do comando do governo militar de Lisboa onde a exerceu com Mita eficácia e foi indispensável pelo estabelecimento da disciplina e Ordem que reinava nas Forças Armadas muito haveria a destacar
Sobre algumas unidades e comandantes militares uns bem outros mal mas ficamos por aqui mas de qualquer maneira eh regista-se que destaca o mel Antunes pelas suas qualidades políticas apesar de ser no militar o IES porse ter tido a iniciativa da e a responsabilidade da organização de um grupo que levou a
Carta à Garcia como se diz eh eh o Jaime Neves e o Vasco Lourenço hh e portanto considera que o país deve reter a memória destas quatro pessoas hoje é meu entender é o meu entender Claro é na sua opinião mas mas é interessante de ter registrado estes quatro nomes
H apesar de terem assinado o grupo onde o Senor General Tomé Pinto se inseria apesar de terem assinado o documento dos nove eh não tinham porém todos eu isto eu lembro-me da altura não tinham porém todos a mesma relação H nem política nem ideológica nem de complicidade se quiser além da
Complicidade da da militar que é forte como sabemos mas não tinha o mesma relação com algum dos oficiais do grupo dos nove qual Era exatamente a essência das vossas discordâncias onde é que radicava a discordância e os aspectos eram muitos mas nós tentávamos a unidade e eram discussões ao fim ao cabo
Saudáveis quer dizer eram saudáveis quer dizer e uns gritavam outros gritava mais e e portanto chegava-se a uma uma conclusão gritavam saudavelmente gritavam saudavelmente e tal mas houve alum alguns inativos quer dizer há Que há Que referir que enfim na pesquisa que se fez de voluntários para quer dizer
Houve alguns que tinham família filhos e não sei que mais e alguma atividade ausência ausên Ah que interessante mas foram mais os que avançaram foram mais os que avançaram do que aqueles que se retive que que ficaram Olhe uma uma uma pergunta que eu tenho muita curiosidade que na altura
Também não não não apurei bem Como é que o o o seu grupo portanto chamado grupo militar que tinha sido chamado pelo e pelo Ianes e pelo ramar Ianes como é que lidava com o presidente Costa Gomes porque entretanto havia um Presidente Costa Gomes depois havia os galianos que
Reunia com vocês e que liderava o vosso grupo era só através de anos que eh comunicavam com com com com o Presidente da República ou o Ianes tinha carta branca e vocês despachavam só perante o Ianes nós fechamos prante o Anes e o Anes e o Anes era o chefe e
Portanto ele é que tinha a responsabilidade da ligação com o Presidente da República mas de qualquer maneira nós tínhamos o Rocha Vieira tínhamos o Loureiro dos Santos e tínhamos o Pimentel que eram os homens de ligação que estavam na presidência e faziam ligação com o Comando Militar que
Estava na amadora Ah e tínhamos ainda mais um oficial no no gabinete do primeiro-ministro o barroco e José do primeiro ministro quinha de Azevedo do primeiro primeiro ministro e é que também fazíamos a ligação com esse esse social que nos ia indicando o que é que se passava portanto nós estávamos
Integrados quer dizer no poder ao fim e ao cabo fora mas dentro fora e dentro Ai que interessante porque não queríamos fazer uma outra revolução Com certeza já aquela foi difícil sobretudo naqueles meses mais agitados e dos quais poucos se lembram hoje e outros tentam negar mas mas de
Facto já aquela revolução já chegava Mas e o o também foi importante essa ligação permanente eh porque senão eh seria Como disse Um Golpe Militar a mais que que que que não era preciso tanto mais que o nosso conceito era a atuação Sempre às ordens do Presidente da
República porque tinha que ser que com o consentimento dele Nunca contra contra ele de tal maneira que quando houve necessidade e Em Tempo foi eh declarado o estado de sítio portanto a ordem do do presidente e nós podemos atuar só depois disso o grupo militar só depois de ser
Difundida a legislação estado sítio hav havia havia uma disciplina que era seguida era seguida ia seguir depois a partir de uma certa altura foi certamente necessário ou mesmo indispensável articular Eh esses militares moderados Como disse com os políticos civis com os partidos eh estou-me lembrar do PS evidentemente
Que liderou a parte parti da área civil da da da Resistência mas também do PSD e do CDs Eu queria lhe perguntar se o senhor General tomer pinto também se encontrou com políticos eu encontrou eu tinha as relações a contacto era com o engenheiro Machado Rodrigues e que era
Era o secretário de estado dos transportes e eu tinha já uma liação anterior com ele e portanto facilitou e e fizemos foi até a ao Machado Rodrigues que eu indiquei Quem era a pessoa que estava a indicar foi a primeira pessoa civil que soube quem que o Ianes é que estava a liderar
O grupo militar ah is sou por sial disse fo foi por mim quer dizer foi por mim que eu que eu lhe disse e tal e e depois outros oficiais fizeram principalmente o Garcia dos Santos também que estava ligado ao governo Eu também como noutras funções que havia também liguei a muitos
Civis e procurei procurei como todos nós procurávamos os maiores contactos para ter para ter a informação para depois podermos atuar de acordo com essa informação portanto houve ligação muito intensa com p ps com o PSD e CDs fundamentalmente mas mais talvez com o
PS ou não mais com o PS mais com o e e e lembra-se ficou aliás muito amigo depois pela vida fora do Dr Mário Soares lembro-me primeiro lembro tambm escrito isso num livro não Exatamente exatamente eu lembro que falavam ambos um do outro com um enorme apreço e uma enorme estima por
Isso hoje lamento que o partido socialista atual qu não valoriza a importância que o Dr Mário Soares assumiu nesses tempos se foram tempos difíceis e tempos problemáticos e é pena que eu não recordem mais vezes os meus contactos foram sempre permanentes e com ele ele tinha uma uma
Confiança e um à vontade grande e os dois falávamos falava muito sim o antes de eu prosseguir eh com as perguntas que aqui tenho é mais forte que eu não não lhe não lhe perguntar isso como é que olha hoje 49 estamos a no ano do do do do
Cinquentenário do 25 de Abril eh mas estamos a recordar aquele período dificila que se chamavam processo revolucioná em curso o prec que culminou no 25 de novembro ou quase culminou eh como é que recorda hoje isso não tem é uma pergunta que agora me ocorreu como é
Que recordo hoje esse período com grande preocupação quer dizer não há dúvidas nenhumas nós est essa preocupação guardada Dent fo guardada porque o nosso nós sabíamos que do outro lado havia também forças contrárias forças militares muito especialmente dos Fuzileiros e do nosso lado tínhamos a parte de dos Comandos em que dos
Fuzileiros havia 11 destacamentos dos Comandos Havia duas companhias coisa portanto potencial era de 11 para dois digamos assim mas depois também isso foi foi evoluindo eh eu aqui acho que devo lembrar que os comandos eram voluntários e estavam já estavam na vida civil largaram os seus empregos largaram tudo e eh vieram
Correram cham ao chamamento do do do jaim Neves e de outros e formaram-se duas companhias de voluntários e e e acha e o senhor General acha que isso foi por causa do da da capacidade de comando e da e da e da autoridade evidentemente mas está de algum Carisma
Dos do Jaime Neves de alguma era muito apreciado há sempre há sempre que o comandante é importante porque eu costumo dizer que o soldado morre às vezes mais pelo seu Comandante que pela Bandeira a verdade é essa Como foram homens de combate andaram em combate estabeleceram-se laços indissolúveis alg indissolúveis ó senhor
General eh mas eu quero saber mais coisas e sobretudo tenho a consciência que tem que se dizer mais coisas isto tem que ficar eh gravado não foi um momento fraturante Foi algo que aconteceu e ao qual o país soube responder portanto vou insistir um bocadinho nalgumas eh perguntas o país
Eh e quando eu digo o país refiro o Dr Mário Soares o PS os militares oos General alanos com essa ideia de ter feito essa boa ideia de ter organizado um grupo militar a igreja eh o povo português sobretudo que estava muit à cabeça o povo português deos
Muita força essa votação exatamente a votação foi as duas a votação de de a primeira P constituintes deu uma força porque permitiu que a legitimidade democrática surgisse começasse a surgir eh e e iniciar com a com a com a expressão do voto iniciar o combate contra a legitimidade revolucionária do
Povo era bem diferente da dos muitos políticos alguns políticos exatamente e de alguns militares não é só de alguns políticos Olhe eh então concretamente Eh qual foi a vossa ação durante esses meses escaldantes de Agosto e Setembro O que é que recorda daquela altíssima tensão militar e política que se vivia
Lembra-se os líderes do PS do PPD então PPD e do CDs a irem para o norte por sugestão do Dr Mário Soares temendo um cerc a Lisboa quer dizer viveram se coisas inimagináveis e a rua estava completamente revolucionária uma indisciplina Total nas Forças Armadas juramentos de bandeira de punho no ar o
Que é que recorda eh como é que era a vossa preocupação era imensa Ah era imensa quer dizer e portanto nós acompanhávamos essas situações e elaborámos que eram para de resposta à aquilo que poderia acontecer portanto vios a situação pode acontecer isto pode acontecer aquilo era resposta e autorização do Presidente
Da República quer dizer sem isso quer dizer não avançávamos nada nada nada fazíamos e porque panto violência e a desordem reinava no país e teria que haver um certo Quer dizer uma certa autoridade que se formasse que atemos também com com autoridade e com quem é que com
Certeza que também Contavam com com com outras idades fora de de Lisboa evidentemente mas com quem é Que contava diga-me lá com Olha a força aérea estava totalmente P nosso lado o material e armamento que vinha que vinha de de Angola ia para corte gaz sei que os marinheiros tinham duas fragatas à
Frente a ver a ver o que se passava em cortegaça eh alguns elementos da Força Aérea que que acho que que era o Vas quej o Cobal os est ves os estevinho eram os nossos homens de ligação a Maria foi mais difícil foi fo foi mais difícil foi mais
Difícil não se pronunciavam bem mas sabemos que havia um grupo de oficiais também não estava de acordo com a situação e que mantinham para que é foi o grupo que ontem foi até falado na coisa o grupo dos 80 dos 80 que mantiveram e uma certa ligação havia um oficial
E penso que representava também esse esse grupo quer dizer comoos da Silva que estava que estava connosco estava no comando até da da amadora eh fomos substituindo também no exército as coisas iam iam-se mudando comandantes eh o que nos interessava era que houvesse Coesão e harmonia o que era muito
Difícil louco do corvacho eu chamo louco porque era já foram substituído em setembro pelo brigadeiro pir Veloso depois o xarais estava na região militar centro e o pesará na região militar Sul também também apareciam alguma das reuniões em que estava quer dizer o melo o Melo Antunes e porque que de vezes em
Quando reuníamos os militares alguns também reuniam principalmente oes Estava sempre ligado a esse grupo esse mas interessante que o mel Antes também estava nessas reuniões de vezem qu tínhamos esse esses esses esses planos que eram alterados de acordo com a situação para fazer Face à situação e
Estabelecer digamos a paz a harmonia a harmonia e e mas não não se impressionou com a ida dos líderes para o Norte eh como se como se houvesse dois países o do Norte democrático e o do Sul revolucionário foi com certeza qualquer coisa que não houve até porque e não sei se
Lembra que eh ali em Rio maior em Rio ma rioi não mas havia uma placa que dizia quem vinha do Norte Aqui termina Portugal e quem ia do Sul dizia aqui começa Portugal portanto e Viera uma zona um tampão de visão que era os ladores da zona as pessoas da
Zona e reagiam e reagiam desta desta maneira que tinham também os seus grupos as suas as suas coisas que nós também conhecíamos ou Alguns de nós conheciam essas essas situações um bocado genéricas não tinham ligação com eles mas ia conhecendo iam i i algum amigo algum amigo que avanç os incêndios das sedes
As várias coisas que aconteceram contra revolucionárias não é bem excessivas mas de Iniciativa popular que não era ditada pelos militares ou não era DIT por vocês não era por nós não era por nós militares quer dizer não não dávamos ordem aos grupos de civi claro claro claro claro portanto não houve
Interferência com a com a revolução ao rubro e temendo um golpe comunista decidiram avançar com com contragolpe ou pretenderam provocar esse golpe já me explicou há bocadinho que não que que que não era que não iriam provocar um contragolpe mas responder se houvesse do lado de lá uma iniciativa correto essa
Essa a nossa finalidade Nossa finalidade quer dizer que faça a desordem re nós estávamos só prontos a responder a essa finidade nunca tomar nunca tomar iniciativa porque a confusão já havia muita no país mas depois quando houve a ocupação das bases aéreas pelos paracadute também no também Monsanto
E houve Quer dizer houve que tivemos que reagir e a ordem foi declarado o estado sítio e os comandos e foram duas companhias de comandos veio dois pelotões do SIC eh da da da artilharia antiaérea que para para o posto de comando na amadora porque já estava o posto de comando cercado pelas
Betoneiras do jot Pimenta portanto nós estávamos tercados o dos Santos que estava ali reforçou as comunicações da partir da Academia Militar e não do posto de comando eh conseguiu obter as ligações com com com os que estavam no J Pimenta ele ouvia O que é que eles
Diziam O que é que eles pretendiam e e portanto começou aí a nossa resposta que quando chegou a Monsanto Monsanto quando o Jaime Neves com as duas companhias em Monsanto eles depuseram quer dizer o ralis através do Fit pal das shites como L chamavam quer dizer e depuseram de
Imediato quer dizer as as armas e pronto e começou a partir daqui quer dizer começou o 25 de Novembro de Novembro Mas sabe que é interessante porque e mesmo naquela altura mesmo naquela altura eu não sei se o povo português eh se apercebeu eh da da complexidade do trabalho do
Esforço das reuniões militares que houve entre todos os que estavam com o general leanes para assegurar que a democracia vencesse e que a ordem se restabelecesse e que a Revolução acabasse sobretudo é muito interessante e muito importante o senhor General ter vindo hoje aqui para Recordar a que não foi fácil tiveram que
Sair muitas vezes de Lisboa houve reuniões tiveram que ter cuidado com o que diziam cuidado com as com as coisas em que tomavam e em que tomavam a responsabilidade eh é muito interessante não acha que eh não tivemos Maria João conta uma história de fomos uma uma das
Saídas que nós vios para para aliciar outros ou para convidar outros aar para mobilizar e para informar para recolher informação uma cois a Coimbra a Coimbra e e coume a mim expor o plano o plano que tínhamos naquela ocasião e e eu comecei a dizer ao contrário sei que
Levei um um um toque no pé quer dizer de alguém que estava a pensar que eu estava a ficar baralhado depois mas foi fez isso intencionalmente fiz intencionalmente porque percebeu naturalment e depois perce porque havia gente que não estava do nosso lado e que estava do outro lado quando me apercebi
Disso quer dizer o plano não foi dito e fomos depois reunir para para para pne da Saudade quando por lá e lá lá fado provavelmente inspirou ou senhor General deve ter havido Infelizmente não temos tempo mas deve ter havido certamente muitas situações e Aliás já se escreveu e já contou Mas diga-me uma
Coisa o 25 de de Novembro foi o TOC afinado afinados do do mfa uma vez tinha Sid foi foi pôs no seu caminho pôs no caminho correto digamos assim mesmo atitude porque essa eh do mfa aqueles que pertenciam que estavam com este com
O grupo que de que do do dos alanos e do do Melon Tunes eh portanto foram-se apercebendo esses apercebam do que é que havia Estavam estavam no conhecimento não eram só estes quatro estes grupos pequenos quer dizer também do mfa e do mfa portanto eh dividido um para um lado outros para
Outro mas quer dizer muitos deles tinham conhecimento do que se estava do que se estava a passar mas uma vez disse-me que que não só que o 25 de Novembro tinha sido o cumprimento um dos objetivos do 25 de Abril eu lembro mas também me disse que o poder civil político
Pode começar a cumprir as suas obrigações como eh eleitos pelo democraticamente pelo voto que o poder civil ficou mais liberto Mercer da vossa ação isso é parte final digamos assim do 25 de Novembro a parte final do 25 de Novembro conseguimos que a democracia se instalasse de facto no país porque até
Aí a democracia estava em risco tínhamos a liberdade eh o desenvolvimento é o que é ainda é hoje e é é o d que lhe suscita dúvidas e e que acha que não foi de maneira nenhuma cumprido não foi cumprido quer dizer também a descolonização quer dizer foi o que foi
Modo que com a liberdade ganha quer dizer em 25 de Abril com o 25 de Abril conseguimos que a democracia que era o objetivo do 25 de Abril se consolidasse com o 25 de 25 de Novembro após 25 de Novembro havia disciplina havia ordem no país e portanto os políticos a partir
Daí podiam atuar tinham a sua liberdade tinham a sua liberdade as forças armadas estavam organizadas estavam disciplinadas digamos assim e podiam podiam de facto atuar mas eu aqui queria dizer que não foi só o Regimento de comandos que atuou porque foi em todo o país tivemos o o Regimento de Cavalaria
De estremos que veio também nesse nesse dia passou por vendas novas e veio depois posicionar-se ali junto aos eliros E e esse tbal e esse tbal e ali ficou houve uma companhia de Mafra que veio que se juntaram três oficiais de transmissões para ir Castanheira de de p
Onde estava o o rádio português e e para desmontar uma peça ou duas do Rá português não destruir mas tiraram as peças que levaram para para para a amadour para o G de comando e quando passad os três dias recolocar novamente tivemos que depois também o esquadrão de carros de combate de
Santarém para atuar que veio atuar quer dizer sobre sobre Lisboa muito muito portanto Um movimento não foi só mento muita organização muito trabalho Olhe H agora uma coisa muito importante eh já só temos poucos minutos mas é é muito importante para mim ver se se percebe bem ramal Anes
Estava preocupado com a disciplina militar e a necessidade de fazer voltar as forças armadas a ser uma instituição e um pilar do regime o o grupo dos militares a que o general tomer Pinto pertencia era a geração do meio é os únicos capazes de conciliar os capitães com os Generais
Sanear a revolução recuperar a ordem falamos disso e foi o que foi feito a minha pergunta agora é a candidatura do generales à presidência da república que seria eh um ano depois nasceu desse envolvimento militar e do prestígio que o IES aí Ganhou quer dizer a nomeação de Anes foi
Para sem não se pensava na presidência na presidência foi absolutamente para sempre a chefe do estado maior do exército foi absolutamente natural e meritória e ele conseguiu conseguiu com com a legislação eh difundida com a sua ação pessoal eh conseguiu de facto essa disciplina nas Forças Armadas e
Publicou-se até uma lei se bem me lembra quer dizer foi em dezembro ainda a lei número 17 onde era disciplinado onde onde eram as regras que o exército devia devia seguir e portanto os comandantes perceberam que era assim e que era assim em democracia e que tinham que dar o seu
Contributo sim mas da parte do General alanes acha que pode ter nascido aí a ideia e de que este este militar dava um bom pres Presidente e pois a situação não não não ficou logo calma e Serena apesar de estar fez um bom fez algum lugar Como o chefe de estado maior do
Exér mas a situação havia indivíduos que não desistiam haviam indíos que não desistiam na sua ideia política contrária portanto aos programa do 25 de de abril e nessa ocasião foi dito a anos foi pressionado o ianos para assumir e com correr às presidenciais coisa que ele não aceitou não aceitou não aceitava
Não queria não aceitava então eu não me lembro que o senhor General uma vez que ele o visitou na sua casa da da da Ericeira num local chamado achada que teve que levá-lo lá ao Jardim para ninguém ouvir ao pé de um poço lembro-me desta história de ter dito Então mas
Tens que ir tens que ir pois e foi assim mas não não o convenci confesso não convenci não convenceu O que é que o convenceu O que é que o convenceu ol pois foi também as as muitas tentativas de pessoas e até dos partidos que o
Apoiariam que o levaram a esta a assumir esta Esta função de de aceitar sim sim de aceitar acha que ele ao princípio reagiu eh muito contra a ideia por se achar preparado ou por nunca lhe ter ocorrido ou por receio de uma uma responsabilidade chefia do estado no
Estado em que ainda estava uma responsabilidade muito grande Ele é um homem muito responsável e portanto tinha receio de não ter dimensão para para isso mas não se encontrou e como Aliás foi ficou provado pessoa que tivesse conseguisse a ligação Forças Armadas e Forças Armadas que eram a estabilidade
Do do do do país para para ele para ele aceita lá Aceitou Aceitou concorreu e felizmente felizmente correram bem pois percebeu que era uma uma questão política Olha a última pergunta que eu tenho para para lhe fazer é uma é uma pergunta que eu considero que que tem alguma importância porque contextualiza
Ainda temos dois minutinhos nesse sentido em que temos vindo a falar da Ascensão de Ianes acha que essa ascensão e a ideia que ele podia e devia ser o próximo o o o Presidente da República foi o segundo ato da iniciada em 25 de Abril foi de
Facto da história iniciada em 25 de Abril quer dizer porque 25 de Abril portanto foi a normalização da situação foi estruturar e disciplinar o setor militar onde a a confusão ainda era imensa continu a era preciso reafirmar as forças armadas em termos Democráticos são um dos pilares do país
Portanto ele teve um cuidado Grande daí ele ter sido o chefe de estado maior do exército e foi justamente o ees que o fez com a tal lei que referi tarefa que foi difícil mas os comandantes perceberam e todos toda a gente percebeu que a democracia assim
Impunha e tinham que dar o seu contributo cumpriram cumprimos e E assim se consolidou a democracia penso eu com esta com estas ações que não foram nada porque a partir ainda do 25 de novembro ainda continuou a situação demra não ficou ser pois Presidente mas mesmo assim e mesmo assim
Até às revisões constitucionais de 82 e 89 e ainda havia concelho da revolução P mfa partidos e muita coisa olhe só 10 segundos para me dizer se hoje se a vista se encontra-se conversa com Ianes com o Vasco Rocha Rocha Vieira com converso com eles todos ficamos já éramos amigos
Ficamos ainda mais amigos e vamos nos vendo e vamos reunindo de vez em quando e lá vamos conversando uns com os outros sobre tudo isso recordando mas não é só não é recordando só este tempo outros tempos também todos nós vivemos em África fundamentalmente e África lignos
A todos África foi muito important para este para este movimento do 25 de Novembro porque os homens que fizeram 25 de Novembro tinham muita experiência em África e lidar com pessoas não com armas mas com pessoas muito obrigada senhor General muito obrigada por ter vindo
Aqui hoje ao meu podc sobre o 25 de novembro