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Linha gratuita para troca de informações de trânsito da RTP Joana g e Tiago Ribeira manhãs de três e esta hora e esta hora apanhaste trânsito Ah mais ou menos mas para os critérios de Lisboa não não não tanto assim apanhas trânsito picua chegou e a
Mais do que horas aqui à às manhãs da TRS muito obrigada por por teres vindo E a propósito do dia da mulher que é amanhã queria dizer que a primeira vez que tomei contacto contigo e o teu trabalho e a propósito também do aniversário eh da da da RTP eh Foi numa
Reportagem na na RTP contigo a falar sobre as dificuldades de ser uma mulher no rap no Rap português Sim e também do do stack do stack ou seja falaste de muitas coisas e e senti que logo desde aí que tínhamos aqui uma uma grande representante e do género é um peso que
Tu carregas H com eh como é que vai dizer com agrado ou de vez em quando sentes e pá não queria não queria nada estar metida ao barulho nestas coisas queria ser mais livre eu acho que isto não é bem um peso é is sou eu precisamente Sim sou eu precisamente a
Exercer a minha liberdade eu acho que no caso H da nossa geração que ainda tem muita coisa pela qual lutar apesar de tudo não temos o o o não não temos não temos a nossa vida em risco ou não a nossa liberdade posta em causa quando
Defendemos a a causa feminista ou ou ou quando nos posicionamos publicamente acerca eh das nossas preocupações sociais e e políticas e portanto por muito que ha haja uma uma uma responsabilidade quase que seria meio não sei hipócrita pelo menos injusto queixar-me de de que há uma há há grandes consequências o grandes pesos
Associados à minha ao meu posicionamento público porque comparando com a geração eh com as gerações anteriores né que claro que exerceram o seu o seu a sua vida pública as suas carreiras artísticas até o seu ativismo antes do 25 de Abril qualquer coisa é um passeio no parque portanto eu não costumo pensar
Nisso dessa forma eu eu acho é que aquilo que é o meu trabalho artístico aind associava da minha vida e e as minhas preocupações políticas são uma uma parte importante não é daquilo que me define portanto seria estranho que que a minha que as minhas causas não transpirem para a minha atividade
Pública sendo ela na culturaa ainda por cima que eu acho que é um é um atalho muito importante para chegar às pessoas nomeadamente a partir da emoção que às vezes desarma algumas resistências e faz com que as mensagens espalhem com outra capacidade de infiltração e Portanto
Acho que tenho tenho tenho a noção da responsabilidade porque acho também claro havendo uma oportunidade de ter o microfone na mão também seria um bocadinho estranho ser desaproveitar e Portanto não vejo isso de forma nenhuma como um peso Claro claro que se me perguntares se os artistas que se posicionam publicamente Acerca das
Coisas do do mundo não é e das das suas injustiças h não não não são às vezes um bocadinho prejudicados por isso talvez se calhar eh há há há situações ou programações de festivais Ou de ou determinadas ou de alguns municípios ou algumas alguns eventos que sear não vão chamar um
Artista que seja mais crítico e preferem chamar um mais neutro ou mais antiético mas eu acho que nós nos posicionamos todos nem que seja pela omissão e portanto eu prefiro posicion bem forma decada Claro ainda para mais sendo rapper é normal que também eh sejas mais vogal e nas tuas missões
Porque o rap é também Um movimento não é sim é estranho um um rapper com paninhos quentes é uma coisa meio esquisita higienizado é uma contradição nos verdade verade pá estamos num país que que tem dado uma matériaprima incrível ou seja às vezes uma noção de que está tudo a descambar outras vezes
Que há uma desesperança no ar que se entranha em todos os lugares pic supir na cultura na saúde na na recepção aos Imigrantes nos discursos de ódio inflamados eh por todo o lugar eh como é que as canções H ficam eh marcadas com o tempo que estamos a viver as tuas
Canções e as tuas novas canções que estão aí também eu gosto eu eu gosto de fazer música e não só música de escrever hh com com os pés na terra e ou seja eh sintonizada com com o mundo em que vivemos acho que há pessoas que conseguem fazer música e outras formas
De arte um bocadinho desligados do seu tempo mas eu acho que é uma eh é é um bocado desinteressante fazê-lo dessa forma porque acho que Como disse há pouco a cultura é um campo de de bons contágios e de de em que muitas vezes conseguimos digerir e processar aquilo
Que mais turbulento vamos vivendo desde o ponto de vista individual obviamente emocional mas também do ponto de vista coletivo e e e eu gosto da arte que é engajada com o seu tempo ou seja eu gosto de ler livros ver filmes ouvir música que me fale do do que vivemos e e
E que me ajuda a pensar não é e e a posicionar-me e a e a digerir também aquilo que é mais desconfortável e mais difícil de de aceitar e acho que nesse nesse sentido não consigo fazer música ou não consigo escrever sem esse olhar crítico não é porque acho que não é não
Tem canções sobre amor ou sobre a coisas mais também é o tempo atual Claro sim mas mais desligadas do mundo que podiam ser escritas hoje ou daqui a 50 anos ou há 50 anos atrás mas mas acho que há uma dimensão importante do meu trabalho que
Vive dessa relação com o tempo não é e com o mundo Hum E acho que quem ouve as minhas canções vai percebendo isso e depois há umas que eu gostava que deixassem de fazer sentido tipo a Medusa que fala da violencia contra as mulheres o medo do medo que fala do medo como
Instrumento de contol socium e que infelizmente com o passar dos anos às vezes até tão mais atuais do que já já estiveram e outras que voltam por exemplo a jugular que eu fiz na altura da troika e das políticas de austeridade da crise agora com as questões da
Inflação e do preço da habitação e é uma canção que voltou a a a estar na ordem do dia essa asfixia associado as pessoas não conseguirem chegar ao final do mês com o dinheiro suficiente para poder sustentar o o básico né e Portanto acho que às vezes já ess ess desejo secreto
Que as canções fiquem anacrónicas não é sim que desapareçam da que deixem fazer sentido e Há outras canções por exemplo que eu escrevi aqui e que como há medo do medo e que no Brasil por exemplo tiveram imenso Eco e foram olha por exemplo o medo do medo foi gravado pel
Pelos paralamas de sucesso que é são tipo os chutos do Brasil eh a Regina cas é uma grande atriz brasileira fez recitou essa letra uma peça de teatro ou seja se carar noutro país como o Brasil em que questões de insegurança ainda são mais óbvias e que o medo é uma coisa
Constante no cotidiano se Car ainda faz mais sentido portanto Às vezes o tempo e o espaço também fazem com que as canções H se tornem mais relevantes ou ou até mais eh cirúrgicas para ouvindo não é eh com outro contexto certo e isto falando de timing eh esta canção que está a ser
Lançada hoje faz todo o sentido amanhã dia da mulher comamos também os 50 anos do 25 de Abril esta canção que eh surgiu no Maria Matos propósito da iniciativa conta-me uma canção e um amor que tá que deu assim um fruto um fruto e um fruto
Quase que que é uma contradição com a tua própria ideologia das canções ou seja não não és uma pessoa que gosta de repega em canções e coisas que são que são tão marcantes normalmente eu não faço eu não sou uma não sou uma cantora
Uma intérprete não é eu faço rap e o rap normalmente parte da escrita habitualmente para mim sempre não é vou falar por mim e a escrita é aquilo que que me move e portanto é muito às vezes é um bocadinho ingrato para mim quando me propõe para fazer por exemplo versões
De músicas de outras pessoas e neste concerto conta-me uma canção a ideia era tocarmos eu e o Sérgio Godinho tocarmos canções em conjunto tocarmos canções próprias e depois trocarmos uma canção ele cantava uma canção minha eu cantava uma canção dele e eu já revisitei muitas canções do sgio mas nunca tinha
Revisitado o que Force que é a minha favorita é a primeira canção do primeiro disco do Ségio e é uma canção que eu ouço já é anterior ao meu nascimento e eu ouo desde criança estava já lá em casa já estava lá em casa e e que e que
Eu nunca tinha revisitado e quando me disseram que tinha que fazer uma versão do Sérgio para aquele concerto eu pensei queria fazer uma canção sobre do do uma versão do que for seessa mas não queria fazer uma versão H sem ter oportunidade de escreverá porque é assim sou só para
Cantar há Tipo toda uma fila de outras cantoras que eu fariam melhor do que eu agora para escrever eu tenho sempr aquele atrevimento dizer assim se calhar eu podia fazer a minha versão desta canção e H que foram a jantar e não sei quê ó Sérgio eu tive aqui tive uma ideia
E o Sérgio é muito não mexas nisso não é preciso é um certo atrevimento eu tenho eu costumo dizer que tenho autoestima das infâncias felizes portanto lá fui eu bem jogado excelente expressão lá fui eu h e e mandei uma versão ao sérios assim no pelo WhatsApp a dizer sério eu
Escrevi isto achas que posso fazer isto e ele é sempre muito generoso no gigante que foi o disco da homenagem H que fizemos ao Sérgio a maior parte das canções aliás acho que só uma é que tem a letra original intacta outras todas foram rescrit e eu sei que ele tem uma
Uma certa eh até tem muita generosidade muito desprendimento em relação às suas canções e e e nesse sentido tive esperança que ele não não não se importasse que eu fizesse essa alteração basicamente eu peguei na estrutura da da da letra e e e mantive o refrão quase
Intacto mas pus a letra no feminino ou seja a canção original fala sobre a exploração do trabalho h e e é tipo uma espécie de denúncia dessa exploração Semeando uma certa um inconformismo digamos assim na alma dos trabalhadores explorados é uma canção de 1971 e eu quis fazer isso eh falando
Sobre o trabalho doméstico reprodutivo sobre a economia do Cuidado que está sempre quase sempre H nas costas das mulheres e historicamente at e até hoje e que é um trabalho altamente desvalorizado eh invisibilizado dado como garantido posto na conta do Amor Incondicional e do instinto materno
Esses dois grandes mitos que tal Como é o multitasking muito nos têm feito e sofrer e e e e fazer essa pergunta do que forç é essa amiga não é eh O que é que o que é que te faz levar o mundo todo na barriga e e como é que é
Possível geração após geração e hoje também acumulando com carreiras ex Anes com mais de 40 horas de trabalho semanal não é na vida pública ou profissional ainda assim haver Essa dupla jornada que faz com que as mulheres estejam exaustas e e e cuja e cu e que seja mais difícil
Depois competir também profissionalmente em condições de igualdade com os seus pares nas nas suas carreiras porque de facto estamos sempre muito mais sobrecarregadas e então a ideia foi foi foi fazer e eh o mesmo exercício lírico do Ségio eh mas pondo o foco na na no trabalho que normalmente é atribuído às
Mulheres e a chamada economia do Cuidado não é f e olha rapper socióloga É verdade acho que o relógio é que está sempre a jogar contra nós sempre é verdade é verdade mas olha a o tema sai amanhã mas aqui na antena 3 sai hoje não
É é um bombom para nós não é é uma história de amor muito grande Ana a primeira vez que eu me ouvi na rádio foi na antena TR sério uma felicidade não é é sempre uma felicidade também faz parte da bi programa do R Abreu no no no
Programa de já não sei se era rimas e Batidas na altura rimas e batidas sim sim por acaso acho que não não era rimas e batidas não me lembro do nome do programa mas era era o pré rimas e batidas mas nós estamos cá para lembrar
Que hoje a capicua vai estar no Seixal amanhã em grândola e concertos Livres fala-nos lá disso um bocadinho o do Seixal é é é tem bilheteira mas acho que está a jar tem tem a sorte liguem para lá Para habitar falem com a senhora pergunta
Como é que ela está Está tudo B mas sen não podem fazer alguns quilómetros e amanhã é amanhã não sexta amanhã sim amanhã dia 8 de Maro amanhã amanhã não funciona muito bem para a cabeça da eu a partir de meio-dia sou ótima hum amanhã então amanhã em grande dia 8
De Março celebramos o dia da mulher eh na programação do da da da semana da Juventude H mas do mês da Juventude Talvez sim sim a do mês da Juventude eh mas no dia da mulher é é comigo o o concerto a entrada livre no no centro no
No centro no parque de de feiras e exposições de grândola hh e portanto são todos bem-vindos porque não é preciso e comprar bilhete nem reservar é só aparecer que voz é essa que alma é essa que amiga é essa que capicua nesta manhã de quinta-feira é uma Premiere só para
Vocês bichinhos e desse lado estreia total é isso obrigado capicola sempre obrigada obrigada obrigada amanhã mais play 7 Adeus Ah sim senhora beijinhos trabalhar o