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Olá este é o podcast no final de contas eu sou a Sara Antunes e comigo está Patrícia Castilho autora da página querida madrasta onde partilha dicas e ajuda outras madrastas e padrastos no relacionamento e na gestão do relacionamento familiar a conversa de hoje é precisamente centrada nas famílias reconstruídas e nos Desafios
Que que os novos modelos de família nos trazem bem-vinda Patrícia Obrigada por ter aceitado o nosso convite começo por lhe perguntar se tem uma noção se há dados de quantas famílias reconstruídas existem atualmente sim temos temos dados eh portanto quando o iné fez os censos H
Nós aí conseguimos ter uma noção do do número de famílias constituídas que na altura eram cerca eram mais de 120.000 H E depois também a nível de famílias monoparentais estamos a falar de quase 580.000 famílias mas se formos a ver o potencial que existem em termos de estas famílias monoparentais
Eh refazerem no fundo as vidas os adultos refazerem as vidas temos aqui um enorme potencial de surgirem mais madrastas e padrastos portanto acredito que nos dias de hoje eh existem muito mais famílias reconstituídas e a a tendência é que venham a aumentar uma vez que e a partir do momento em que a
Mulher começou a ter outra autonomia profissional e financeira começaram a ser mais comuns os divórcios eh e portanto eh é é expectável que existam mais eh destas tipologias familiares portanto foi a liberdade financeira das mulheres que abriu umas nova por assim dizer novas possibilidades de modelos familiares sim é É verdade porque
Antigamente a a função de cuidar das crianças era muito entregue à mulher que muitas vezes nem nem ganhavam um salário era dona de casa não é como era no tempo da minha avó por exemplo e o homem era o responsável por trazer no fundo o sustento o dinheiro para a casa e a
Partir do momento em que hoje em dia homem e mulher já são assalariados eh já têm os seus desafios às vezes até pode acontecer a mulher ganhar mais do que o homem na relação eh já não existe essas essas questões inclusivamente se calhar antigamente havia muito a culpabilidade
Do homem de H haver um um um divórcio porque no fundo ele era o sustento da família agora estão os dois autónomos e têm os dois as suas vontades e infelizmente a pessoa quando casa não não quer pensar que vai alguma vez separar mas se isso acontecer que seja
Para para continuarem a ser felizes mesmo que separados não é certo e por aquilo que e não só pela sua experiência mas por aquilo que vai acompanhando a sociedade como um todo está preparada para lidar com estes novos modelos de família eh Na minha opinião eh há ainda um um caminho a
Fazer-se em relação a isso porque na verdade H se formos a ver h Há muitos eh há várias temáticas desde das escolas à à lei que precisam de ser trabalhadas Mas vamos pensar numa coisa muito prática eh isto porquê Porque também a nível das madrastas existe um um
Estereótipo mais negativo se formos a a falar dos padrastos não é tanto assim inclusivamente o padrasto mais antigo e famoso da história é o São Pedro e é um santo mas quando quando quando se fala de madrastas e já são sempre consideradas as má da fita e porque é da
Disney é também a Disney exatamente dizer que a Disney é um desses pontos que tem perpetuado e no fundo eternizado este estereótipo de pessoa má mas para além disso a própria definição de madrasta se formos confrontar a definição de madrasta com a de padrasto a de madrasta é muito mais negativa e
Mais negativa do que factual e depois também existe aquela exceção de que aquela aquele mito de que parece que as madrastas vêm para roubar o lugar das Mães Hum e e ocupar o lugar das Mães e não é nada disso a ideia que as madrastas têm é é a ideia é complementar
Mas existe às vezes eh por parte de algumas mães essa dificuldade de partilhar Esta função de cuidar das crianças com outra mulher e portanto há aqui um longo caminho a fazer em termos de desmistificar isto e de ressignificar a a palavra madasta isto levou-me aqui a pensar a
Pensar em questões mais sociológicas e psicológicas não é porque se pensarmos que antigamente quando não havia divórcios as madrastas também os padrastos como é óbvio mas as madrastas só apareciam quando a mãe morria não é passado um um uns tempos e que iam de facto substituir esse papel de mãe se
Cará recebe-se nesse pendor e esse pendor negativo que há e que se associa à à palavra madrasta Exatamente porque na altura o que acontecia exatamente eh as madrastas só surgiam nesse contexto do homem ficar vivo e normalmente nem eram tratadas por mastas ainda hoje as pessoas fogem da palavra na altura eram
Tratadas por madrinhas eram quase como uma bênção não é porque aquelas crianças estavam Órfã de mãe Eh ninguém estava a desempenhar esse papel mat internal e de repente sergia uma mulher para para fazer e eram as tratadas por madrinhas hoje em dia H madrasta e mãe coexistem uhum examente
Não quer dizer necessariamente que convivam não é mas co existem existem na vida da daquelas crianças e as Crianças h não têm que estar a pensar se tem que escolher entre a mãe e a madrasta o pai o padrasto H devem poder ter junto deles nos momentos mais importantes das suas vidas
Estas pessoas que são referências e e e que fazem parte do dia a dia delas H em termos de sociedade de estar preparado ou não H Imagino que as escolas sejam os sítios onde eh Há uma parte significativa de relação não é pelo pelo
Dia a dia eh como é que como é que estão ou quer dizer deve haver muitas realidades e depende necessariamente de que com quem convivemos e com com quem partilhamos esses tempos mas como estão como é que as escolas lidam com esta com estas realidades eu diria que na
Generalidade daquilo que eu tenho conhecimento as escolas não estão Preparadas para estas novas tipologias familiares e não estou só a falar de famílias reconstituídas mas monoparentais H casais do mesmo sexo que têm filhos etc eh e portanto eu diria que é muito importante que h no fundo todos os
Profissionais de educação que estão nas escolas conheç a realidade das suas crianças isso até pode explicar determinados comportamentos nas crianças e e ajudar porque pode haver até bloqueios à aprendizagem por coisas que as crianças estão a passar h a nível familiar h e portanto há aqui um um inclusivamente coisas a trabalhar
Nomeadamente eh se este su pai eh portanto se existe uma madrasta ou um padrasto e são figuras importantes e e que participam da vida da criança hh eles ainda não estão a ser muito incluídos em determinadas iniciativas da escola sejam as feras de ciências as as
Festas de final de curso ou as festas de natal inclusivamente até dias que são mais penosos para as manastash e PS quadrados como o dia do pai o dia da mãe Eh Ou o dia da família e portanto há esse trabalho de também começar a incluir eh e perceber Qual é a realidade
Eh destas crianças hã inclusivamente conhecerem no fundo quem é que é A Madrasta quem é o padrasto porque eles até podem ser eles que vão buscar à escola e evitar aqui situações desconfortáveis até para a criança certo ainda assim olhando para aquilo que que era a realidade de da 40 ou 50 anos
Temos evoluído Claro sem dúvida sociedade está mais aberta não é aberta graças a h a nós olharmos agora para tudo o que não é tão tradicional não é e começarmos a ter um comportamento mais inclusivo a diversos níveis mas lá está existe um longo eh ainda existe um
Caminho a percorrer eh e quero acreditar que por exemplo na geração das minhas enteadas já seja uma coisa super natural e tradicional não quero dizer que eu não não gosto dos modelos tradicionais obviamente Mas acima de tudo O que é importante é que não haja tanto
Estigma não é exato não hja estigma e as pessoas sejam felizes como entenderem ser o nesta há pouco a Patrícia dizia eh que era importante as escolas levarem as os padrastos as madrastas e para convívios ou para atividades que são feitas realizadas nas nas nas escolas na mas na verdade estamos aqui
Em situações que muitas das vezes não são as próprias escolas que controlam não é não S não depende só deles obviamente uma coisa é eles darem abertura mas depois os próprios pais podem não se sentir confortáveis eh com isso ou um dos progenitores não se sentir confortável com isso mas já haver
Essa abertura já é um princípio que do do lado deles não é bloqueante mas claro que depois eh é uma coisa que até deve ser gerida entre os próprios progenitores Hum E às vezes é muito também da questão da empatia e do Superior interesse da criança porque se por exemplo eh um dos
Progenitores não tem companheiros mas se um dia passar a ter também vai gostar de ser incluído de ser reconhecido H por todo esse papel importante que tem nas crianças inclusivamente se formos a ver h Uma Família reconstituída da alguma forma é muito mais permissiva para os adultos no sentido em que Ok vamos
Pensar no um pressuposto de guarda partilhada H enquanto está com um progenitor dá tempo ao outro progenitor de namorar Se tiver alguém ou simplesmente de se organizar na semana para preparar a semana em que vai ter as crianças e vi Versa eh e isto acaba por também cada
Adulto às vezes conseguir ter a sua vida e mai Liberdade também uma maior liberdade e não ser entendido só como o pai ou a mãe daquela criança e poder explorar outra outras facetas do seu eu que também acho importante e que às vezes Numa família em contínuo acaba por ser desgastante e
Levar a Bernal parental e tudo mais e quais são na na sua perspectiva Quais são os principais desafios que as famílias reconstruídas enfrentam bem eu diria que enfrentam exatamente os mesmos Desafios que uma família tradicional e ainda mais são acrescidos exatamente porque eh Digamos que há aqui um um um terreno
Comum em que todas as famílias precisam de ter tempo de qualidade carinho respeito amor hã regras Claras H alinhamento entre o cas entre o casal tudo isso mas depois há aqui eh desafios adicionais para as famílias reconstituídas e posso dividir isto essencialmente em dois grandes grupos hã
Os desafios eh vai emocionais e os desafios logísticos a nível de desafios emocionais há aqui o desafio de o próprio pai eh no caso das madrastas vá saber integrar a madra e legitimá-lo seja junto eh dos seus filhos como também 10is eh mas depois também também existem outras coisas como por exemplo
H incluir na própria família não é porque às vezes não basta só aquela fam família núcleo mais restrito mas às vezes basta não sermos aceitos e pela pela sgra pela cunhada não é porque se calhar ainda existe h alguma ligação com com a mãe das Crianças H É também saber eh estabelecer
No fundo diferenciar as questões parentais eh das questões conjugais não é porque uma coisa é as pessoas enquanto são marido e mulher ou excal e outra coisa é têm agora em comum e vão ter sempre em comum as crianças e portanto é importante que saibam diferenciar isso e
E e ter em conta o seu superior interesse ou o seu superior interesse das Crianças mas também eh existem existem aqui eh também a questão da madrasta dela própria saber dar integrar-se não é também fazer por isso e ver como é que pode acrescentar aqui é
Esta família que a acolhe e que ela também acolhe H ver como é que como é que pode integrar entregar valor e tudo quar uma forma h de livre vontade espontânea e porque também no fundo a principal obrigação é dos pais mas nós enquanto membro de uma família e
Enquanto casal queremos ajudar e e fazer parte desta dinâmica e depois também Existem os desafios logist é nomeadamente OK enquanto casal como é que vamos dividir aqui as as tarefas e da vida comum das crianças quem é que vai buscar quem é que vai levar eh como
É que é a rotina em casa dos banhos H do deitar das refeições Hum e e e depois também as trocas por exemplo isso às vezes é um uma coisa complicada para as crianças eh quando é que vão fazer as trocas principalmente são mais complexas quando os pais os
Progenitores não vi vivem na mesma zona e se cria aqui desafios acrescidos e portanto existem essencialmente este tipo de desafios emocionais egoísticos que uma família tradicional normalmente não tem e que uma família reconstituída tem e que tem que se planear e antecipar todas estas coisas e muitas vezes
Precisa de um acordo parental com tudo isso muito bem definido bem definido exatamente e e financeiramente quais são assim os principais temas que que marcam com aqui que diferenciam talvez em relação a àquilo que são as famílias tradicionais eh financeiramente existem vários vários desafios eh inclusivamente devo dizer que a questão financeira
Muitas vezes é o que gera discussões tanto no casal como no excal H E esses desafios aqui h partem exatamente por por um lado se t e no fundo filhos em comum ou não não eh como é que vão gerir e como é que vão partilhar estas despesas não é porque
Por exemplo uma madrasta ou um padrasto que não tem filhos Será que o que é que vai partilhar de despesas vai só partilhar as despesas da casa H também inclui despesas dos filhos se ambos tiverem filhos se calhar acabam por ter um orçamento geral para para roupas e alimentação eh e portanto diria
Que há aqui algumas primeiro é é um tema sempre desconfortável falar de de contas de dinheiro não é nunca ninguém gosta ainda por cima quando estão naquela fase super feliz amorosa porque é que vamos falar dinheiro não nós não queremos dinheiro nós estamos bem mas a questão é casais que se
Planeiam em conjunto e e que orientam as questões financeiras em conjunto também prosperam em conjunto e portanto diria que é preciso ter aqui alguma alguns cuidados nomeadamente terem esta conversa perceberem o que é que é para partilhar em termos de despesas e o que é que não
É para partilhar terem isso claro mas depois coisas muito pragmáticas como cada pessoa eh deve por exemplo ter a app do seu banco no telemóvel isso ajuda-nos a ter assim mais debaixo do olho despesas porque algumas até São débitos diretos a pessoa não tá a contar
E convém ter ali tudo à mão depois eh diria que Cada um deve ter a sua conta individual porque continuam a ter muitos deles têm que prestar contas ou partilhar contas com o com o exix relativamente às questões de educação das crianças e tem que partilhar despesas e portanto cada cada cada
Membro casal deve ser deve ter a sua conta mas depois é é é interessante ter uma conta conjunta de preferência sem despesas porque muitas vezes cada um tem o seu ordenado domiciliado nas outras contas e e portanto para não ser aqui um encargo acrescido mas nessa conta de
Alguma forma irem transferindo para lá o dinheiro que acordarem no fundo carregarem a conta onde dessa conta saem as despesas para gerir a casa mas depois também existem outras outras outras ferramentas de preferência uma app um um programa o que quer que sejam onde a pessoa consiga centralizar todas as
Entradas e saídas de dinheiro porque não tem só as despesas com a casa e mas também tem despesas com os filhos e E aí já são contas a a prestar com o seu ejo e até mesmo ter a uma app ou ou algo no no fundo surgir uma app porque é mais
Simples e faz logo o encontro de contas que é por exemplo ah tive uma despesa com esta atividade extracurricular que paguei e coloca lá e aquilo automaticamente faz as contas de quem tem a ver ou a pagar ao outro e faz com que pode ser um Excel básico não é mas a
Aplicação faz é logo as contas não a aplicação é mais fácil porque a pessoa já tem um app uma app e já tá ali no telemóvel mas o que seja o que for o que funcionar para para cada pessoa ah permite fazer isso porque muitas vezes os casais que já se separaram já
Não têm contas em comum então isto permite fazer Essa gestão e mais rigorosa e como é que se faz um como é que se faz e como é que se gera um orçamento eh que implica na verdade partilhas diversas porque na verdade quando há filhos estamos aqui a pensar em famílias
Reconstruídas que com criança à mistura não é que há outro outra parte não é o progenitor do outro lado portanto há aqui um diversas partilhas como é que se Ger um orçamento no meio destas dinâmicas é mais desafiante não é verdade porque num casal tradicional são os dois adultos que tomam decisões
E num casal no fundo Numa família reconstituída não não sugere não se cinge apenas esses dois adultos Ah porque depois há sempre que nos gerirmos com com os eis quem tenha não é h e portanto há aqui várias coisas Eh estamos a falar de questões financeiras
Mas por exemplo até a questão das férias que nós a pessoa tem que planear para marcar e quanto mais rápido decidir melhor porque Poupa Mais dinheiro e tudo mas isso tem que ser coordenado o calendário é precisa ser discutido não é exatamente às vezes até para para simplificar por exemplo pode-se decidir que
Nos anos pares é o pai que tem primasia a decidir e nos anos impares a mãe por exemplo mas isto Claro se há se cada se esta família reconstituída tem no fundo filhos de um lado e Filhos do outro é preciso que tudo encaixe e tudo concilie
H e e há desafios obviamente porque cada um Ou seja é importante que cada um saiba gerir o seu orçamento individualmente e saiba no fundo tenha presente Quais são as responsabilidades de cada um mas que depois também saibam gerir em conjunto e coordenar no fundo toda esta corografia
Hh que é precisa porque não são os únicos a tomar decisões se há coisas que por exemplo da da vida no fundo diária da criança que é o casal eh que está com as crianças decide por outro lado Há outras coisas em que os pais são
Soberanos e são os únicos que decidem e estamos a falar aqui da escola vai frequentar se vai ter que tipo de educação religiosa vai ter ou não vai ter médicos cirurgias e portanto há que também ter muito claro o que é que é a missão no fundo o que é que a madrasta
Pode ever e não pode intervir aí o que é que é responsabilidade tem que ficar bem definidos nãoé sim sim é isso basicamente eh pronto e no fundo a questão financeira É mesmo muito importante para para manter tudo e equilibrado as decisões são mais difíceis neste tipo de famílias ou seja
Tomar uma decisão eh pode ser mais demorada e mais difícil de tomar sim Normalmente sim Digamos que se eu diria que o melhor presente e que pais que se separam podem dar aos seus filhos é um bom divórcio porque também ter pais que discutem sempre é isso pode
Ser traumático para uma criança mas sees perceberem que no fundo já não existe amor mas que existe respeito e que entendem por si divorciarem-se se é o melhor presente que podem dar mantendo uma uma relação respeitosa respeitosa uma no fundo cordialidade manterem a comunicação e terem sempre presentes os interesses da
Criança tudo isso ajuda claro que se não há esse alinhamento e se no fundo o divórcio não não correu tão bem se há por exemplo estilos de parentalidade diferentes H todas essas questões podem e criar mais desconfortos e haver mais conflitos Portanto o que é o que é de esperar é
Que as estes adultos que são os adultos da relação Face às crianças consigam superar aqui algumas questões eh emocionais que possam ter sendo mais Racionais e Tendo sempre em vista o que é que é melhor para as crianças vamos falar aqui também continuar aqui no tema de dinheiro e
Financeira há há há várias questões até que que às vezes nos chegam que estão relacionadas Sobretudo com heranças que cuidados é que as pessoas que faz que reconstituem a rec constróem não é reconstituem reconstrói a sua vida e amorosa e familiar H Que cuidados é que devem ter quando Há questões de heranças
A haver mas isso é outro assunto que ninguém gosta de falar não é mas que é importante não é até porque se for à partida e se ficar parece-me ficar determinada à partida reduzem muitas dores de cabeça posteriores não é sim é reduz dá uma
Sensação de segurança a a ao casal não é e e reduz a Cri iedade em relação aos temas mas lá está é um tema se a pessoa vai falar de heranças ai se pressupõe que alguém morreu e ainda mais quando o casal tá num normalmente no período Inicial e um período feliz é
Anticlimático e até mórbido falar dessas coisas mas se pretende uma relação séria e duradora é bom que essas conversas eh se tenham no início para ver se estão alinhados eh como é que querem gerir essa questão eh e tu tudo isto tem imensas nuances porque podem ter ambos
Filhos a dentro do casal ou fora do casal ou um ter e outro não ter portanto isto tem aqui diversas h h combinações digamos assim cada família deve chegar à solução que lhe fizer mais sentir por exemplo coisas que podem ser tidas em conta para para no fundo decidir como é
Que é a questão das heranças tentativamente espera-se que os adultos no fundo os progenitores e os adultos deste destas famílias tentem fazer uma uma divisão o mais justa possível e e acontecendo isso inclusivamente podem fazê-lo em vida e Salv aguardarem se com usufruto e enqu nadamente em estamos a
Falar em cas Exatamente exatamente por exemplo Ok eu já sei que esta porque às vezes o que acontece é quanto mais património existe mais exões existem e quanto mais dependentes mais e difícil é portanto se por exemplo em vida definirem ok esta casa esta casa vai
Para o a esta casa vai para o b mas mantém usufruto também eh no fundo protegem-se que eh no fundo os os filhos ou enteados vendam a casa e ficam todos protegidos não é Exatamente exatamente e fica tudo definido e conversado em Vida Não Há questões de Ah
Mas o pai a madrasta disseram fizeram acontecer tá tudo Claro mas também existem outros mecanismos por exemplo cada um pode eh fazer um testamento em vida é claro que depois para fazer Testamento existe algumas despesas para fazer ou sempre que haja alterações também mas existe um calgo único onde
Onde é registado e portanto qualquer pessoa não na altura da habilitação de herdeiros pode ir ver se há algum Testamento que tenha sido deixado e portanto depois há há outros casais que se gerem de uma forma diferente Vamos pensar um um casal que tem eh por
Exemplo eh um um já tem um filho e depois tem um filho em comum às vezes há casais que optam mesmo por apesar de viverem juntos não casarem eh não oficializarem uma união de facto e assim no fundo simpli ficarem tornarem mais linear qualquer separação ou ou partilhas que tenha que existir porque
No fundo contas eh património tá tudo separado e não está no noome dos dois agora há tantas nuances falando das crianças dos patrimónios são comuns por exemplo meu pai já faleceu eh e eu como sou filha única eh eu acho que isso facilitou muito e eu no fundo eu e a
Minha madrasta dividimos as coisas pelas duas de uma forma muito pacífica mas eu acredito que por exemplo se o meu pai tivesse outro filho já não seria tão Pacífico seria mais difícil de fazer isto porquê Porque no fundo os modelos tradicionais é OK automaticamente quando
Um falece metade é é para cônjuge e a outra metade dividir pelos filhos aqui no meu caso foi metade metade mas por exemplo quanto mais filhos quer dizer que por exemplo automaticamente uma para exatamente para para a mulher que pode não ser a mãe destas crianças não é e depois a outra
Metade dividid por dois três quatro filhos então na minha opinião isto funciona no modelo tradicional porque aí os pais são ambos pais daquelas crianças a herança no portanto no fim vai vai parar à caser dees não é mas no caso das famílias reconstituídas é possível que coisas que estavam há muito tempo na
Família saiam da família e portanto eu eu sou mais apologista Que nestes casos herdeiros deviam ter partes iguais independentemente se são filhos ou se é mulher claro que todos devem ser salvaguardados H mas diria que em partes iguais portanto aí mais está L está mais uma coisa que se calhar a sociedade
Precisa de de estudar perante estes novos modelos familiares modelos e e ainda sobre dinheiro outras questões que que surgem na sociedade várias vezes tem a ver com H gestão financeira e contributos não é contributos de parte a parte H como é que é possível e o que é que se deve
Fazer para garantir que há uma Justiça financeira naquelas relações neste caso tem mais a ver com divórcios e crianças nãoé Hum como é que como é que se garante isto lá está ha as relações são feitas de pessoas e é mais fácil eh ter estas conversas que parecem um
Bocado chatas ou antic climáticas no início da relação Porque nessa altura em que tá tudo bem É muito mais fácil conversar e definir à partida do que quando as coisas que infelizmente podem dar Pou para o torto Não é como se costuma dizer tradicionalmente E aí é
Muito mais difícil não é eh tanto que às vezes há relações que chegam a a momentos litigiosos portanto embora não seja h a conversa mais e interessante é uma conversa necessária Como já referi ao longo da nossa conversa é importante ter estas conversas e definir para para
Garantir aqui no fundo regras O que é que cada um tem que contribuir como é que é eh como é que vamos dividir para que tudo possa fluir melhor E e trazer paz ao casal e e e no fundo eh clarificar que zonas cinzentas hh portanto claro que depois somos humanos
Temos as nossas emoções mas se foros pragmáticos e fizermos isto no início da relação acho que é também um um uma prova de de confiança e de que estamos a levar isto a sério que estamos a a alinhar noos não é depois ao longo que é mais difícil não é certo a
Patrícia ao longo desta conversa já deixou aqui várias dicas uhum eh e eh e várias coisas que colocam as pessoas a pensar quando estão e nestas situações mas para quem está agora a pensar em reconstituir família hh Quais são os cuidados que a Patrícia
Di dirá que devem ter máximos e e se há sítios onde possam recorrer para algum tipo de apoio uhum portanto para além destas dicas que tenho aqui falado h eu tenho a minha página no Instagram a querida madrasta E aí existem diversos conteúdos por exemplo 10 dicas práticas para madrastas
Ou o papel determinante do pai e Existem muitos mais conteúdos que podem ajudar aqui a a dar mais informação porque na verdade em Portugal não existem H muitos sites ou livros ou Filmes séries o que seja sobre esta temática a oferta é mais Ampla no Brasil também por
Causa da sua dimensão mas lá está aí a cultura e e também as leis são um bocadinho diferentes eh e portanto H foi muito nesse contexto que eu decidi criar a página para prestar este Apoio às às à pessoas porque h no fundo partilhar aqui a minha experiência eh no
Fundo as minhas aprendizagens enquanto enteada de tanto de parte de madrasta como parte de padrasto mas também agora a minha experiência como como madrasta porque no fundo eu eu consigo estar dos dois lados e já estive onde as minhas entiadas é vasta não é exatamente e e mesmo para dar aqui algum sustento
Também à minha à minha experiência eu também estudo bastante sobre parentalidade positiva para no fundo ajudar estas madrastas porque o meu objetivo aqui é que ajudar madrastas a sentirem-se Integradas realizadas e sobretudo felizes neste neste seu papel de de madrastas e portanto inclusivamente h eu disponibilizo a uma consultoria
H temos uma eu tenho uma consultoria inicial em que no fundo é constituída por dois momentos um primeiro momento no fundo uma primeira sessão de 1 hora e meia para no fundo conhecer a realidade o contexto e ter aqui no fundo H conhecimento da situação e até já dar
Algumas dicas práticas e depois um segundo momento e de uma hora em que no fundo vemos quais são os impactos da primeira sessão e e no fundo fazer temos um diagnóstico e propomos aqui soluções personalizadas e para aquele caso depois quem quiser um acompanhamento mais regular temos disponibilizo uma consultoria de continuidade
H e portanto quem quem tiver interesse ou necessidade pode me contactar pela página eh E H tá estava H estava a Patrícia estava aqui a a partilhar que ajuda madrastas os padrastos não pedem ajuda não precisam eh obviamente que também H já aconteceu padrastos falarem na
Página eu achei que é da natureza dos homens serem um bocadinho mais tranquilos e relaxados e até haver aqui mais um sentimento de de Irmandade Mas claro que às vezes não é fácil H ser padrastos eu comecei por dizer que normalmente é mais fácil ser padrasto até o são
Josés mas eh mas também obviamente há desafios e há desafios muito parecidos Às vezes basta por exemplo o pai ter ciúmes eh de um homem que surge na vida da mulher Eh Ou até por exemplo a mulher ter só rapazes e sentirem-se protetores e nós é que somos os homens da nossa mãe
Não queremos não precisamos mais nenhum homem aqui portanto há obviamente desafios desafios também há desafios do outro lado Sem dúvida só que normalmente lá está e existe um estigma maior em relação às madrastas de qualquer forma na na página apesar de ser mais focada nas
Madrastas não é só o foco não é só aí é nas famílias reconstituídas e portanto são todos bem-vindos né Sim inclusivamente esta consultoria pode ser feita em casal e imagino que estas famílias e tenham conflitos ou potenciais conflitos superiores às famílias tradicionais por todas as dinâmicas possíveis imaginárias para a
Resolução D conflitos O que é que podem fazer ou o que é que devem fazer idealmente o casal ou ex-casal eh deve conseguir articular-se entre si para resolverem esses conflitos não é comunicando h de uma forma racional e Tendo sempre em conta o superior interesse das Crianças h e e inclusivamente deve
Existir um documento para regular o poder parental no fundo onde estão todas as regras seja por exemplo H como é que se fazem as trocas como é que é por exemplo a questão das férias por exemplo podem até ter definido que nos os anos pares é o pai que decide primeiro e nos
Anos impares é a mãe por exemplo portanto aí no fundo é é é o documento pelo qual se devem reger mas por vezes eh mas tá somos humanos e nem sempre eh é possível ter um um bom divórcio que é no fundo aquilo que eu digo que é dos
Melhores presentes que se podem dar aos filhos quando os pais se separam Hum E nesse caso e precisamos aqui é precisa a ajuda de advogados eh para para no fundo ajudar aqui a mediar e a chegarem aqui a um consenso eh se ainda assim com a
Ajuda de advogados das duas partes a não chegarem a consenso e tivermos aqui um divórcio litigioso H assim será e obviamente que que ela está preparada para isso mas mas eu gostava de fazer aqui uma ressalva que é H os casais que já têm filhos com 12 anos a partir dos
12 anos essas crianças já são ouvidas em Tribunal quer os pais queiram quer não não não queiram e nesse sentido importa os pais pensarem Se vale mesmo a pena sujeitarem os filhos a esta situação e de qualquer forma ó está a justiça também tem técnicos preparados para ajudar a lidar com as crianças
Mas é é um é algo que que digo para as pessoas pensarem Hum e depois obviamente que podem podem fazer e terapia para melhorarem comunicação em casal em conjunto isso também são coisas que ajudam no fundo passar o próprio tempo em que as coisas o tempo ajuda a sarar como se costuma dizer
H portanto existem estes mecanismos de qualquer forma h eu se possível eu apelo a que e estes casais ex casais no fundo pai mãe padrao madrasta consigam conviver de uma forma natural e quando eu digo isto aqui não não é tenham que ser amigos ou melhores amigos mas que
Consigam conviver e de forma pacífica para que possam estar todos presentes uma vez que são adultos de referência possam estar too presentes h no nas nos momentos mais importantes das crianças eh e sem que as crianças sintam esse desconforto ou tenham que optar entre estar uma ou outra pessoa e possam estar
Todos eh portanto é é algo que que acho muito importante o superior interesse das Crianças Patrícia estamos mesmo no fim e não posso deixar de de de lançar esta questão no final de contas o foco verdadeiro deve ser sempre o superior interesse das crianças como a Patrícia partilhou aqui várias vezes sim
Exatamente e e para elas também estarem bem hh eu sou muito apista da frase pais felizes fazem crianças felizes portanto se houver este equilíbrio seja numa família tradicional ou numa família reconstituída eh é possível estarmos todos em maior Harmonia muito bem obrigada Patrícia por ter aceitado o nosso convite e vindo partilhar estas
Dicas e sugestões Este foi no final de contas com Patrícia Castilho autora da página querida madrasta que deixou aqui várias sugestões de como tornar esta realidade de reconstrução familiar um pouco mais leve podem segui-la no Instagram quanto a nós também nos pode acompanhar em Dr Finanças PPT e nas habituais redes sociais