Vídeo: Viva a Democracia: 50 anos e o futuro

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Acho que a democracia é Ou pelo menos deveria ser do meu ponto de vista respeito é justiça social económica e liberdad é o regime de governo da conciliação para mim é igualdade de oportunidades poder ter algo a dizer e poder ter poder de mudança viver em Democracia é cada um

Poder escolher aquilo que quer aquilo que queremos ser aquilo que queremos fazer é luta participação e dedicação lutarmos por Aquilo em que acreditamos é liberdade igualdade e o futuro viade notcia quando eu nasci aqui em paredes em 1970 Portugal era o outro havia polícia política censura e uma guerra

Colonial que sugava vidas e dinheiro não existiam eleições Livres o 25 de abril de 74 foi o dia de todas as mudanças onde emergimos da noite e do silêncio como escu entre as minhas primeiras Memórias de vida estão tantas brincadeiras neste mesmo Parque mas também os debates políticos desde as eleições para a

Assembleia constituinte aprovada a Constituição de 76 todos os cidadãos são iguais perante a lei e participam na governação do país a começar pelos representantes que elegem liberdade igualdade escolha e participação quatro princípios fundamentais que nos vão guiar a partir de agora olhar sobre estes 50 anos de

Democracia seja pela lente de quem a estuda ou pela vivência de cada um dos cidadãos das conquistas aos desafios como vemos hoje e o que esperamos amanhã da nossa democracia a democracia dá trabalho não é dá sempre trabalho eh no sentido que é difícil mantê-la eu acredito que a

Democracia é o sistema mais perfeito dentro dos imperfeitos que nós já tentamos e significa coisas muito básicas como eu poder sair à rua e criticar o sistema sem ser presa no imediato segundos Bastava dizer Salazar não presta para a Pida por hipótese lhe deitar a mão eu nasci

Exatamente em 74 e uma frase muito engraçada que a minha mãe diz muitas vezes tu nasceste com a revolução todas as pessoas independentemente da sua orientação sexual da do seu do seu estrato social podem manifestar a sua vontade porque foi um dos direitos também conseguidos com o 25 de Abril que

É o de manifestação da opinião o de liberdade de expressão Eu por exemplo não sabia muito bem que havia presos políticos anteriormente só com 17 anos acho que estava numa praia em peniche e olhei ao longe e e vi um forte e perguntei o que era aquilo aquilo é uma prisão de

Pessoas que não pensam Como o governo que está no nosso país foi a primeira vez que eu percebi que havia presos políticos meu pai participou ativamente na crise académica de 69 em Coimbra na Faculdade de Letras foi um dos dirigentes e depois teve que exilar-se depois de ter sido preso pela pid a

Minha mãe teve sempre também uma vida muito ligada ao ativismo participou no mlm foi aliado uma das fundadoras acabou por exilar-se e por ir viver para Paris havia toda uma série de características que tornavam as mulheres completamente dependentes dos seus maridos é mais conhecido o viajar para

Fora do país ela e os filhos o marido tinha que dar autorização o marido abria a correspondência e pessoal e da das da mulher era ele que geria toda a propriedade mesmo a propriedade dela relativamente ao divórcio em 1940 com a concordata assinada entre o estado novo e o Vaticano e simplesmente proíbe

O divórcio dos casamentos religiosos que eram praticamente todos durante os anos do estado novo havia muitos filhos ilegítimos e que tinham um estatuto completamente inferior ao eh Estatuto dos legítimos quando foi o 25 de Abril eh houve uma libertação uma libertação de toda a população havia um sentimento

De grande revolta na realidade que se sentiu como uma explosão de alegria mas depois a noção de uma construção Direta do país novo o cidadão tinha a sensação de que podia influir diretamente no seu futuro foi feito todo um trabalho de concretização destas liberdades da liberdade religiosa o que obrigou a ter

Uma lei da liberdade religiosa da Liberdade expressão e de imprensa que obrigou a ter uma lei das igualdades a igualdade aplicada por exemplo aos casais o trabalho para uma igualdade entre homem e mulher que é um trabalho longe de estar acabado mas é um trabalho que começou claramente a sen Gabril No

Fundo todo o sistema não só constitucional mas legal foi sendo construído para garantir esta liberdade e esta igualdade e que estes valores são aplicados as mulheres têm que acordar porque acordaram para determinados aspectos da vida As determinados aspectos de luta de direitos mas não acordaram perante si próprias uma das grandes conquistas ao

Longo destes 50 anos de democracia tem sido a emancipação das mulheres logo nos primeiros anos entre 74 e 79 a condição social da mulher portuguesa sofreu alterações em diferentes domínios o direito ao voto a licença de maternidade alargada para 90 dias o acesso a novas carreiras profissionais no estado novo

Por exemplo uma mulher não podia ser Diplomata ou juíza atualmente mais de 60% dos juízes em Portugal são mulheres as mulheres começaram a ter uma participação cada vez maior no mercado de trabalho e há hoje em Portugal mais mulheres do que homens com curso superior elas são agora mais

Qualificadas mais Preparadas mas estão ainda longe da paridade os homens continuam a ganhar mais e a dominar os cargos de sfia na minha área no setor agrícola e ainda sentimos alguma discriminação somos olhadas ainda como H são mulheres como é que vão fazer isto ainda passamos por virem pessoas Às

Nossas casas das agricultoras e nos pedirem para chamarmos os nossos maridos atualmente em Portugal as mulheres presidentes de câmara são apenas 10% e eu sou a primeira mulher que que assume a presidência desta junta isso é muito importante mas foi preciso 50 anos para que isto acontecesse tenho três filhas mulheres

Tenho incentivado muito neste sentido que é não há não há empregos para homens não há trabalhos para homens nem para mulheres há empregos e há trabalhos há pessoas que são contra as cotas mas Se isso for para o único caminho para que se perceba que tem que ser assim tem que ser

Assim Portugal ainda não é um país Pleno em termos de de igualdade de géneros se formos falar da questão económica as mulheres ainda ganham menos 15% do que um homem todos os anos aquilo que eu sinto é que a minha voz nunca vai valer tanto como a voz de um homem e eu

Própria já senti esta discriminação que muitas vezes vem disfarçada de paternalismo e de condescendência quer seja na sala de aula quer seja na Assembleia da República quer seja numa reunião quer seja numa entrevista de emprego as mentalidades é sempre assim na história demora muito mais tempo a

Que se modifiquem há aspectos de grande desigualdade e que têm sobretudo a ver com a vida privada não com as leis que as leis são praticamente todas no sentido de salário igual que não não existe não é ainda hoje a grande luta feminista atualmente nas nossas sociedades é o tempo que as mulheres

Pass no trabalho doméstico porque as mulheres também trabalham fora de casa eu nasci em Caó guin Bissau saí de lá com 10 aninhos H com influência do meu pai que era professor vivo no bairro social da Galiza fim do mundo aqui em cascá e sou licenciada em direito e

Tenho como princip objetivo ser juíza o nosso percurso escolar meu e da minha irmã iniciou-se sempre com algum sacrifício e investimento por parte dos meus pais os meus pais só tinham quarta classe na altura eu formei-me em enfermagem a minha irmã também tira um curso superior em fisioterapia num regime democrático acessível que

Facilitou imenso a liberdade obriga libertação contra a miséria contra a opressão criação de unidades verdadeiras Isto é um traço fundamental do 2 de Abril o Estado tem um papel muito importante na educação repar não é que o estado Deva ser o único agente da educação nada disso é importante que

Haja escolas privadas mas o Estado tem um papel muito relevante já não há felizmente analfabetismo como tivemos no sal com educação as pessoas respeitam-se umas às outras há uma forte correlação entre os níveis educacionais de uma sociedade e a Democracia onde os níveis educacionais são mais altos a qualidade daação

Democrática também é mais alta porque é que isto acontece bem poderá ser porque cidadãos com níveis educacionais mais altos podem fazer uma melhor avaliação das propostas que são feitas também daquilo que é a governação que está a ser levada a cabo e nesse sentido podem tomar decisões que são potencialmente

Mais informadas e ao mesmo tempo é importante notar que estes aumentos de níveis educacionais não blindam a democracia eu serei a primeira licenciada da minha família os meus pais têm apenas o segundo ciclo o eu ter chegado ao ensino superior não significa o mesmo que uma pessoa que já tinha uns

Pais licenciados que até já tinham os avós eh licenciados e eu já tive muitas situações em que o facto de não ter o nome de família era um fator de discriminação não existe igualdade de oportunidades eu recordo-me ainda de ter colegas da na faculdade que não conseguiram permanecer em coim não

Tinham rendimentos suficientes para para poder continuar a estudar e tiveram que regressar enquanto os meus colegas de férias eu tinha que trabalhar para poder juntar dinheiro limpava quartos de hotéis no Algarve trabalhei também na área da Restauração como empregada de mesa e depois na área de call center

Muito antes de terminar a licenciatura eu não tinha como costear o último ano da licenciatura e tive ajuda de uma associação que me é muito especial a corações com coroa a democracia mudou a educação e a educação mudou o país Portugal tem já hoje uma taxa de abandono escolar abaixo

Dos 99% a meta que a União Europeia estabeleceu para 2030 no ano 2000 só 13% das pessoas entre 25 e 34 anos tinham o ensino superior 22 anos depois eram mais de 44% no entanto a taxa de desemprego dos jovens está acima dos 20% e é das mais altas da

Ocde os jovens portugueses têm salários mais baixos em comparação com a restante população e com o os outros jovens europeus mais de dois ter dos imigrantes que saíram de Portugal na última década tinham até 39 anos a geração mais qualificada de sempre debate-se entre ficar ou

Partir vivo em casa dos meus pais e e gostaria de não viver ainda em casa dos meus pais sou ainda de certa forma um peso e às vezes um fardo na nos orçamentos familiares se a minha expectativa de salário a é esse por exemplo entre 1200 ou

1400 que é o melhor cenário possível para muitos que trabalham em arquitetura Isto é impossível para suportar uma renda de uma casa nos níveis em questão eu sou licenciado em publicidade em marketing e tenho uma pção em marketing digital minha irmã tem mais 5 anos que eu portanto neste moment tenho 25 ela

Tem 30 neste momento estou a dividir quarto porque eu estou a receber menos que o salário médio acima do salário mínimo mas eh isso não é o suficiente para conseguir eh com 900 € desdobrar pagar uma renda que seja 400 € ou mais não vejo medidas reais ou concretas ou

Incisivas neste momento que me façam ter perspectiva de futuro Isto são tudo questões que geram a cidade Pelo menos eu acredito que não sendo a democracia exclusivamente o momento de dobrar um boletim de voto e colocar numa né É totalmente descabido que o facto de ter um emprego não

Signifi que se deixe de de ser pobre as pessoas vivendo assim é evidente que tem menor disponibilidade para para para viver e pensar e e fazer isto que é democracia um inquérito recente o European social Survey indicava que eh quando questionados se h e eh assegurar

Que não há pobreza eh entre os cidadãos de um país é uma característica é uma característica que uma democracia deve ter 72 por dos portugueses considerava que absolutamente sim é uma característica que uma democracia devia ter eh e é claramente o valor acima de qualquer outro país e Europeu que foi

Inquirido quando questionados sobre se um país deve ter eleições livres e justas eh a percentagem era semelhante portanto e eleições livres e justas que tem a ver com processos 71 por mas também erradicar a pobreza 72 por e portanto claramente há aqui uma dimensão substantiva que os portugueses colocam

Eh quando pensam na democracia querem que a democracia tenha os processos Democráticos masem querem também que tenha resultados que se traduzem numa igualdade efetiva e em justiça social tenho 77 anos nasci aqui em Aveiro mas toda a minha vida profissional como médico foi passada em Coimbra formei-me em 72 e portanto a

Minha vida profissional confundiu-se com a construção do SNS um dos primeiros passos foi o serviço médico à Periferia veio dar os primeiros passos de cobertura e da rede de cuidados primários e também depois a Organização das carreiras médicas nos hospitais que ve fazer com que a medicina em Portugal

E os cuidados de saúde explodisse e nos arrancasse os índices mais atrasados para um serviço de Saúde Público gratuito que em 2001 era um dos melhores já portanto foi um um avanço brutal brutal que agora infelizmente está a regredir sou enfermeira especialista em saúde infantil e pediátrica uma profissão Nobre com algumas dificuldades

Que temos vivido ao longo destes anos nomeadamente em termos de desvalorização da carreira principalmente pelos órgãos de governação não tanto pelas pessoas porque delas temos sempre muita muito feedback positivo democracia perfeita eh de facto não existe há sempre uma tensão entre o que é a democracia na prática

Não é e o funcionamento da Democracia ideal portanto aqui a questão é de facto individuar Qual é que são os pontos críticos e tentar introduzir as mudanças e as reformas necessárias para fazer com que este ideal seja menos distante seja possível alcançar do ponto de vista dos dos

Cidadãos antes de ser jornalista queria acima de tudo comunicar falei pela primeira vez ao microfone na rádio tinha 16 anos e foi na rádio que me tornei jornalista em democracia falando escrevendo e relatando factos sem censura de acordo com dados recentes Portugal está em nono lugar entre 180

Países no ranking de liberdade de imprensa e a solidez dessa liberdade de impressa em Portugal deve-se em boa parte à lei de 13 de Janeiro de 99 que refere que o jornalista tem direito de acesso à informação e não pode ser sujeito a quaisquer tipos de censura os

Jornalistas têm o direito de manter o sigilo quanto à identificação das suas fontes sem uma Imprensa Livre sólida e plural não há democracia o escrutínio dos diferentes poderes é essencial nesta missão de informar e contribuir para uma sociedade mais justa e desenvolvida Eu leio muitos jornais nós

Passamos aqui meses em que não se conseguiu discutir ao contrário parece muito o SNS nós passamos a discussão Da TAP discutiu-se a história da das indenizações das coisas etc mas não se discutiu a privatização prto on des viio on des viam quant se está a discutir

Isso não se está a discutir as coisas uma irresponsabilidade social você enquanto veículo de comunicação social embarcar nessa narrativa de que os problemas todos se resolvem os problemas todos se se aglutinam ali na na na corrupção uma das funções do jornalismo é ajudar a na construção do

Mundo que mundo é esse que você tá construindo quando você pega uma viira daquela debu e aponta pras pessoas na direção só da corrupção e tem uma miríade de outros assuntos que são relevantes e que estão a passar ao lado e que ninguém tá a se importar com isso

É tão fácil cair na tentativa de gerar likes e gerar cliques e gerar buz porque isso gera mais valor daí eu tentar ir para lugares mais exentos porque não há essa tentativa de capitalização pura digamos assim uma questão fundamental saber quem são os proprietários para minimamente saber H em que condições é

Que pretendem operar num setor tão sensível como da comunicação social a questão também eh da concentração tem a ver com eh quando há excesso de concentração da propriedade no setor eh significa que vai com certeza comprometer a diversidade de perspectivas porque se todos forem do mesmo dono provavelmente não haverá

Grandes diferenças nas abordagens e também tem outras questões que é quando essa Concentração da propriedade cruza diferentes setores de atividade o que obviamente também em vez dos benefícios serem para a sociedade os benefícios serem para outros negócios que essas empresas eh possam ter Portugal destacou-se positivamente pela introdução e consolidação de leis que

Protegem as minorias por exemplo fomos o oitavo país do mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo temos legislação contra a discriminação racial incluindo a discriminação baseada na ascendência território de origem certo é que há ainda caminho a percorrer para que Portugal seja uma sociedade verdadeiramente inclusiva que Garanta

Direitos iguais para todos independentemente do género capacidade financeira orientação sexual Credo etnia ou idade sei dizer o que que tá na cabeça das pessoas quando a pessoa acha que tá elogiando e na verdade ela tá reproduzindo um estereótipo então é muito frequente escutar comentários do tipo ai asul mulheres brasileiras são todas tão

Bonitas as mulheres brasileiras são todas tão alegres como é que você pode falar isso e e que Liberdade você tem de falar para uma mulher brasileira que as mulheres brasileiras são todas muito bonitas e muito alegres eu não te dei essa intimidade eu tô dentro do seu táxi

Tô dentro do seu tvde e você vem me falar esse tipo de coisa que situação desconfortável fazendo parte de uma minoria aqui da LGBT que a mais onde encontrei momentos de discriminação foi onde sear menos esperava que foi na saúde eu já doei sangue já já fui dador

De sangue e percebi que que o meu tipo de sangue é o mais raro portanto sou dador Universal e sou recetor único quando fui dar uma segunda ou terceira vez eh fui impedido apesar de ter testes todos em dia estar completamente confortável com todos os parâmetros não

Ter qualquer tipo de problemas de saúde fui rejeitado porque no meu caso não não bastava a pena 6 meses penso que era seis meses uma relação estável monogâmica apenas com o mesmo parceiro tinha ser garantido um ano inteiro eh disto porque era um caso excecional a democracia tal como nós a concebemos

Implica escolha implica sermos capazes de decidir entre rumos mas implica fundamentalmente e até acima desta dimensão de escolha a proteção dos direitos das minorias se amanhã houvesse um referendo que tivesse como opção de voto algo que implicasse violar os direitos de uma minoria mesmo que esse referendo fosse aprovado por uma

Esmagadora maioria da população Esse referendo não seria democrático porque está a violar um princípio democrático Central que é a proteção dos direitos das minorias o princípio da Escolha não se pode sobrepor à dimensão protetiva que a democracia implica proteger todos eu sou juíza social no tribunal de

Família em menores de cascar e tenho contacto com vários processos principalmente de casos de violência doméstica a estas mulheres a estas minorias o acesso ao direito não lhes chega da forma imediata da forma eficaz o que faz com que muitos casos terminem em feminicídios que os processos são

Muito burocráticos a população acaba por desconhecer os seus direitos no acesso a um profissional a um advogado oficioso através da Segurança Social que é dada de forma gratuita na área da Justiça ainda muito por fazer de acordo com o European social Survey Quito aplicado em 31 países europeus mais de 2 terç dos

Cidadãos consideram que os tribunais não tratam todas as pessoas de igual forma a opinião que eu tenho sobre o sistema de justiça em Portugal não é boa já precisei dela numa situação de um advogado à Segurança Social e e o senhor advogado com a a sua experiência ou

Inexperiência esqueceu-se de de uma data e eu tive que me assumir como culpada numa situação que não era se Nessa altura eu tivesse condições financeiras para contratar um advogado eh eu acho que teria um desfaço diferente mas infelizmente não eu acredito que Portugal oferece os mínimos de condições

De acesso à justiça nomeadamente os patrocínios Judiciários com a segurança social a isenção de custas só que qual é que é o problema este Patrocínio além de ser precário e de não ser um patrocínio incrível quando chega à fase judicial aquele que nós temos na nossa Constituição chamado de processo

Equitativo portanto todos os cidadãos devem ter acesso a um processo equitativo não é concretizado com a lentidão dos nossos tribunais a justiça tem na minha perspectiva dois grandes problemas um primeiro problema é a lentidão Todos nós temos direito a ir a tribunal e que a questão seja deca e

Deca em vida e em vida útil certo e esse problema já agora é também muito agravado nos casos que são os casos que a opinião pública gosta de trazer para cima da mesa que são os casos da criminalidade económica complexa e da corrupção O que é grave porque contribui

Para o descrédito da Justiça no seu conjunto e depois acho que há um segundo grande problema deixando a questão da morosidade que é de facto trabalhar para que a justiça seja para todos o sistema de acesso ao direito é para aqueles que de facto não têm maisos económicos mas

Há muitas pessoas da classe média que têm meios económicos mas que são desincentivos pelo sistema de custas quando foi levados também aqui a constituição é um projeto inacabado é um programa também de ação e um Horizonte de esperança nas primeiras eleições em liberdade votaram 92% dos eleitores renad foi a 25 de

Abril de 75 um país inteiro saiu à rua com entusiasmo para eleger os deputados queriam discutir e redigir o texto da constituição eu tinha 19 anos quando exerci pela primeira vez o direito de voto foi nas autárquicas de 89 recordo bem o ambiente do dia e reconheço até

Hoje a importância daquele momento na minha vida em cinco décadas de democracia nunca a legitimidade de uma qualquer eleição foi posta em causa o processo eleitoral consolidou-se e tem decorrido de forma relativamente tranquila mas será que estamos satisfeitos com o modo como a democracia funciona com a qualidade do debate

Político estarão os cidadãos mais perto ou mais longe dos partidos e daqueles que lev para os representar a primeira vez que votei foi logo em 1975 e lembro-me que em Évora foram filas nós tivemos horas n filas para votar mas foi maravilhoso porque nós nunca tínhamos votado nem nem

Sabíamos o que era aquilo tive muito presente o sentimento que aquele momento poderia fazer a diferença podia fazer a diferença num país hoje voto mas não voto com a mesma vontade eu votei pela primeira vez tinha 28 anos ou seja 10 anos depois de poder começar a votar até

Aí não estava muito interessada não não me chamava muito a atenção dizia sempre a mesma coisa eh dizem todos o mesmo são todos iguais após a morte do meu pai comecei a trabalhar e claro comecei a perceber que que a minha escolha ia realmente influenciar em tudo o que era a minha a

Minha vida profissional a minha vida enquanto cidadã enquanto mãe que a legitimidade do Poder radica no povo o povo periodicamente em eleições livremente pode dizer o rumo que quer traçar para o país esse é um fator absolutamente Fundamental e que claramente diferencia os estado de hoje daquilo que era o estado a democracia

Não é apenas o governo da maioria a democracia é também a participação da minoria a minoria faz parte do jogo e por isso o nosso sistema aliás é representação proporcional é importante que a minoria esteja na Assembleia é importante que a minoria possa ajudar a melhorar as leis isso é importante mas

Isso pressupõe um espaço de diálogo entre 1975 e 2024 usaram-se em Portugal 49 atos eleitorais entre eleições legislativas presidenciais autárquicas e europeias e isto devemos somar ainda 26 eleições regionais e três referendos a nível Nacional apesar da regular frequência dos atos eleitorais a perceção dos portugueses sobre a política revela alguma insatisfação e

Afastamento mais de 60% dos cidadãos tendem a não confiar na Assembleia da República um valor ligeiramente Acima da Média europeia que é de 6% já oito em cada 10 tendem a não confiar nos partidos políticos ou na sua própria capacidade de participar na política antes de poder votar já tinha

Essa intenção e tinha essa vontade política Valorize esse processo democrático incentivo quem tá à minha volta para foi fazer também porque sempre foi incentivado pelos meus pais a isso também é dos poucos locais onde a gente pode realmente a definir se Estamos bem com o que está a acontecer

Ou se queremos outra mudança e qual mudança é que queremos que exista não sinto que a minha voz seja ouvida enquanto cidadã não sinto que a nossa voz seja ouvida enquanto enfermeiros hoje em dia quando vou votar sinto só que sou mais uma que vou votar em algo

Que não se vai repercutir na nossa vida sinto-me desanimada acho que os políticos ees tem em consideração os seus eleitores e há uma despreocupação Total com a pessoa em si há uma há uma despreocupação ou seja do outro lado tá um voto não tá uma pessoa um princípio

Central da Democracia é o princípio da responsividade As instituições democráticas devem produzir decisões que refletem as preferências dos cidadãos e que nesse sentido São responsivas o que os dados sobre Portugal nos indicam é que os cidadãos não se sentem e não percecionam essa responsividade nas decisões políticas Esse é um Desafio que

Portugal Tem como é que podemos assegurar que esta que é uma característica central da Democracia é reforçada parte do exercício para isso implica paradoxalmente uma maior participação dos cidadãos e digo paradoxalmente porque de certa forma nós temos aqui um ciclo vicioso quanto menos as pessoas sentem que a democracia reflete os seus interesses

Podem se afastar da Democracia participar menos envolver-se menos e isso faz com que a responsabilidade seja ainda menor eu olho para o sistema político como se fosse um jogo viciado em que eh dificilmente vamos sair da Sea torta promessas Há muitas mas não não são cumpridas tem interesse neles em

Primeiro no seu partido em segundo nos amigos em terceiro eh nos tios nos primos e por aí fora e nós o povo estamos cá mais para baixo na na cadeia de de interesses e eu não me identifico nada com isso quando se vai governar um

País tem que ser para fazer o melhor por pela pela população correto desenvolvemos um projeto que Abarca o comprimento de promessas o estudo do cumprimento de Promessas de 95 até ao final do mandato eh 2015 2019 e em geral O que sucede é o cumprimento até relativamente alto na ordem dos 60% isto

Está muito alinhado com o que acontece com com os outros países que fazem parte deste projeto que é um projeto internacional o que acontece é que os cidadãos de modo geral tendem a percecionar as promessas como e sobretudo como não cumpridas e tendem a entender que os deputados quando são

Eleitos na verdade não fazem um esforço para o cumprimento E os políticos e o que está à vista não não é entusiasmo a mim não me entusiasmo nós vemos na televisão pessoas repetitivas os protagonistas políticos deixam imensa desejar no ponto de vista intelectual no ponto de vista

Humano a partir do momento em que chegam aos cargos políticos esquecem-se do principal que é estamos aqui em prol de pessoas de de um bem maior ou seja não somos nós nós estamos aqui para nós estamos aqui para a ajudar estamos aqui para construir Não Para nós nós estamos

A construir para eles eles somos nós todos é a nossa sociedade é o nosso Portugal eu não generalizo a apreciações de de classe política ou de políticos antes de mais a política é o meio através do qual conseguimos mudar o mundo à nossa volta o trabalho enquanto

Deputado eh é é exigente por outro lado também não deixo de ter no de que existem as portas giratórias que existem os lobis que existem os interesses dos grandes grupos económicos que façam com que aquilo que são os nossos representantes numa Assembleia da República não sejam assim tão isentos

Todos estão lá a representar só que muitos não de estar a representar mim ou não representam por exemplo quem trabalha há muito trabalho feito sobre a relação entre desigualdade económica e desigualdade política sobretudo nos Estados Unidos só mais recentemente é que começaram a ser estudados casos europeus acabamos por ver que quem tem

Mais educação mais rendimento participa mais quem tem menos de facto eh acaba por ter a voz silenciada e faz-se ouvir menos tanto em termos de voto como participação nas outras várias instâncias ao participar menos as decisões políticas são também elas alvo de um viés e é um viés que é favorável a

Uma classe social média ou alta e que descarta em grande medida aquilo que são as necessidades e as preferências desse grupo menos privilegiado Há uma grande distância dos cidadãos comuns em relação às instâncias do Poder os partidos têm monopolizado a vida e política e a representação política não é e e eh tem

Tornado também difícil e a possibilidade de novas preocupações ou novos grupos sociais eh terem de facto uma um papel ativo na vida política portanto os cidadãos depois são desconfi Anes em relação a O que é que eh O parlamento e e e os governos podem fazer existe ainda

Eh uma uma cultura eh da Cunha do jeitinho eh do favorecimento e é eh de tal e e está de tal forma enraizado na cultura Portuguesa que eu acho que as pessoas não têm noção de que estão a cometer tráfico de de influências corrupção peculado está tão em

Que para as pessoas aquilo é um comportamento natural e muitas vezes eu acho que essas pessoas até acham que esse tipo de comportamento são no fundo mecanismos de compensação social aquilo que as pessoas entendem como uma prática de corrupção eh não equivale necessariamente àquilo que a lei diz Ou

Seja é mais abrangente do que a lei o facto é que e nós temos sobretudo a nível da da prevenção nós temos muitas falhas Há muitas oportunidades para alguém com um cargo de poder e se poder envolver em Atos de de corrupção portanto quando nós temos e

Sistemas de de decisão política e onde há muitos conflitos de interesse onde há uma uma grande promiscuidade devido a uma grande proximidade entre poder político e e e grupos de sejam grupos económicos grupos sociais etc isto aumenta muito as probabilidades de poder haver aqui um um pacto corruptivo entre entre os

Desenvolvidos até meio da década de 80 Portugal destacava-se entre as democracias com eleições legislativas mais participadas daí para cá deu-se uma queda acentuada na participação eleitoral Portugal acompanha a tendência Global das chamadas democracias de terceira vaga eleições fundadoras bem sucedidas dão progressivamente lugar ao eleitorado mais distanciado apesar do sinal positivo das

Eleições de 10 de Março de 2024 a participação eleitoral oficial caiu cerca de nove pontos percentuais por década entre 1975 e 2022 mais de 30% da população com idade de voto não vai às urnas em legislativas as eleições as europeias têm sido Regra geral as menos participadas por sua vez as autárquicas

Foram as que registraram o menor declínio em termos de participação são os jovens e os adultos até aos 44 anos Quem mais se abstém e é a partir desta idade que os eleitores tendem a ser mais ativos não não costumo votar nunca votei na minha vida porque não acredito não acredito eh

Nos políticos quando estão em campanha apresentam 30.000 ideias vão às feiras vão todo lado vão com o povo depois desaparecem essas 30.000 ideias 12 são levadas lá ao Parlamento e depois há uma pá que até com muito custo é conseguida para mim não dá eu quando Oi se alguém

Me dizer e pá vota num mal menor fora de questão não é isso que que é para a minha vida eu quero uma coisa boa eu abstive algumas vezes em algumas votações portanto considerar-me um abstencionista intermitente porque creio que quando não há nenhuma solução que esteja enquadrada

Dentro da da minha dos Meus interesses no fundo do interesse que eu acho que é o interesse Geral do país não faz sentido escolher uma menos má acho que devemos lembrar que os nossos deputados todos os dias votam contra a favor ou abstém-se na Assembleia da república e nas assembleias municipais portanto é

Uma figura que naturalmente faz parte da do processo democrático eu não considero abstenção uma opção porque se eu não deixar a expressa a a minha intenção todas as outras intenções que não são necessariamente a minha prevalecerão deita a perder tanta coisa pela qual se lutou uma coisa tão simples

Como uma cruz num papel Foi algo que se que se ganhou há 50 anos os jovens foram socializados num contexto de digitalização da da da sua vida portanto eles interagem em grande medida Por meios tecnológicos e para eles as coisas são mais imediatas são mais individualizadas e um dos obstáculos que

Eles vam no funcionamento do sistema atual é precisamente que é muito burocrático é muito pesado é Moroso não responde logo responde coletivamente e portanto não se revê na forma de fazer política atual o afastamento que existe entre os decisores políticos e os jovens centra-se essencialmente eh na falta de correspondência das expectativas dos

Jovens eh no que toca e acesso à justiça à habitação a saúde ao trabalho a políticos que não houvem temão em não ouvir em não dar espaço em não fazer eh valer nos seus orçamentos os interesses dos jovens a democracia implica conflito confronto de ideias mas Implica também

Um espaço partilhado onde nós podemos dialogar entre nós e encontrar também a forma como esse conflito pode ser e primido e resolvido para gerar consenso e esse espaço democrático de certa forma tem-se Perdido nos últimos tempos tem-se perdido em parte porque vivemos um contexto de crescente polarização política e tem-se perdido também pelo

Facto o espaço de interação social se ter deslocalizado o espaço físico para um espaço virtual e nesse espaço virtual nas redes sociais sabemos que muitas vezes os algoritmos levam a que surjam bolhas de comica as pessoas vivem fechadas em bolhas onde houvem informação do seu lado eh tem pouca

Interação com o outro lado e perde-se essa noção de comunidade que está no centro da Democracia eu acho que estamos a deixar-nos desleixar entre aspas na participação da democracia e de e e não Lemos aquilo que são as propostas dos partidos não Lemos aquilo que são as propostas as pessoas

Bom aqui pela Freguesia eu vejo eh na Assembleia de freguesias estão quando muito vem um duas pessoas mas a maior parte das assembleias não vem ninguém à Assembleia Porque que as pessoas estão a alhar Depois fazemos é política no café ou política na na no dis que disse e

Portanto eu penso que a participação dos cidadãos é essencial assim são os olhos do meu coração É verdade que depois da crise económica de 2008 houve um aumento das formas de participação através de movimentos sociais e algumas formas de participação eh de protesto mais inovadoras que que levou à mobilização sobretudo dos grupos

Etários mais e dos jovens não é participarem mais na vida política e e manifestar-se de várias formas não é E no entanto a partir de 2014 2015 e não temos observado uma continuidade estas formas de participação recordo a nossa greve e dos Enfermeiros em 2019 que foi

A marcha Branca eh que fo que foi um uma aliança muito grande todos os enfermeiros forma de manifestação sinto que os políticos não têm consideração e até quase que oso dizer não respeitam a voz dos eleitores quando existem manifestações sobre habitação Esse é um tópico que as pessoas vão

Debater nos telejornais no espaços comentários no espaço político portanto nunca nunca é inútil Infelizmente não temos visto muita intenção a vontade política para que as coisas realmente mudem com a rapidez que gostaríamos partipação em movimentos sociais em Portugal seja menor do que noutros países é também verdade que algumas leis

Importantes das últimas décadas foram impulsionadas pelo ativismo de grupos específicos foram petições apresentadas por cidadãos que estiveram por exemplo na origem do alargamento Do Luto parental de 5 para 20 dias ou da proibição da utilização de animais no circo a pressão de grupos de cidadãos ajudou também a tornar centrais temas

Como as questões do ambiente a violência sexual opção voluntária da gravidez ou os direitos LGBT obviamente há todo uma série de instrumentos que podem ser utilizados quer a nível da sociedade civil por exemplo formas de protesto mas também e outras formas por exemplo de boicote ou digamos mais inovadoras de de

Protesto depois há também uma parte que é menos utilizada em Portugal que é recorrer a tribunais em 2022 criei a associação um último recurso eh que é a primeira associação em Portugal que pretende e que está a utilizar o direito para colocar ações judiciais contra entidades eh que não cumprem com a lei

Ambiental a primeira entidade em Tribunal foi o estado português por inação climática o direito e os tribunais portugueses não estão preparados para enfrentar uma crise climática e ambiental desde também não há juízos nem técnicos especializados não há sequer um tribunal especializado em Direito ambient ental apesar de estar

Previsto na lei isso fez-me pensar eu preciso de fazer mais do que continuar sentada no meu sofá ou de acordar às 9 da manhã para ir para a faculdade como se nada no mundo estivesse a mudar porque na verdade tudo está a mudar Portugal de de de 74 eh não é e o

Portugal de 224 acho que perdemos o o o otimismo e a esperança eh do do do pós-25 de Abril sobretudo na na na viragem do do século e e neste momento eu sinto que há mais e angústia e e frustração do que do que propriamente Esperança eu acho que é

Importante tentar organizar as formas de participação de uma forma mais H eh flexível e e menos institucionalizada ou seja tentar fazer com que haja mais Arenas de participação para além da arena litoral aqui em Portugal eu acho muito interessante como é que as as instituições se seguram né

E achei muito foi muito impressionante para mim foi muito simbólico ver o primeiro ministro se demitir e o país continua andando as coisas continuam funcionando porque as instituições estão ali seguras a nossa democracia não vai propriamente bem portanto é salutar que estejamos em democracia que tenhamos uma democracia

Consolidada não é tão salutar que tenhamos problemas no sentido em que temos um uma percentagem crescente de de de portugueses que admite soluções governativas menos democráticas de lideranças fortes e havendo mesmo alguma alguma aceitação por parte de um pequeno segmento da população portuguesa mas que é crescente de governos de natureza

Claramente autoritária militar O que é que explica esta emergência do populismo e esse sentimento de não teros não ter voz sentir que o sistema político não nos está verdadeiramente a ouvir é um sentimento que os partidos populistas e os candidatos populistas um pouco por todo o mundo têm mobilizado

Não é o fator obviamente há fatores sociais há fatores económicos mas diria que há um Ponto Central que que permite-nos porventura Ligar estes vários fatores que é este sentimento de que a minha voz não é ouvida a democracia tem que se Reinventar e tem que pensar em como é que é capaz de

Chegar e é todas essas pessoas Muitas delas jovens que não se revem no modelo e que não se sentem verdadeiramente empenhados em nele participar e isso é um desafio é Um Desafio complexo que devia ser levado muito a sério 50 anos de vida representam uma conquista é que

A democracia instala-se O que é bom instala-se lembram-nos só na nossa memória que está o que ficou para trás mas é realmente um um bem-estar há uma forma de bem-estar acho que o futuro da Democracia pode efetivamente passar por novas formas de participação há várias experiências que que estão a ser feitas

Várias formas de de participação democrática que não são só a democracia representativa através de de eleições nas quais os cidadãos escolhem os seus representantes França adotou isso recentemente com assembleias de cidadãos para refletir e fazer propostas em torno das alterações climáticas eh a Irlanda eh fez isso para questões de políticas

De moralidade eh como a questão da interrupção voluntária da gravidez outras como orçamentos participativos Portugal tem tido eh bastantes experiências a nível eh local todas essas são formas de tentar recapturar um princípio democrático Central que é esta ideia de que todos somos iguais e todos temos igual oportunidade de votar portanto é

Possível que a democracia se tenha que Reinventar porque enfrenta crises mas é quase certo que o futuro da democracia eh Será diferente daquil que temos agora não está tudo feito mas já muito se fez em 50 anos desta Nossa democracia Nossa porque deve chegar a todos aos que

Se afastaram desiludidos com a política e os partidos aos que ainda se reveem no Parlamento a tantos que encontram novas formas de participação participar escolher ter voz ativa na sociedade os direitos conquistados não são adquiridos a democracia é robusta mas há novos e velhos perigos à espreita sendo sempre

Um projeto inacabado imperfeito a democracia permite-nos no entanto tomar o futuro nas nossas próprias mãos e o que mais importa nos próximos 50 anos é que a possamos continuar a construir C uh