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seja bem-vindo a Fernando Medina a este
podcast eu estive lá vou começar por
contextualizar um bocadinho a primeira
pergunta que lhe irei fazer o partido
socialista o seu partido perdeu as
eleições em 2015 mas mediante um acordo
parlamentar feito com os partidos à sua
esquerda obteve uma maioria de Deputados
para governar E com isso fez uma estreia
absoluta na política portuguesa Quando é
que o Fernando Medina ouviu falar
deve-se lembrar pela primeira vez na
possibilidade desta desta estreia
política sabe-se é Vox Popoli que houve
uma ou duas conversas de António Costa
com o PCP ainda antes das eleições mas
eu pergunto a geringonça além de
perguntar quando é que o Fernando Medina
ouviu pela primeira vez falar mas também
façam um dois em um a geringonça pode
ter sido o fruto de António Costa está
eh prevendo uma derrota ou temendo que a
Coligação PSD CDs já liberta do Inferno
da troika ficasse eh mais anos no poder
e mais valia prevenir que remediar ou
foi uma solução que lhe apareceu na
eh naquela altura relembro lá um
bocadinho o princípio dessa história B
em primeiro lugar muito obrigado pelo
convite é um gosto estar aqui no podcast
e também para aqueles que nos estão a
ouvir na na rádio observador eh a ideia
de haver H um entendimento entre o PS e
os partidos à esquerda do PS vem vem
bastante trás do Dia das eleições
vem eu tinha conhecimento e tinha ouvido
eh eh essa essa ideia e essa
possibilidade eh nas próprios discursos
que António Costa tinha feito sobre o
alargamento do arco da governabilidade
mas depois no mais mais em concreto
relativamente à aquilo que ia sendo o
diálogo que existia a diferentes níveis
dentro do partido socialista mas também
era porque temiam perder as eleições
porque senão governariam
sozinhos sim
eh agora aqui é impossível analisarmos
para as soluções políticas abstraindo
das circunstâncias do país Sim claro eh
e o que se jogou muito naquelas eleições
foi no fundo aquelas eleições hum
realizaram-se num contexto de um país
que estava profundamente marcado pelo
que tinham sido os anos da intervenção
da troika mas também por um assumir do
programa por parte do governo Passos
coelho que foi na minha opinião
excessivo para lá daquilo que era
necessário Isto é elele disse aqui o
contrário é
o
houve sim mas é claro e há manifestações
de vários sim a no sentido aliás Vitor
Gaspar era Claro em dizer nunca chamem a
isto o programa que nos é imposto Este é
o nosso programa em outras medidas até
devia dizer nós faríamos isto mesmo que
não tivéssemos um programa de
intervenção externa Isto é cruzaram-se
ali dimensões eh e talvez uma certa
imagem que o governo Deixou passar
relativamente à execução do programa que
levaram a que o programa deixasse ser
uma execução a que um governo estava
Obrigado mas que procurava a cada
momento melhorar eh as suas condições
junto de Bruxelas eu não nego nunca a
importância que Bruxelas teve decisiva
na na na determinação dos programas eram
esses os aros do tempo de Bruxelas eram
esses os aros dos tempos das
instituições internacionais eh tudo
estava formatado para que a austeridade
fosse a resposta fosse era a resposta
dominante no espaço europeu para aquele
tipo de problema estávamos a viver coisa
que se revelou eh errada em todos em
todo o lado
mas mas mas era era a que dominava Mas é
verdade que no governo português havia
vários convictos dessa resposta Vítor
Gaspar era um deles a cabeça assumiu
aliás em carta final de despedida como
como tinha como não tinha funcionado e
por isso o país foi levado a uma
situação de extrema quer dizer nós
tivemos taxas de desemprego altíssimas
como não tínhamos conhecido mesmo em
processo em processos anteriores
h e o que ficou muito marcado naquelas
circunstâncias foi H creio que marcou
muito esse diálogo entre os partidos à
esquerda do PS e o PS foi muito esta
circunstância de ter uma alternativa a
que fosse esta política a Maria João me
pergunta bom mas se a correlação de
forças tem sido outra isto teria
acontecido de outra maneira Bom eu acho
que era Claro para na cabeça de todos
que era muito difícil haver uma maioria
absoluta do partido socialista sozinho
ia-se pôr a questão da governabilidade a
seguir e por isso a questão da
governabilidade e e iria pôr-se com o
partido socialista podia pôr-se com o
partido socialista minoritário Claro
pôs-se num quadro em que era o partido
socialista não só minoritário como não
vencendo o Bloco Eh eh à direita à
direita pronto Isso foi um quadro e
assim novo e diferente daquele que
estava programado eh nesta para a
decisão final e no fundo para aquilo que
se avançou contou obviamente a posição
que o secretário geral que António Costa
teve em todo o Esso mas talvez a posição
mais determinante ou igualmente
determinante não foi mais determinante
que a de António Costa foi igualmente
terminante que de António Costa foi a
posição de Jerónimo de Sousa e do
PCP que se expressou
H que se expressou através de contactos
anteriores mas que se expressou mesmo na
própria Noite das eleições porque quando
a noite das eleições ocorre se verifica
se ocorre eh
essa diferença de votos eh Há uma
comunicação da parte do partido
socialista com o Partido Comunista
dizendo nós vamos afirmar a derrota Face
a Face aos resultados privada eh e
Jerónimo de Sousa eh na comunicação que
realiza antes da de da do PS realizar
tem uma afirmação muito clara em dizer o
partido socialista só não assumirá o
governo se não quiser ex eh e isso marca
o virar daquela noite Isto é marca a
posição do PCP dizendo mesmo num
contexto de o PS não ter sido o partido
mais votado nós aqui estamos disponíveis
para sustentar uma solução que permita
fazer a mudança de política que
claramente o país aí deu sim maioria
porque a maioria do país votou em
partidos à esquerda que supuseram
fortemente aquilo que H que eh
no fundo
a PSD CDs propunham e mas conhecendo eh
o país eh o político moderado mais de
centro esquerda se quiser ou pelo menos
não é um radical nem um aproximado à
extrema esquerda político moderado e
avisado que é Fernando Medina
H como é que reagiu eh é uma curiosidade
minha e certamente que eu interpreto bem
de muita gente como é que reagiu a esta
a solução por exemplo temeu que pudesse
que ela pudesse gerar desconfiança
desacordo embaraço e no PS lidou com
isso ou ou ela foi imediatamente H
adotada e abraçada pelo pelo comum do
dos dos do PS dos membros do PS esta
solução foi uma solução inteiramente
nova exatamente até por is e por ser
inteiramente nova e creio que não
houve militante simpatizante próximo até
até nas antípodas para o qual esta
Solução Não não obrigasse a pensar e
ovviamente a refletir porque o o país e
o Ps nunca se tinham confrontado com uma
situação destas eh quais os limites Como
se define a autonomia estratégica do
partido qua Quais são as como é que vai
acontecer em matérias centrais que é no
fundo o PS eh verteu teve no seu diálogo
interno exatamente o diálogo que na
sociedade houve àquela época como é que
se vai compatibilizar uma governação com
os compromissos europeus como é que se
vai compatibilizar É melhor uma
governação com essas forças dentro do
governo ou fora do governo e
precisaremos de acordos escritos ou não
ter acordos escritos quer dizer todo
esse debate aconteceu dentro do PS eh
for tudo era inteiramente novo tudo
inteiramente novo tudo inteiramente novo
para todos e e o PS aí não foi distinto
PS e para o país para o país na exata
medida e o e o debate interno no PS
refletiu exatamente os termos também que
ele era feito no
país havia é claro algo que havia uma
confiança muito grande em António Costa
evidentemente e havia também algo que
era muito claro é que se parecia se era
uma solução nova nomeadamente o facto de
O partido não ter sido o mais votado
Isso foi um ponto de debate interno eh
havia também um ponto muito claro para
internamente que era no fundo o o eh a
uma maioria significativa dos
portugueses tinham votado por uma
mudança no sentido da orientação
política não tinham votado expressamente
no PS tinham dividido os seus votos
entre PCP bloco de esquerda outros
partidos partido socialista mas esse
sentido de mudança tinha sido claramente
maioritário e por isso tratava-se de dar
expressão política a esse sentido de
mudança mait de mudança de orientação
política e no fundo a geringonça o
capidade depois que vco poid Valente
como geringonça na altura aliás H coisa
que aliás se demonstrou errada porque
não foi jaring onça nenhuma porque ele
quis caracterizar como jaring onça uma
coisa frágil disfuncional desorganizada
que iria cair a qualquer momento eh Foi
bastante coerente ao longo dos 4 anos
que que durou e Muitos daqueles receios
que havia na sociedade portuguesa há
aquele tempo sobre o funcionamento
aquela solução política vieram se a
revelar totalmente infundados mas o que
também foi uma
surpresa mas o que mostrou que António
Costa conseguiu sempre preservar e
compatibilizar eh aquilo que ele tinha
dito que era fundamental e na altura
respondendo até à carta eh por escrito
que o Presidente anibel Cavaco Silva
tinha colocado que era no fundo a
garantia relativamente a aos
compromissos internacionais
relativamente à Nato à União Europeia ao
cumprimento das regras orçamentais
concordaram vocês PS concordaram com
essa com essa com essa com existência
com a resposta com a resposta a essa
carta e que foi integralmente cumprida e
nomeadamente na dimensão orçamental onde
todo o processo de
H de estabilização financeira do país
foi perseguido foi foi prosseguido
durante esse esse primeiro mandato e
sobre restantes também mas olhe é é
muito interessante porque de algum modo
antecipou a a pergunta que eu tinha aqui
mas gostava só de sublinhar nesta
primeira parte não só sublinhar aqui
nesta primeira parte por favor o
seguinte é que
eh naquela noite em todo o processo a
participação é evidente que o bloco de
esquerda tem também uma participação
importante porque aceita fazer parte da
solução mas
h eu gostava de sublinhar aqui o papel
que que o PCP teve eh durante todo o
processo Porque sentiu com uma ligação
profunda que o PCP tem vários setores da
sociedade portuguesa a necessidade de
repor equilíbrios que foram desfeitos do
ponto de vista daqueles anos eh do do
programa de intervenção e e de
governação e que e que no fundo levaram
a fazer essa esse processo de
convergência
H que não chegou a um acordo subscrito
por todas as partes mas que se chegou a
um acordo também de palavra que permiti
uma governação estável durante 4 anos
mas de qualquer maneira eu Julgo que era
visível eh para para o comund dos
observadores e dos atentos da vida
política portuguesa eh que havia
naturalmente em em António Costa uma
espécie de pré-disposição independente
do caso da geringonça para poder falar
ter falado ouvir a falar com o Partido
Comunista mais do que com o bloco de
esquerda foi eu Julgo que sempre detei
isto eh nos meus contactos com António
Costa nas entrevistas etc eu creio que
António Costa
conheci conhece conhecia creio que
melhor até o Partido Comunista António
Costa teve aliás fez parte da equipa do
Jorge Sampaio quando quando quando foi
feito esse acordo na câmara de Lisboa ex
eh historicamente tinha essas tinha
essas relações E esses E esses contactos
e por isso conhecia menos bem o bloco de
esquerda conhecia menos bem o bloco de
esquerda mas conhecia Bastante melhor o
Partido Comunista e e por isso a relação
de de confiança mesmo na divergência Era
bastante mais natural e era uma relação
de confiança no sentido na divergência
havia confiança no sentido concordamos
concordamos não concordamos não
concordamos é interessante porque a
divergência não exclui a confiança é e
nem sempre Isto é lembrado mas eu tava
estava a dizer a ao Fernando que que de
certa maneira tinha há pouco antecipado
a minha pergunta que é ainda antes dessa
da do início dessa a eh em vulgar eh
para o tempo
h o que é que se lembra que António
Costa eh então líder do PS e futuro
primeiro-ministro eh recomendou eh por
exemplo a Pedro Nuno Santos que era o
condutor das negociações eh eu não estou
a pedir nem inscrições nem fivers nem
historietas mas eh impôs-lhe algumas
linhas vermelhas eh recomendou-lhe o quê
eh fez-lhe uma agenda eh escreveu-lhe
uma carta em nalguns Pontos eu eu não
fiz parte desse primeiro eu não fiz
parte desse primeiro governo mas era
presidente da Câmara de Lisboa Mas sabe
mas certo sei eh os processos negociais
dentro do governo eh são processos H
relativamente complexos de ser
organizados e não estão nas mãos eh de
uma única pessoa com a Total Liberdade
da sua condução eh mesmo prio
primeiro-ministro não é eh tem um
elemento importante portanto de
coordenação do processo negocial
nomeadamente em tudo o que envolve
matérias financeiras e e por isso eh
quando há uma negociação por exemplo em
sede de orçamento de estado como
aconteceu nesses anos e nesses quatro
primeiros anos em que houve volto a
sublinhar estabilidade política sim sim
tudo isso era alvo de uma negociação
interna prévia com o Ministro das
Finanças com a equipa das Finanças com o
primeiro-ministro sobre que prioridades
Onde vamos atender até onde é que vamos
chegar Quais são as margens que existem
para incorporação de outras políticas e
depois era feita essa negociação com o
PCP e com o bloco de esquerda essa
interação era feita ou era Ou eles eram
informados não não era feita essa
negociação não era feita essa negociação
dentro das margens que asseguravam e a
estabilidade financeira e por isso havia
um entendimento que PCP e bloco de
esquerda também sempre respeitaram eh e
é importante que isto se diga porque
neste entendimento não foi só quer dizer
isto houve cedências de todos para que o
entendimento funcionasse e da mesma
maneira que PC que que o PS obviamente
se deu e e e abriu o espaço de para
medidas e para propostas que não
constavam do seu programa e que
constavam do programa do do PCP e do
bloco de esquerda também é verdade que
PCP bloco de esquerda eh aceitaram um
quadro de trabalho que correspondia um
quadro engoliram 1 Euro a Nato eh
a nossa a nossa posição na política
externa na nossa histórica posição pol
não L chamaria eu não lhe chamaria não
adjetivar Dessa forma não é não é o
facto de engolir er o facto de
considerar o que é que era prioritário
para o país naquele momento é preciso
perceber as circunstân é igualmente
prioritário hoje para o
país a consciência do nosso lugar na
política externa e eles não respeitam
portanto aí é porque havia uma
autoridade ou porque António Costa
estava no cimo de uma montanha e eles ca
em baixo e era fácil mas havia e havia
também uma outra circunstância quer
dizer era a circunstância em que o país
se encontrava é que o país encontrava-se
esgotado depois de 4 anos de um programa
de intervenção crescer Tinha sim sim mas
mas é que não havia Ó Maria João mas é
que foram durante aqueles anos é preciso
perceber sim com certeza houve
sacrifícios e p houve sacrifícios e
houve houve elementos por exemplo que
que viraram e que marcaram muito grupos
muito vastos e muito e muito alargados
de de cidadãos portugueses por exemplo o
que se causou Na incerteza por exemplo
relativamente aos pensionistas não é
algo quandoo Eu acho que é por exemplo a
medida relativamente aos cortes das
pensões teve
impactos muito para lá dos cortes que
foram efetuados em determinado momento e
que depois o o tribunal constitucional
mandou reverter porque abalou a
confiança de um segmento específico que
não tem que não tem por exemplo enquanto
um trabalhador uma pessoa em idade ativa
vê sempre a possibilidade de ter outra
outro emprego ou mudar ou aumentar o seu
salário um pensionista vive só da sua
pensão e por isso tudo o que abala a
confiança que tem da sua vida organizada
eu acho que se prolongou durante muitos
anos e por isso havia ali um sentido de
prioridade em refazer determinados
equilíbrios de dar a pass e pass ir
repondo e acho que foi essa trajetória
de confiança que ambos trilharam que
todos os partidos trilharam que fez o
sucesso desses 4 anos de governação a
verdade é que a geringonça
fez resistiu e durou eh coisa que quase
ninguém apostaria eh e não era só a
direita que não apostaria havia
inclusivamente militantes conhecidos do
do PS que votaram contra ou que de não
que estavam que não estavam muito
felizes eu gostava de detalhar é difícil
não é bem a par e passo mas detalhar um
bocadinho a cultura política dessa desse
primeiro governo socialista de António
Costa hh e eu vou dar um exemplo do do
de uma primeira medida e depois o o
Fernando Medina escolherá outras de que
queira falar ou ou ou ou que entende
dizer sobre o legado e e a travessia
desta governo da geringonça mas eu
estou-me a lembrar de uma medida que
ainda hoje está a ser paga e que foi a
medida das 35 horas que lesou
financeiramente o país e que ainda tinha
um atrelado que era o senhor presidente
da república que disse eu estarei Atento
a medida se revelar e cara demais ou
sair fora do daquilo que é h eu aqui
estarei e depois não esteve e nós
continuamos a pagar a medida não achou
que se começou um bocadinho talvez porce
vir de uns tempos pesados da governação
anterior mas que se começou logo com uma
medida um bocadinho demagógica
desnecessariamente demagógica porque
esta não era talvez a mais importante eu
ou ou não
Eu acho que o a estratégia que foi
seguida dentro desses 4 anos e foi uma
estratégia muito
inteligente porque conseguiu várias
coisas conseguiu por um lado assegurar
um
discurso de recuperação de confiança das
pessoas o discurso era vamos proceder a
uma recuperação de
rendimentos mas uma recuperação que seja
gradual e que seja acima de tudo cons
Isto é essa governação não fez uma
promessa de dizer vamos dar tudo a todos
e recuperar tudo a todos num num repente
porque não só o país não podia não podia
a pressão aliás de Bruxelas sobre a
afirmação da credibilidade da governação
económica do governo estava posta à
prova H as próprias a intervenção tinha
sido muito recente a afirmação de uma
nova política económica que assentasse
muito também um pilar na procura interna
e na confiança dos consumidores em
Portugal estava precisava dar o seu
caminho e por isso o que António Costa e
e e e Mário Centeno definiram Na altura
foi no fundo uma visão que eu creio que
foi bastante inteligente porque era o
fazer as coisas a par e passo era parte
da Estratégia económica não era só
porque o país precisava era Porque era
importante que para a própria
consolidação da confiança das pessoas
porque eu acho que se tivesse sido mais
rápido não só teria tido problemas nas
contas mas teria tido também um problema
na desconfiança das pessoas de que os
espaços fossem Seguros Porque da mesma
maneira que porque estava muito viva a
memória das das coisas serem retiradas e
por isso se se Maria João reparar ao
longo dos anos as coisas foram
gradualmente sendo repostas eh
naturalmente Talvez algumas medidas mais
felizes do que outras medidas eh creio o
ministro o Ministro das Finanças eh que
deixou de ser há pouco tempo teria
aprovado se estivesse no governo as 35
horas não me quero pronunciar sobre
nenhuma em concreto nem nem nem daquelas
que aprovaria de certeza absoluta nem
das que não aprovaria sobre a matéria
finance há umas que não apontaria bem
mas sobre matéria financeira só posso só
posso louvar o resultado não e louvar o
resultado acho que a condução da aquilo
que eh que António Costa conseguiu
demonstrar nesses anos foi de que era
possível uma estratégia de controle das
contas públicas de redução do Déficit
orçamental ao mesmo tempo que tínhamos
um crescimento da procura interna que
asseguraria ele próprio mais receitas
fiscais e ao assegurar mais receitas
fiscais conseguia uma redução do Déficit
orçamental coisa que a austeridade em si
não conseguiu porque esta a estratégia
económica posta em marcha foi de certa
forma o inverso daquela que foi seguida
nos anos de austeridade é evidente que
os ares da Europa já eram outros os ares
da EUR
I dizer europ tudo passou a ser possível
não e não só é que nos aros na Europa
por um lado Já se tinha já já se havia
notado o falhanço completo da Estratégia
que tinha sido imposta de austeridade
por outro lado houve também muita luta
porque António Costa e Mário Centeno
tiveram um embate em Bruxelas
muito sim e tiveram um embate muito
grande em afirmar dizer nós vamos
implementar outra estratégia orçamental
e a nossa vai funcionar e na altura isso
gerou dúvidas e foi preciso conquistar
não foram sozinhos e e e foi preciso
conquistar esse essa confiança e esse
espaço e esse gradualismo foi uma parte
muito importante e chegado ao fim desse
primeiro mandato com essa prova feita no
fundo dá-se não só um um aumento de
confiança significativo no país porque
funcionou dá-se eh uma grande aumento a
confiança no país por parte de Bruxelas
porque que funcionou Porque estávamos a
obter resultados nas duas frentes e
deu-se uma melhoria na capacidade de
crescimento do país e de se prosseguir
essas esses objetivos ainda não ouvi
pronunciar a palavra cativações sim o
país sabe não sou eu agora aqui que vou
buscar uma ideia abstrusa ou semifi
factícia o país sabe que os serviços
públicos sofreram e não foi pouco
sobretudo na saúde com com também vou
dizer a brutalidade mas o excesso de
cativações e ocorridas isso também
explica essa espéci de de passeio que
está a descrever não isto não tem nada
de pejorativo Mas enfim o o andar o
pisar seguro por uma certa Por uma
estrada que está a descrever que foi a a
governação da geringonça também estava
em parte muito assente na na no dinheiro
das cativações Ó Maria João mas nós não
podemos é querer duas coisas nós não
podemos querer defender e creio que a
Maria João defende como eu defendo que o
país tenha
H contas certas sim e depois que não use
instrumentos para ter essas contas
certas tem que ter instrumentos se
puserem os hospitais à l tem que ter tem
que ter instrumentos para ter essas
contas certas e tem que fazer escolhas o
país tem que fazer escolhas o país não
tem dinheiro a política é a arte de
fazer essas escolhas Quais são as
escolhas eu acho que sempre houve um
grande exagero no debate sobre o valor
das cativações porque acho que as
cativações nunca tiveram um montante
financeiro de tal forma relevante para
que fosse o que ditasse o sucesso ou
insucesso do do défice ser atingido no
final de cada ano criou-se essa ideia
por exemplo a área da saúde é uma área
aliás que não está sujeita a cativações
h e por isso eh os problemas aliás de
execução de investimento tem outra
natureza que não é o problema das
cativações mas a questão de fundo é esta
perguntar-me houve cuidados com o
controle do Déficit durante o tempo da
governação Mário Centeno João Leão e
depois quando eu assumi funções claro
que houve mas se não tivesse havido bom
então não tínhamos tido a situação
financeira que temos agora isso é o que
se chama fazer escolhas nós fizemos
escolhas o governo que participamos fez
escolhas com sobre a liderança do
primeiro-ministro que foi dizer nós
temos que ter contas certas e isso
implica um conjunto de escolhas implica
obviamente e gastar com mais critério eh
implica olharmos com para o conjunto das
prioridades implica fazermos umas coisas
e não fazermos outras se pelo contrário
não se olhar com critério o que sai
prejudicado é o objetivo de ter contas
certas mas isso aí há uma marca que fica
desta governação do partido socialista
destes anos todos que eu acho que é e
uma verdadeira reforma que é forma como
as Finanças Públicas foram encaradas é
forma como se diminuiu a dívida pública
no no país eh limpando todo o chesse de
dívida pública que que acresceu depois
da intervenção da troika depois da
intervenção da pandemia depois da não é
da intervenção da pandemia mas depois da
pandemia da ocorrência da pandemia que
subiu muita dívida e tirando Portugal
para muito longe dos países mais
individados da Europa Isso é uma das
grandes conquistas desta desta
governação eh e por isso isso são
escolhas que foram que foram feitas e
por isso é preciso obviamente haver eh
não é possível eh como é dizer não é
possível ter toda a gente contente com
tudo e dizer que estamos a fazer
escolhas não é possível isso por
simplesmente não existe em política e
arte da política é mesmo essa é coragem
de fazer escolhas Quais quais é que
considera ou se lembra que que foram os
pontos
h mais complexos ou mais conflituosos se
é que houve
H Admito que tenha à vida até
reservadamente mas estamos apesar de
tudo aqui a fazer uma revisão destes 50
anos cabe alguma sinceridade nas
respostas eh mas mais conflituosos os
pontos ou complexos na negociação eh à
medida que a navegação avançava pelos 4
anos com o bloco de esquerda e o PCP
lembra-se eu não tenho não tenho porque
eu não estava dentro dos processos
quotidianos tenho mais dificuldade em
dar resposta mas talvez gostasse era de
dar um salto não sei se já estamos em
tempo que era no fundo talvez algo que
tenha passado um pouco despercebido H na
opinião pública depois sobre essa
governação não sobre a governação logo a
seguir 2019 para a frente então já vamos
Mas então já vamos deixa-me só deixa-me
só então para para finalizar um pouco
H este pacote digamos do do do primeiro
governo de António Costa
h o o
o o seu entendimento olhando hoje para
ele é de que um Aquela
aliança mostrou que tinha sido uma boa
aposta polí e que era confiável dois
correu bem com os parceiros três deixou
um salto positivo é isto sim é essa a
minha leitura como digo no início as
dúvidas do país eram muitas sobre isso e
volto a sublinhar Eu acho que eu acho
que é é um erro analisar qualquer
solução política
Teoricamente mas aqui não
tem que ser analisadas no contexto no
contexto que vivemos que aquela foi uma
solução política que provou sim não
significa que prove noutro noutro
qualquer contexto
não tirando tirando ação tirando a
exceção Clara entre PSD e CDs que em
qualquer contexto tem essa capacidade de
entendimento no fundo até por zonas que
poucos
diferencia isso à esquerda não é assim
as diferenças são
existem são Claras do ponto de vista das
suas origens do ponto de vista dos seus
posicionamentos seu ponto de vista
histórico e ponto de vista histórico eh
e por isso e essa esse alinhamento não é
algo que resulte como natural em todos
os ciclos e em todas as fases naquele
foi eh por aquilo que já falamos aqui
até sobre a expressão dos protagonistas
e os resultados foram creio claramente
positivos para aquilo que era muito bem
passamos para um segundo passamos para o
segundo governo agora o que é que
acontece eu acho que é muito eu acho que
é interessante do ponto de vista agora
retrospectivo nós podermos olhar para o
segundo governo porque o segundo governo
o PS sobe em matéria de resultados eh e
Na aparência e eh
aritmeticamente deixa de ser preciso a
soma de bloco de esquerda e PCP para ter
maioria no
Parlamento e
automaticamente o PCP afasta-se da
solução e faz isso h de
início e ao contrário do que a
generalidade dos
comentadores e do mundo político
entendia que o facto do PS ter mais
força ele próprio que iríamos ter uma
solução mais
estável o facto de termos uma assimetria
e agora uma competição
mais intensa entre bloco de esquerda e
PCP acabamos por ter uma uma situação
política que foi menos estável do com a
solução anterior da jaring é porque na
primeira solução dos primeiros anos da
jaring Onça havia de certa forma uma
lógica em que e os dois parceiros
andavam de certa forma a par exatamente
e por isso havia cada um tinha cada um
tinha o seu caminho de afirmação
política e a António Costa Teve sempre a
arte de entender o que eram os pontos
fundamentais para cada um dos dos dos
dois intervenientes António Costa e o
governo e todos os membros que
participaram nessas nessas negociações
h e e no fundo ir criando essas
aberturas de resposta mas havia uma
simetria eh sabia-se que só dois não o
PS mais um não chegava nunca chegava eh
e por isso eram precisos os dois
quando se depois dos resultados de 2019
eh já não era assim só um chegava e como
o PCP retira-se imediatamente do jogo
dizendo que não viabiliza esquer resta o
bloco de esquerda isso criou uma posição
de bastante mais incómoda ao bloco de
esquerda que se viu numa posição que
aliás se notou e teve o seu desfecho
logo mais à frente ele quase que
sinalizou exatamente esse embaraço esse
desconforto esse esse desconforto que
leva aliás depois à situação de chumbo
do orçamento em 2021 ex e por isso esse
Foi algo que não foi totalmente notado
eh por muitos observadores logo logo
nesse momento é que o governo que
parecia mais forte por ter tido mais
votos o partido mais votado do PS que
dessa vez ganhou as eleições Teve teve a
maior votação não houve dúvidas sobre
isso mas a solução governativa não tinha
a solidez da primeira porque os dois os
parceiros não estavam na mesma situação
e havia uma disputa de afirmação entre
PCP e bloco que iria ocorrer em modos
distintos e o o bloco de esquerda
privilegiou essa concorrência e como o
PSP se tinha afastado o bloco foi também
fazendo o seu caminho de afastamento o
que depois resultou nos sumo do
orçamento de estado e no alinhamento do
bloco de esquerda com os partidos à
direita e no fund partido socialista
quer
dizer não depois com o futuro depois o
futuro mostrou-se mostrou-se que que
assim não foi
a s havia presente foi um grande
desconforto uma grande eu queria lhe
perguntar se como é que o o PS reagiu
quando se viu confrontado com aquela
interrupção do mandato
eh e daquela Inesperada chamada às urnas
como é como é que vocês reagiram eu acho
que a chamada às urnas
foi resultou precisamente desta desta
alteração e do Não Contavam com isso não
era negociar até ao fim to Gé a fim
agora havia havia uma consciência Clara
dentro do PS que era o seguinte quer
dizer ou há condições de governabilidade
ou não há não ter um orçamento aprovado
um governo que não consegue aprovar um
orçamento havia a consideração de que
não tinha condições mínimas de
governabilidade e por isso não se
prosseguir eh a partir eh a partir daí
eh eu recordo-me também dos anos que nós
estávamos a viver nós a viver os anos da
pandemia nós tínhamos estado a
atravessar o furacão da maior crise e da
maior dificuldade Porque qualquer
governo tinha passado nas últimas
décadas em Portugal e todo o mundo
Portugal e todo mundo estávamos todos a
gerir o incerto nós não sabíamos se ia
demorar muito tempo pouco tempo não
sabíamos se se iria haver vacinas rápido
ou se não iria haver quer dizer era toda
uma incerteza quotidiana com novos com
vagas de de de infeções que iam
acontecendo com a
abertura abertura de de do Comércio o
feixo as escolas quer dizer tudo um
clima dificil de gerir que eu acho que é
talvez dos méritos mais extraordinários
de António Costa foi essa capacidade de
gerir liderar a gestão do país durante
esse período e de manter a calma a
presença o sentido da liderança do país
e do Estado nesse momento porque mas
havia uma grande equipe os médicos que
percebiam de de naturalmente
natur capacidade de
organizar não mas houve e mesmo essa
capacidade de entendimento entre os dois
foi muitíssimo importante Nessa altura
eh mas sabemos temos exemplo de vários
países mesmo aqui ao nosso lado onde
essa capacidade de resposta foi muito
mais frágil isso depois teve impactos e
em respostas em em respostas muito mais
frágeis à pandemia que significou a
muito piores resultados do ponto de
vista de de nomeadamente de vidas
humanas e condições de vida eh por não
ter havido essa capacidade de resposta
tão tão adequada e isso teve a ver muito
com as lideranças políticas e e foi
e foi um elemento absolutamente decisivo
porque é aí que muitas vezes se testam
na capacidade lidar com o imprevisto não
é ah Exatamente é quem sabe lidar com
imprevistos eh é uma espécie de cartão
de identidade político estávamos a falar
do presidente da república e ocorreu-me
h uma pergunta que que eu não posso
deixar de fazer nem eu nem nenhum
português apesar do do Fernando Medina
estar na altura na autarquia de Lisboa H
como é que a lenda analisando observando
a relação
entre o presidente da república o
António Costa eu acho que aquilo foi um
caso eu não conheço uma dupla
eh política de um ponto de vista
meramente político tão interessante de
de de análise como esta Eh que que
acabamos de ver eh como é que como é que
olhava para eles e para e para a relação
deles bom na relação deles há uma
dimensão pessoal
h e e de e de conhecimento e de partilha
mútua que tem muitas décadas não é e que
não é repetível com muitas
personalidades Eh agora há uma dimensão
a dimensão mais forte é naturalmente a
dimensão da partilha da leitura do país
eu creio que quero o o primeiro-ministro
quero quer o Presidente da República a a
partir partilham a partir do momento da
entrada em funções do presidente da
república o primeiro-ministro já tinha
assumido funções tem uma leitura muito
partilha uma leitura muito semelhante à
situação do país é que o país precisava
de sarar feridas do período da
intervenção da troika
eh e por isso há uma tentativa muito bem
sucedida dos dois de criar de ir
eliminando e de contribuir a ativamente
para um clima de apaziguamento e de
entendimento
institucional já estava tudo um pouco
mais não em 2015 não em 2015 foram as
eleições em 2015 são as eleições e é a
formação da geringonça não mas
exatamente mas depois a formação da
geringonça e depois uma dada altura
entra Marcel Reel Sousa na Lissa Nessa
altura o julo que o país já não estava
parece-me a mim Talvez eu esteja ão
crispado estav muito
tirar tanta self tantos abraços e tantos
sim mas isso é o estilo próprio do
Presidente da República até
eh nos o presidente que primeiro tem a
sua personalidade pronto cada um tem a
sua personalidade e e e e mal já sabemos
mal vai o político se tenta mostrar uma
personalidade diferente da sua ao
contrário da sua segundo eu acho que se
revelou também para o país muitíssimo
muito importante Nessa altura porque foi
uma forma de de aproximar o presidente
do país o que foi um confronto muito
grande com a imagem do do
presidente do presidente cavac Silva e
com uma imagem bastante mais distante do
país e uma relação muito mais distante
com o país mas que o país apreciou muito
porque no fundo certa forma o país
precisava de sentir eh precisava de ir
sarando as as várias feridas e como digo
Há muitas desse período que eu acho que
se duraram muito tempo muito tempo
muitos anos muitos anos h
não estavam e que não estavam e que
aliás se prolongaram muito para lá desse
mandato e que e que Aliás a Maria João V
por exemplo relativamente aos
pensionistas Luís
Montenegro justo ou injustamente não
agora não interessa agora o caso foi
confrontado com o tema das pensões nesta
campanha eleitoral ora nesta campanha
eleitoral nós estamos colocados
quase estamos há mais de 10 anos há mais
de 10 anos desde desde o tempo da
governação da troica e por isso são
coisas que marcaram não é h e por isso
eu acho que essa leitura que o país
precisava de ser colado e
precisava eles interpretaram da mesma
maneira que o país precisava disso e e e
e cada um à sua maneira o fez e em
conjunto potenciaram se um a outro duram
sempre cada um essa esp deada um cada um
eh fez fez isso no mesmo sentido e ao
mesmo tempo foram vendo que os
portugueses gostavam disso eh H isso mar
no fundo o primeiro Mandato do
Presidente da República eh de forma
muito clara
h e e eh e eles vão reconhecendo isso e
aliás as sondagens foram mostrando isso
mesmo aos dois que essa forma de estar
era diferente depois o segundo mandato
já é outra história mas e poderemos Ah
mas qual outra histó já foi diferente
não é não não Mas e porquê Pois
exatamente isso pergunto eu porque é que
o Fernando Dinar que foi diferente foi
diferent issima
eu acho que agora já estamos a falar
muito do tempo do tempo presente menos
do tempo da Jing agora já acabamos a
jeringa e já estamos na eu acho que a
razão fundamental tem a ver com o facto
de ter mudado o contexto da governação e
a partir do momento em que há uma
maioria absoluta o presidente procura
encontrar uma centralidade dentro do da
sua intervenção no espaço político que
que lhe é bastante
mais como é dizer não é tão fácil
encontrar perante um governo de maioria
absoluta eh e aí essas tentativas de
encontrar essa essa centralidade eh
fizeram-no entrar numa posição
relativamente ao governo que foi que foi
não que foi que o António Costa não
gostou nada de ouvir de falar dissolução
quer dizer não é percebe-se que
semanalmente um governo de maioria
absoluta est a ser confrontado com o
facto de quando é que podia ser
dissolvida O parlamento é algo que não é
eh el o que perturba não é o próprio
exercício do Poder da governação eh não
se vislumbrando aliás razão para que
isso fosse invocado e isso Começou a
criar um elemento de perturbação nessa
nessa
dinâmica nessa relação eh creio que o
país não gostou H creio que as sondagens
revelam isso mesmo que o país não gostou
dessa dessa des sintonia
h e e veremos agora com o novo governo
como é que como é que o presidente Fun
do novo governo tem que lhe
perguntar talvez a pergunta que mais que
eu mais queria fazer também por achar
que interpreta que interprete o sentir
de muita gente que é passa horrvel
pretensão que
é como é como explicar o o quase
inexplicável mau uso ou deficiente uso
da maioria absoluta escolhas
governamentais que seram ao comum dos
mortais que haveria melhores e sobretudo
mais adequadas e que espantaram muita
gente
h uma soma Inesperada absolutamente
Inesperada de casa e casinhas e casinhos
e de trapalhadas
trapalhadas e o mais
H complexo para mim de perceber e e e
peço-lhe muito que se tente explicar
havia uma uma quase ausência de ação
governativa às vezes parece que havia
uma desistência nós sabemos que António
Costa não é um reformista Aliás não é
incompatível com senso um bom político
Mário Soares foi um formidável político
e não foi um bom governante e não e e
está na história de de recente do país
mas como explicar que a que a maioria
absoluta tivesse eh caído quase num
estado de de
decadência ol lá ver eu permito-me aqui
discordar não eu peço desculpa porque
parece que estou quase a ser Indelicada
não tenho que pedir desculpa mas
Indelicada uma vez que o Fernando Medina
era Ministro eo nada das Finanças mas
era a ideia por alguma razão também
ficou na moldura e os outros não mas
temos temos visões diferentes isso é
algo perfeitamente natural não mas mas
não é verdade que Fernando Medina ficou
numa moldura e mais nenhum Ministro ou
quase mais nenhum ficou não isso
agradeço-lhe mas creio que mais mais
mais mais
merecem essa essa essa essa
moldura aliás eu queria pedir queria
discordar aliás relativamente aos dois
começando aliás por Mário Soares e eu
acho que aquil não V pena porque a gente
agora fal não merece várias merece
várias e eu acho que Mário Soares Foi um
excelente governante e em decisões
absolutamente fundamentais que nós
tivemos sei Maria
João Maria João vamos vamos lá por
partes a há uns tempos a eu ouv a
entrevista aqui no podcast mesmo que a
Maria João fez com uma pessoa de quem
muito gosta que o anterior presidente da
república e primeiro-ministro
Presidente daníel cavac sim que falava
da moeda única falou da moeda única e
falou sobre outros aspectos e creio que
ambos os dois sabemos que e quando se
tratou
e do projeto europeu Mário Soares era
absolutamente inequívoco na adesão ao
projeto europeu e quandoa teve algumas
dúvidas de início algumas Vamos ser
Vamos ser simpáticos não é como quando
foi da Adesão à moeda única o professor
Cavaco Silva teve seríssimas dúvidas
sobre se Portugal devia ou não aderir eh
e depois no próprio processo de adesão
não está nada isento de críticas a forma
como o processo foi conduzido
nomeadamente pelo seu Ministro das
Finanças e Braga de Macedo e à época e
isso são decisões de governante de
governante são das mais altas e mais
importantes decisões que acontecem e às
vezes em séculos para para para um país
eu tenho uma visão sobre esta governação
destes 8 anos é uma governação muito
marcada por ciclos não é o primeiro
ciclo que é um ciclo muito marcado de
recuperação da confiança e Recuperação
de rendimentos acho que foi muito bem
sucedido de afirmação de uma nova
política
económica o segundo a segunda parte
daqueles dois anos acabam estar muito
marcados pela pela questão da pandemia e
e e pela pandemia e depois pelo chumbo
do orçamento e depois relativamente à
questão do do desta da maioria Absoluta
eu acho que várias das reformas
H importantes estavam concluídas e
outras aliás quais primeira nas Finanças
Públicas aquilo que se fez em matéria de
Finanças Públicas eu acho que é uma
verdadeira reforma de fundo Isto é
Portugal passou de ser um país a com uma
dívida muito alta e numa país de risco
de dívida elevado para um país abaixo já
de níveis de dívida de países de muito
maior dimensão nomeadamente a França e a
Espanha portanto aquilo que se fez
aquilo que se fez em matéria de
Equilíbrio orçamental é uma
transformação estrutural no nosso país o
que o novo e espero que os futuros
governos possam beneficiar é do quadro
que hoje tem de gerir um país que pode
ter tendencialmente um défis orçamental
de zero Isto é é algo que questionando
qualquer economista verá verá que foram
raros os períodos da história não mas é
que isto muda a forma como o país está
eu ó mas
hav o serviço público funcionasse o país
não cresce há 15 anos é mas é que essa
do país não cresce há 15 anos é algo que
não bate com nenhum número mas vamos lá
o país está a convergir está a crescer
mais do que a União Europeia há 8 anos
tirando um ano da pandemia essa que o
país não cresce é uma ideia notável como
el tão baixo tão baixo tão baixo parece
que cresce mais mas não mas a questão é
cresce ou não cresce é que a ideia de
não cresce não é verdadeira é um
problema de números não é verdadeira
depois a segunda pergunta cresce menos
do que gostaríamos É verdade sim senhor
eu gostaria que crescesse mais a Maria
João crescesse mais qualquer economista
e político de direita queria que cresse
mais é pá todos nós mas isso é uma
questão de desejo Agora nós estamos
inseridos num bloco económico que são os
países da zona Euro que estamos com
taxas de crescimento de determinada
forma vamos ver os últimos anos eu eu vi
Aliás na campanha eleitoral toda a gente
estava de barato para Portugal é um país
que não cresce há 10 anos eu olho ol mas
as pessoas não olham os números Portugal
crescerá em cresceu em 2023 2,3 por.
teremos sido o terceiro país da zona
Euro que mais cresce cresceu em 2022 e
6,7 o maior valor desde os anos 80
cresce em 2000 e e 22 5,1 por. um valor
que também não tem paralelo dizem-me Ah
mas isto é só recuperação da queda da do
tempo da pandemia não é porque vários
países ainda não chegaram ao nível da
pandemia ex Nós já estamos estão abaixo
de nós e nós já os ultrapassamos
rapidamente depois vinham com a história
de ah não mas a Bulgária a roménia estão
muito melhor que nós em paridades poder
de compra também não é verdade a
comissão europeia já veio desmentir tudo
isso a questão é esta queremos crescer
todos mais queremos agora retomou se uma
trajetória de convergência depois dizem
o seguinte Ah mas se olharmos para 20
anos que era um estudo que tinha havido
aí de uma Confederação Empresarial de
uma uma entidade Empresarial que aliás
podia fazia-lhe bem ter tido mais Rigor
na forma como se pronuncia em público
para não perder credibilidade estuda 20
anos pronto eu pergunto-me estuda 20
anos ok 20 anos e eu pergunto mas por 20
anos e porque não 22 anos anos ou porque
não
25 pá por uma razão simples porque
interessava politicamente mostrar um
período de não crescimento porque se
tivesse apanhado 5 anos anteriores tinha
apanhado toda a governação de António
cter on da economia portuguesa cresceu
muitíssimo bom se tivessem cortado para
oito tinha apanhado a governação ca que
a economia convergiu todos os anos menos
um e por isso portanto está-me a falar
de uma marca que deixou é is há um
artigo que a governação deixou eu
queria há sabe que há um há um dentro
dos atuais ministros dos ministros do
atual governo H há mas nós aqui não
estamos para falar da atualidade não não
mas eu não não mas deixa-me só
recomendar-lhe uma leitura eu trago aqui
recomendo uma leitura de um ministro do
atual governo eh que é hoje o atual
ministro da educação e que é colonista
aqui do Observador e que é um economista
da universid um economista com
credenciais da universidade doinho e que
tem um artigo muito o Fernando que tem
um artigo muito interessante muito
interessante que merece ser lido e faço
aqui propaganda ao artigo à casa e ao
artigo ele próprio que eu leios todos os
artigos Não concordo com alguns concordo
com outros mas tem um artigo muito
interessante sobre a transformação
estrutural da economia portuguesa onde
ele se situa num na tese é que diz
Portugal Tem uma economia que está
estruturalmente a mudar e demonstra
porquê porque é uma economia que tem
hoje muito mais quadros qualificados E
porque é que nós temos mais Quadros
ficados porque tivemos ao longo de
vários anos uma política de qualificar
muito mais gente e estas legislaturas
foram as legislaturas onde aumentou
muitíssimo o número de alunos com
formação superior porque permitimos a
pessoas que aumentamos muitas bolsas de
estudo para que pessoas cedência ao
ensino superior criamos os cursos de de
formação profissional no ensino
politécnico para permitir passagens do
ensino profissional para esses cursos
profissionalizantes no ensino
politécnico aumentando o número de
graduados no ensino superior
há uma transformação no nosso decido
económico hoje que tem uma parte antiga
ainda pouco produtiva Mas já tem hoje
setores de produtividade muito elevada
que estão a crescer e eh temos hoje
empreendedores a fazerem do melhor que
há no mundo a partir de Portugal somos
hoje um país que recebe portanto acha
que o seu saldo o saldo da governação
socialista em matéria económica e
financeira acho que é acho que ele é
amplamente positivo vai na direção certa
e acho uma coisa mais importante é que
eu acho que ele o saldo em matéria
financeira Depende do que os próximos
governos fizerem Espero que não que não
estraguem mas do ponto de vista do
Progresso da transformação da nossa
economia eu acho que ele já não volta
para trás acho que ele já não volta para
trás acho que é preciso alimentar isso e
isso é muito fruto da governação dos
últimos anos e do prosseguimento desta
estratégia de qualificação de aumento de
produtividade que veio que veio a ser a
ser segida o que é certo é que quando se
fala eh de de de reformas ou de da
herança de António Costa ou do aqui da
vantagem que ele pode ter trazido ao
país da da da colaboração dele com o
país é normalmente sempre é as Finanças
as contas certas às vezes contas certas
não é mesmo contas boas mas isso é outra
história eh e é segundo agora ouvimos o
Fernando Medina
h a sua análise daquilo que foi
acontecendo à economia mas eu também não
posso esquecer do que eram pais que emos
trabalhavam não podiam ficar sem o seu
salário ter que um deles ficar em casa
porque os filhos não tinham aulas nem
professores nesta última Páscoa havia
centenas e centenas de de alunos sem as
disciplinas todas os hospitais foi
aquilo que todos nós sabemos porque
houve uma condução marcada para pela
ideologia foi talvez a pasta penso eu do
dos governos socialistas mais marcado P
ideologia foi a da Saúde na recusa das
ppps h o a
justiça por todas as razões que sabemos
não é
eh causa inquietação aflição embaraço
etc a extinção do CEF parece que estou
aqui a trazer uma coisa quase
propositada mas a extensão do serviço de
estrangeiros e fronteiras tem provocado
alguns danos
H também muito
pesados e e eu nunca ouço uma ou seja
estes dados são interessantes para si ou
ou considera que deve pronunciar sobre
eles ou que eu estou a exagerar Qual é a
sua opinião sobre aquilo que eu acabei
de dizer não Maria João não tá não cá
exagerar é um ponto é um ponto de vista
não
é é o seu a maneira como eu olho nem
nunca vamos lá ver eu acho que há dois
duas formas de olhar não é e se me
pergunta tudo correu bem e tudo foi bem
feito e foi feito tudo eu tenho que lhe
dizer que não Claro mas isso Isso é uma
resposta fact não quer não qu é feito
tudo sim não mas isso foi tudo bem feito
em todos os momentos isso ninguém lhe
pode dizer que sim não digo que sim Se
pergunto houve eh se se a pergunta é
houve mudanças estruturais que foram
feitas e que estavam em curso e não
simplesmente uma governação de turno
tenho que lhe dizer sim houve mudanças
estruturais umas mais avançadas e menos
vou dar um exemplo muito claro à saúde
vou dar uma uma muito clara a saúde o
que neste momento estava a acontecer na
saúde para terminamos sim que neste
momento estava a acontecer na saúde e
que está a acontecer na saúde e que
espero que o novo governo aliás prossiga
ai já vez que o Fernando não dá recados
a eu acho Ach não estou a não mas ou Mas
isso é um bocado é muito é paixão pelo
país sabe é aquilo que eu acredito
convictamente que funciona
independentemente de ser eh
também mandou uma carta com oito pontos
ao Primeiro Ministro para ele seguir Não
eu não estou a mandar carta estou a
partilhar eu vou vou dar vou dar-lhe um
exemplo quando muitas vezes eu disse
sobre o SNS que não era atirando
dinheiro para cima dos problemas que
eles se resolviam e disse e olhe e uma
parte enormíssima do país agr essa frase
está a ver deix deixa-me dar-lhe
exemplos de de coisas que fizemos cza
que que se fez e que o sistema tem que
continuar a fazer e que e e que estão em
marcha e que agora que eu espero na
relação entre a nova ministra e e no
diretor executivo do SNS que mantenham
essa arquitetura e que continuem a fazer
o facto de haver por exemplo nos
hospitais se poderem passar baixas que
era uma coisa aliás inexplicável para
mim porque é que nos hospitais não se
podiam passar baixa isto nós entrávamos
no hospital fo um tratamento até pesado
e depois a baixa era dada no Centro de
Saúde fez com que se libertassem dos
centros de saúde qualquer coisa como
700.000 baixas Isto é libertamos
horas dezenas ou centenas de milhares de
Horas de médicos para poder dar
consultas Mas porque é que não vimos
isso não sei por que razão ou seja
porque é que nenhum dos partidos que
governou o país durante anos e aqui por
maioria o PS por é que não vimos o
resultado dessa estamos ver estamos a
ver vai-se ver então essa medida foi
tomada essa medida tá-se a ver porque é
que vamos lá ver durante a pandemia
creio que concordamos todos durante não
é isso durante a pandemia era impossível
qualquer reforma estrutural é nessa
estou a falar estou a falar dos últimos
qu anos
dois que tin a Maia mas é que a maioria
absoluta mas é que a maioria absoluta
foram do anos não foram quatro os dois
anos que o maioria levá 10 em qualquer
não tá bem mas 2 anos e do anos não são
quatro e não são oito não é é que o
período de oito é muito diferente h e e
dentro aliás deste período todo de oito
é muito interessante reparar dentro dest
período de oito não dentro deste período
de quatro 8 meses são passados em
governo em gestão quer foi da queda do
primeiro queer agora para a entrada do
segundo ex h e por isso
H algo relativamente à saúde por exemplo
decisão da maior importância Nós temos
dois modelos temos centros de saúde eh
que tem um determinado modelo de
funcionamento é o modelo antigo sim e
temos uma realidade nova chamada unidade
de saúde familiar creio que toda a gente
concorda que conhece os dois modelos que
as unidades de saúde familiar que são
propostas pelos médicos e pelos
Profissionais de Saúde que se orientam
para resultados para atender mais eh
utentes eh são capazes de produzir
melhores resultados durante anos
nomeadamente o ministério das Finanças
foi colocando várias entraves a que a
rede se desenvolver-se mais
rápido nós conseguimos perceber no
ministério das Finanças com o ministério
da saúde que custando um pouco mais
estas unidades de saúde familiar a
verdade é que os ganhos que tinham em
matéria de saúde eram muitíssimo grandes
e mesmo do ponto de vista financeiro
iriam acabar por ter alguma poupança a
prazo porquê os médicos e os
profissionais ganham mais bastante mais
do que ganham nos centros de saúde mas
consegue-se poupar porque as pessoas
gastam muito menos nos hospitais muito
menos e Considere isso temos que acabar
Uma portant não uma reforma de tal forma
grande sabe porque é que faz sabe o que
é que isto faz Maria João é que isto
retira centenas de milhares de consultas
dos hospitais porque e portanto liberta
os hospitais para fazer o que sim rede
de cuidados primários O que é que isto
custa não isto custou foi inteligência
de se perceber que em vez de eu estar a
ter despesa na hospitalização nos
hospitais eu estou a ter despesa nos
salários dos Profissionais de Saúde O
que é bom porque eles têm mais motivação
para fazer esse seu trabalho mas ao
mesmo tempo eu estou a dar resposta
melhor aos utentes que não precisam de
ir aos hospitais e as pessoas são muito
melhor seguidas O que é que acha e há
tantas coisas que estão em marcha nesta
no domínio da saúde e eu atribuo muita
importância até Fin até pelas razões
financeiras área da saúde que eu acho
que aqui o que está a ser operado é uma
verdadeira reforma estrutural veremos a
Maria João falou das questões
ideológicas elas existem sempre em todos
os
governos a dúvida que eu tenho aliás
sobre essa questão da maior participação
dos privados na prestação dos cuidados
da rede nacional colaboração a questão
que eu tenho dúvida é se há excesso de
capacidade dos privados para prestar
serviços na rede pública é porque depis
nós olhamos para o sistema privado e
vemos que o sistema privado já tem
níveis de ocupação que são níveis hoje
já particularmente significativo Ah e
por quê tem é que se perguntar porque é
que tem níveis estão com os dois aliás e
vai ter cada vez mais como o sistema
público cada vez mais nós estamos a
procurar mais Serv certeza mas mas este
surto de procura dos privados só pode
ter sido por falhanço do não mas é que o
público também está a ter mais o público
está a produzir mais está a fazer mais
consultas mais cirurgias e e o privado
também o está a fazer o o só para
terminarmos Qual é a marca que acha que
o Dr António Costa deixou no país nestes
8
anos eu acho que ela deixou muitas acho
que assim de uma forma breve e e eu acho
que ele deixa muitas eu acho que ele
deixa uma marca de uma enorme dignidade
no Exercício das suas funções um enorme
respeito e um enorme sentido de estado
de Defesa do interesse Nacional acho que
deixa uma marca absolutamente
decisiva para o nosso futuro que tem a
ver com toda a gestão financeira do
estado e toda a dimensão da gestão
orçamental do Estado os ministros das
Finanças são o rosto claro e temos
naturalmente um papel relevante mas
ninguém tenha Nenhuma Dúvida o Ministro
das Finanças o Ministro das Finanças
vale aquilo que o primeiro-ministro o
deixa valer um Ministro das Finanças se
o primeiro-ministro não quiser Ministro
das Finanças todos nós sabamos que a sua
articulação com
já era antes de de Aliás já era não foi
por causa de ser o que é que que ele os
chamou assim que também que também nos
permitiu estes resultados mas a
convergência não é que tínhamos
relativamente aos objetivos mas que
ninguém eh ninguém se equivoque sobre
essa matéria se o primeiro ministro não
tiver convencido de que é este o caminho
que quer seguir não há nenhum Ministro
das Finanças sozinho que o consiga
contra a opinião de um primeiro-ministro
e por isso estes resultados para
acabarmos agora faço eu uma pergunta de
atualidade porque eu gosto que estes
podcasts se confin a a a a ao arco
temporal para o qual eu convido os meus
e interlocutores
H Só uma pergunta de hoje daqui a se
meses onde é que podemos encontrar não
no Parlamento pois não não sei porquê
pergunto assim porque tenho a intuição
que não tenção é uma boa pergunta a
minha resposta para Já sim no Parlamento
sim no Parlamento mas depois a resposta
a resposta ao dia de hoje é sim no
Parlamento sim tá bem É para dizer
qualquer coisa para eu não ficar sem
resposta e o e o e o Dr Dr António Costa
como é que é com a Europa e a justiça e
toda esta atrapalhada a minha
expectativa é que ela despachem a minha
expectativa é que sejamos
um que as várias que as instituições do
estado português possam funcionar bem
Todas Ah que mod que fique liberto que
não tinhamos nenhuma instituição a
funcionar de forma incompreensível para
os cidadãos uma democracia e que
esclareça com toda a rapidez o processo
no qual o ele foi envolvido h e que isso
seja de esclarecimento rápido aliás é
difícil para qualquer cidadão perceber
como é que passado tanto tempo já levam
mais de 50 dias depois de uma crise
política mudança de governo uma nova
situação política extraordinariamente
complexa como Aquela que nós vivemos
ainda H Então e nós temos el Ainda nada
saiba não tenha sido ouvido não tenham
procurado informação por isso o que eu
espero é que ele seja ouvido com toda a
rapidez que seja esclarecido tudo
relativamente a ele que não se deixe
para as calendas e à espera de um
qualquer qualquer outra coisa eh e que
ele possa ser um candidato vitorioso a
Presidente do Conselho europeu eh Tudo
indica que ele tem hoje o amplo apoio
dos países europeus para ser eh
obviamente que ele próprio colocou uma
condição ele não quer ser ele não quer
ser sob
suspeição e só temos que também
reconhecer a sua dignidade em em assumir
essa posição muito obrigada Dr Fernando
Medina por ter vindo eu estive lá
obrigada até que dia obrigado
2 comentários
Ai deu cabo dos serviços públicos o país está uma merddddaaaaaaaa
Opurtunista deram cabo do país deram uns míseros aos velhotes
Ao mesmo tempo tiraram o mesmo tempo o direito á saúde morrrem por desprezados a um canto nas urgências saem do hospital sem humanização acabam por morrer na rua desprezados por governo que prometeu o mundo aos reformados
O que deu foi muita miséria a reforma não chega para a farmácia