🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
[Música]
Olá este é o podcast no final de contas
eu sou Sara Antunes e comigo está Carla
Rocha que muitos conhecem como uma das
vozes da Rádio dos programas café da
manhã na rfm e as 3 da manhã da
Renascença é uma comunicadora nata criou
uma empresa de comunicação cujo foco é a
formação de gestores e equipas para
comunicarem melhor tens já dois livros
publicados sobre comunicação é oradora e
professora Universitária bem-vinda Carla
Obrigada por ter aceitado o nosso
convite começo por perguntar a Carla
trabalhou vários anos na rádio Uhum E a
terminada altura mudou de vida h hoje
tem uma empresa de comunicação O que é
que exp plotou esta
mudança Olha foi h a consciência de que
adorava e adoro ter um microfone e poder
comunicar para pessoas que eu não
conheço que nunca vi e provavelmente não
vou ver e gosto tanto disso como de
estar numa sala de Formação a passar
conhecimento que adquiri durante os anos
de rádio mas também a informação
académica que fui tendo ao longo dos
anos e sinto que neste momento a
necessidade maior Onde eu posso fazer
mais a diferença é de facto a levar
essas competências de comunicação e a
sensibilizar para a importância da
comunicação no nosso dia a dia nós ainda
som sobretudo em contexto de trabalho H
Ainda temos muita margem de melhoria na
forma como comunicamos com os outros o
que significa na forma como nos ligamos
aos outros não é comunicação é mais do
que passar informação então aqui ainda
há um trabalho a fazer na empatia Na
escuta Na atenção ao outro no Cuidado na
gentileza acho que s mais necessária
aqui para quem nos está a ouvir e a ver
esta mudança de carreira por assim dizer
foi difícil foi
foi gradual e eu ainda se calhar até por
uma questão H psicológica para me
serenar não considero ou não digo para
mim que mudei de carreira a rádio será
sempre é como um pai ou uma mãe não é
não fica sempre lá podemos ir para fora
fazer Erasmos e ficar um ano fora tá
sempre lá a rádio é a minha base é
aquilo que eu sou e a Renascença e as
rádios do Grupo Renascença nomeadamente
rfm onde passei tanto tempo tem sempre
um lugar no meu coração e é para lá que
foi continuo com um programa ao sábado
na Renascença ao sábado de
manhã foi gradual no sentido de que não
foi uma decisão tomada de de um dia para
o outro
foi fui pensando o o que é que naquele
momento fazia mais sentido para mim e
fui tendo projetos muito bons muito
gratificantes ao longo da carreira até
praticamente deixar de fazer as as
manhãs e não fui F querendo sair por
isso então mas agora agora que eu ia
tentar sair é que me dão isto isto é
ótimo Ia sempre ficando e aconteceu por
exemplo com com as 3 da manhã quando me
apresentaram Ana e a Joana eu pensei não
posso ir agora não posso sair não posso
sair eu tenho que me divertir com elas e
tenho que divertir as pessoas e e fiquei
mais algum tempo
hum no entanto houve ali um
acontecimento que me deixou que me fez
ver que devia que devia avançar hã fazer
amanhã numa rádio não sei se se as
pessoas têm noção não é mas significa
acordar às 4:30 da manhã significa ter
que ter reuniões de preparação do
programa portanto acaba o programa e há
logo uma página em branco não é que
temos que que preencher para o dia
seguinte e assim sucessivamente e vamos
para casa e estamos sempre a pensar
naquilo que está a acontecer nas
notícias não não não se desliga e e
apesar do do horário ser ótimo porque
acabava por ter alguma disponibilidade
hum sentia que não estava a 100% que às
9 da noite por exemplo já Não era
companhia aceitável para ninguém Caputo
nem para os meus filhos e de repente ali
com o covid um um um incidente com a
minha filha mais velha e eu começou a
ter ataques de pânico e a questão da
Saúde Mental está Estava na altura muito
muito presente e eu pensei não Isto é um
sinal e sabes quando alguma coisa que é
mais forte do que nós
nos empurra não é já nos empurra e às
vezes é preciso né Nós tomamos decisões
que vão ficando a marinar é uma semide
decisão e aqui foi foi foi o chamamento
foi acordar às 4:30 não ter
disponibilidade mental não já chega
preciso de agora concentrar-me na
família e e e noutros planos que possa
ter muito bem agora passando passando
aqui para a questão e da comunicação E a
forma como como como comunicamos um todo
a experiência da Carla Como é que tá a
comunicação em
Portugal nós comunicamos
muito menos falamos muito vou vou
retirar porque comunicar é aquela é é
criar ligação é muito mais do que falar
nós falamos muito escutamos pouco mas
não é um problema de Portugal é um
problema do ser humano em geral porque
escutar Não é não é natural em nós
implica um esforço muito grande uma
atenção muito muito grande e uma
consciência se eu estamos a fazer para
ir eh ajustando a cada momento da
conversa
falamos muito e por vezes
h quando comunicamos estou a falar na
comunicação interna ou peca por excesso
ou peca por defeito e e e e é algo onde
ainda há como eu dizia muito trabalho a
fazer
e aproveitando precisamente isso que a
Carla disse agora e normalmente nós
olhamos para a comunicação como sendo
algo natural em nós mas não é porque há
de facto vários níveis de comunicação
quais é que diria que são as áreas da
comunicação que precisam de ser mais
trabalhadas no dia a dia nas pessoas de
uma forma geral não é sim eu diria que
nós até podemos estar bem numa
componente numa dimensão da comunicação
mais
elementar e mesmo assim Acho que há
trabalho a fazer no poder de síntese e
porque o poder de síntese é uma é um um
elemento desta dimensão eu diria que nós
conseguimos svar as seções ser objetivos
Claros na mensagem a passar hum sabemos
temos uma ideia do Objetivo que queremos
alcançar com aquela
mensagem mas depois falta a componente
relacional o que eu sinto nas
organizações é que a comunicação às
vezes é acética parece um corredor de
hospital parece que e e quando confronto
as pessoas para mas este mail tá tão
seco o que é que sentiu o que qual é a
emoção que quer que a outra pessoa que
vai ler H sinta e e as pessoas não
pensam nisso não é pensam não mail é só
é só isto é só enviar e nem sempre é
assim não há muitas o o o a comunicação
escrita eu acho que ganha uma outra
dimensão porque muitas das vezes nós
quando estamos a comunicar
presencialmente não é estamos a falar a
pessoa tá a ouvir o Tom que nós estamos
a usar etc etc num numa comunicação por
escrito não é assim nós estamos a
escrever com uma intenção e com um tom
que nós estamos a sentir e o outro vai
ler hum provavelmente ou Possivelmente
com um outro Tom é preciso ter ainda um
cuidado
mais um cuidado redobrado quando
escrevemos não é é preciso ser mais
intencional porque o que eu vejo muitas
vezes é nós temos tendência para dizer
ah o outro não percebeu Ah o outro
interpretou de outra maneira Mas a
pergunta que eu faço é fizemos tudo o
que estava ao nosso alcance para que não
houvesse segundas interpretações e e às
vezes é só no na comunicação escrita é
fácil de acontecer na oral também é
porque às vezes não exprimimos aquilo
que estamos a sentir não sabemos pedir
há muito aquela lógica de uma
comunicação Então mas eu eu disse-lhe
não não não ficou entendido Então mas tá
tá tá subentendido que era isto que eu
queria e não tá nada subentendido não é
o o um um do o título do seu primeiro
livro é falo menos comunico mais sim
ainda está muito enraizado de que
comunicar bem a falar muito ainda para a
maior parte das pessoas Sim ainda
vivemos a nossa sociedade nós crescemos
assim não é achar que H aquilo que o
líder aquele que que o inteligente
aquela pessoa que que nós eh idolatramos
é a pessoa que tem sempre opinião é
pessoa que tem sempre alguma coisa para
dizer sobre qualquer assunto e que ocupa
maior tempo de antena mas um bom líder
tem de ser um bom comunicador ou não tem
mas tem de ouvir também não é não temho
que ter as respostas todas não é e as
opiniões sempre certo o o na sua
perspectiva um bom Líder o que é que
precisa para ser um bom comunicador
ouvir Já percebemos Claro sim precisa de
atenção precisa de dar atenção às
pessoas Hum e ouvir não é só ficar
passivo ouvir não é nada passivo ouvir é
colocar perguntas é é é abordar as
pessoas proativamente é ter conversas Eu
gosto muito da noção da do elemento
conversa não é quando se fala de
comunicação Ah e e a pergunta que me
fazem como é que euo ser o melhor
comunicador melhora as suas conversas
perceba a qualidade e a produtividade
das conversas que tem seja na vida
pessoal ou na vida profissional nas
reuniões nas conversas um a um quando dá
feedback quando pede alguma coisa Hã
Como como é que essas conversas decorrem
ter ter essa consciência estou a falar a
maior parte do tempo às vezes vamos
chegar a esse ponto Se pudéssemos fazer
quase uma autópsia não é disse caras as
nossas conversas íamos perceber que na
maior parte do tempo estamos a ouvir
estamos a falar quando não estamos a
falar estamos a pensar nos argumentos
para termos razão hum alguém nos diz
alguma coisa e o nosso pensamento já
está a vagar e não estamos ali para o
outro e para abarcar e e e considerar o
ponto de vista do
outro e tendo em consideração aquilo que
que está a partilhar uma das principais
bases para uma boa comunicação uma boa
conversa é a disponibilidade sim é
preciso estar disponível mentalmente
Claro e fisicamente também não é porque
o não verbal também tem um tem muito
peso sim o
o numa numa H alturas em que há reuniões
ou conversas que se estendem que se
prolongam algum se pensarmos assim numa
reunião de equipa há algum tempo máximo
que deve durar essa reunião Eu sou fã
das reuniões dos 30 minutos sou fã de
reuniões mas lá está Tem que haver
prepar nós para sermos mais produtivos
no nosso local de trabalho para a nossa
vida fluir melhor não é porque está tudo
ligado temos que melhorar a forma como
comunicamos e e podemos ser todos
melhores comunicadores se e Nesta parte
até mais elementar da comunicação se eu
tiver uma reunião eu tenho imensos
assuntos mas se agrupar a informação se
gerir a agenda de maneira a ter H aqui
um uma um um um relógio contado eu sei
exatamente tenho 10 minutos para este
tema 10 minutos para este mas depois tem
que coordenar também as pessoas que
estão a participar na reunião a
preparação é essencial não é perceber o
que é que vamos abordar quem é que vai
intervir há há coisas que nós não
estamos a considerar Nós entramos numa
reunião como entr não é um é uma sala
onde nos vamos encontrar com pessoas
para falar de um assunto e depois é o
que for porque somos e e habitualmente
usamos muito estas estas crenças de não
depois vou sentir ação tal é é é como
correr nós já tive outras reuniões Este
é um tema que já falamos ah tá tudo bem
e depois claro estende-se e fica
desfocado não é daquilo que é que é o
âmago sobretudo porque não fazemos uma
coisa tão simples como pensar às vezes
até 10 15 minutos antes na forma como
queremos que aquela reunião decorra hum
pronto claro que o ideal é sempre mandar
uma agenda com e com com tempo com
antecipação para as pessoas prepararem
agora se tivermos 10 reuniões por dia
não é humanamente possível fazer isto
com
todas todas as pessoas ou não não são
todas não vamos generalizar desta forma
mas muitas pessoas procuram por uma
receita única e neste caso da
comunicação um bom Líder comunica sempre
da mesma forma não nós somos somos
pessoas diferentes felizmente isso é
traz uma riqueza
enorme Mas eu creio que há aqui algumas
competências que neste momento são
essenciais no Líder pelos tempos que
atravessamos pela pela incerteza pela
velocidade da mudança por esta
ambiguidade nós não é É imprevisível nós
temos todos Muita dificuldade em e e
algum receio em fazer previsões portanto
não sabemos como é que a nossa empresa
vai estar como é que como é que vamos
estar daqui daqui a um ano é
imprevisível aliás que a pandemia
trouxe-nos isto não é o não estarmos
confortáveis na realidade e achar que
vai ser sempre assim então é preciso
também serenar as pessoas não é
passar-lhes alguma confiança que apesar
de Aconteça o que acontecer estamos aqui
temos as bases já passamos por outras
crises hã um líder tem de ser um bom
ouvinte tem de ser um bom
cuidador e aqui a comunicação tem um
papel crucial hã um B um líder que é um
bom cuidador e que de alguma forma
também desenvolve as pessoas porque é
disso que estamos a falar não queremos
alcançar resultados e queremos que as
pessoas tenham as competências para as
funções certas H mas a comunicação que
cuida que me faz sentir valorizada ouva
independentemente de não concordarem com
as minhas ideias que me faz sentir parte
da organização que é um propósito
naquilo que estamos a fazer é uma
comunicação diferente daquela que se
calhar nós estamos habituados como
olhamos quando olhamos para as
referências de liderança de há 15 20
anos atrás H então é é isso essa
comunicação promotora de bem-estar que
faz que faz muita falta e e tendo em
consideração que o
o aquilo que é mais importante na
comunicação é de facto a preparação ou
um dos elementos chaves para para isso
olhar e para eh um ambiente laboral em
que se tem reuniões que podem ser apenas
briefings de trabalho passar trabalho ou
uma reunião mais abrangente em que há
toda uma empresa em que se apresentação
resulta resultados ou se faz um balanço
uma não pode ser encarada em termos
comunicacionais da mesma forma sim aliás
as reuniões na minha perspectiva têm
essa função de gerar colaboração e e de
gerar gerar ideias não é quando queremos
inovação quando queremos fazer um
brainstorming quando queremos faz tudo o
sentido de ter uma reunião eu eu não sei
se para pontos da situação às vezes essa
reunião não poderia ter sido um e-mail
muitas vezes pode ou não sei se h
todas as pessoas que estão na reunião
são de facto
necessárias pensando em diferentes
ambientes laborais H as próprias pessoas
muitas das vezes pedem eh eh ambicionam
fazer parte e ouvir e em em em ao viv e
cor por assim dizer as comunicações de
um líder seja da empresa seja do seu
departamento seja da sua equipa não
interessa H isso também acaba por trazer
uma camada adicional a quem está a
liderar sim é essa camada de de se
revelar também não é de estar ali a
partilhar com as pessoas não só os
resultados da empresa mas também um
pouco do da pessoa que é de como vê a
organização de como vê o mundo a sua
perspectiva eh e e esta é uma parte que
às vezes falha não é porque os líders
podem sentir aquela relutância em
revelar contar um pouco da sua história
mostrar vulnerabilidade e este está mais
do que provado que é isso que nos
aproxima enquanto seres humanos também
que é uma mais valia certo Hum ainda
assim a Carla ainda agora dizia que
hã Às vezes estamos a partilhar coisas
com
eh em que as pessoas que lá estão se
calhar não são necessariamente as as
necessárias ou as ideais para ser
partilhada aquela informação mas depois
há outra cobrança portanto há sempre
aqui um jogo eh de do do que é eh ideal
e de do impacto que isso vai ter nas
organizações E isso também é comunicação
não é é é mas comunicar conversar sobre
como é que gostávamos que a comunicação
decorresse na organização tem também é
uma conversa que é preciso ter não é
como é que vamos comunicar por aqui como
é que vamos fazer as nossas reuniões é
com Todas hã há pouco tempo numa numa
empresa Nossa cliente H alguém dizia eu
encontrei a fórmula para as reuniões que
é faço uma reunião de 1 hora mas há
pessoas que saem ao minuto 30 porque já
não são necessárias para o tópico vem a
seguir portanto nós próprios estamos a
perante os novos modelos de trabalho que
temos e outros que vão surgindo estamos
a adaptar formas de comunicar e formas
de de de trabalhar portanto é
interessante perceber esta evolução
provavelmente não temos consciência da
transição que estamos agora a operar não
é na cultura das empresas e e e nos
processos de comunicação a Carla há
pouco também falou sobre bem-estar ao
nível da comunicação E o que a
comunicação pode proporcionar nesse
nível uhum
qual é o peso da comunicação neste neste
nosso Pilar tão importante bem o peso da
comunicação para mim a comunicação é um
super poder na
organização e e a minha empresa vai
organizar agora uma conferência que se
chama precisamente comunicação o
superpoder das organizações e ligado ao
bem-estar porque nós vivemos numa altura
e e vocês sabem disso porque defendem
muito esta causa do bem-estar O que é
que podemos fazer para ter um uma
sociedade onde as pessoas se sentem bem
nas funções que ocupam e e e gastamos
temos muito tempo da nossa vida entreg
ao trabalho é importante que o trabalho
seja um local de satisfação h e
associado ao bem-estar como eu dizia há
pouco a comunicação tem um peso incrível
não é porque a forma como somos tratados
e tratamos as pessoas no nosso local de
trabalho a forma como somos ouvidos
informados e tidos em conta no nosso
local de trabalho faz muita diferença e
não é só comunicação interna não é estou
a falar também das nossas relações como
é que um um um líder imaginemos que um
líder que até é
eh bastante sensível a estas questões ao
bem-estar muito atento às pessoas numa
organização grande é difícil não muitas
das vezes passar quase essa cultura não
é e como é que em termos e isto passa
tudo pela comunicação necessariamente
como é que garantimos que doí início ao
fim da cadeia por assim dizer e é se
passam estes valores não é esta sim tem
que haver um alinhamento muito grande
entre as lideranças não é porque o líder
que está no topo tem que contagiar todos
os outros líderes h a a a manter não é o
seu perfil porque somos diferentes mas a
manter este alinhamento não é dos
valores como é que nós tratamos as
pessoas por aqui o que é que nós fazemos
O que é que nós não fazemos acontece o
que o que acontecer e e a formação aí é
crucial e e é é daquelas coisas que T
que ficar escritas na pedra quase por
assim dizer do género do fica tão claro
para toda a gente por estar escrito e
que não há forma de alguém se esquecer
que aquilo é o modo des operand eu acho
que a melhor maneira para ficar mesmo em
raizada em cada um é viver mais do que
escrever hum se eu tenho o valor da
colaboração mas depois cada pessoa está
fechada no seu silo e não comunica ou
quando comunica é por mail onde é que
está a colaboração aí não é onde é que
está se o valor é proximidade e
colaboração é é fazer para que as
pessoas vivam no dia a dia portanto mais
do que escrever na pedra e tudo bem
Gosto de valores escritos na parede para
é viver é transformar o que está escrito
em comportamentos e às vezes são coisas
tão simples que podem gerar coerência
não é e afirmação daquele valor ou ou
incoerência completa não é eu tenho
valor na parede mas não estou a praticar
não é E aí é preciso ter essa
consciência quando acontece e dar dois
passos atrás cer o um uma portanto a
comunicação é feito é construída e
constituída por vários elementos há
essencialmente há dois que são
essenciais a linguagem verbal mas também
há não verbal sendo que muitas das vezes
as pessoas estão a comunicar oralmente e
verbalmente e toda a sua linguagem não
verbal tá a dizer quase o oposto isto
também se trabalha não é e é muito
importante trabalhar este este lado sim
se queremos ser percecionadas como
autênticos não é porque senão se a
comunicação verbal e não verbal não não
não joga a não verbal ganha não é e
aquilo nós nós não passamos uma imagem
se calhar de credibilidade ou de
confiança ou de verdade
Hum Sim claro que se trabalha quando
tudo é sentido e quando estamos bem na
nossa pele e quando acreditamos naquilo
que estamos a dizer tudo flui o problema
é fora destas situações é sempre mais
difícil comunicarmos bem quando estamos
em numa situação de estresse ou eh numa
situação quase extrema não é mas eu
imagino que haja ferramentas que nos
ajudam a ultrapassar as linguagens não
verbais que naquele momento quereríamos
passar por exemplo e todas
outras dinâmicas que queríamos evitar
naquele momento mas eh que o momento em
si o pico de stresse uma situação limite
eh nos proporciona eh nesse nesse
momento eh sim as nossas nós somos
dominados eh Pelas nossas emoções muitas
vezes não é E aí quando a comunicação
entra na na equação e eu não estou
emocionalmente estável imag numa
conversa difícil numa conversa em que o
meu estado emocional está alterado em
que eu sinto raiva
frustração Às vezes a pergunta que
devemos fazer é se se se aquele é o
momento para ter uma conversa porque
provavelmente pode descambar não vai ser
uma conversa produtiva provavelmente há
pessoas que têm um autocontrole e uma
capacidade de autorregulação muito
grande hum
mas o o stresse a adrenalina que
sentimos o cortisol as emoções que nos
vão chegando vão determinar aquilo que
sai da nossa boca e muitas vezes há esse
sentimento de de arrependimento eu não
não devia ter dito Aquilo não é mas é o
meu instinto a falar por mim é é é
recomendável em determinadas situaç
situações sendo que há situações em que
isto é muito difícil de
fazer parar a conversa e dizer voltamos
Mais logo sim sendo que há situações em
que difícil Isto é difícil de fazer não
é até porque o outro vai querer mas não
não há condições se não houver condições
Alguém tem que parar por ali porque mais
provável é escalar se estiverem os dois
eh emocionalmente desregulados e há
momentos e temos que ter esta noção Há
momentos em que a conversa não não há
terreno fértil para a conversa não há
discernimento para ter uma conversa
objetiva Franca
honesta depois partimos para o
julgamento para a agressão verbal em al
para a
personalização para a acusação e e e já
estragamos tudo porque Devíamos ter
parado 10 minutos antes eh um bom um bom
comunicador às vezes é aquele que não
abre a
boca pode ser pode ser eu eu gosto o
silêncio também é uma forma de comunicar
não é sim eu gosto de uma definição de
de bom comunicador de Um Jornalista
norte-americano ele Define um bom
comunicador
como ele costuma fazer este exercício
pensem na pessoa a quem ligam num dia
mau para
desabafar essa pessoa é bem provável que
seja um super
comunicador para vocês e para todos os
outros então é um pouco um super
comunicador um bom comunicador é alguém
que nos faz sentir bem é alguém que
provoca esta sensação de de valoriz
também nos diz as verdades não é quando
é preciso também nos diz o Pens mas é
alguém que nos faz sentir bem é alguém
que está lá para nós é alguém que tem
uma atitude construtiva perante o que
acontece e alguém que às vezes não tá a
falar se calhar está só a ouvir o o
muitas pessoas também acham que
comunicar implica Sempre contar uma
história As histórias são uma ferramenta
da comunicação que nem sempre são usadas
ou quando são usadas podem ser podem
cair no no no exesso não é eu sou fã das
histórias porque eu acho que ainda se
usa pouco não é nós temos situações
eventos momentos pequenos desastres que
aconteceram na nossa vida e com os quais
aprendemos E que ao passarmos esse essa
aprendizagem estamos a fazer com que
outras pessoas à nossa volta aprendam
também e e as histórias mostram porque
ativam a imaginação de repente parece
que estamos a ver um filme A pessoa
conta uma história Já ficamos eu não
Vivi aquilo mas lembram-nos passado um
ano tem ideia de meterem porque
realmente são muito poderosas não é São
memoráveis
e e na
comunicação nas empresas em contexto
profissional são necessárias as empresas
têm uma história esta coleção de
histórias que vamos H criando no nosso
dia a dia à medida com altos e baixos
não as histórias são momentos de
superação que todos temos e que no
momento certo devemos partilhar quando
queremos sublinhar uma mensagem quando
nos queremos dar a conhecer quando
queremos mostrar que já passamos por
outros
desafios em contexto organizacional ou
pessoal na
família muitas vezes em vez de ralhar
com os nossos filhos se calhar Devíamos
contar-lhes histórias sobre nós o que
nos aconteceu como é que reagimos
perante uma situação Idêntica e não
fazemos porque o rhet é sempre mais
intuitivo mais
imediato
H pensando na gestão de de empresas O
que é que empresas têm ganhar assim de
uma forma um bocado
abrangente com melhorar a sua
comunicação logo à partirda ten ganhar
dinheiro Estamos no sítio certo porque
as questões de comunicação são caras
quando a comunicação falha é cab
desperdício de recursos de tempo H à
redundância que é perfeitamente
desnecessária há malentendidos há
conflitos não é tudo isso sacrifica a
produtividade sacrifica ação não é no
conflito há uma parte do conflito
obviamente que é positivo e que
desencadeia Mas se for em excesso ou se
já for um conflito negativo a a parte da
Inovação da da da criatividade fica fica
comprometido eu não consigo pensar se
tiver um problema ou se me sentir mal
com um colega ou sentir h não tiver
vontade de trabalhar não consigo pensar
criativamente Inovar e e querer
encontrar caminhos para a empresa que
represento isso tem um custo certo a
comunicação uma boa comunicação pode ser
fazer toda a diferença entre ter equipas
motivadas ou desmotivadas não é sim ter
equipas que cumprem certo fala-se muito
do qu qu quitting não é equipas que
cumprem só ou equipas que vão além
daquilo que são desafiadas a comunicação
eh eh tem
tem tem formas diferentes consoante as
gerações é possível que sim é possível
estou a pensar nisto porque o qu
quitting é uma coisa recente
relativamente recente que se fala de uma
forma terá sempre havido Mas é uma coisa
que que é relativamente recente e a
Carla falou sobre isso levou-me para
este universo também as gerações mais
novas têm um outro eh T uma outra
predisposição e um outro eh
comportamento ao nível da sua vida e que
faz parte da experiência e da da
evolução que que tiveram e e daí eu
questionar se a comunicação também não
tem um pendor e e formas diferentes
consoante as gerações com quem estamos a
lidar eu eu gosto muito de pensar no
indivíduo não é nós somos
independentemente da geração h hoje
fala-se até mais em clusters podemos ter
no mesmo cluster pessoas de diferentes
gerações imagino tecnologia temos
pessoas de todas as idades e segmentar
por gerações dá-nos uma visão abrangente
daquilo que cada da geração eh quis e
quer num determinado momento e e eu
identifico-me perfeitamente com a a
geração e a a a vontade de trabalhar e
de querer construir e querer ter uma
casa e um carro e querer Independência
agora já não é tanto assim pelo menos em
relação à casa e ao carro não é Ah
identifico-me mas gosto de pensar sempre
no indivíduo acho que tem que haver uma
atenção temos que ter cuidado com as
generalizações com as caixinhas onde
pomos as pessoas porque isso pode nos
levar L está a fazer assunções juízes de
valor a a
ter pré-conceitos e falharmos na no
perfil que temos à frente sim quando é
muito mais fácil perguntar ao outro e
tentar chegar àquilo que o outro quer e
sente e pensa ah do que propriamente
colocá-lo numa caixinha claro que é
ótimo para termos uma visão geral mas
depois quando estamos assim na
comunicação interpessoal o foco e a
atenção ao outro tem de ser o mais mais
evidente
um uma um comunicador não é unânime Ou
seja a a a mensagem que eu vou passar
até pode ser muito clara mais clara e
mas se eu tiver 30 pessoas à minha
frente a ouvir a mesma mensagem não vão
captar exatamente a mesma coisa Isto é
sempre assim ou há formas de contornar
eu quero eu quero acreditar isto tem a
ver com o o individual de cada um não é
sim mas eu quero acreditar que quando a
mensagem
é clara clara límpida como a água quando
há alguma redundância na mensagem que
por vezes é preciso eu digo a mesma
coisa de várias maneiras e ao dizer de
várias maneiras eu consigo chegar aos
diferentes perfis que estão ali às vezes
é preciso isso não é é às ve dependendo
dos temas é é preciso sermos redundantes
na na mensagem precisamente para para
conseguirmos sim e e e atingir todos e
no estou a pensar na no contexto
familiar não os nossos filhos temos
filhos temos dois três quatro são
diferentes mas ah e eu tenho uma máxima
que é que é Equidade não é tratá-los com
igualdade é tratá-los com Equidade não
não faz sentido tratar a todos não de
igual modo como os os meus pais
defendiam isso não is se faço uma coisa
a outra temho que comprar exatamente a
mesma coisa mas eu não quero não
identific com aquilo compra outra coisa
e e há muito esta esta noção sim temos
que
ter em conta que na comunicação
corporativa temos diferentes pessoas
diferentes funções ah
e diferentes necessidades diferentes
inquietações diferentes dores numa
comunicação desse género eu diria que a
comunicação deve estar alinhada com
H aquilo que nós sentimos que pode ser o
padrão de sentimento não é e pode haver
se calhar departamentos são felizes da
vida está tudo a correr bem E outros que
não não é eu tenho que abarcar todos e
dirigir-me a eles quase como se eu gosto
desta ideia de
estão 20 pessoas ou duas pessoas ou 1000
pessoas numa sala e a sensação que cada
uma deve ter é que nós estamos a falar
individualmente com cada uma delas não
com um bolo
heterogéneo Carla estamos no fim já já
passou a correr no final de contas tendo
em consideração tudo o que falamos aqui
uma boa comunicação é sempre antecedida
de uma boa preparação é este é esta a
receita para quem nos está a ouvir eu
diria assim dois PS O primeiro é
preparação e o segundo é paixão temos
que gostar
pessoas Carla muito obrigada por ter
aceitado o nosso convite OB Obrigada
Sara Este foi no final de contas com
Carla Rocha fundadora da Carla Rocha
comunicação quem estiver interessado em
melhorar as suas competências de
comunicação é só entrar em contacto
quanto a nós continua a acompanhar-nos
em dorfas PPT e nas habituais redes
sociais n