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A caminho dos 50 anos do 25 de abril recordamos um Portugal sem liberdade e refletimos sobre um Portugal futuro não podias com Raquel Mourão Lopes e Francisco Sena Santos não podias adoecer no Portugal de 1970 55 de cada 1000 nascidos vivos não chegava a um ano de vida em 1974 a
Mortalidade materna em Portugal era o dobro da de França o número de mortes por doenças infecciosas era 30% superior ao de Itália no país Rural pouco mais havia que as casas do Povo os cuidados de saúde eram incipientes o serviço Nacional de saúde foi oficialmente implantado em Portugal em
1979 não podias adoecer é o tema do nosso programa de hoje eu sou a Raquel Morão Lopes comigo tem como sempre o Francisco Sena Santos Olá Francisco e hoje Constantino saclari é professor catedrático jubilado da escola nacional de saúde pública da Universidade nova de Lisboa licenciado em medicina doutorado
Em epidemiologia e Saúde Pública foi médico Rural e delegado de saúde em Moçambique diretor de um centro de saúde em Lisboa presidente da RS de Lisboa e Val do Tejo diretor-geral de saúde entre outras distinções recebeu a medalha de ouro de serviços distintos em 2006 pelo Ministério da Saúde e o prémio Nacional
De saúde em 2019 tem um currículo muito mais extenso do que este Mas enfim vai noos perdoar por termos reduzido aos mínimos nasceu 33 anos antes do 25 de Abril bem-vindo Professor obrigada por estar connosco muito obrigado pelo convite e temos também a Tânia que é psicóloga Clínica e sexóloga e tem uma
Extensa comunidade no Instagram é uma promotora da literacia em Saúde Mental e sexual é assina uma coluna mensal no jornal público e é coautora e co apresentadora com a nossa magnífica Ana Marco do programa voz de cama sobejamente conhecida do os ouvintes da antena 3 Olá Tânia Olá muito obrigada pelo convite
Também estão apresentados os nossos convidados Francisco Professor saites os dados sobre a saúde em Portugal antes do 25 de Abril São são estremecedor no entanto naqueles meses imediatamente antes curiosamente os pais de dois depois presidentes da república contribuíram para melhorar um pouco o estado das coisas é verdade é verdade
Aliás foram eh três pessoas notáveis primeir Bal Baltasar de Sousa pai de Marcel ril Sousa P Marcela da saúde que era minist da saúde e depois o professoral de Sampaio pai de Jorge Sampaio Jorge Sampaio e que que era foi diretor-geral de saúde e entre os dois entre o ministro e
Diretor-geral de saúde estava o Professor Francisco Gonçalves Ferreira que foi secretário de estado que não teve filhos porque se tiver filhos Possivelmente serias muito ser presidente não é Presidente da República sim porque é que eles foram tão relevantes bom eh eram TR personalid personad muito interessantes eu conheci
Os três não é e uns mais que outros não é e o o o o Dr eh Rabel Baltasar Rebel Baltasar Belo de Sousa era o que se pode chamar uma política afável não é tinha boas relações com as pessoas não é conseguia eh mobilizar pessoas com valor
Não é reconhecia o valor e é uma pessoa tinha a capacidade mesmo que não eram muito simpatizantes do regime de fazer com que eles eh entrassem para o sistema não é que era um desafio conseguir que pessoas que não eram simp o regime eh Passarem a ter algum poder não eh e prto
Assim convidou o o professor Gonçalves Ferreira não é que era um um estudioso austero não era uma pessoa muito muito muito austera muito trabalhadora muito rigorosa não é eh que e o ajudou muito enfim a conceitualizar um um novo sistema centrado em Centro de Saúde o professor Renaldo sampai que era uma
Pessoa encantadora e cm bolita era um empreendedor era uma era uma pessoa capaz de eh fazer coisas acontecer e que contributo em concreto é que este Trio deu para a melhoria dos dos cuidados de saúde em Portugal ainda antes do 25 Abril a maior contribuição Foi criar
Saúde o Centro de Saúde é ainda hoje um conceito fundamental porque não quer não quer dizer uma casa cheia de gente quer dizer é uma organização capaz de gerir e fazer convergir os recursos da Saúde de uma comunidade sentido ajudar as pessoas não é e uma de proximidade portanto
Exatamente é fundamental e eles tinham fortemente essa essa conceção antes dos centros da Saúde de saúde como era casa do Povo havi uma diversidade de soluções não é eh em relação à saúde havia o Instituto Materno Infantil não é que se preocupava fundamente com a saúde das
Crianças que fazia parte da das direção Geral de saúde e para a prestação habitual de cuidado de saúde a nível de proximidade digamos assim havia os expostos serviços médico sociais que era o sistema da Previdência não é e depois havia naturalmente a R das misericórdias não é eh mais dedicada a a serviço
Hospitalares n em várias zonas do país portanto havia uma diversidade grande mas mas idos nós tínhamos aqui uma curiosidade que se calhar já não lhe é completamente nova Mas enfim vou dar-lhe voz que é alguém ficava doente numa aldeia no interior do país e com a falta
De recursos que havia como é que se tratava essa pessoa como é que que expectativa é que essa pessoa podia ter de Se Curar em termos práticos como é que era sim mas em todos os países subdesenvolvidos nessa altur e hoje o problema põe-se da mesma forma não é não
Há recursos especializados aa Qual é o primeiro recurso são as pessoas com experiência da família ou dos vizinhos são as curiosas eh as parteiras não formais não é que ajudava a resolver os problemas por terem mais conhecimento terem mais experiência serem mais inteligentes serem mais ladinas não é ajudavam
Ajudavam pessoas problemas não é e depois havia não é um pouco mais longe eventualmente um médico não era preciso lá chegar era preciso lá chegar a tempo e eu conheci não da minha mas direção enfim anterior à minha os médicos faziam esse a cavalo não é porque era a única
Forma de chegar a Doente quando chegassem a tempo não é portanto havia uma questão de falta de recursos havia uma questão de distância havia uma questão de falta de conhecimento havia uma questão de baixíssima literacia e havia também uma fatalidade não é associada a esse enormes obstáculos que fazia com pessoas
Aceitassem esse destino com relativa com relativa não diria paciência mas com relativa eh bonomia seria com com com falta de sentir de revolta com sentido que a vida era assim não é E isso ainda hoje passa em grande parte do mundo é p não esquecer isso falou-nos de parteiras não formais como
A nascer nos anos 70 ou e antes dos anos 70 pois enfim é se não esquecer que que cerca de 60% das crianças que nasceram no ano 1970 e um pouco menos nasceu em casa não é 60% e nasceu em casa mas não é não é
Casa igual à sua hoje igual à minha igual à sua não é era a casa de Portugal de 1970 para mhar parte das populações não é que eram casas com mais condições sanitárias sem aquecimento quer dizer sem conforto eh sem às vezes higiene necessária para que que a casa fosse um
Ambiente próprio para para o ato de nascimento e e portanto eh mas era o que havia não é e isto colocava Portugal como o pior país e em mortalidade infantil na Europa Sim era um dos piores era era era era de facto era era um dos piores porque era também dos menos
Envolvidos não é há um milagre que a grande transformação em Portugal hoje eh a descida é é extraordinária a descida da mortalidade infantil e e eh foi foi foi foi um acontecimento extraordinário quer dizer deveu-se em parte ramente económico tem tem sempre um pel nisso mas viu-se também a
A há um fator curioso não é que na altura não é e um conjunto de pediatras obstreta muito conhecidos não é eh eh juntou-se eh e de alguma forma pressionou os o poder político e já já é Depois do 2 de Abril a sermos mais rápido na reses
Problemas quer dizer a tratarmos o problema de do Nascimento e sência das crianças como problema Nacional de primeira prioridade não é e e os pediatras obstetras ao Contrário de outras pessoas tem algum poder não é porque toda a gente nasce de um Pediatra em obstetra não é portanto chegam
Facilmente ao poder político não é e o que é que eles fizeram eles insistiram que não podia ser como como de costume não é e e e e esta esta conversa que habitualmente se tem na política geral que vamos continuar a fazer o que fazemos eh às vezes é p se contar ela
Hum eles contar elam criando as chamadas unidades funcionais locais portanto criaram dispositivo local que juntou o Centro de Saúde com os hospitais não é no sentido de não permitir quer dizer que no sentido de equipara em primeiro lugar o Centro de Saúde e hospitais com aquilo que é necessário para para
Conseguir domin moralidade quer no primo mes de vida tem certas causas quer nos nos 11 meses restantes que T causas diferentes mais na Tera económica estas e portanto fizeram um trabalho concertado não aconteceu pelo simples desenvolvimento do país ou pelo simples desenvolvimento Nacional de saúde ou uma estratégia e houve líderes capazes est
De pressionar os poderes políticos Para que alguma coisa diferente acontecesse e acontecer de forma dramática mencionou há pouco que em 70 a mortal infantil andava À Volta do 55 do 55 por por 1000 Nascimentos vivos ora em 97 era 5,8 5,8 era 5,8 era portanto 10
Vezes menor não é e foi não é e há pouco dizia que erramos pior um dos piores países da Europa em 970 pois não houve nenhum país europeu consegi período de tempo esta administação moral infantil uhum vamos aqui dar um extraordinária vamos aqui dar um salto quântico para
Podermos ouvir a Tânia GR já vamos regressar às suas histórias Professor saclari porque tu Tânia eh e e enfim esta tua última crónica do público falava especificamente sobre a questão do aborto Mas tu és uma pessoa particularmente atenta e que trabalhas eh sobre as questões do planeamento familiar e da Saúde sexual já
Percorremos um longo caminho em relação a este quadro que que o professor saclar Aqui está a descrever sim mas eu eu estava aqui numa dose igual de Fascínio e arrepiada com esta com esta realidade que eu ouvi também histórias muito semelhantes dos meus pais por exemplo
Das porque eu sou de uma de uma cidade pequena não sou de Lisboa então que é que é qual loué no Algarve exatamente H sim efetivamente os espos que demos foram foram gigantes não é atualmente existe no CNS plenamento familiar claro que com todas as falhas que possam
Existir mas ele existe existe um atendimento que em que é feito despiste de de por exemplo de problemas como o HPV cancro do col do utro em que há distribuição de preservativos de pílulas contraceptivas portanto H uma série de coisas que acredito eu que não haveria
Eh nesta altura eh e sem dúv em relação ao aborto também o avança gigante porque no pré-2 de Abril havia pen de prisão de 2 a 8 anos e eh estima-se que havia cerca de 100.000 pelo menos os dados que eu que eu que eu tive acesso cerca de
100.000 abortos por ano e tudo isto acontecia claro também em caso algumas partes que aqui o professor escrevia portanto e as mortes maternas não é as mores a mortalidade materna por abortos afeitos em casa era gigante e atualment em casa se calhar num cículo ainda P examente exatamente atualmente temos há
17 anos fez dia 11 de feveriro 17 anos do referendo em que ganhou sim h e ainda assim há aqui uma série de de pois Porque estás a nomear várias coisas boas que aconteceram mas eu estou aí a pressentir a existência de um mas Ah claro sempre há há vários na verdade mas
Mesmo espec há vários porque h eu sinto que por exemplo e o planeamento familiar eh precisa daquilo que eu daquilo que eu conheço e atenção que eu não trabalho no SNS mas daquilo que eu conheço precisa de uma atualização também para as realidades da atualidade porque muitas
Vezes eh aquilo aquilo que com que os médicos e as médicas são confrontadas atualmente não eram se calhar há 50 anos atrás por exemplo se aparece uma mulher que é uma mulher lésbica vamos dizer a realidade desta mulher em termos de contrao é diferente ela na verdade não precisará
De contraceção mas se calhar precisará de informação sobre como se proteger de uma IST por exemplo ou se tivermos uma pessoa trans outras questões ainda levantam tudo isto para tudo isto é preciso uma atualização de conhecimentos e até de valores e de ideologias que estão ainda às vezes muito lá atrás até
Antes do do do 25 de Abril em relação ao abordo especificamente Porque apesar de is são Dados que a dgs a apf comunicou mas são dados da dgs dos 40 centros em que se pode centros locais em que se pode fazer uma interrupção voluntária da gravidez na prática só 29 o estão a
Fazer por exemplo nos Açores não é possível as mulheres que quiserem fazer um aborto têm de isto pelas questões de de objeção cons exatamente o que acontece acontece que mais uma vez e fica com há privilégio económico novamente porque a mulher que tem de vir ao continente não é Portugal Continental
Fazer o a sua interrupção voluntária de gravidez só poderá faz ele também se tiver os meios para isso e sim senhor que o governo dos Açores tem apoios para as viagens de uma forma geral não só para para estes casos mas há aqui limitações que se mantêm e que não podem
Não podem acontecer porque é um serviço é é é um é um serviço que está consagrado na lei e ao qual qualquer mulher deverá ter acesso no seu e serviço Nacional de saúde porque é isso que está designado o professor S sabe de histórias de casos de bebés que foram
Abandonados Hum ainda em vida ou seja que foram deixados no caixão ainda em vida não é o caso serem abandonados quer dizer é o caso de uma realidade cultural que se nutre de uma experiência muito concreta de quando uma criança tem uma infecção respiratória grave ou tem
Uma diarreia que não tem solução vai morrer não é porque não porque não tem ass cência médica portanto não há ninguém que consiga injetar um líquido quer dizer Ponha o líquido Cor na veia não é fazer qualquer coisa que permita recuperar não é e e e portanto e
Eh não se consegue viver não é sem encontrar uma solução cultural para este fenómeno para esta perda e portanto isto contou uma enfermeira experiente nos aores que parte de um grupo de enfermeiras que foram de Portugal para os Açores continente para diminuir a moral infantil nos Açores que nessa
Altura era de facto muito elevada e contava essa história não é ela foi visitar uma aldeia remota e quando chegou lá eh entrou numa pequena Capela onde estava um pequeno caixão eh a família e os amigos À Volta do caixão e dentro do caixão uma criança moribunda
Viva ainda eh e que era eh considerada como um anjo não é eh era um anjo que não é um anjo que não tem nenhum pecado não fez mal a ninguém mas ninguém consegue salvar uhum e portanto vai daqui para o céu e estamos aqui à espera de
Acompanhá-lo neste momento era a única solução racional racional quer dizer a única Sera possível não é de criar uma solução eh que eh chamasse aquela criança que ia morrer sem escapatória não é porque não tinha nenhum apoio para salvar vara com uma criança que vai para
O céu e como um anjo que é uma coisa boa para o céu como anjo não é e contava esta enfermeira que ela chegou ficou ficou eada Claro chocada ficou chocada com aquela com aquela espetáculo que não conhecia que não fazia paraa cultura sua experiência conseguiu pegar naquela
Criança chegar ao Hospital pôr pô por líquido nas veias não é e e salvar a criança e depois acresc estava com uma certa com uma certa graça e e e agora trabalha como mecânico ali na na garagem enfim ali um pouco mais axo e isto em
Portugal do Século XX e portanto Isto é Portugal do século XX Portugal pobre desenvolvido e após disso há há três coisas a proposta 25 de Abril que as pessoas eh e não percebem muito bem não é e e convinha e convinha se se me permitem dizê-las rapidamente vamos a isso a primeira mais
Curiosa a importância das liberdades principalmente a liberdade de expressão não é eh a liberdade de expressão faz bem a saúde em todos os aspectos não é o que está a ver eu posso contar a minha história a outra pessoa com confiança sem censura sem esperar para o lado que era o que
Acontecia quando eu tinha 30 anos não é e portanto ao contar a minha história e a contá-la com pessoas que ouvem eu sinto melhor e aprendo melhor so sobre mim próprio não é eh tenho conhecimento cada vez que que conto a minha história e aprendo melhor e sou capaz de
Comportar uma forma mais razoável por fazer isso mas faço outra coisa quero relações crio relações de confiança cri relações de cooperação e sem relações de confiança sem relações de cooperação sem ter eh um um sentimento deo pelo trabalho dos outros não conseguimos construir Nada não era possível construir um
Serviço Nacional de saúde que colaboração participação comunicação capa fazer cois em conjunto sem esta liberdade de expressão que moda a vida de uma forma diferente e pant Isso foi para a saúde para individual e para coletiva segundo aspecto era o seguinte nós tínhamos antes 25 de Abril um um um sistema que
Podia chamar-se assencial não é Ou seja não é conseguimos sempre que possível levar às pessoas algum apoio não é de uma forma voluntária não é eh mais estar com o sistema de previdência não é enfim mais oficializado Eh mas que era um sistema altamente insuficiente e não só era é suficiente
Havia esta atitude assistencialista vamos dar os coitados que não podem é uma coisa que fazemos a seu favor 33 previa exatamente os cuidados de saúde aos pobres especificamente exatamente nós ajudamos não há direito ajudamos eidade não e conseguimos dar um salto para um mundo completamente diferente que é um contato social
Solidário Ou seja que nós como sociedade Acordamos o seguinte cada um contribui da acordo com o seu rendimento enquanto pode e Cada um recebe acordo com necessidade quant precisa não é esta é a base do financiamento do serviço Nacional de saúde não é nada gratuito ao contrário que dizem as pessoas ficam
Enfim a dizer que as coisas não há nada gratuito cada um contribui de acordo com os seus rendimentos não é quando pode para que que possa receber quando precisa de acordo com as suas necessidades e o terceiro elemento que que decorre desta forma financiamento é a criação de um mecanismo de uma
Estrutura capaz de levar à prática esta prão do cuidado de saúde mas levá-la à prática como como Alguém chamou o servía Nacional de saúde e e este foi um autor inglês de uma forma que acho que que que é magnífica que oo Nacional de saúde dizele que a extensão da nossa cidadania
Uhum eh quando genuinamente estamos preocupados uns pelos outros Uhum Então é uma coisa que está centro do sistema não é única não é exclusiva mas é Nossa nós podemos influenciá-la através da do nossos eleitos da nossa pressão pública da nossa comunicação n nas pessoas e que portanto regula o conjunto do sistema
Dá-nos confiança que há um mecanismo que nos protege e que nos permite de facto ter o cuidado de saúde quando precisamos são as três elementos fundamentalmente a expressão livre não é as liberdades o contato social que permite eh financiar noos de uma forma solidária e um instrumento fundamental chamar serviço
Nacional de saúde que é um um um mecanismo conjunto que é a nossa probidade é de todos nós que nós podemos controlar e Influenciar e que bem feito regul o conjunto do sistema de saúde uma questão que depois segue para paraia a saúde mental O que é a saúde mental em
Portugal estou muito curiosa para ouvir esta resposta naquele tempo imediamente vaios a seguir o que como era havia os hospitais psiquiátricos Miguel Bombarda bom quer dizer e como sabem a mental a saúde mental é muito sujeita a certos estereótipos não é e eh na minha juventude eh saúde mental éa
Sinónimo não estar bem da cabeça não é não est B da cabeça exatamente não e portanto Ninguém queria falar em Saúde Mental não é e e os tinham uma uma afeção psicótica fnia eh qualquer outra eram ostracizados eram escondidas eram fechados não é eu tinha um amigo quer
Dizer que trabalhou comigo nacial mundal saúde chamado sampai Faria que que era psiquiatra e quando estava na H visitava os países eh e quando chegava a um governo dizia assim o ministro Eu gosto muito de conversar consigo mas olhe só tenho confiança naquilo acontece se dormir uma
Noite no Hospital Psiquiátrico não é ele fazia A questão não dormir no hotel mas dormir no Hospital Psiquiátrico e andar para noite a ver o que acontecia não é e deve ter feito descobertas fascinantes não é exatamente em países não é do leste europeu Nessa altura que eram
Impresses dessa matéria bom eh e portanto não é o primeiro movimento interessante que assistimos foi não é tirar as pessoas deste Armazém institucional que eram hospitar psiquiátricos na altura desses depósitos não é exatamente tirá-los pô-los junto as pessoas que podiam ajudar podiam acompanhá-los que podiam compreendê-los que podiam perceber que era uma
Deficiência de comportamento Em certas em certas circunstâncias era uma deficiência de capacidade de fazer coisas mas eram pessoas sentiam compreendiam podiam ajudar não é e esse movimento ainda em curso pois ainda curso aema gurs que tem em pares dos países desenvolvimentos interessantes noutros nem tanto não é foi fundamental para que
Não uma psiquiatria escondida mas uma saúde mental que diz respeito a todos a Tânia está ali A concordar Doutora Tânia graça psicóloga Clínica deixa-me adivinhar percorremos um longo caminho mas mas muitos mas H sim é muito interessante ouvir Esta esta esta perspectiva atualmente continuamos aqui com acho que o estigma está de facto
Cada vez mais a ser desconstruído nunca falamos tanto de saúde mental como agora Penso pelo menos desde que eu sou nascida nunca ouvi tanto falar Eh eu na verdade até vou aqui conversar eu só descobri o que era a psicologia na escola secundária quando tive uma disciplina de Psicologia portanto até
Então eu nunca tinha ouvido falar sobre isso portanto e e tenho 32 anos portanto não é como se este tema fosse muito antigo nas bocas do mundo pelo contrário muito eh muito aqui à porta fechada o que que continua aqui muito em falta eh psicólogos no SNS muitos mesmo aliás dos
26.000 inscritos na ordem dos psicólogos eh dos últimos dados que eu conheço apenas 1000 estão aqui alocar ao SNS portanto ficam muitas pessoas para muitos poucos psicólogos não é porque atualmente já se sabe que saúde mental não é só a ausência de Patologia psicológica Ou seja já não falamos só de
Esquizofrenias e de aqui de psicopatologias mais vou dizer mais fortes mais intensas Falamos também de ansiedade de depressão de e de bem-estar porque Saúde Mental é muito sobre isto sobre termos bem-estar e sobre ter competências para conseguir competências e e e ferramentas para para agir sobre a
Nossa vida eh com bem-estar não é e portanto para isto acontec ser é preciso haver mais psicólogos no SNS Porque continua a ser um serviço que existe no privado Sem dúvida mas ao qual Nem todas as pessoas têm acesso e isto não pode acontecer continua a haver esse fator
Económico de que falavas há pouco sem dúvida e por isso e eu sendo uma acérrima defensora do SNS aliás fui estive numa das últimas manifestações penso que foi em maio junho eu ia em cima eu era a pessoa que ia no microfone portanto eu sou super super super
Defensora do SNS mas não posso deixar de dizer que a área na qual eu trabalho e e as minhas colegas eh e e os meus colegas de profissão continuam aqui muito apagados o que o problema nem é tanto para nós é para todas as pessoas que
Ficam sem acesso a este serviço que é tão essencial como os tratamentos de saúde física e por isso isto está aqui ainda muito é uma luta que continuamos também bem Vamos então fazer aqui uma pequena pausa para conhecer a terceira convidada do nosso programa Ora bem vamos conhecer a associação nuvem
Vitória pela qual vem falar-nos a Fernanda Freitas que nasceu do anos antes do 25 de Abril Olá Fernanda Olá Raquel Olá Francisco como é que surgiu esta ideia para a associação nuvem Vitória a nuvem Vitória nasche de uma história que se podia começar Era Uma Vez exatamente a história começa assim
Era uma vez uma menina e uma série de amigos que faziam voluntariado em ambiente Pediátrico durante o dia e de repente ficaram sem projeto e então juntaram-se era Era exatamente na Fundação do Gil e juntaram-se e Passados muitos muitos anos juntaram-se e com o apoio da do Hospital de Santa Maria da
Administração do Hospital de Santa Maria criar um projeto piloto chamado nuvem Vitória piloto porque achávamos que era uma boa ideia mas podia não correr muito bem o que é certo é que nos deixaram fazer este projeto Piloto para testar esta Nossa grande ideia é uma ideia inovadora Francisco nós somos
Basicamente os únicos no mundo que todas as noites de segunda a sexta-feira vamos contar histórias de embalar às crianças que estão internadas nas pediatri em Portugal e que crianças são estas são pacientes normais quer dizer são crianças que estão doentes e estão internadas e portanto pode ser filho de
Uns amigos nossos pode ser uma criança que foi devido ao sistema retirada à suas famílias exatamente mas são crianças que estão internadas A novem Vitória tem 800 e tal contadores de histórias é tem mais e atualmente já temos quase 950 e se viéssemos aqui falar em vez de hoje Que pessoas são
Essas olha são todo o tipo de pessoas vocês Se tiverem três a quatro noites Livres por mês podem ser nuvens contadores Fas vozes gostam de contar histórias que trabalham na rádio e e temos todo todo o perfil de pessoas a única coisa que exigimos é ter mais de
21 anos entregaremos o registro criminal assinarem um contrato connosco depois recebem o seu eh o seu seguro para trabalhar H juízes que há juízes há polícias Há muitos professores dos 20 aos 80 dos 20 aos 80 e muitos eu estava aqui a tentar fazer as contas é até aos
84 anos e como é que os os Miúdos vamos chamar os Miúdos os mios adoram os mios tudo os cuidadores não há rejeições às vezes há há miudos que por exemplo estão desconfortáveis porque é a primeira noite no hospital estão com medo na segunda noite já nos querem eh Há Miúdos
Que correm para a cama assim que vem a nuvem Vitória a chegar eu chamo nuvem aos nossos voluntários não é portanto a todos os 850 que obviamente não vão todas as noites sempre mas eu diria que por exemplo no Santa Maria uma equipa de seis a 10 pessoas todas as noites e
Quando as crianças vem começam a correr para a cama Como é eh As crianças estão numa enfermaria os mos estão numa enfermaria e entram equipa entre uma pessoa com Não nós vamos sempre em dupla Nós também testamos isso no nosso projeto piloto Quando ia só uma pessoa as famílias desconfiavam um bocadinho
Assim somos questões gner um homem e uma mulher ou pode ser um homem e uma mulher normalmente duas mulheres Estamos muito mais voluntárias do uma coisa que se pode fazer depois do 24 do 25 de Abril muito à vontade é ser voluntário e h nós eh juntamos estas estas equipas portanto
Cada hospital tem o seu núcleo de nuvens uma média entre eh 50 que é os núcleos mais pequeninos são onde há pediatras mais pequeninas por exemplo Leiria Vila Franca de xira tem hospitais mais pequenos com pediatras mais pequenas o de Santa Maria e o do porto do São João
Tem equipas quase com 300 pessoas e portanto estamos a falar de uma dinâmica completamente diferenciada a única coisa que é igual é entram às 8 vestem a t-shirt escolhem os livros falam com a enfermagem uma t-shirt azul com tshirt azul com uma nuvenzinha e contamos a história às crianças Aos aos cuidadores
Eada p Pensa a história que quer sim eh a parte principal é nós temos de ser muito felizes a fazer este voluntariado portanto cada voluntário Escolhe os seus livros temos obviamente uma uma formação que é obrigatória ninguém entra na nuvem sem fazer esta formação onde aprende
Isto tudo como é que se contam histórias como é que cobramos o gel imagina que tens aqui à frente de uma criança que a quem vais contar a história que história que lhe contava que idade é que a criança tem se anos se anos ligo-lhe uma história que eu escrevi que se chama
Porque é que os gatos não dormem e que tem os truques todos para os os Miúdos e os neste cas os gatos aderem não os gatos não dormem porque dão as desculpas que os Miúdos dão é eu tenho de ver mais isto eu tenho que falar com aquilo eu
Tenho tenho que ser tenho fome a cama não é boa tenho medo do escuro portanto os gatos são as crianças não é portanto seria uma história Vitória ganhou recebeu o prémio do cidadão europeu atribuído pelo Parlamento europeu que bela distinção é foi muito bom porque é um prémio de cidadania reconhece um
Projeto por país e portanto no final do ano de 23 recebemos este prémio a reconhecer o nosso trabalho e e foi também um bom alento também para os nossos voluntários porque estivemos dois anos parados durante a época de covid não podemos ir não podemos exato não podiam não podíamos ir aos hospitais mas
A e foi a ditadura do vírus mais forte não é do covid e e agora que estamos a regressar pouco a pouco eh já temos mais hospitais interessados em em ter a nova em Vitória e para além dos nove hospitais onde estamos vamos começar em mais pelo menos mais quatro este ano
Esse reconhecimento trouxe-nos assim um bocadinho Joãozinho não é o Joãozinho já estamos vamos começar em Vila Nova de Gaia que ainda não ainda não estávamos estamos em Braga em Setúbal vilafranca de xira Leiria Lisboa Almada Cascais alcoitão e vamos abrir mais dois em Lisboa e mais dois fora da capital muito
Bem Obrigada Fernanda por teres vindo contar a história acaba história ex força para Vitória conhecido o trabalho da associação nuvem Vitória Vamos retomar aqui a conversa com os nossos dois convidados Constantino Saes e Tânia graça a quem pergunto Tânia temos falado aqui de vários temas que fazem parte da
Tua especialidade Mas deixamos ainda de Fora o aquele pelo qual Talvez tu Tenhas mais notoriedade que é a tua ligação à à à sexologia e à saúde sexual dos portugueses Qual é o diagnóstico Doutora Tânia Olha o diagnóstico também eh e assim em linha com a questão da Saúde
Mental eu diria que a Sexualidade também continua a ser aqui eh uma lacuna de facto existe aqui apoio ao nível do do planeamento familiar mas por exemplo se fos para falar de disfunções sexuais isto já é uma coisa que que afeta porque saúde eu digo isto muitas vezes saúde
Sexual é saúde e mais uma vez não é só ausência de doença não é se existe uma disfunção sexual H um vaginismo um uma uma relação precoce aquilo que seja isto afeta a saúde da pessoa como um todo a saúde mental a qualidade da sua relação
Também e isto por exemplo eh ter uma sexó um sexólogo no SNS atualmente é assim uma uma dificuldade muito grande eu diria que se calhar até maior do que a nível do dos psicólogos portanto é uma lacuna Sem dúvida tem que ser tem que ser visto no no ao nível do planeamento
Familiar acho que precisa dos ajustes que falava a pouco também ou seja aqui uma atualização da abordagem às pessoas Exatamente porque porque tem tem de ser e retirarmos aqui eh a camada de Tabu e de julgamento e de pecado que eu acho que ainda vem do Deus Pátria família
Precisamente eh por exemplo no aqui em relação às mulheres em particular também é o grupo em que eu me foco muito eh no pr25 de Abril a mulher não poderia usar por exemplo o médico contraceptivo se fosse contra a vontade do seu marido podendo ele enfocar isso para pedir o
Divórcio por exemplo ou seja isto é uma coisa que não éramos de facto Donas do nosso do nosso corpo eh da nossa dos nossos não tinhamos direitos reprodutivos ou seja se eu não quisesse engravidar isso não era um direito meu essa decisão não é assim como o aborto
Também portanto Sem dúvida que foi feita uma um caminho grande e a evolução é notória mas continuamos aqui com coisas por por resolver Professor começamos por e por notar que o serviço Nacional de saúde começou a ser gerado ainda antes do 25 de Abril aquela equipa de aquele
Trio de de de pessoas muito envolvidas há riscos de o serviço Nacional de saúde andar para trás Claro que sim e h e sempre pode acontecer eh mas repar e deixa dizer duas coisas fundamental realmente quer dizer a primeira é que e o serviço Nacional de saúde e n
Circunstâncias adversas não é e só conseguiu de facto desenvolver-se porque correspondia a aspiração da nossa população ele nasce no final éc exatamente em que acaba os 30 anos de crescimento económico de pós-guerra é da crise do petróleo ento do preço que que alterou profundamente as economias mundiais quer dizer e eh racionamento em
Portugal e levou a movimentos quer dizer contra o estado social e contra o papel do estado quer dizer enfim na saúde por exemplo portanto primeiro aspecto adverso segundo aspecto adverso não é enorme fragilidade económica não é e eh parte da Saúde era alimentada através da Segurança Social da Previdência eh
Esse orçamento ficou na Previdência não foi para a saúde portanto começamos logo com um défice financeiro logo à nascena não é que teve enormes repulsões ao longo dos anos porque nunca foi estabilizado di amos sempre em défice nãoé terceiro aspecto quer dizer e desinteressante nessa matéria não é
Oposição do ordem dos médicos não é foi Clara foi foi forte foi Clara forte não é e a hora dos micos na altura liderada pel do Gentil Martins pensava que o que o país precisava era financiar os médicos para trabalhar onde estavão não é não fazê-los Funcionários Públicos
Serviço Nacional de saúde uhum essa essa era a filosofia e isso era era um uma um obstáculo grande não é porque não há serviço Nacional de saúde sem médicos não é que que sejam satisfeitos e e e s realizados em lá temos hoje esse problema exatamente não é e o o quarto
Aspecto não há não houve consenso político não é e e portanto oo Nacional votado pela esquerda contra à direita não é isso aconteceu em Espanha conteceu na Grécia não é e portanto e tá a ver falta consenso político quer dizer opição de ordems médicos sem dinheiro na pior época possível em termos
Financeiros que H Coincidências não é professor Só há uma coisa que tinha que acontecer correspondia a uma necessidade tão cada das pessoas é que podia sobreviver a isto e claro a teimosia Dr António ar ele não gostava que que nós chamasse teimosia ele gostava que disos que era convicção mas era temia da
Convicção não é mas e alguns destes riscos que enunciou agora na origem do SNS são riscos que se mantém ou que enfim que estão e novamente vivos sim agora acumulam-se outros não é eh rapidamente o primeiro o envelhecimento não é o envelhecimento é lembra-se em 1970 10% da população portuguesa tinha
Mais de 65 anos agora são 23% não é e somos segundo parece o terceiro país mais envelhecido da União Europeia estamos entre entre entre os quatro mais envelhecidos do mundo não é eh ora isso quer dizer o qu quer dizer o quê quer dizer que exa uma grande população que
Tem múltiplas patologias de evolução prolongada que per a utilização frequente de serviço de saúde não é eh que eh tem com frequência problema saúde mental que eh é frágil muitas vezes dependente e portanto precisa tanto de serviço de saúde como de apoio social não é e o
Nosso serviço na social não nasceu com esse ADN o nosso serviço Nacional de saúde nasceu para proporcionar aos portugueses uma cobertura em Cuidado de Saúde ao longo do país e para atacar o grave problema da saúde da mulher e da criança não é eh e e portanto 50 anos
Depois está num mundo diferente não é e e não foi capaz de adaptar-se convenientemente e já T dizer rapidamente por este este novo desafio camente extraordinário e necessário e porque e a pessoa idosa necessita desse tipo de cuidados não é por exemplo no Sistema Nacional de saúde acham que os
Idosos não t sex não t sexualidade muito bem lembrado é uma coisa muito interessante não é acham a perer certa idade desapareceu nem falam nisso nunca me perguntaram ao professor especificamente nunca lhe perguntaram H uma infantilização do Idoso e da pessoa idoso é verdade portanto parem do
Princípio morreu não é não se fala mais nisso quer dizer acabou não é que é uma coisa extraordinária quer dizer no no no no mundo real é uma coisa extraordinária mas estava a dizer portanto que eh eh Esse aspecto quer dizer a da do evelhecimento que é uma coisa boa é boa
Vivermos mais anos não é mas levanta problemas sérios na Naisa porque vai acompanhar da dependência e fragilidade também não é não é só os cuidados de saúde habituais depois o país não conseguiu durante estes 50 anos o crescimento económico que é fundamental para sustentar para os serviços públicos eles
Têm com frequência dificuldades para conseguir pagar aos profissionais ter mais psicólogos no serviço Nacional de saúde não dev ser uma desculpa para não ter mais quer dizer mas é um constrangimento não é depois tivemos uma coisa que nos esquecemos que aconteceu há há há 10 anos 11 anos 12 anos que
Foi uma tremenda citação austerità de cortar orçamento serviço Nacional à saúde cortar rendimentos aos profissionais eh não não investir mais em equipamento quer dizer eh não permitir que o serviço de saúde portugueses fossem geridos localmente não é eh e isso eh deu como consequência eh também uma dívida pública
Eh ao contrário quees Dizem Não é minha culpa é culpa do sistema financeiro internacional não é isso é fácil demonstrar não é e que provoca a necessidade de servir uma dívida enorme eh que é um constrangimento a desviar recursos necessários para o crescimento do nosso serviço sociais e finalmente eh
É uma questão que eu insisto não com grande sucesso até agora mas vamos continuar a insistir depois dest programa vai tudo mudar vamos continuar a insistir que precisamos de um modelo de governação capazes de gerir um mundo complexo Como é o mundo de hoje e não temos não temos um sistema de governação
Que tenha uma inteligência estratégica que tenha uma direção estratégica ou uma Red direção estratégica capaz de analisar a situação analisar as agendas dos vários atores saber como os instrumentos soft e Instrumentos estão são utilizados não é e portanto não podemos fazer Face a ao mundo complexo
Não é ao mundo que tem que lidar com este problema bom do evelhecimento mas que tem de respostas não temos instrumentos de informação e inteligência necessárias fazer fasta complexidade e portanto sem o modelo do governação e governança muito mais inteligente com uma ação pública mais empreendedora e menos Marreta quer dizer
Nós temos Dificuldade em fazer Face ao mundo atual e muitas vezes nós vemos debates até debates atuais que falamos em que fazer um conjunto longo interminável de medidas mar ramente como é que se faz não é porque fazer nós sabemos o que não conseguimos fazer não conseguimos ainda discutir
Suficientemente reamente é como fazer Uhum como pegar no instrumento de governação numa cidade complexa não é muito interrelacionada quer dizer muito difícil de entender muitas vezes e conseguir fazer dançar o elefante não estarem todos candidatos à eleição Tânia tu como a mulher que agarra no microfone e lidera as manifestações semem defesa
Do SNS não sozinha não sozinha como foi Olhe Foi incrível e dizia há pouco em off que um dos lemas era o povo merece mais SNS e efetivamente Isto não foi na verdade não dizias cantavas cantava cantava mas isto não foi atenção isto fo Isto foi organizado por muitas outras
Pessoas eu era apenas um um membro do microfone havia muito mais gente exatamente eh envolveu muitas pessoas havia muita gente mobilizada não só médicos portanto não eram só pessoas da comunidade médica estavam pessoas utentes no fundo não é e que querem de facto e sabem que o povo merece mais SNS
E eu acho que Essas manifestações Muito provavelmente continuarão a ser necessárias e preocupa-me bastante porque porque me interessa também pelas questões políticas e as eleições estão aqui próximas porque há semelhança de do início também como o professor falava há partirdos que estão mais e vou dizer direcionados para o
Mantenimento e investimento no SNS e outros que estão mais voltados para a sua privatização e isto preocupa-me imenso Porque como é que h e existem exemplos disto mas acho que não são exemplos muito bons na minha na minha opinião como é que se faz só tem saúde
Quem pode pagar por ela só tem acesso a cuidados de saúde quem pode pagar por eles isto é uma Isto é é um país em que eu não quero viver e portanto a minha a minha e a minha luta pelo SNS é enquanto profissional de saúde mental no caso mas
É também enquanto cidadã que acredita que não existe um um país com saúde se não existe um serviço Nacional de saúde que ofereça esses cuidados às pessoas ouos sussurrar a vontade de intervir não porque há um aspeto que que a mim me surprende todos os dias quer dizer e não
O vejo discutir publicamente como tem que ser discutido eh Há uma corrente opinião em Portugal hoje que diz que nós devemos importar o modelo alemão e o modelo Holandês não é porque é melhor porque já provou não é ora isso é produto de uma ignorância insuportável
Não é porque o sistema de saúde são o resultado de uma evolução histórica que é económica social e cultural quer dizer não se esconhe lá carta não é eu posso comprar um Volkswagen na Alemanha um Mercedes posso comprar tulpas de amsterdão mas não consigo importar no sistema social não é porquê Porque ele
Eh está enraizado na forma como aquele povo se desenvolveu como a sua economia cresceu e por exemplo na Alemanha não é e é um sistema extremamente complexo de regulação entre um financiamento que resulta da contribuição de empregadores e e e e os empregados quer dizer os empresários trabalhadores não é eh e com
Um sistema de regulação ex extremamente apurado de regulação autorregulação e het regulação que permite fazer funcionar um mecanismo extremamente complexo não é eh isso em Portugal não existe que não existe não existe nem a cultura nem os instrumentos nem a história não é e portanto só a ideia
Do que o sistema de saúde se escolhe la carart eu corto de manhã quer almoço quer um serviço de saúde alemão jantar quer sa holandês é de uma falta é ignorância impressionante não é porque isso não acontece aliás há estudos recentes para não ficarmos só na parte mais Ótica há estudos recentes que
Comparam por exemplo o sistema o serviço de na saúde de inglês não é que existe na Inglaterra existe de outra forma no nórdicos s mais municipalistas existe no sul da Europa existe no Canadá existe na na na Nova Zelândia com sistemas bismarque anos como alemão Holandês e o
Francês não é eh e chegi à conclusão que todos os sistemas têm as batalhas inconvenientes da sua construção da sua arquitetura né e os países o que fazem não é tentar mudar de sistema porque is não é possível tenta melhorar o sistema que tem não é portanto Isto é produto um
Estudo eh detalhado comparativo publicado este ano Este ano não o ano passado em 2023 não é e que ilustra que aquilo que é aparentemente uma ideia quer dier Peregrina Não tem qualquer fundamento e curiosamente isso não discute não é bom fica este esta recomendação do professor Constantino saclarin melhorar o que temos agradeço
Professor agradeço à Tânia graça e à Fernanda Freitas três convidados deste nosso não podias vamos às despedidas o programa não podias resulta de uma parceria entre a antena 3 e a comissão comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril tem produção da da Marta Cavaleiro hoje tivemos o apoio técnico do Tiago Vaz
Reportagem fotográfica da Incrível Catarina Peixoto S plastia do Walter Santos com o Ricardo Sérgio eu sou a Raquel Marão Lopes comigo esteve como sempre o Francisco Sena Santos podem ver-nos no canal de YouTube da antena 3 escutar noos a qualquer altura em antena 3. rtp.pt nas plataformas habituais de
Podcast e Claro na rádio sábado sim sábado não às 10 da manhã aqui na antena 3 e sendo assim até ao próximo sábado sim até ah