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O nosso convidado é Pedro Pita Barros Pedro Pita Barros economista professor de economia professor da universidade e da faculdade de economia da Universidade nova de Lisboa eh muito conhecido pelos seus estudos na área da da Saúde economia da saúde uma das pessoas que habitualmente é ouvida nessa matéria mas
Desta vez Vamos falar de um tema diferente vamos falar de produtividade a produtividade é um daqueles daquelas variantes económicas quase nunca se fala e há quem diga que no no longo prazo é porventura é mais importante sim bem em primeiro lugar os parabéns ao observador
E à rádio observador h e desta vez eu escolhia falar de produtividade ou olhar para os aspectos deatividade porque me parece ser um daqueles problemas que toda a gente sabe que é importante ou Devia saber que é importante mas que gosta de ocultar e não falar muito e e
Num momento em que nós em Portugal frequentemente falamos em coisas como modelo de baixo de Salários coisas desse género esquecemos que todas essas discussões têm que estar ali cessadas em produtividade e e de certa forma gostava de ar aqui as noções algumas noções básicas do que que significa
Precisamente sublinhar nem toda a gente sabe o que é produtividade quando nós falamos de produtividade e sobretudo quando falamos proatividade numa lógica de Economia estamos a falar de medidas muito agregadas de pod chamar por exemplo o PIB per capita como uma medida próxima disso não é exatamente isso mas
Dá uma ideia global de certa forma é o valor daquilo que nós produzimos por hora trabalhada dá-nos uma ide dnos uma noção do quanto é que nós poderemos ter como salários numas numa perspectiva de longo prazo em média e dentro do país Se tivermos se acrescentarmos pouco valor
Por cada hora trabalhada não podemos esperar ganhar muito exatamente e portanto se não e aqui acrescentar pouco valor tem duas componentes importantes que muitas vezes nós discutimos que é qual é o preço pelo qual se tem e a remuneração dos serviços e bens que são produzidos com essa hora de trabalho e
Quanto é que nós produzimos de facto nessa hora de trabalho e quando falamos de produtividade temos as duas coisas juntas e muitas vezes e misturamos essas preocupações com ambas e não percebemos bem Onde é que está as a capacidade de aumentar a produtiv porque muitas vezes
Só para para as pessoas perceberem se eu produzir mais sapatos por hora aumenta a produtividade se produzir sapatos mais caros aumenta a produtividade aumenta o valor da produtividade exatamente e os sapatos são um excelente exemplo que foi um dos casos em que nós conseguimos fazer isso mas depois quando Nós
Pensamos nessas formas muitas vezes estamos ficamos presos à ideia da produtividade dentro de uma empresa lamos muitas vezes a ideia da produtividade de uma entidade empresas normalmente podemos falar também da produtividade do setor público mas tamb falamos de organizações mas depois podemos falar que que que é a
Produtividade média de um setor E o que é que é a produtividade média de um país e quando F alargamos estas noções a ideia do que é que podem ser estratégias políticas para desenvolver produtividade tornam-se ligeiramente diferentes quando eu estou a pensar em em unidades como empresas eu quero aumentar a
Produtividade do que é feito naquela empresa quando estou a falar de um setor posso ter um aumento de produtividade porque as empresas que lá estão são elas mais produtivas ou posso ter um aumento de produtividade média no setor porque faço crescer mais ou consigo que as empresas que cresçam mais sejam aquelas
Têm maior produtividade ou e porque substitui empresas pouco produtivas por empresas mais produtivas produtivas exatamente e portanto eu tenho dinâmicas setoriais que fazem diferença quando eu alargo esta lógica para além da do setor E penso na economia como um todo posso ter a mesma ideia junto de setores eu
Posso ter setores que crescem mais e esses setores que crescem mais têm maior produtividade e produtividade média aumenta e posso ter setores que vão diminuindo e com esse a diminuição de setores que têm baixa produtividade também aumenta a produtividade de média de alguma forma pant nós temos dinâmicas
De internamente à empresas elas mudarem as suas rotinas e conseguirem ser mais produtivas temos dinâmicas de setor em que a empresas menos produtivas tendem a diminuir dimensão ou a desaparecer mesmo sendo substituídas por outras mais inovadoras ou podemos ter também esta lógica de setores que setores que com maior produtividade expandem-se e ao
Expandir-se de fazem também baixar o peso dos setores com menor produtividade dentro das atividades económicas Isto são formas de conseguir que a prazo haja tal maior produtividade média global E com isso ter a lógica de conseguir ter melhores níveis de vida da população há um setor que do Qual a economia
Portuguesa tem dependido muito nos últimos anos que é o turismo e o turismo habitualmente é apontado como um setor de baixa produtividade exato e essa foi um dos pontos que me fez pensar que era importante voltar à discução da produtividade porque o crescimento do setor de turismo foi muito bom para a
Economia portuguesa mas tem limitações na sua configuração atual limitações naturais ou quanto mais pode conseguir fazer e portanto pode ter muito emprego mas por cada hora dedicada não se não se conseguir tirar grande valor vamos ter um um teto ao que podemos fazer pant eí há limitações fortes não é e há
Limitações fortes portanto é é muita muita é de alguma forma mão deobra intensiva e e e para além do investimento inicial depois a seg fica bastante é é duplicar com mais gente aquilo que já está a fazer o que não significa necessariamente aumentar o valor daquilo que está a fazer e
Portanto não se consegue em médio fazer com que toda a economia seja arrastada por isso claro que pode-se começar a pensar O que é que serão por exemplo num numa lógica setorial O que é que são estratégias de aumentar o valor da produtividade no setor do Turismo portanto que mecanismos nós podemos
Ajudar a que isso aconteça e aqui caímos muitas vezes num outro aspecto que me parece frequentemente uma estratégia errada Nacional porque se nos outros países também acontece da mesma forma que é vamos escolher projetos estratégicos aqui ou ali que vão ser as as bandeiras do do Turismo do Futuro em
Vez de estar a pensar de o que é que é a infraestrutura que eu devo ter para quem tenha boas ideias consig a dar a dinâmica de trazer essas boas ideias substituir quem tenha menos produtividade ou menos valor de produtividade atualmente na área do Turismo e consiga com isso a paro também
Mudar a própria produtividade média da área do Turismo e conseguir no fundo aquilo que muitas vezes se diz que é passar a ter mais receita por cada turista que nos visita Portanto é melhor ajudar os setores a terem condições do que escolher nos setores aquele os campeões Normalmente sim é isso que toda
Toda a história que nós temos de experiências de escolher Campeões nacionais versus dar infraestruturas que depois são aproveitadas revela isto porquê porque quando nós tentamos escolher campeões nacionais ou temos muita certeza daquele campeão ou podemos falhar e depois em Portugal nós temos depois pode haver outra coisa que é a
Proximidade entre os negócios e a política pode não ser a ideal também pode não ser a ideal mas aí mesmo sem entrar nessa parte mal mais maldosa da perversidade po pode ser perversidade apenas dasações po nem nem nem pode nem ter perversidade nenhuma pode ter ter apenas Boa intenção mas a boa intenção
Não é não chega exatamente e que se traduz num num outro aspecto no cífico não é só escolher como campeão nacional aquele que eu conheço melhor independentemente de estar a ver quem é que é o melhor é mesmo que fosse eh de uma forma Quase anónima escolher esse
Campeão nacional a nossa incapacidade em geral como país de quando alguma coisa não funciona dizer Ok não funcionou vamos eliminar e passar a outra ideia há sempre aquela coisa Portuguesa de Vamos dar um jeitinho e ver se por mais um bocado lá está isso leva-me um ponto que
É um ponto que é aquele ponto de na questão da produtividade eu recordo-me há muitos anos ter ouvido uma uma intervenção de um colega seu sobre até que ponto em que a concorrência era importante para o aumento da produtividade designadamente pela substituição das empresas pela distribuição criativa do do compter não
É e e desse ponto de vista por exemplo no texto que escreveu refere que é importante nós na nos processos de falência facilitar a forma de serem reutilizados os ativos agora aquilo que eu lhe pergunto é o seguinte num país onde nós tendemos a complicar sobretudo sempre que o estado intervém não é
Melhor por e simplesmente facilitar as falências que o problema começa Aí sim mas a lógica é exatamente essa que é nós temos um processo de falências que da maneira como está dá privil toma como como Ponto Central a recuperação da dos dinheiros dos creadores e da ISO nunca
Põe como primeiro ponto a ideia de aqueles ativos daquela empresa T que ser reutilizados e de uma forma produtiva e portanto enquanto nós tivermos presos à ideia de que ou tentamos revitalizar e depois acaba por nunca acontecer exatamente em muitos casos essa revitalização ou tentamos proteger os creadores e portanto arrasta-se a
Empresa num processo Valência muito longo provavelmente faria mais sentido pegar OK temos estes ativos vamos imediatamente em Asa pública quem quiser vem buscar os ativos utilizá-los de forma produtiva e o dinheiro que é gerado com esses ativos então sim vai se ver o que é que se faz com ele nós temos
Um processo um bocadinho ao contrário que vamos arrastando a solução do que fazer com os ativos que se vão entretanto torando nomeadamente quando são ativos físicos de tiveram-se rapidamente por pelo não pelo não uso e não manutenção são ativos de mais intangíveis por exemplo cultura cultura
De uma entidade ou a cultura de uma empresa vai se desagregando também as próprias pessoas não é nós agora tivemos muito recentemente a notícia de que uma empresa em dificuldades perdeu grande parte dos seus quadros neste num processo desses que é facec não é exatamente portanto campeã Nacional
Campeão nacional e no meio disto tudo isso foi e foram os quadros Exatamente isso perderam um ativo importante da empresa não a cultura que eles tinham prática aqu eles queam trabalhar em conjunto que estavam a fazer e portanto se as coisas forem vendidas a os ativos
E a e e a própria tu própria organização de alguma forma fo vendid rapidamente e depois o dinheiro que sobrar daí que vier daí então depois discute-se durante anos o que é que se faz com ele é provavelmente muito mais útil para o funcionamento da economia do que só
Fazer alguma coisa com os ativos quando chegar ao fim do processo jurídico portanto Nós provavelmente Devíamos mudar um pouco quando nós olhamos para o que é dito na Em vários pontos sobre o que é que o que é que é privilegiado quando se tem empresas dificuldades e
Vemos lá sempre que as soluções são revitalização e proteção de creadores Devíamos adicionar aem um terceiro quer dizer utilização produtiva dos ativos que aqui estão não deixar os ativos fiscal estão deteriorarem sejam fisicamente sejam em termos da de cultura da organização vezes P no mercado e por arrar uma forma de de por
Isso a funcionar rapidamente novamente que seja numa numa forma útil porque senão é é que de um ponto de vista Global da da economia foi investimento que foi colocado ali que foi financiado de alguma forma Paraí haverem os creadores mas que depois perde completamente o valor enquanto está à
Espera do que se sabe o que é que se vai fazer Então temos que mudar essa parte e quando fala de dar condições e dar condições porque enfim os agentes funcionem no fundo é dizer em vez de termos projetos pin que se fala muito Muitas vezes em vez de termos projetos
Pin temos que garantir que aquilo que aquilo que no fundo complica os projetos pin que é burocracia regulamentação carga administrativa facilitar nesse domínio para permitir que quem chega não esteja dependente de uma espécie de Via Rápida criada pelo poder político ou por poder administrativo não tem que ser o poder
Político eh para poder resolver os seus problemas sim de alguma forma o que tá dito que deve ser excessão provavelmente devia ser a norma e nós provalmente e para e para procurar proteger aquilo que a norma hoje em dia procura proteger Devíamos ter outros mecanismos posso estar preocupado quero proteger os
Trabalhadores das empresas eh que são criadas desta forma Ok então vou arranjar forma de proteger essas pessoas sem ter implicações sobre a criação e eliminação de empresas que sejam menos produtivas pant eu tem que ter imaginação dentro do nosso quadro conseguir encontrar soluções para isso outros países têm procurado soluções e
Têm encontrado Ases histórias da da Dinamarca com a flexo e segurança por exemplo eh e é certamente mecanismos que nós podemos pensar e desenvolver cá que países na Europa ver a Europa tem uma carga administrativa pesada por causa da União Europeia que tem muitos mecanismos
S Que países na Europa é que estão a conseguir melhor h e fazer crescer a produtividade fora a Irlanda que é um caso muito particular pois eh para além masar também com a Irlanda Não é portanto os os países nórdicos não tendo uma explosão de produtividade T regularmente conseguida
Aumentar a sua produtividade de uma forma coerente e consistente mantendo a proteção social que é uma das preocupações centrais que existe sempre em Portugal e e bem quer dizer nós continuamos a ser um país desigual portanto faz sentido ter essas preocupações não se pode não se pode é
Pensar que apenas a proteção social vai resolver a dinâmica Empresarial não vai e portanto ter mecanismos a Finlândia tem tido um percurso muito interessante nesse aspecto porque tem apostado a longo prazo em algo que Portugal também diz que Aposta que é a ideia da educação mas ao mesmo tempo consegue ter
Mecanismos de proteção social e mecanismos de dinâmica Empresarial que permitem entradas e saídas de empresas nós temos um e Aqui nós temos aqui normalmente uma uma dificuldade imensa em aceitar a ideia de mobilidade e aqui nós precisamos ter mobilidade de empresas que entram e que saem portanto
Que é destruído mas que é criado precisamos também ter a ideia de mobilidade de emprego entre setores aceitar que alguns setores ao longo do tempo vão vão crescer e outros vão vão de crescer costumo usar muitas vezes o exemplo das profissões de Lisboa que antigas profissões de Lisboa que estão
No nomes das ruas não é e se fosse hoje em dia eh a profissão de corrier nunca teria desaparecido com as regras que nós temos hoje não sabe muito bem o que é que eles estariam a fazer mas certamente não não teriam desaparecido nãoé e portanto nós
Temos que pensar que há uma evolução natural nisso e aqui o que precisa amos é de arranjar forma de fazer com que as pessoas que estão na que vão sendo libertadas nos setores sejam sor vidas por outros eu não tenho a certeza que os nossos mecanismos atuais façam isso da
Melhor forma possível provavelmente as pessoas mais ligadas à economia de trabalho conseguiram ter ideias de como arranjar melhores mecanismos de transição entre setores de forma a que ajudar esta dinâmica Empresarial que é importante para a produtividade que é importante para o nosso nível de vida mas quando fala por exemplo de
Mobilidade eu estou a lembrar-me de uma de um aspeto que quando falamos de produtividade e quando eu vejo algumas discussões poucas vezes se fala dele que é bem leis laborais isso fala-se muito sim mas se as pessoas tiverem presas a uma casa que compraram não é outra forma
De acabar com de limitar a mobilidade Exatamente exatamente e a nossa mobilidade é muito limitada pela pela filosofia país de proprietários não é pela filosofia de termos todos serem proprietários da casa em que habitam e p nós temos que também pensar que outros mecanismos podem ajudar a libertar dessa
Dessa mobilidade que é criada pela atenção de de um ativo que é que é a casa eh e portanto aqui também teremos que encontrar ou deveríamos procurar encontrar mecanismos que não limitassem a mobilidade das pessoas por causa da propriedade que tenham que seja a sua casa eh significa o quê um mercado de
Habitação que funcione de de uma forma mais mais Ampla eh no sentido de ser mais fácil comprar e vender eh e de haver possibilidade de colocar mais oferta e fazer deixar crescer a oferta da da Habitação nos sítios onde possam estar a crescer a atividade económica que justifique essa essa habitação e
Isso é algo também muito intrínseco em Portugal de querer que as pessoas continuem a viver na rua em que sempre viveram eh e isso mais uma vez é uma um sendo confortável eh para como princípio é provavelmente inibidor desta lógica de de aproveitar melhores oportunidades portanto quando se quando muitas vezes
Se fala outra vez aquela aquela frase feita não queremos um modelo de baixos salários se sério mas o salário bom para uma pessoa que vive em Lisboa está num numa numa entidade numa empresa do porto eh deve-se obrigar a empresa a vir para Lisboa ou ou deve ser a pessoa que deve
Ir para o porto para se juntarem lá e isso vai eu acho que faz isto também não é só um problema quer dizer há um problema de normas há um problema de regulamentos há um problema de investimentos já levamos os investimentos Há também um problema de cultura é um problema também de Cultura
De aceitarmos que alguma mobilidade dentro do país faz faz sentido e na verdade eu ten estou convencido que faz sentido ao nível europeu não é eu gostaria que nós pensássemos somos cidadãos europeus e portanto qualquer português pode trabalhar em qualquer ponto da da Europa e e aliás quando
Também se fala muitas vezes em frases batidas do género não queremos que os portugueses saiam de Portugal e muitas vezes penso um pouco ao contrário penso eu gostaria que Portugal fosse suficientemente atrativo para qualquer cidadão europeu que que vir para cá porque se isso acontecer e qualquer cidadão europeu vai incluir os portugues
Também ou ir e vir até para trazer às vezes formas de pensar Diferentes né examente como da mesma forma como nós não exigimos hoje ou não pensamos hoje que alguém que nasa num sítio de Portugal tem que viver sempre nesse sítio não há nenhuma razão para uma
Pessoa que nasça num canto da Europa tem e viver sempre nesse canto da Europa que é Portugal eh dito isto não tenho nenhum problema em que haja muita gente a quer viver em Portugal acho muito bem gosto muito da da da castar e sou o exemplo de
Que votei com os peos ficando em Portugal né mas mas não nos deve inibir de procurar mecanismos e formas de organização no mercado de habitação e de outra de outros aspectos que ajudem esta ideia de de mobilidade porque é bom é de certa forma é bom para todos e e h e
Muitas vezes ficamos agarrados a um statuas cor não sei se é pelo medo de fazer a mudança se é pelo custo de fazer fazer a mudança se é pela incapacidade de pensar Quais são os mecanismos que têm que ajudar nessa mudança de maneira a quem possa eventualmente perder com
Ele com essa mudança não perder e Ver também as vantagens disso não tenho nenhuma certeza nesse nesse ponto a única certeza que quase tenho é que esses essas travões à mobilidade são certamente também um travão à produtividade que nós poderíamos ter e que faria toda a gente melhor ainda a
Questão das infraestruturas nós já estamos com pouco tempo eh quando falamos de infraestruturas nós os temos um período em que a infraestrutura era opção nacional e na nessa opção Nacional era ter estradas eh temos uma infraestrutura rodoviária que podemos considerar boa em alguns aspectos muito boa temos Em contrapartida mais uma má
Infraestrutura Ferroviária eh não sei fazer uma avaliação em detalhe como é que é a infraestrutura portuária a infraestrutura aeroportuária não sei se é limite limitação e eh aparentemente Durante algum tempo ouvi dizer que tínhamos inclusivamente uma boa infraestrutura digital no que diz respeito à às redes existentes quer
As redes físicas quer as redes de de de wireless eh qual é qual Onde é que estão os nós nesta nesta aqui neste neste ponto e pensando numa lógica de 10 anos para frente eh torna-se muito claro que a infraestrutura rodoviária Ferroviária portuária aeroportuária é importante mas
Provavelmente o que vai ser o grande motor de crescimento de produtividade um pouco por toda a atividade económica vai ser infraestrutura digital eh e a fala já há vários anos que fala das autoestradas digitais e ultimamente falou-se muito uns famosos data Centers e alas coisas assim mas mas a lógica de
Que o digital vai premiar muito da nossa futura atividade até agora pelo pela explosão da Inteligência Artificial que vai necessitar de infraestrutura digital nós Devíamos pensar H 10 anos como é que fazemos crescer a nossa infraestrutura digital numa dupla lógica que é tá disponível para todos e portanto qualquer atividade económica poder
Aproveitar o mais possível deas infraestrura digital que existe e a e aqui o facto de nós sermos um país relativamente pequeno geograficamente pode ajudar a criar as infraestruturas físicas suporte desta infraestrutura digital eh mas também pensar como é que a lógica de desenvolvimento da infraestrutura digital pode alicerçar investigação e desenvolvimento nós
Estamos atrasados ou estamos adiantados nessa estamos no meio na tabela não estamos tão avançados como por exemplo a Estónia na algumas coisas eh mas estamos mais avançados que outros que outros países eh por exemplo na questão da de governo na utilização de elementos digitais no relacionamento a cidadão até
Provavelmente estamos dentro da da União Europeia provavelmente no top 10 não me espantaria que tivéssemos no top 10 neste neste momento mas mais importante do que aquele no ponto em que nós estamos agora é como é que nós conseguimos fazer crescer isto portanto como é que nós conseguimos fazer com que
Necessidades que sejam expressas por atores económicos possam ser ligadas a um sistema científico que procura as soluções e que encontrando as soluções técnicas tecnológicas para resolver esses problemas cri com isso valor suficiente paraes colocar disponíveis para o mundo vendem notos para o mundo Isto porquê Porque nós qu quando falamos
De bens físicos temos uma uma enorme dificuldade neste canto da Europa que é fazer chegar ao centro da Europa e daí precisamos da da ferrovia da rodovia se nós quisermos transferir produtos digitais a autoestrada digital é completamente diferente funcionar uma velocidade completamente diferente e os requisitos são completamente diferentes
O nós conseguirmos aproveitar isso para fazermos uma proximidade a mercados consumidores a mercados de infraestruturas de várias no no centro da Europa faz todo sentido que nós consigamos ter aqui um sistema científico que alimente isso também não tinhamos nós que ir atrás as soluções que outros inventam termos nós eh os
Inventores de soluções que os outros possam usar H de certa forma gostaria que tentarmos ser o que foi a Finlândia com a Nokia Nos Tempos áureos da Nokia sem depois fazer as asneiras que fizeram desaparecer a Nokia sim sendo can Nokia antes de ser uma empresa de telemóveis
Eraa uma empresa Florestal Sim isto teve atal passagem para o digital para digital para para telecomunicações no caso e portanto teve uma reconversão eh total e depois ali muito o seu crescimento em passar para todo o lado e conseguiu ter uma expansão internacional tornar-se uma multinacional muito conhecida e depois não percebeu
Exatamente e o que é que tinha que ser o seu futuro e acabou por por por cair e hoje em dia aok é quase arqueologia para os Miúdos que estão a entrar na universidade né mas havia uma uma concorrente da Nokia mesmo ali ao lado que nunca teve a dimensão da Nokia mas
Nunca caiu como a Nokia que é Erickson exatamente mas aqui a questão é como é que nós conseguiremos permitir que através da solicitação de inovações nesta área digital consigamos ter o equivalente a alguma empresa portuguesa um dia lançar o equivalente do que foi o iPhone que
Abriu todo um outro um outro mundo nos telemóveis e destruiu uma série de de outras iniciativas e de ideias que se andava a ter e do que é que seria um telemóvel do Futuro Paria mais pequeno ter muitas teclas etc desapareceu E se nós conseguirmos ter a capacidade n
Algumas áreas por iniciativa de empresas não foi só noia finlandesa bber berber também foi bber também foi não é exatamente não portanto houve muitas iniciativas na daí que desapareceram a questão é como é que nós conseguimos alçar algumas dessas coisas no futuro e e não é impossível porque eu lembro-me
Sempre de uma história que me há muitos anos também do calçado da do desafio que que a indústria do Calçado colocou a fazer o corte não por laser que queimava criava resíduos mas mas por outro método alternativo veio a ser o jato d’ água que lhes deu também uma vantagem em
Termos da funcionamento e criou tecnologia a partir de Portugal e nós temos exemplos de pequenas tecnologi tecnologias ins que vão surgindo os famosos caiaques da do norte do país que alimentam campeões olímpicos Não isso não foi por nenhum plano estratégico que foi criado é para haver a infraestrutura
Não adinha não há um secretário de estado que adivinha onde é que vai e o nosso mundo vai ter que ser de certa forma isso porque não Portugal nunca terá a dimensão de um mercado interno para dizer que uma aposta num campeão nacional vai dar a a massa crítica
Suficiente para ser importante a nível mundial a China pode fazer isso a França com a Alemanha juntas podem eventualmente fazer isso os Estados Unidos podem fazer isso a Índia vai poder fazer isso certamente o dia em que se organizar como como país não é p mas Portugal nunca vai conseguir ter a ter
Esse papel portanto nós vamos ser sempre uma espécie de nichos como é que uma pessoa consegue fazer estees nichos de de alta produtividade produtos que os outros querem é tendo uma infraestrutura de base que permita que as ideias criativas que vão surgindo sejam testadas e as ideias criativas tem que
Vid as necessidades que sejam sentidas pela pelos agentes económicos em Portugal pelas empras em Portugal dizer eu precisava mesmo para conseguir ser melhor que os outros de esta parte nova e dizer isto um sistema científico dizer olha eu preciso disto para ser o melhor do mundo o que é que vocês me conseguem
Fazer se conseguirmos fazer isso acho que chamos lá agora com grandes planos só para o sistema científico com grandes planos só para encontrar pines ou campeões nacionais não vamos lá chegar a essa lógica de tividade bem terminamos o nosso tempo aliás fomos um pouco para
Além dele desculpas mas isto é um é um temo infindável muito obrigado Pedro Pita barres obrigado l