🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
Este programa tem o apoio da shamir
optical Visão perfeita toque pessoal a
miopia infantil pode ser gerida a shamir
lançou as lentes shamir optimi que
promovem uma visão completa para deixar
as crianças mais felizes as lentes xamir
que gerem a progressão da miopia são
super resistentes Estéticas e muito
confortáveis com as lentes xamir optimy
melhora o bem-estar da sua criança saiba
mais em xam
[Música]
PT bem-vindos ao Porque sim não é
resposta Eu hoje estou a fazer este
programa das Maldivas não estou n olha
sabes que eu eu estive no no Planeta das
manhã na semana passada é verdade é
verdade no Planeta das e ess esse
planeta existe existe mesmo bem
felizmente apanhou outra vez a nave
espacial e veio para as tardes que é o
Onde fica bem e onde tem sempre lugar
cativo Eduardo Olá boa tarde olá jedit
olá Bruno este Não Sou Eu de
acordo não está nas Maldivas não Que
cena que eu tenho mas que cena também eu
também eu podia ser as maurícias ou
assim uma coisa não era também não era
preciso ser as Maldivas H Eduardo vamos
falar não só do dia da mentira mas vamos
falar da mentira e em si porque
H A mentira tem tem tem perna curta mas
também tem muito que se lhe
diga eu acho que que é acho que é que
mais engraçadas que nós somos capazes de
inventar porque ficamos todos com a
sensação que no do tempo falamos sempre
a verdade e precisamos de um dia em que
se convencionou mentir para que
finalmente pudéssemos
respirar fundo e e
transgredir ora a mim parece-me que às
vezes nós fazemos tudo ao contrário
porque são muito mais às vezes em que
mentimos às vezes quando somos
socialmente corretos às vezes quando
tentamos
e enfim dar uma versão muito própria De
um acontecimento qualquer por mais
insignificante que seja que tenhamos
vivido e portanto eu acho que nós somos
de facto pouco verdadeir para aquilo que
era suposto e por isso acho mesmo
divertir que quase para como como se
ninguém percebesse isso inventemos um
dia das mentiras porque finalmente não
brincs uns com os outros brincar é de
facto uma coisa que fazemos pouco isso é
verdade mas para que dessos a ideia que
no resto do tempo somos pessoas sérias
absolutamente
esclarecidas que não fazem zigue-zagues
transparentes naquilo que são que é
quase tudo aquilo que nós não somos
h no caso das crianças como é que se
explica a uma criança a a consequência
da
mentira eu eu acho que que a prova de
que nós lidamos de uma forma muito assim
assim com a mentira é o modo às vezes
enxofrado como lidamos com as mentiras
nas crianças n crianças as crianças não
mentem na verdade não mentem H elas
muitas vezes confabulam quando é que
confabulam bom quando percebem que a
reação da mãe ou do pai pode ser uma
reação um bocadinho mais azeda e que se
torna mais assustadora que elas no meio
de uma aflição quando dão conta disseram
uma verdade conveniente e andaram ali a
fazer um esforço para negar o Óbvio se
for preciso tudo menos e para tolerarem
a fúria que sentem às vezes no olhar da
mãe ou do pai agora aquela mentira que é
orida com Requinte com princípio meio e
fim de uma forma
absolutamente produzida não é como nas
crianças há um outro momento em que elas
mentem ou aparentam mentir quando são
crianças um bocadinho triste são um
bocadinho deprimidas E aí é
razoavelmente vulgar que elas inventem
uma história o meu pai está muito doente
o meu pai vai morrer brevemente esse
tipo de coisas que às vezes põem uma
escola mais ou menos em pulva mas é como
se elas com isso tivessem a noção que
têm mais tempo de antena muito mais
cuidados muito mais delicadezas e em vez
de se sentirem enfim insignificantes no
meio de tantos meninos de repente passam
a ter o protagonismo que noutras
circunstâncias não teriam No resto do
tempo
confabulam Às vezes as crianças quando
se soltam e t uma imaginação fantástica
quando dão conta já estão ali a divagar
algures por aqueles terrenos por onde o
Bruno andou eh quando estava no Planeta
das manhãs mas mas é imaginação pouc
puxar por elas numa atmosfera de queem
encontra um encontro acrescenta-lhe um
ponto hum costuma dizer-se Eduardo que
da boca das crianças saem as verdades
não somos nós que as ensinamos a mentir
por conveniência e depois somos o os
primeiros a a repreendê-los quando elas
mentem Ah mas sempre sempre sempre Bruno
tá a ver mesmo no registo das nossas
relações de amizade ou das relações
familiares quando as crianças são
transparentes naquilo que dizem em
relação a um um comentário que os pais
fizeram e que gostariam que ficasse mais
ou menos furtivo por exemplo e que nós
eh nos apressamos a explicar que não se
pode dizer tudo às pessoas e e de algum
modo que temos que aprender a ocultar
algumas verdades ou mesmo a fazer de
conta que elas não existem de maneira a
protegê-los Às vezes a intenção é
protegê-los na maior parte das vezes não
não é é mais fazer-nos de uma certa
falsidade Zinha que na intimidade de uma
relação somos capazes de assumir mas que
depois no contexto das relações sociais
eh Fazemos o favor de disfarçar e
portanto sim para responder com clareza
nós sabemos muito bem do que estamos a
falar e somos os professores mais
pormenorizados em relação às
aprendizagens que elas supostamente têm
de fazer para ter um um sentido social e
portanto somos nós que as ensinamos a
mentir e a a diferença entre omitir e
mentir as crianças não vem a omissão
como mentira não
é não Não eu acho que muitas vezes os os
adultos depois são muito sofisticados
nisso tudo não é porque omitem muitas
vezes a verdade que é uma maneira de não
mentirem e de não falarem verdade ficam
ali numa espécie de meio da ponte num
certo impasse mas a verdade é que não
dizem tudo aquilo que é suposto dizerem
os adultos são ótimos a mentir pelo
silêncio ou seja em vez de
omitirem eh criando uma outra versão de
uma verdade acabam por disfarçar aquilo
que estão a pensar ou aquilo que
deveriam dizer eh com o silêncio que
quem os conhece percebe que é um
silêncio comprometido mas de facto nós
cultivamos a ideia de que omitir a
verdade e mentir são dois níveis eh
omitir a verdade não é um nível tão
grave e às vezes não será dito Depende
das pessoas com quem fazemos não é
porque em muitas circunstâncias o que é
que acontece os os os os adolescentes
sobretudo os jovens universitários então
quando dizem aos pais que fizeram duas
três quatro ou cinco cadeiras e acabaram
por não fazer nenhuma porque porque não
foram capazes porque adormeceram seja
pelo que for nós temos sempre a ideia de
que depois de criarmos uma mentira
estamos salvos e criamos ali uma uma
clareira para finalmente respirarmos
fundo e a verdade é que depois atrás de
uma mentira vem outra e aquilo que é de
facto Fantástico e que às vezes nós não
percebemos é que a indiferença com que
muitas vezes muitos adultos mentem não é
literalmente uma indiferença ou seja
eles sentem-se um bocadinho
amarfanhado por aquilo que estão a fazer
mas a verdade é que depois de vergonha
em vergonha ficam tão esmagados por
tantas pequenas vergonhas todas juntas
que o melhor que conseguem fazer é
disfarçá-las com uma aparente
indiferencia e portanto lidam como se
houvesse duas versões da mesma pessoa
numa só guardam as suas verdades para
elas próprias e depois vão criando
Universos paralelos na maneira como se
vendem de uma ou de outra forma hum
ficamos por aqui hoje podemos voltar
para as Maldivas e Eduardo Depois deste
porque S não é resposta e Amanhã
voltamos com mais um tema e até lá
ouça-nos em podcast também no site
observador e claro escreva-nos em
Eduardo Sá @ observador.pt Eduardo eh um
abraço eh bom sol e até amanhã Um abraço
grande um abraço até Amã uma lembrança
das minhas
[Música]
Maldivas Este programa tem o apoio da
optical visão perfeita toque pessoal