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António Barreto bem-vindo a este podcast Onde vamos recordar o primeiro governo constitucional democraticamente eleito fiado pelo Dr Mário Soares e onde o António Barreto teve um grande protagonismo mas já lá vamos eu vou começar um bocadinho antes você voltou para Portugal no verão de 74 vindo um
Exílio de 11 anos em Genebra E em janeiro de 75 inscreve-se no PS Eu pergunto isto por convicção ou por ter compreendido que era o único Porto abrigo de onde se podia lutar mesmo contra a revolução que estava em curso e influência comunista a convicção não há qualquer dúvida eu
Pertencia à família das esquerdas do socialismo democrático tinha abandonado minha militância comunista C ou se Anos Antes e e era a minha convicção socialismo democrático socialismo socialdemocracia isso era pura convicção e em Portugal era o que era eu sei que havia outro partido que se intitulava social-democrata que
Naquela altura era o PPD mas o o socialdemocracia para mim era o socialismo democrático por outro lado estratégia neste simples sentido eu queria fazer política eu queria meter-me na política queria empenhar na política e o que me pareceu ser o instrumento mais importante seja por causa dos meus
Valores e a minha doutrina seja por causa da eficácia política era o partido socialista Não tive dúvidas disso muito bem eu meus amigos estavam lá pois e inclusivamente alguns dos que tinham vindo de Genebra consigo eu ia lhe a perguntar agora se para me Recordar se essas raízes socialistas Mas acabou por
Ficar muito muito bem explicado no que no que de no que nos disse agora eh tenho uma curiosidade outra ainda maior como é que olhou e para Mário Soares quem era o Mário Soares você conheci conheci muito mal encontramo-nos duas vezes em Genebra onde ele uma vez foi passou de passagem
E outra vez foi fazer uma conferência engraçadíssimo porque ele falava em francês eu nunca vi ninguém falar tão mal francês como mar estamos recordados e tenho 12 12 frases dele que nunca mais esquecerei eh eu considerava um homem simpático afável um bocadinho superficial muito prático interessava-me sempre as coisas mais práticas Eu lembro
Que uma das vezes uma das duas vezes foi depois do 16 de Março eu estava desesperado o golpe das Caldas tinha conseria que estava acabado que não havia mais possibilidade de fazer democracia em Portugal tão cedo porque achei para o falhan do 16 de Março das
Caldas da Rainha era fatal para mim ele disse exatamente o contrário calas de rainha falhou a próxima é ganhar e vamos ganhar e vai ser muito depressa mas isso Isso é uma boa definição porque isso explica o Dr Soares nos bons e mosis depois disso algumas coisas mudaram na minha cabeça
Em relação ao Mário Soares a principal foi a coragem dele o Mário Soares é um homem era um homem excecionalmente corajoso como raramente se viu em Portugal e eu tenho 10 exemplos para contar do que a coragem é Quando as circunstâncias são adversas não é quando quando as coisas são favoráveis e ele
Ele teve momentos absolutamente formidáveis de coragem política recordo um recordo um mesmo brevemente um que eu tenha marcado provavelmente durante o ano 75 podia onde é que se podia no verão de 75 onde é que se podia fazer uma grande manifestação e as discussões entre os socialistas que ali estavam era um
Queria para o Pavilhão dos desportes que eram 5000 pessoas outro o mais ousado podíamos ir ao campo pequeno e o Mário Soares dá um amro na mesa e diz nem uma coisa nem outra nem terreiro de Passo nem nada vamos para Alameda fez-se um silêncio mas a Alameda São 500.000
Pessoas vamos provavelmente 19 de julho est destes gestos ele teve três quatro cin seis o que demonstra a coragem dele hh mas era era um político hh eh prática porce muito bem o que é que quer dizer e pragmático e olhava as coisas que que ia conseguindo ou que era
Preciso conseguir no que tin ideologia não tinha algo de genial por vezes e algo de absolutamente eh pavoroso outra vez já em pleno governo uma vez era preciso tratar de um assunto qualquer aborrecido e o o Costa BRZ disse não sei que que eu era preciso
Pensar no no no no na Constituição e o filme Miguel estava aborrecido por causa de coisa que tinha sido na da jurisdição e depois havia mais alguém que falou na Constituição e o máo Dá um berro em cima da é que vocês estão aqui com a constituição eu pego no telefone faço
Três telefonemas aou s carneira mais não sei quem e resolve seu assunto e este isto é uma espécie de futilidade sim mas mas também tem um outro lado que não é de futilidade absolutamente de intuição e prático muito importante e de instinto político H falou em constituição eu ia lembrar que entretanto
Eh votar a-se a constituição como é que António Barreto olhou para ela assim de uma forma não muito longa Eu só estive um mês ou dois meses como constituinte depois fui para o governo para o seo governo provisório examente E durante esse tempos não se passou grande coisa e
Votei a a abolição da pena de morte foi um os artigos que que couberam naquele princípio prin ainda e ainda bem claro e depois eu vi pelo projeto que se iam a votar que havia assunto temas e artigos absolutamente pavorosos alguns dos quais o partido socialista votava controle de
Gestão e coisas desse género o rumo ao socialismo aia para o socialismo tudo isso que era mais ou menos pavoroso mas que eram era era era a moda da altura eh eu olhei para a Constituição nunca esquecerei que nos primeiros meses de das reuniões da constituinte havia uma uma H uma hora
Antes da Ordem do dia que era para se discutir político exatamente mas a ideia era que a constituição só devia servir para fazer a constituição não para fazer política nem para discutir era o ponto de vista do Partido Comunista E então a maioria votou a favor houve sempre houve uma hora antes
Da Ordem do dia para se discutir tudo e mais alguma coisa não se podia decidir nada porque era era só constituinte e o Partido Comunista não aparecia e durante a primeira hora não havia as cadeiras do Partido Comunista estavam todas vazias nemuma atribui isso porque não porque
Era a vontade deles até ao fim e eles não se queriam envolver na política do dia a dia tal como Lenin em 197 e fez na Assembleia constituinte russa Soviética ele disse é constituinte Só serve para fazer a constituição e não para discutir política e o Partido Comunista fez isto
Até que dia até que dia 25 de novembro e no dia 26 de de novembro ou 27 quando a assembleia constituinte retomou as suas funções o Partido Comunista aparece em pleno era o Partido Comunista sempre foi um partido Realista e prático quer dizer quando perde perde quando ganha ganha
Meu Deus bom contra à constituição Maria João e a constituição é é simultaneamente um absurdo horroroso quer estude mais alguma coisa tem todas as ideologias lá dentro é um um pormenor e uma de alguém de um grupo de pessoas loucas que consideram que podem tratar da vida das pessoas uma a
Uma do que faz e o que não faz como como é um pavor por outro lado é um milagre absoluto ter-se conseguido ter se conseguido e a constituição defendeu a democracia não tenho dúvida nenhuma sobre isso foi a única maneira que se conseguiu para para reconciliar provisoriamente comunistas e direita
Direita e esquerda esquerda e direita socialista caça muita gente esce que havia um problema com as forças armadas que não estava resolvido só mais tarde com com o ramal deanos mais exatamente não estava nada resolvido n a constituição tem tem isso pavorosa minuciosa grande demais absurda e por outro lado um milagre
Político que conseguiu fazer aquilo que era mais importante que era manter o país de pé e Manteve 1966 Mário Soares iria governar sozinho chefiando o primo perdão o primeiro governo constitucional democráticamente eleito como eu recordei no princípio após o golpe de estado de abril e António Barreto integrou esse
Executivo O que é que o fez acreditar como eu me lembro que Acreditou nessa primeira Grande Aventura A democrática governativa bom eu já vinha do sexto governo provisório onde era secretário de estado do Comércio externo portanto já estava empenhado muito empenhado comércio em tudo aquilo e portanto a
Passagem foi uma não tinha feito mal tinha me portado bem a passagem para o primeiro governo mas havia um mundo diferença porque era um governo eleito e o primeiro sorme para mim não foi uma coisa totalmente ariante quando eu fui o primeiro dia que eu fui para o governo
Como secretário de estado era arrepiante eu não sabia o que era fazer um Despacho quando me disse quando um diretor geral me disse o senhor o senhor secretário estado tem que despachar isto eu olhei para mim o que é que será um Despacho e sem que ele me diga ele pôs-me um papel
À frente para eu ver o que é que era um despacho do secretário estado anterior para eu perceber onde é que se fazia como é que se fazia PR a passagem para o primeiro governo desse ponto de vista agora eu eu quase que vou citar o o
Título de um livro do Miguel torga o primeiro governo é uma espécie do primeiro dia da criação do mundo pois por Portugal tinha tido tinha tido uma Constituição democrática democraticamente Eleita e preparada e aprovada um governo democraticamente eleito um um Parlamento e uma assembleia da República tudo junto e um presidente
Da república eleitos era a primeira vez na história do país e nós tínhamos consciência disso e havia uma espéci era um misto de orgulho dum tomor humildade e muito temor todos nós tínhamos receio que aquilo falhasse sim tinham receio que aquilo falhasse e aliás uns meses depois já lá vamos
H esteve em várias reuniões preparatórias portanto eu posso perguntar-lhe o que governo é que quia o Mário Soares quem é que influenciava quem como é que ele se foi formando o que é que o Soares queria o suares queria um governo socialista mas de portas abertas não queria uma
Coisa muito fechada muito socialista e parelho não queria eh alguns velhos socialistas que aspiravam a ir para este governo foram relegados para secretário de estado diretor geral etc porque o suares tinha outras preferências lembro-me por exemplo de uma de uma preferência que ele tinha e que perdeu
Perdeu na primeira volta sim ele criou gonela para Ministro do trabalho sim mas a pressão do partido é para ser o Marcelo curto ah is é o Marcelo curto que esperava isso e o o o gonela que fez parte de umas reuniões discretas connosco para formar o governo que era
Um no Estoril São estão a er essas reuniões Estoril em casa de um amigo um amigo meu ael Cerda sim e o e o próprio gilha disse eu fico secretário de estado do Marcelo curto Isto vai certamente que vai mudar um dia mas eu preferia isso é
Também é um ato de humildade o o o o Soares criou o Vítor Constâncio para Ministro das Finanças eh que eu acho que já era socialista Acho que sim não sei se já estava inscrito con não o zha não quis pois e houve uma luta entre os dois fortíssima nessa reunião nessas reuniões
O zha impôs o Medina carreira e o zha disse Medina carreira foi meu subsecretário de estado no sei do governo provisório Medina carreira é um grande homem um grande Ministro um homem sério um homem prático e e e e fez força para que ele fosse e ficou o Medina
Carreira e o Soares disse então em troca eu quero o Sousa Gomes para Ministro da Economia e ficou Ministro da Economia que o Sousa Gomes era mais à esquerda ou era mais próximo da igreja católica e oar fazia estes desequilíbrios sim e houve o caso o caso dos nossos
Estrangeiros que foi um dos casos também muito o Mário Soares queria ser ele Ministro dos goos Estrangeiros ou então queria que fosse o Coimbra Martins que era amigo e que ele eventualmente inspiraria sempre e havia vários entre os quais eu próprio queríamos que fosse o Medeiros Ferreira meeiros Ferreira
Tinha sido secretário de estado dos negócios estrangeiros no governo anterior era secretário de estado do mel anunes Ministro e o Soares não queria oeiro Ferreira disse não não não não e durante dois dias não queria não queria não queria por por ter se servido Como elava Queira era era ou era atrevido ou
Era presunçoso ou ou ou ou tinha o reio na barriga ele dizia coisas desagradáveis sim e quem é que estava mais nessas reuniões estava o o Vitor cunh reggo o gonha que que Vítor Constâncio passou lá uma uma uma pequena parte Dr Soares o zha Soares o salgado zha era os dois os
Dois mas porque é que estava uma pessoa acabada de chegar que tinha estado no exílio não sei mais de uma década chamada António Barreto como é que se explica que que de repente estivessem reuniões eh Simas não ele não está vivo não não falará o Soares teve confiança em
Mim critrio ainda ainda no verão de 75 ainda eu não não estava não era secretário de estado e o Soares pediu-me eh totalmente fora não não não tínhamos conhecimentos íntimos ele pediu-me para eu redigir preparar a redação de um programa de Economia programa de transição socialista para a economia Portuguesa e
Eu fui para a Rua da emenda a primeira vez na vida sentei-me num escritório da rua da emenda tive uma série de nomes que eu sabia ou que o Mário Soares Me aconselhou para eu contactar porque você não havia tanto assim de Economia não era sua forção era Global aqui metia
Sociedade transição política etc educação saúde etc o programa de transição para o socialismo E esse programa saiu a 24 horas de distância do do do documento dos nove e Havia três dias a distância do documento guia do mfa o famoso crítica autocrítica do copcom que eram os Os horrores que havia
Aí e era o contributo do partido socialista em separado que era este ess programa o Walter Rosa ajudou o Mário Cardia ajudou nesse programa e e depois ficou guardado uma gaveta e foi publicado Não Não Não Não Não estou-me desprezar o seu trabalho dos seus camaradas e e e amigos da altura fo
Publicado Saiu em livro foi distribuído alguma conferência de imprensa e depois foi para a gaveta como tudo o resto foi para a gaveta com porque o essencial Neste período todo o essencial absolutamente o essencial as eleições ahi eu sei já L marar dizia se com eleições nós ganhamos sem eleições nós
Perdemos é É verdade o o eh é verdade e e e todo Tod todo as atitudes os gestos e os instintos dele a intuição foi nesse sentido sempre sempre sempre ele dizia eu aguento tudo desde que haja eleições dizia ele e disse-me a mim várias vezes nós com eleições derrotamos o Partido
Comunista derrotamos o mfia de esquerda derrotamos os radicais derrotamos a Extrema esquerda não há qualquer espécie de dúvida era o princípio dele era o ponto dele desde o princípio H voltando ao seu governo cedo porém houve divergências ideológicas que se traduziram sobretudo na na na política económica já aflorou aí um bocadinho com
O Sousa Gomes o Constâncio Medina na carreira etc mas o que eu lhe queria H perguntar era H havia no no no PS de facto uma uma uma uma corrente mais terceiro ou mundista mais havia você o partido no partido socialista nesta altura neste nesta altura você há de
Tudo não se esqueça que naquela altura ainda estava lá por exemplo a carmelinda Pereira e o airos Rodrigues ainda eram havia Trot quistas houve pessoas que foram expulsas do partido socialista por Trot acusados de Trot siquismo havia gente próxima do PC eu lembro que no dia primeiro dia em que eu chegar à
Assembleia constituinte estava um deputado socialista os juros a dizer a socialdemocracia antecâmara do nazismo não não fazia isso por menos e depois você tinha católicos Democratas laicos tinha tecnocratas tinha maçónicos tinha relig gente ligada à religião havia de tudo e de tudo e o suar tentava fazer os equilíbrios
Curiosamente o suas tantas vezes foi acusado de ser a favor da Maçonaria não é verdade o suar Estava sempre sempre sempre a tentar fazer equilibrar as coisas o zha por exemplo era frequente o zha ter mais conhecimentos do lado por exemplo da igreja do que ou mais
Contactos do que o Mário Soares mas mais tarde veio-se a verificar que o zha candidatou-se pela esquerda contra contra contra o Soares Claro claro é é muito interessante quando se revê a política aquilo depois era feito dia a dia eh o o Lopes Cardoso começou a por
Ser o ministro da Agricultura ao fim de três ou quatro meses incapacidade total da de de segurar a situação na na região da reforma agrária fo demitiu-se e eu era muitíssimo menos à esquerda ou menos radical do que ele havia os mais estatistas ou hav os menos os mais
Liberais você tinha de tudo e portanto o primeiro governo começa a tentar fazer caminho gradualmente muito gradualmente e algumas opções tomam-se sai o Lopes Cardoso entro eu sai curto entra entra ex não e já vamos falar também sobretudo de de uma uma fase indiscutivelmente eh reformista onde se votaram três leis
Fundamentais que pretenderam ter a estratégia coletivista a lei dos setores a lei das indenizações e da reforma agrária e proposta por si como titular da pasta mas a Adesão à CEE transformara-se já num imperativo Nacional era a prioridade para nós era a já vamos às leis mas tenho que lembrar aqui não era
Para toda a gente eu lembro-me da para nós quem nós governo nós partido socialista e governo sim sim o Eu recordo quando eu fui fazer uma fui participar numa sessão da sedes e que saiu no Expresso aliás sessão e eu tomei tomei partido a favor de uma adesão
Plena à CEE a maior parte dos Presentes psds ppds etc a maior parte dos Presentes era era contra era a favor de uma e eram pessoas mais à direita er que diziam que eram a favor de um estatuto de observador no partido socialista mais devagar era paraim mais devagar e porque
Tínhamos receio que que eles os europeus dissessem que não ou porque ou tinham receio do capitalismo europeu do capitalismo no polista europeu porque os mais à esquerda que diziam isso e houve uma reunião que nunca esquecerei também na roda da emenda em que o Soares convocou o secretariado do partido na
Altura mais 10 ou 15 pessoas que estavam ligados ao governo entre os quais eu estava éramos ao todo talvez uns 25 30 nas vésperas da formação do governo e o suares diz esta reunião serve para uma única coisa vamos O que é que nós vamos fazer com a Europa pedimos à adesão ou
Estatuto observador começa pela esquerda dá a volta de toda à mesa acaba acaba nele e ele começam a falar há aí umas seis se pessoas que são a favor da Adesão plena há 20 pessoas 18 pessoas que são contra a Adesão plena e são a favor do estatuto
Observador e o Soares acaba numa calma Olímpica acaba fecha o caderninho dele e diz muito bem Tá decidido por uma esmagadora meio vamos pedir a Adesão plena é formidável fez-se um silêncio total e eu e o Medeiros Ferreira que estávamos ao ladoos enoral e foi decidido na fo fo o Suá já
Tinha o Suá já tinha decidido o não com certeza é evidente era o que ele queria desde o primeiro minuto voltando a estas leis e vamos parar um bocadinho na na na na reforma agrária evidentemente Até porque eu tenho que lembrar que a reação do do do Partido Comunista faça à sua
Lei escrevendo o seu nome nas paredes e de todo o país fez de si um um herói nacional e uma figura de primeiro plano não é que não fosse mas ficou definitivamente uma figura de primeiro plano no partido socialista vamos lembrar isto eu fui fui eu fui para ministro da
Agricultura vamos lembrar isto que não é pouco eu fui para ministro da Agricultura como uma solução de substituição do Lopes cardos eu não sabia não se pode dizer que tin que era tão especialista de questões agrícolas como a Lopes Cardoso que era Engenheiro agrónomo tinha conhecimento algum conhecimento que eu trabalhei nas Nações
Unidas em questões justamente de reforma agrária e de crédito agrícola etc mas o essencial que se passava Ali era político não era não era obviamente nem agrícol não é mais nada e eu para mim não fazia dúvida no último se meses ou um ano depois do que se tinha passado
Não fazia qualquer dúvida que a batalha contra o Partido Comunista A Batalha pela Liberdade começava ali não se esqueça que o alentejo era quase era uma região demarcada chamava-se zona de intervenção da reforma agrária Zira e quase que tinha polícia própria a GNR não saía à rua não tinha armas a PSP
Tinha era do PC o território era do PC que faziam às vezes faziam piquetes de de vigilância aos automóveis a cortiça por exemplo era apanhada a cortiça não passava pelas ruas estradas normais porque tinha que pagar licenças nor e passava pelos circuitos por dentro do país para ir para o Norte para as
Fábricas para para para estar fora da economia da economia formal e da economia do país hh era uma sit eh o o o Ministério da Agricultura estava preparado e organizado Para apoiar a reforma agrária as forças militares do mfa estavam organizadas para para para intervir as o mfa e as forças armadas do
Do os quarteis no alentejo ordenavam as ocupações e faziam l só se for aos arquivos do Ministério da Defesa do das Forças Armadas você encontra lá dezenas e dezenas de faxes e de telegramas em que se dão as instruções Amanhã vamos ocupar aquilo a organização era os
Sindicatos do PC com certeza e as forças armadas iam sempre dezenas de soldados armados que faziam as ocupações como é que António Barreto ministro da Agricultura entrava aí E como tinha que fazer primeiro tinha que ter a lei sim que se foi feita em segundo lugar antes disso eu entendi
Aplicar a lei porque a lei que existia que vinha detrás PC Lopes Cardoso essa lei não essa lei era PC nem sequer era Lopes Cardoso a lei PC que existia não era aplicada porque esta lei por exemplo dizia numa idade com 1000 hectares são expropriados 700 e 300 servam ficam nas
Mãos do proprietário nunca aconteceu os ocupantes ficavam com tudo não pagavam a lei previa as indemnizações nunca foi paga indemnização o que se passou foi um verdadeiro esbulho acha que o país se lembra disso não não pois não Ainda bem que estamos a lembrar a minha primeira diligência
Enquanto se fazia a lei era isso que eu queria saber en quant se reorganizava o ministério que foram precisos alguns meses era preciso era desmantelar o aparelho panto Os os soldados fora do do da Agricultura o banco de Portugal o banco de Portugal pagava os salários doss trabalhadores nas ucps as ucps faziam
Todas as semanas ucps é unidade unidade coletiva de produção os que ocupavam uma idade chamavam-se o CPS e o CP chegava ao fim da semana fazzi uma lista com os nomes dos trabalhadores a maior parte deles não sabia assinar era com o dedo faziam punham a impressão digital e
Essas listas eram entregues no Ministério da Agricultura o Ministério da Agricultura ia mandar ia ao banco que entretanto tinha sido nacionalizado e o banco pagava nem sequer se se ocupava se aquelas pessoas existiam se não se tinham trabalhado se não tinham se produziam ou se não produziam o banco
Pagava e depois o banco pagava no no na no pagamento EA ao banco de Portugal e no banco de Portugal havia um departamento que foi criado para pagar a reforma agrária a reforma agrária é uma operação paga pel estado governo não podia ter interferido nisso o governo não poderia ter
Interferido nesse foi o governo que criou este sistema foi o governo antes tive que desfazer o sistema ah pronto era aí que eu queria chegar retirei Retirei o o os centros da reforma agrária da aplicação da Lei obriguei a aplicar a lei naquilo em que não era aplicada a famosa entrega
Das reservas era preciso entregar as reservas aos proprietários para eles poderem trabalhar e cancelei o pagamento automático de vencimentos que se passava na banca nacionalizada e no banco de Portugal Isto foi como queem tira o oxigénio Claro não não havia ao partido comunista o a reforma agrária tem tem
Tem tem coisas com certeza que tem coisas comovedor de trabalho de pobreza de desemprego de certamente que tem tudo isso mas a reforma agrária Que nós conhecemos em Portugal é uma enorme operação política autoritária e prensamento totalitário ou mas ol o governo cai no dia 7 de Dezembro de 76
Merecer uma Moção de confiança absurdamente posta pelo pelo pelo Dr Soares chefe do executivo mas e eh eh as propostas do Partido Comunista para se abster nessa Moção exigiam alterações à sua lei Mas o que é facto é e depois do que descreveu o Dr Soares pediu-lhe que negociasse vamos Recordar isso
Brevemente o que se no fundo que se desse a lei as lei tinha sido aprovada a Lei tinha sido aprovada em maio e depois reaprendo em agosto ou setembro e estava a ser aplicada e a aplicação da lei exigia destacamentos da GNR que iam entregar as terras ou dividir ou
Revolver ou que porque os ocupantes eram eram muitos e eram por vezes a ameaçadores não digo que tenham sido violentes mas muito ameaçadores eram E então iam destacamentos de janier para fazer isso e o o Dr cunhal e os seus amigos diziam na altura acaba-se com o aparato fascista na agricultura e então
O aparato fascista era aquilo que exatamente e desarmada ah que interessante G por minha instrução e do General ramalan e do General Espírito Santo e do do dos dirigentes da GNR para evitar desastros levavam balas simuladas balas de madeira ou de borracha E nunca houve um morto ou um ferido grave no alentejo
E foram a GNR saiu mais de 400 vezes houve tiros tiros tiros tiros Nunca Houve um ferido ou um morto e e pouco tempo depois quando deixaram de dir mandaram os destacamentos de GNR que eram 50 100 200 passaram a ser destacamentos de cinco ou seis GNR eles
Próprios se armaram porque estavam com medo Claro e em poucos dias houve houve acidentes e houve mortos em Montemor porque o GNR tinha que defender-se bom H estava não estava quando quando através dos contactos pessoais e permanentes que o Soares tinha sub com o Otávio pato
Indiretamente com o cunhal e era o o elemento de ligação era era Otávio pato e chegou-se à conclusão que sucedesse um bocadinho PC deu o recado do PC era se houver algumas alterações na na na na reforma agrária na aplicação da reforma agrária no aparato fascista n parar as
Entregas parar as a marcação de reservas pagar as entregas nós podemos encarar a hipótese de nos abster mos no voto do do orçamento e do plano PR Soares disse lhe disse assim e o António Barreto O que é que disse disse que não podia negociar ele insistiu diz disse que não e disse
Que eu seria a última pessoa do mundo a poder negociar porque depois de tudo o que eu tinha feito ele riu-se generosamente e disse você não percebeu nada de política Você é a única pessoa que pode fazer que pode negociar porque ninguém vai acreditar não e fez-se a negociação
Houve não comigo houve uma negociação em que estavam quatro ou cinco socialistas e alguns comunistas na altura chegou a ver document com as propostas que para que se podiam acertar mas a meio caminho a meio caminho se percebeu que o PCI ia cria tudo e mais alguma coisa e os próprios
Socialistas que estavam a tentar fazer negociação recuaram recuaram e o governo caiu na madrugada de 7 de dezembro eu estava lá lembro muito bem e Dr Soares Fazia anos nesse dia após a queda desse governo e antos Presidente já eleito foi Claro queria uma maioria estável sólida e coerente referia-se obviamente a uma
Aliança com o PSD na altura liderado por Sousa Franco e não ao CDs mas foi com o CDs que o Dr Mário SAS fez um casamento partidário H como é que António Barreto interpretou na altura esta preferência do do Dr Soares e isso chegou a ser discutido no governo nas últimas
Reuniões do governo já o governo tinha estava caído mas ainda reuniu umas vezes e o Mário Soares perguntou o que é que os ministros pensavam das das Event as alianças E porque é que foi essa algumas pessoas eu eu incluído vou começar por mim próprio eram favoráveis à aliança
Com o PSD PPD PSD e ninguém se exprimiu muito favoravelmente a uma aliança com o CDs a não ser o Mário Soares por as conversas como com o CDs estão mais avançadas já já conversamos pode não queria nada com s carneiro havia uma enorme rivalidade
Entre os dois e não se entendiam de todo em todo o nem o nem oo nem politicamente Claro é o conta não se entendia não gostava de mar S nem pessoalmente nem politicamente o Mário ses não gostava do Sá Carneiro nem pessoal nem politicamente havia um havia um um muro
Entre os dois e eu e eu eu assisti algumas reuniões quando foi da reforma agrária da lei da reforma agrária A lei foi votada com o voto do PSD eu lembro e e houve reuniões em que estava o s carneiro e o Soares e eu e mais um ou
Dois e o que é que você conclu disso o mesmo naquela altura quando o sacir disse eu não voto essa lei sem um acordo Geral de governo e o Mário Soares disse Ora ora hora ora ISO esses acordos Gerais vão-se fazendo aos poucos e houve ali uma houve ali horas Deão mesmo ao
Ponto que quando foi da votação no Parlamento da lei da reforma agrária o o Dr saac abandonou a sala não votou votou o PSD que votou a favor da lei a lei foi aprovado mas ele não votou pediu para falar comigo no corredor s carneiro e disse-me António
Barreto eu gosto de si gosto da sua lei a sua lei maravilhosa tá tá tá mas eu não a posso votar porque não é isto que estou aqui a fazer eu estou aqui para discutir com o Dr Mário sas o futuro governo H olhe a propósito do Futuro
Governo h o António Barreto não entregou não quis embora o primeiro-ministro na altura me tenha dito eu lembro muito bem que não o convidou por suspeitar que pertencesse a um grupo que desejava uma maior intervenção do Ianes eh na na política o que eu lhe pergunto é o António Barreto gostava quia uma
Alternativa presidencialista a questão do presidencialismo teve força política foi objeto de reflexão para si não comigo eh eu era favorável e escrevi nesse sentido é uma coisa que eu chamava que eu inventei se quiser eu chamava liderança institucional que era isto era uma espécie de Coligação permanente entre o presidente da república o
Governo e e o Parlamento como é que se fazia e por entendimentos e o Presidente da República apoiava o governo e o governo dava prestava contas ao presidente da república de uma maneira muit eu eu não quero fazer ironia mas eu poderei fazer um bocadinho de ironia se
Me permitir qu cer o que o que o presidente Marcelo Rabel de Sousa fez com António Costa no primeiro mandato é uma espécie de liderança institucional o governo o Presidente da República apoia o governo e apoia a primeiro ministro e é para isso que ele está lá e o
Primeiro-ministro e o governo reconhecem a autoridade do Presidente da República prestam contas têm frequentes e muitas vezes fazem até o que o que se entendem um com o outro e não e não não houve raspas de presidencialismo nisto e o que eu queria era qualquer coisa de par nós
Perdemos o governo e o PS perderam muito tempo olha e vieram a perder no futuro porque tinham rivalidade permanente com o Presidente da República rivalidade permanente com os militares com o Ramalho anos e muitas vezes injustamente o ramal anos no princípio do do primeiro governo ramal anos eram eram Era Um
Esteio para o governo e não e não e não era um obstáculo pelo contrário o mas de qualquer maneira o o isso provocou uma uma uma rotura com Mário Soares ou foi uma desejada rotura com ele desejada por si António Barreto eu fiquei eu fiquei desapontado com o Mário Soares e com os
Caminhos que o PS tomou a seguir primeiro com a esse governo PS CDs Sim e com o Ministério da Agricultura e quiseram logo desfazer a reforma agrária quizeram logo concessões ao partido comunista totalmente inúteis e ineficazes e não serviram para nada fiquei desapontado fiquei desapontado com a estratégia do psds afastei-me afastou
Sim como por exemplo como também do outro lado o partido socialista do vário Soares não estava particularmente interessada na minha permanente colaboração fomos afastando como é que viu o agora de uma forma talvez um pouco mais breve eh o os os governos de iniciativa presidencial foram três liderados para
Alfredo nobra da Costa Carlos Mota Pinta e Lurdes pinta silgo eram os governos antis Soares e antiac Carneiro com certeza eh como é que entrou h e e gostava que que que explicar isto bem porque é muito interessante faça a esses governos e após isso como é que António Barreto entrou politicamente em
1979 com a convicção de que era preciso o quê uma uma pausa política um um refletir saber para onde é que se andava depois de os os governos presidenciais inicitiva presidencial são todos disparatados sim eu devo dizer que o primeiro ainda votei a favor porque ainda era Deputado quando o Nobre da
Costa foi ao Parlamento eu apesar se perder dele perder mas eu eu eu e meeiros Ferreira Aliás votamos a favor benefício da dúvida sim o governo Nobre da Costa era um governo desenchavido etc os governos a seguir inha são piores o governo n v pen pint silo e não deixaram
Grata a memória nem nem política nem nem social nem nada devamos ter ido logo para eleições naquela altura o PS devia ter feito uma tentativa de aliança com o PSD o que se fez a seguir foi foi perdas de tempo eh envenenar relações relações políticas iso é que eu L perguntei se
Não sentiu a necessidade de uma certa pausa de um entre parênteses e e antes antes de e depois disso depois de se ter desiludido houve o convite quando você não estava nem na nem como deputado nem na política já nem no PS já nem no governo e que tinha assistido com
Desagrado Aos três governos presidenciais teve um convite do do do do Dr t s carneiro e Nascem os reformadores o ao contrário peço desculpa os reformadores são uma iniciativa exclusivamente de Madeiros e minha em que nós queríamos dar um saldar nós queríamos a nossa o essencial era demonstrar que existíamos fora do Dr
Mário soaz e fora do PS que tínhamos uma existência pessoal polí nasem primeiro do que nas primeiro e quando fazemos O Manifesto há um grande mal entendido entre não é mal entendido há uma duplicidade entre mim e o Medeiro entre Medeiros e eu o Medeiros quer como Manifesto quer continuar na política e
Eu como Manifesto quero fechar a política porque quero ir fazer o meu doutoramento quer ir para a universidade e nós sabíamos um do outro não houve não houve traição não houve engano e era o que nós famos fazer eu é o maior erro da minha político da
Minha Vida Dado que uma pessoa não na política não deve ter duas coisas não deve estar com dois dois entendimento sobre o que quer que seja coisas importantes como era isso como como foi isto o faz-se o manifesto e rapidamente em 24 horas tínhamos um telefonema do Dr
S carneiro a dizer O Manifesto reformador é fantástico é formidável tomaria o que fosse o meu e o não sei quê vamos almoçar Vamos jantar vamos e foi almoçar com ele e mais cí o Medeiros e ele um um deles Medeiros e eu dois
Dois ou três e eu e o e o s carneiro em casa dele em casa dele s carneiro na Rua João qu em Lisboa Sim senhora e e e é uma grata recordação para si embora ligada ao seu grato grato porque o s carneiro era um homem interessante para conversar e para
Discutir e às vezes Tinha coisas que desgostava um bocadinho quando um momento dado diz histórias que eu que eu que eu possa contar infelizmente as pessoas não estão vivas portanto não podem confirmar nem o contrário sacir um dia estava a dizer eu desconfio que não
Que que que o povo os eleitores não nos merecem eu fiquei não os merecem sim a nós aos principais S Sim sim e a sen não levanta-se e diz que frase tão desconsolada que frase tão desastrada e saiu da sala H Mas você continuou quer dizer continuaram e fizeram aquela co o
Essencial é que eu não queria entrar nas eleições O SAC queria que eu entrasse nas eleições o Medeiros Ferreira queria entrar nas eleições e ficou ficou entraram foram deputados à AD eu não fui eu não entrei nas eleições não fui Deputado à AD mas apoiei o acordo entre
Tu Manifesto os reformadores e a AD portanto para todos os efeitos Eu estava dentro na verdade eu estava fora isto aqui é um erro muito bem muito bem vou lhe propor que vamos continuar a falar disso o nosso podcast fica por aqui mas siga esta conversa que vai prosseguir já
Já já de seguida e na rádio essa essa esse seu eh desabafo essa história que me contou que envolve eh a constatação do maior erro político não se pode ter dois entendimentos em simultâneo também abriga uma certa mágoa a nostalgia do que podia ter sido e não foi paa aqui estamos sim
H eu já estou na idade de fazer balanços da minha vida não sou Sinceramente não sou não sou muito tristonho não acho que tenha desperdiçado a minha vida também não acho ninguém acha eu só estava a perguntar se havia uma certa também não acho quando fazem os balanços muitas
Vezes pensa-se nisso também não acho que eu comcia mais ou comcia melhor não não tenho nenhum desses sentimentos mas no no que toca à política tenho uma alguma saudade eu gostei muito muito da política sempre ainda hoje hoje me interesso leio política polí examente e nós lemolo
Assim todas as semanas gostava de ter tido ou de ter sabido ter tido e ter sabido e estar mais tempo na vida política ou se ou ou ser mais realizador ou mais vencedor ou qualquer coisa na vida política gostava eu tive muitos poucos anos se você
Pensar eu tive 2 anos e meio no governo tive 6 anos na no Parlamento na Assembleia da República eh em 50 anos de democracia é pouco eh para alguém que gosta tanto da política como eu exatamente mas há há há outras maneiras de se intervir politicamente e nunca
Deixou de intervir todas as outras examente O que eu o que eu predico o que eu predico a política eh ação e tentativa de mudar e de reformar e de fazer presença protagonismo presença até o orgulho e vaidade isto o que eu ganhei noutras coisas na academia na
Fotografia na escrita na minha vida pessoal nas viagens etc portanto balanço pode ser feito mas eu nunca direi que não tenho saudades da vida não tenho saudades não tenho mágoa tenho tenho alguma mágoa e alguma saudade de uma vida política que eu podia ter tido mais intensa o o é muito
Interessante isso que me está a dizer e eu vou-lhe já a seguir fazer e um pedir um um pouco desenvolvimento sobre alguns temas de que falamos para trás mas ainda relacionado com a vida política eu lembro-me de uma altura Não sei precisar eh exatamente quando eh mas
Numa altura em que Mas você dirá em que se falou com algum com muito empenho e que se falou mesmo quer dizer não era uma coisa de almoços de café na possibilidade de você se candidatar à presidência da república estamos em maré de balanço a democracia tá fazer 50 anos
Pode pode falar-nos um bocadinho disso não não posso falar muito porque isso Não durou muito tempo eh mas não foi uma coisa de café não foi pouco mais do que isso quer dizer eu não tive nenhuma reunião com ninguém para tratar desse assunto é sempre uma coisa que é se não
Há uma reunião de facto ex e gant que é sim pois e não tive jantares ou almoços para tratar desse assunto sim mas teve alguém que foi ter consigo ou vários alguém dis houve uma pessoa ou duas ou três que me disseram ou artigos em jornais ouve referências em jornais ex
Exatamente entrevistas como é que lhe dizer se você não dá não alim isso você não dá corda a isso as coisas não não evoluem e não deu e não dei corda que eu fui que que eu que eu me perguntei perguntei ah pronto durante qual foi a resposta se meses um
Ano perguntei-me a mim próprio queres ou não queres e o que é que disse a si próprio disse que teria gostado teria talvez gostado uma vez mas o que tem que se pagar para isso ainda num país em que o Presidente da República não tem poder o que tem que se
Pagar para isso e para não ter poder político não não não me repudiou mas não não at eraa suficientemente sedutor politicamente e atrativo para para o sacrifício que implicaria não não não não era atraente de todo tinha e e tinha que durante 1 2 3 anos além dos os anos
Se for se fosse eleito tinha que mudar a minha vida tinha que alterar a minha vida o meu modo de vida a minha maneira de ser era preciso Tero não tem poder e depois não se tem poder porque em blai não se tem poder BL pode-se fazer perturbar pode-se perturbar O país
Inteiro tal como tem acontecido há 30 anos os presidentes perturbam O país inteiro ou impedem ou atrasam ou aborrecem mas não tem realmente poder este este Presidente Marcel ribel Sousa tem perturbado muito no segundo mandato tem a que é que atribui isso a maneira como se preparava
Para ser maltratado pelo governo e pelo PS o PS é uma espécie de resposta coisas é como o tango quem é quem é que deu o primeiro passo não se sabe não sei não sei mas a partir do momento ao fim dos primeiros os primeiros anos foram maravilhosos de
Colaboração entre governo e presidente e eu estou grato que eles tenham feito isso porque fizeram a demonstração de que é possível haver não de fusão mas haver colaboração honesta mesmo um governo de esquerda e um presidente da direita ouva que é possível fazer isso e que as
Instituições estão acima do do do da carne do músculo do nervo da da das vaidades e disso tudo e a partir de um certo momento percebeu-se que o presidente estava farto daquele governo e daquele PS e daquele Ministro Costa por medo por re e do desair da
Dissolução que desaguou e o e o contrário o o o governo e farto de depender do do dos sorrisos do Presidente e do da ajuda do Presidente e do Silêncio do presidente e toda a gente a dizer que o presidente quea é maravilhoso e é muito mais popular que o
Primeiro-ministro e fartaram se um do outro por assuntos pessoais e políticos as duas coisas e deram cabo do que era o que era o mais interessante neste nesta última década que foi a a colaboração institucional entre o presidente e o governo e foi destruída hh e acho que
Ten os dois responsabilidades não são incapazes dizer que é só um que é responsável o o o estamos num ano em que e a Democracia eh comemora não não a democracia que foi em 76 francamente mas que o 25 de Abril comemora 50 anos eh não podemos e infelizmente dar o tempo
Que mereceria uma reflexão desta est Mas qual é o seu ponto 50 anos de quê De imensas coisas ótimas de de H de de de conquistas e outras outros saldos francamente mais negativos o meu primeiro balanço é evidentemente positivo porque é a liberdade Claro claro exatamente tem que se
Começar por isso mais mais do que a igualdade mais do que a tecnologia mais do que a cultura mais do que tudo é a liberdade e nisso está ganho Até agora está ganho porque é que tenho sobrolho franzido não se vê mas mas tenho
H O pior é o desperdício fo a perda de oportunidad e o desperdício exatamente nós temos uma posição geográfica excecional temos um clima excecional temos uma uma recetividade Europeia no mundo democrático temos tivemos durante esse tempo todo excecionais sim tivemos dinheiro a rodos tivemos bastante dinheiro sim eh tivemos oportunidades para tivemos
Maiorias políticas fazer muito melhor com a educação fazer muito melhor com a saúde fazer muito melhor com a igualdade e a e contra a pobreza com a justiça e com a justiça também se fala se tudo isto fala começou-se e falhou começou-se e falhou começou-se e falhou nós estamos
Hoje em novembro de 23 de 2023 estamos agora quando gravamos os serviços os serviços de saúde desfeitos os serviços de saúde estão desfeitos por e simplesmente e a educação está tremida tremida como sempre sem nada que se pareça com o êxito que podia ter tido se
Pensava há 20 anos que podia ti ter cza estamos com uma Justiça nas ruas da Amargura H vamos com uma igual uma desigualdade permanente estamos com a receber 70 100 120 150.000 Imigrantes por ano desqualificados a maior parte estamos a mandar para o estrangeiro 100 80 120.000 portugueses qualificados ou mais qualificados
H Isto é um enorme falhanço e sem Liberdade teríamos feito melhor não jamais claro com certeza SOS não não não troca não troga uma por outra mas o desperdício está lá saudemos a liberdade António Barreto agradeço-lhe muito muito muito tivemos uma conversa interessantíssima Oxalá tínhamos tido muitos espectadores e ouvintes sobretudo
Eh com menos de de 30 anos era o meu sonho em absoluto Obrigada por ter vindo Obrigado Maria João pelo convite Y
2 comentários
Anti comunistas. Olha que dois
Nojo
O que fizeram melhor , foi aquilo que a sra. Tem na lapela .