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Esta é a história do dia da Rádio
observador já terminou o estado de graça
do
governo em que medida é que ele se quer
desconectar mais desse seu próprio
passado também ou não Não sei a mim
parece-me que foi muito Evidente durante
os últimos tempos que houvesse
desconectar-se de tentar desligar na
rádio observador entrevistado por Maria
João vils pass Coelho verbalizou o
afastamento mais ou menos notório de
Luís Montenegro em relação ao governo e
ao tempo em que o PSD governou com a
presença da troika Isto é apenas um
episódio em vários que marcam os
primeiros dias de governo AD e que estão
de certa forma a ensombrar um arranque
que tinha sido mais ou menos tranquilo
isto quer dizer que o habitual estado de
graça de que gozam os governos acabou
antes do executivo completar um mês é
uma das perguntas para Miguel Santos
carrapatoso editor adjunto de política
do Observador eu sou Ricardo Conceição e
esta é a história do dia de quarta-feira
17 de
Abril bem-vindo Miguel Olá Ricardo o
governo tomou posse há menos de um mês
já tropeçou várias vezes
E para isso contribuiu e muito Pedro
passes Coelho mas já LV Vamos essa parte
primeiro o que é que se passou com
Patrícia Dantas que ia para a adjunta do
Ministro das Finanças no fundo houve
jornais nomeadamente do corre da manhã
que recordaram que Patrícia Dantas é
neste momento ou foi melhor dizendo
acusada pelo Ministério Público há 6
anos de ter emitido faturas falsas e é
suspeita de crimes como associação
Luminosa burla qualificada fraude fiscal
Enfim tudo envolvendo Fundos europeus
Mas isso não vai ao questionário ou ela
não respondeu ao
questionário não os adjuntos não
respondem ao tal questionário com
36 do governo perguntas é só para
membros do governo secretários de estado
e ministros acontece que isto já era
público este caso é sobejamente
conhecido e portanto e no fundo houve
alguém que teve muito pouca prudência ao
fazer este convite é sempre importante
dizer que não há julgamento não há não
foi preferida uma sentença não há
trânsito em julgado eh inocente até
paraem contrário fazer essa pedagogia é
sempre importante agora do ponto de
vista político é evidente que esta
ex-deputada estava numa situação que não
recomendava convites deste género para o
ministério que é e com a exposição que
tem e depois temos eh quase desde a
primeira H desde que foi conhecido o
nome um outro caso que é o da secretária
de estado da mobilidade Cristina Pinto
Dias sim mais uma vez é um caso que
também já tinha sido noticiado no
passado Cristina Pinto Dias agora
secretário de estado da mobilidade saiu
o dcp com uma minimização depois de
trabalhar lá 18 anos saiu por comum
acordo não é própria exatamente foi para
a autoridade da mobilidade dos
transportes recebeu Como dizia e este
caso presta-se naturalmente a
comparações com o de Alexandra Reis que
como sabemos saiu com minimização
Milionária portanto estamos a falar de
valores muito diferentes circunstâncias
muitíssimo diferentes neste caso são
80.000 € contra os 500 São muitos mais
anos de casa enfim saiu noutras
circunstâncias mas aqui mais uma vez a
perceção na política conta muito não é
não não cont não nada de irregular Não
Contam apenas os factos a perceção conta
muito e e mandava mais uma vez o bom
senso que H esta esta escolha não
tivesse sido assim era perfeitamente
dispensável Foi um erro não forçado por
parte do governo um de alguns que já se
vão acumulando e depois temos aquele
tropeção que eu diria que levou mesmo a
uma queda figurada talvez do primeiro
ministro e do Ministro das Finanças
tropeçaram e caíram levantaram-se de
novo que é a história do IRS primeiro
ponto o governo falou ou não falou
verdade para te responder honestamente a
isso ou com propriedade pelo menos
teríamos quase de contar uma história
com barbas que vai até ao Pontal ao
primeiro Pontal Luís Montenegro em que
esta proposta foi apresentada entretanto
O Mundo Mudou Há um novo orçamento do
Estado o governo socialista Fernando
Medina na altura ultrapassou largamente
a a primeira proposta do do do psum que
depois adaptou a proposta para para o
seu programa eleitoral apresentou-a
várias vezes portanto Tecnicamente não
se pode dizer que o governo mentiu
Portanto o que tu estás a dizer é que
houve uma Primeira ideia do PSD para
reduzir tal história dos dos 1500
milhões o PS o governo do PS avançou com
a medida e agora o governo do PSD dá
continuidade à medida alargando em mais
não se chega a 200 milhões eu não sabe
até exatamente que valor será esse
examente esse valor máximo de de
desagravado o ir RS ou seja aproveitou o
trabalho feito por Fernando Medina e
acrescentou-lhe uns pozinhos que eh no
bolo Total parecem pozinhos parecem e
São Claro pozinhos irrelevantes agora
Tecnicamente não se pode dizer que Luís
Montenegro ou os dirigentes e ministros
do atual governo tenham mentido mas é
legítimo dizer que eh omitiram uma parte
muito importante da história porque
instalou-se uma ideia e na sociedade de
que pronto veria aí uma brutal descida
de de impostos e o que é facto é que não
vem portanto a culpa aqui é Nossa nossa
no sentido do cidadão contribuinte que
não percebemos obviamente que não é
Nossa no no sentido de do cidadão
contribuinte há um dever e uma
responsabilidade de comunicar bem e de
forma transparente dever esse que o
governo não cumpriu agora também é
importante notar uma coisa o que está a
ser discutido é uma parte substantiva do
programa de governo mas é apenas uma
parte quando se fala em redução de
impostos e redução do IRS há mais uma
série de medidas que o governo tem
Preparadas falo por exemplo da taxa
máxima de 15% para os jovens até aos 35
anos pode discordar ou concordar Mas é
uma proposta que também está inscrita no
programa do governo mais o chamado 15º
mês que é no fundo uma isenção para
prémios atribuídos pelas empresas tudo
isso está H ou foi
e quantificado e ainda não foi
apresentado como uma proposta eh
concreta agora o governo poderia ter
perfeitamente aproveitado este anúncio
dizer que era apenas um sinal e que
haveria mais propostas para a frente
poderia e deveria ter feito isso não
ficar preso aos 1500 milhões de euros
porque isso induz as pessoas em erro e
Aqui as pessoas de um modo geral e
também a comunicação social o governo
não respondeu a várias perguntas que
foram feitas por vários jornais de forma
convincente Ou nem sequer respondeu e
portanto Houve aqui uma tentativa
empenhada ou não não me caba a mim dizer
mas houve uma tentativa de omitir uma
parte muito relevante da história chama
ainda a atenção para outro aspecto que é
importante para a discussão isto não é
um orçamento do Estado uhum o governo
não apresentou um orçamento do Estado
haverá altura eh e momento próprio para
o fazer e será em outubro aí veremos
Qual é exatamente o caminho que o
governo tem para a redução do irc
redução tradicional aquela que nós
estamos habituados a discutir eh e
Veremos se eh entre a quarta-feira e
sexta-feira não haverá também mais
novidades nesse aspecto são os tais 200
milhões são muito mais que 200 milhões
são até menos enfim há aqui uma
oportunidade para que o governo possa
ainda esclarecer que contas tem para
apresentar vamos ver se aprendeu ou não
com o erro de comunicação que cometeu já
voltamos à conversa com Miguel Santos
carrapatos o editor adjunto de política
do Observador até que ponto estes
tropeções podem ou não pôr em causa o
estado de graça do novo governo
Esta é uma história de intrigas segredos
e traições é uma história de agentes
secretos e de um agente secreto em
particular Vladimir
vladimirov
pu Esta é a história escondida de como
Vladimir Putin montou uma teia de poder
e guerra que começou no KGB e acabou na
Ucrânia um espião no crem é uma série
para ouvir em seis episódios que faz
parte dos podcast Plus do
Observador já pode ouvir todos os
episódios no site do Observador nas
plataformas de Podcast ou no YouTube os
podcast Plus do Observador tem o apoio
da onda
automóveis estamos de regresso à
conversa com Miguel Santos carrapatoso
editor adjunto de política do Observador
Miguel e para esta lista contribuiu e
muito passes coalho e em duas semanas
seguidas esta lista de tropeções
proponte aqui uma ordem cronológica
temos que ter uma ordem qualquer E
começamos pelas declarações do
ex-primeiro-ministro na apresentação do
livro identidade e família em que
verbalizou a discordância que tem com o
Montenegro ou com o atual PSD em relação
ao chega é fundamental que nós
possamos olhar para as
pessoas que ficaram desiludidas nestes
anos
e é bom que todos aqueles que receberam
um voto de confiança muito forte para
pôr um fim a isso quem vai acompanhando
mesmo que à distância as posições de
Pedro passos Coelho sobretudo em privado
sabe que o antigo primeiro-ministro acha
um profundo disparate a ideia do não é
não a André Ventura é uma posição
conhecida já falamos dela aqui na
história do diaas vezes examente quer é
conhecida tanto que por Luís Montenegro
e a atual e pela atual direção do PSD
como é conhecida de um modo geral por
quase todos os jornalistas que fazem e
ou acompanham a vida interna do PSD é
aliás eh ou foi aliás um dos motivos que
esteve na origem do afastamento entre os
dois entre Luís Montenegro e Pedro
passos Coelho a novidade aqui foi Pedro
passos Coelho ter sido tão explícito em
relação a à sua discordância e o facto
de o ter feito numa altura
em que apesar de se estar e de ter
chegado recentemente ao lugar de
primeiro-ministro toda a gente já
percebeu que este governo e será ou está
muito fragilizado este governo abana
muito com o vento nãoé abana muito com o
vento não tem uma base eh sólida do
ponto de vista parlamentar e portanto
aparecer alguém com o estatuto e a
autoridade de Pedro passos Coelho a
dizer que PSD chega deveriam eh
entender-se
isso resolveria um grande grande parte
dos problemas de de Luís Montenegro
causa evidentemente mossa agora também é
preciso notar isto Luís Montenegro fez
toda uma campanha dizendo não é não e
portanto também não podemos imaginar o
que seria um resultado da Ad se Luís
Montenegro não tivesse feito essa
campanha nesses termos portanto não se
trata dizer se é Pedro passos Coelho
quem tem razão ou Luís Montenegro agora
tem é opiniões absolutamente com
contrárias e divergentes E agora temos a
entrevista à rádio observador no podcast
de Maria João viles eu estive lá ele
realmente foi um grande líder
parlamentar e foi aí que nasceu a
possibilidade dele poder criar condições
para fazer o caminho para vir a ser
líder do do PSD Portanto ele faz parte
dessa herança desse legado importa aqui
explicar que esta entrevista estava
agendada há muito tempo e que estava
previsto que este Episódio
especificamente saísse nesta segunda
feira isto só para prevenir teses mais
conspirativas que acham que há aqui uma
agenda qualquer escondida calhou no
calendário calhou assim em duas semanas
consecutivas Pedro passos Coelho falou e
causou moça e isto Miguel eu não me
lembrei de expressão melhor para isto
mas talvez seja um pouco exagerada está
aqui entre aspas um foi um tabf público
a Luís Montenegro não querendo fazer um
juízo de de intenções parece-me que foi
a consequência prática das declarações
de Pedro passos coelho quando o antigo
primeiro-ministro lembra que foi graças
a ele que luí Montenegro chegou à
liderança da bancada parlamentar do PS
que foi graças a isso que chegou ou que
foi ou começou a
entrar no Campeonato dos potenciais
líderes do do partido e quando Pedro
passos Coelho recorda que Luís
Montenegro era um ponta de lança do
pismo e era fez parte daquele tempo e
que agora nas palavras de Pedro passos
coelho se está a esforçar por fazer
esquecer esse esse seu legado tudo isto
é um tabf usando as tuas palavras a luí
Mont negro e é também
a absoluta verdade não só na parte mais
histórica da conversa mas também porque
Luis Montenegro se tem efetivamente
esforçado para deixar de ser
percecionado como o pon de Lança do
pismo há declarações públicas de Luís
Montenegro onde diz que a sua grande
inspiração política é ael Cavaco Silva
não só é sua grande inspiração política
como tudo o que tem feito desde que é
líder do PSD até ao momento em que
chegou primeiro-ministro é uma cópia
daquilo que eh a nível Cavaco Silva
fazia quando era líder do PST e
primeiro-ministro até a ideia de
reconciliamento com
os pensionistas e com a classe média É
ou vem do livro daníel Cavaco Silva os
dois são próximos falam Luís Montenegro
procura conselhos anbel Cavaco Silva
teve naquele congresso de relançamento
de Montenegro 25 de novembro e tudo isso
e custará eventualmente a Pedro passos
coelho que vê o seu próprio partido de
alguma forma a não proteger o legado que
é seu isso por um lado pode custar ou
não depende de cada um mas seguramente
que o desobriga de estar muito
preocupado em pensar se vai ou não
causar grandes sarilhos ao governo em
funções e ao seu próprio partido uma vez
que o seu próprio partido deixou de
estar muito empenhado em defender a
herança de Pedro passos coelho e
deixa-me aqui deixar a sugestão aos
ouvintes da história do dia de ouvir o
episódio os dois episódios que gravamos
precisamente com o Miguel Santos
em que traçamos um perfil de Luís
Montenegro há dois episódios para Luís
Montenegro e dois episódios para Pedro
Nuno Santos na semana ali antes da das
eleições publicamos esses esses
episódios e esta parte que o Miguel
acaba de descrever está também eh é mais
aprofundada nessa conversa que tivemos
nesse episódios da história do dia
Miguel mas em menos de um mês há todas
estas situações ou todas estas Ou pelo
menos estas situações Isto é normal nós
é que já não estávamos habituados a isto
porque tivemos 8 anos de António Costa é
normal este tipo de situação nos
primeiros passos de um de um governo eu
diria que estávamos demasiado bem
habituados se nos recordarmos do que
foram os dois anos sobretudo os dois
últimos anos de de António Costa a
Cadência dos casos e casinhos era quase
diária agora h não podemos fazer essa
colagem acho que o governo de mon está
ainda muito longe de chegar a um período
em que se possa dizer que que é um
Pântano político acho temos ser justos o
que acontece é que este governo ao
contrário de todos os outros de António
Costa sofre de um pecado capital é que é
demasiado frágil isto não é uma uma uma
análise política Isto é eh constatação
de um facto AD não tem maioria no
Parlamento e não tem com quem conversar
aparentemente atendendo à posições do
partido socialista e do chega portanto
convinha eh a Luís Montenegro que
evitasse todos os erros não forçados
portanto que fosse
competente mais competente possível e
que depois ao reagir a um erro ou quando
o erro acontece que o faça de forma
menos ofensiva estou a usar um um
eufemismo para que consiga preservar
algumas das pontes que ainda possam
restar acusar a oposição já nem falo da
comunicação social porque isso são as
dores naturais de quem está deste lado
mas acusar a oposição de estar a fazer
uma política de terra queimada quando é
evidente para todos que houve uma
tentativa bastante Clara de omitir uma
parte cavalgar a onda pel e cavalgar a
onda e mediática e política como uma
medida Teoricamente Popular isso não é
uma forma muito e prudente de fazer
política para quem como Lu nego precisa
a todo o custo de cair nas boas graças
de alguém Já nem digo quem mas de alguém
e já porque já que falas em boas graças
isto revela que o habitual estado de
graça que todos os governos gozam já
acabou ou ou ou só abanou eu acho que
acabou acabou acabou na noite eleitoral
quando se percebeu que a Vitória um mê
não que a Vitória ia ser e tangencial e
e quando se percebeu que não havia uma
maioria Clara no Parlamento e que
portanto estava sempre ou íamos estar
sempre em clima de de pré-campanha
eleitoral Mas é para mim evidente que
cometer este tipo de erros e culpar os
adversários políticos pelos erros que o
próprio governo cometeu é uma forma
muito eu disse há pouco pouco Prudente e
vou repetir é uma forma muito pouco
perdente de tentar salvar uma
legislatura que nas palavras de Marcelo
R de Sousa é praticamente impossível
salvar portanto se não
existia estado de graça mostrar esta
fragilidade numa fase tão prematura da
governação só vai acicatar quem
legitimamente também quer derrubar o
quanto antes Luís Montenegro portanto
não parece que seja que tenha sido um
bom arranque Obrigado Miguel obrigado
Ricardo sant carrapatoso
adjunto de política do
Observador esta foi a história do dia a
sonoplastia é da Beatriz Martel Garcia a
música do genérico do João Ribeiro eu
sou Ricardo Conceição até amanhã