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bem-vindo ao se ou não o programa de
debate do amanhã PPT esta semana a
propósito dos 50 anos de democracia e
liberdade de expressão com o 25 de Abril
debatemos o papel do serviço público de
rádio e de televisão e a pergunta é a
RTP deve ser privatizada pelo menos
parcialmente faz sentido manter V canais
de TV e de rádio na Esfera do estado
português sim ou não ora comigo está
Alberto arun de Carvalho professor da
universidade autónoma de Lisboa e foi
professor durante várias décadas da
Universidade nova de Lisboa autor de
diversos livros sobre o setor da
comunicação social Aliás foi secretário
de estado com esta tutela e também
Carlos Rodrigues diretor-geral editorial
do grupo média livre e que anteriormente
se chamava cofina que tem marcas como o
Correio da Manhã eh e a cmtv que é líder
de audiências do cabo entre outras
marcas de informação obrigado ambos pela
vossa disponibilidade eh já sabem que T
cerca de 1 minuto um minuto e pouco para
no fundo a defesa da da tese eh e e a
seguir vamos vamos ao debate com Total
Liberdade de de de expressão eh Carlos
começo por ti H defendes que deve haver
alterações relativamente a eventualmente
uma privatização parcial da da da RTP
sim defendo que deve haver alterações e
Considero que o momento em que nos
encontramos é um momento chave para
debatermos essas alterações trata–se no
momento da entrada de um novo governo eh
que tem à sua frente um enorme desafio
no setor da comunicação social é uma
indústria que está praticamente a
precisar de um resgate por diversos
erros quer da dos próprios profissionais
quer dos empresários quer evidentemente
por alteração do próprio mercado e da
própria sociedade e e uma das formas que
o governo tem eh para enfrentar esse
problema atualmente é repensar todo o
serviço público de rádio e televisão eh
esse repensar pode em última análise
culminar eh na privatização parcial da
RTP não faz sentido no meu entendimento
a RTP continuar com três antenas eh que
tê autorizações para utilizar espaço da
tdt eh mas que também pode ter algumas
graduações intermédias é através da
utilização e penso que hoje vamos falar
sobre isso é através da utilização da
forma de financiamento da RTP que os o
governo pode intervir já no sentido de
ajudar de forma cega o mercado de
comunicação social que está muito
necessitado que isso aconteça muito bem
vamos já abordar melhor esse ponto de
vista Professor a Carvalho Qual é a sua
a minha opinião quer dizer eu eu sou
apoiante do modelo atual do serviço
público de rádio e televisão que aliás é
um modelo que se integra perfeitamente
no quadro europeu em todos os países da
Europa existem serviços públicos de
rádio televisão serviço público de média
com vários canais e com uma o quer o
conselho da Europa quer o Parlamento
europeu quer o a união europeia
aprovaram a comissão europeia fizeram
vários documentos sobre o modelo de
governação sobre o modelo de
financiamento sobre a oferta penso que
Portugal Se integra perfeitamente nesse
quadro isso não significa que não se
Deva repensar a cada momento
e o tipo de oferta o modelo de
financiamento o modelo de governação em
Portugal já Houve várias alterações
nesse nesse domínio Eu por exemplo penso
que devia ser ponderado o modelo de
financiamento do do operador público eh
fazendo menos dependente do mercado
publicitário mas eh eu creio que o
modelo o serviço público de trat e
televisão se justifica perfeitamente
porque é uma forma de oferecer conteúdos
que estão distantes dos interesses dos
anunciantes e oferecer conteúdos para um
públicos muitas vezes minoritários que
se tivesse se a programação estivesse
sempre sujeita ao interesse dos
anunciantes não seriam visíveis ou
audíveis e portanto há um conjunto de
razões que levam a que se justifi por
exemplo e Portugal e a Bulgária por
exemplo neste momento o único operador
de capitais nacionais é o serviço
público porque os os operadores privados
de televisão são todos de empresas
estrangeiras e portanto o serviço
público também tem essa pode ter essa
função portanto essa questão não se
coloca a existência de um operador
público a existência de diversos
serviços de programas simplesmente
modelo de governação modelo de
financiamento é sempre questionável e
sempre sucetível de ser melhorado muito
bem vamos já saber melhor esta troc de
argumentos Carlos mas relativamente à
questão de que referi de financiamento
isso passaria por alterações
relativamente à parte da publicidade sim
sim sim Pelos vistos é uma área em que
genericamente estamos de acordo eh no
meu
entendimento Este é o governo que tem
todas as condições para fazer essa
alteração eh que se justifica ninguém
acusará naturalmente um governo da Ad eh
de beneficiar em excesso h a intervenção
estatal logo tem margem de manobra
política suficiente para de uma vez por
todas assumir que o financiamento da RTP
deve ser assegurada a 100% pelo
orçamento do Estado isso aumentará a
transparência aumentará o escrutínio em
última análise parlamentar e aumentará
seguramente a confiança e e o elo
emocional entre os portugueses e os Serv
público televisão que já agora está e
quebrado e é quebrado muitas vezes pela
própria RTP qual é a vantagem de e
introduzir o financiamento do serviço
público de televisão no perímetro
orçamental além da Transparência e do
escrutínio é também uma forma de ajudar
o mercado e RTP penso cobrará atualmente
cerca de 100 milhões de Publicidade por
ano grosso modo Espero não estar muito
equivocado esses 100 milhões entrarão
naturalmente no mercado e da indústria
dos mídia automaticamente porque são
anunciantes que procurarão e outra
solução eh essa alteração será uma
alteração estrutural e que finalmente no
meu entendimento dependendo da
capacidade e da agilidade da própria
empresa mas vamos confiar a própria
empresa RTP eh aumentará também a
qualidade da programação porque na
verdade há alguns eu percebo
perfeitamente que o professor Aron de
Carvalho Diga que o serviço público é
essencial em termos de criar uma espécie
de defesa e eh em relação a um mercado
que por vezes é selvagem mas na verdade
através deste modelo de financiamento
misto em que há uma parte que vem da CAV
ou seja da fatura que todos nós pagamos
mensalmente na eletricidade e outra
parte vem da publicidade H seguramente
muito mais dificuldade para fazer o
serviço público no sentido digamos
bacteriologicamente puro através deste
formato de financiamento do que haveria
se o financiamento viesse do orçamento
do estado com escrutínio parlamentar
repito
H devida ente transparente e que
seguramente reforçaria o elo emocional
entre os portugueses entre os
consumidores entre os cidadãos entre os
contribuintes e o serviço público de
televisão Esta é a medida que eu
considero mais urgente e para operar
aquilo que pompos algo que pomposamente
se pode chamar o resgate da indústria
dos mídia que se quiseres a seguir
também podemos falar fal falamos a
seguir já já agora já que se abordou
este tema de financiamento e de e de
publicidade
H Será que os tais 100 milhões que o
Carlos fala isso isso era importante
para para outros para o setor Privado
não é isso que está em causa digo eu não
é ir ajudar o setor privado mas é é
repensar o o o Mod países há muito há
alguns países da da Europa em que o o
operador público de rádio televisão não
tem qualquer tipo de receita de
Publicidade receita de comercial e e eu
creio que em Portugal Teoricamente isso
seria interessante Eh agora temos que
ver as consequências que isso tem porque
eu creio que o modelo financiamento mais
mais adequado é através da da
contribuição para o audiovisual
eh digo isto sabendo que cada família
paga 3 € e um pouco por mês eh o que de
qualquer forma é a contribuição é a taxa
é o país da Europa em que o o o
pagamento pelas famílias é mais baixo
quer em em em valores absolutos quer em
paridade por ter de compra quer em
função do PIB per Car
Portugal é aquele onde a CAV é mais
barata isso não significa que retirando
a publicidade se possa facilmente
repercutir essa essa falha da
publicidade no aumento da Cave aí eu
estou de acordo que em complemento
poderia ser através do orçamento de
estado simplesmente também temos que ver
uma outra questão é que
e a questão do orçamento de estado já
houve em Portugal um financiamento do da
RTP através do orçamento de estado e o
que retiramos dessa dessa experiência
não é positivo ou seja isso estava
dependente em cada ano da do orçamento
de estado aprovado pelo Parlamento da
conjuntura financeira se era preciso se
os governos entendiam que era preciso
fazer cortes no orçamento de estado a
RTP era um sítio bomba e pescar esse
dinheiro e o que houve foi mas isso
poderia restringir de alguma forma
também a própria autonomia da a
autonomia independência da RTP faça o
poder político portanto eu creio que eh
eu prefiro a contribuição para
audiovisual ao o orçamento de estado que
no fim acaba por ser pago também pela
pelos portugueses no seu conjunto Mas
compreendo que uma situa uma proposta
destas ou ou seja retirar eh de repente
eh eh o orçamento digamos retirar de
repente a publicidade seria dificilmente
substituível no imediato pela CAV
impossível e o orçamento de estado teria
essas essas dificuldades portanto eu
creio que deveríamos ir aqui para uma
solução talvez tendo encial ou seja e
fazer um programa de retirada
progressiva da publicidade compensada
com orçamento de estado tentar que haja
um um quadro plurianual do financiamento
do operador público isso para mim seria
desejável muito bem mas mas a questão e
a pergunta é para ambos e portanto podem
interromper-se à vontade mas h o tema é
a RTP ou o estado português precisa que
haja tantos canais de de televisão e de
rádio na Esfera do estado não isso é
isso é outro tema não é e aliás é no
contexto do financiamento da empresa e
do serviço público pelo orçamento de
estado que essa discussão deve ser feita
não é na verdade o que é que nós temos
hoje na RTP além da dos canais
internacionais que são verdadeiramente
relevantes e que devem ser incrementados
temos uma rtp1 que na verdade na maior
parte do tempo se confunde com uma
lógica estritamente comercial Há muitos
horários aliás em que a a digamos a
programação da RTP é ambicionada pelos
canais privados como por exemplo à 7 da
tarde com o preço certo mas é só um
exemplo como por exemplo as transmissões
de futebol nós temos aqui a situação
caricata no ano que vem o único canal de
televisão generalista em sinal aberto
que vai dar futebol é RTP um produto
tipicamente comercial vai dar no serviço
público no caso as os jogos da seleção
nacional e a taça de Portugal todos os
outros jogos de futebol que estariam à
disposição do telespectador português eh
implicarão o pagamento de uma taxa aliás
de um aluguer de de de canais e eh
fechados não é Portanto o futebol vai
dar todo na SporTV na elev no na TV só
RTP é que tem sinal eh futebol em sinal
aberto ora isto é uma situação em que de
facto se verifica que Como está
atualmente a coisa não funciona depois
tem uma RTP uma rtp2 que é
verdadeiramente minoritária a quantidade
de digamos o número de espetadores que
rtp2 tem versus eh o orçamento
transforma provavelmente a rtp2 num dos
maiores elefantes brancos da economia
portuguesa da Democracia porque a rtp2
há muitos anos que não tem eh cheres
equivalentes que era 1% que qualquer
canal de capo de pequena dimensão eh
obtém Depois tem ainda uma licença com
acesso ao tdt para rtp3 em que
basicamente faz pior o que o mercado já
faz nomeadamente a siic notícias a CNN a
TVI a cmtv e outros operadores h o
momento de repensarmos este modelo
global de televisão do Estado de
televisão pública é verdadeiramente
verdadeiro verdadeiramente o momento em
que pudéssemos de definir a passagem de
do financiamento para o o perímetro
orçamental eu não acho que isso
reduzisse e a autonomia da RTP eu sempre
que falo nesta ideia e E por acaso ainda
recentemente a debati muito brevemente
com o atual presidente da RTP
h o obice imediato foi ah isso vai
reduzir a independência da RTP não estou
em querer que isso seja assim isso é o
mesmo que dizer que qualquer outro
serviço do estado que é financiado a
partir do perímetro orçamental deixa de
ter autonomia não se houver uma lei
quadro que enquadre muito bem Este as
fórmulas de autonomia de gestão e
naturalmente editorial da RTP isso está
absolutamente fora de questão Aliás não
há nenhum enquadramento legal em que o
proprietário de uma televisão possa
interferir nos seus conteúdos nenhum
logo naturalmente também não haveria
nenhum enquadramento legal em que o o
proprietário ou o financiador da RDP no
caso o orçamento Geral do Estado pudesse
intervir nos conteúdos Eu Já nem digo
informativos que esse Então seria
impensável nos conteúdos de programação
há canais a mais não não há canais a
mais Portugal no quadro europeu nessa
matéria de forma equilibrada o que eu
mas e queria só esclarecer dois ou três
pontos e contrariaram um pouco a opinião
que foi aqui exposta eh eu creio que não
está em causa eh ao colocar o
financiamento em grande parte no
orçamento de estado não está em causa a
independência da informação por exemplo
o que está em causa tinha levantado ess
ó levantei essa essa questão mais do
ponto de vista da previsibilidade eu
creio que é muito difícil gerir uma
empresa sem perceber Qual qual é que vai
ser no próximo ano o financiamento sem
ter a noção isso já foi assim no passado
penso que isso é extremamente errado
agora eu queria discordar daquilo que
foi dito sobre a programação por exemplo
da rtp1 é claro importa Recordar aqui
que a RTP não tem apenas eh oito canais
de televisão tem também sete de rádio
aliás nenhum deles com publicidade mas
em relação à rtp1 eh eu creio que é que
é é evidente a diferença que existe
entre a programação da da rtp1 a
programação da CC e a programação da TVI
por exemplo há há um ano e pouco foi
feito um estudo pela gfk que revelou que
e e a rtp1 tinha mais de mais do dobro
dos programas de cultura geral e
conhecimento em relação à Sic e à TVI e
RTP tem séries RTP tem documentários
coisa que a Sique da TVI não tem
foi aqui posto o o o exemplo do Joker
bom do Preço Certo PR o Joker também é
um bom exemplo exato ou das novelas da
yurt que dão a hora de almoço no canal
público quer dizer que é uma coisa essa
assim verdadeiramente novelas daur Não
pronuncio não faço ideia do que é que
está a falar mas em relação as novelas
hora alço em relação ao Preço Certo à
hora em que a RTP está a dar o preço
certo a TVI está a dar o Big Brother Não
há aqui uma diferença fundamental é
evidente que há ou seja mesmo no
entretenimento a diferença normalmente
são 50 a 60.000 espectadores para um
lado não estou falar em
termos estou a falar em termos de tipo
de conteúdo digamos tipo de programação
o preço é um programa de
humor para ser visto pelo conjunto das
famílias que tem um enorme
audiência o Big Brother e outros já são
e as algumas telenovelas já são
deixa-me só escer uma coisa sobre isso
eu tenho o máximo respeito pelo Fernando
Mendes e acho aliás tenho pronunciado
publicamente sobre isso O Preço Certo um
formato absolutamente notável isso não
está em causa evidentemente Além disso
cumpro uma função essencial que é a
função do serviço público televisão não
da RTP mas de todo o meio televisivo que
é fazer companhia às pessoas que estão
em casa à aquela hora portanto não está
em causa a qualidade nem do programa de
afundamento o que estávamos a debater é
Será que essa é a opção certa para a
rtp1 entendida como canal principal do
serviço público em Portugal Esse é o
tema e o professor diz que a RTP tem
muitos documentários e sérios etc é
evidente mas todos os outros canais
também tem não a pqu TV não tem então
não tem quer dizer não me caba aqui a
mim naturalmente não me caba a mim
naturalmente estar a defender a
programação da sik D RTP mas quer dizer
desde por exemplo em termos de da vida
animal é s que por acaso tem excelentes
produtos eh quer dizer não não não não é
não é não não não isso acho que não está
em causa o que eu gostava só de deixar
claro é que parece-me extremamente
perigoso e acho que este é o momento
para ultrapassarmos isso nós debatermos
o serviço público fazendo crítica
televisão o tema aqui principal não é a
mais ou a maior ou menor valia do
Fernando Mendes e do preço certo a maior
ou menor valia do BBC Vil da selvagem ou
dos documentários equivalentes que RTP
dá eh o do do Joker ou do ou do Big
Brother eu penso que esse nós devemos
tentar forar o debate desse tema devemos
pô-lo em em em termos programáticos e de
princípio e na verdade em termos program
áticos e de princípios no meu
entendimento de serviço público de
televisão eh é algo que é incompatível
neste momento com estar uma estação no
mercado a competir pelo orçamento
publicitário em compita à compita com os
operadores privados a diferença entre
RTP e os canais que lideram o mercado
televisivo está a diminuir não é muito
grande é é é razoável DIU está a
diminuir a diferença não é a diferença
pois exato portanto a programação da RTP
tem um certo sucesso o problema é que
nós nós não podemos pensar em RTP nesse
formato devemos pensar de outra forma
que qual é a melhor forma de financiar e
depois ver outro tipo de serviços como
por exemplo rtp3 que ess mas deixa-me só
concluir com com o professor a visão a
visão mas mas a pergunta era há canais a
mais justifica até pela argumentação
ag que todos os canais todos os serviços
públicos de televisão na Europa tem um
serviço de notícias e a RTP ainda por
cima tem uma rede respondentes superior
às aos operadores privados e deve
aproveitar tem uma presença no
território nacional diferente tem a
componente também da RTP África e da RTP
Internacional e pode aproveitar eh esse
facto com os correspondentes e as
delegações nesses países africanos de
língua portuguesa portanto seria
impensável que a RTP não tivesse um
canal de informação poder-se já dizer
tem menos qualidade do que eventualmente
por exemplo a CIC notícias eh é é
possível que sim e e deveria ser
eventualmente reformulado Mas penso que
a RTP faz falta um um canal de serviço
público ligada à informação eh
independente plural e penso que ninguém
acusará eh a rtp3 ou a própria
informação da rtp1 de não ser
independente e plural neste momento mas
o o professor como como como bem sabe hh
eh aliás nós nós fomos alunos do do do
do professor não é e eh mas por por
aquilo que é também a sua a sua análise
por exemplo relativamente à à parte eh
internacional ou da parte de de de
imagem externa também do do país através
da RTP internacional ou da da RTP África
isso não deveria ou poderia ser
repensado faz sen situação é uma questão
muito melindrosa saber se por exemplo as
as a colocação das delegações dos
correspondentes TM uma lógica meramente
informativa ou pode haver também uma LG
do mercado económico da dos interesses
de Portugal no estrangeiro da política
externa etc é uma questão difícil é
evidente que se coloca também quando
quando olhamos para a agência Lusa vez
mais uma vez o financiamento através do
orçamento de estado clarificar e
transformaria essas opções em opções
mais transparentes não é essa o que o
professor está a dizer é que a RDP n
algumas vertentes tem uma dimensão de
digamos braço armado entre aspas da
política externa do estado português não
sei se deve ter quer dizer é
eu gostava de voltar só um bocadinho
atrás à rtp3 o que o professor diz faz
sentido mas depois como é que
relativamente à rtp3 apesar de a rede
correspondentes da RTP não ser a melhor
do país a melhor é do correr da manhã de
longe e aliás a RTP eu no meu caso
sentirme envergonhado se fosse
responsável pela RTP e tivesse uma uma
estação uma rede privada com um acesso
ao país muito mais ramificado do que a
televisão do Estado mas como é que
depois conjuga a existência da rtp3 com
rtp2 ou seja porque dois duas antenas eh
em Espaço Nobre do acesso dos
espetadores aos canais que é os canais 2
e se ambos com licenças de tdt uma das
quais com audiências absolutamente
residuais a rtp2 por vezes consegue
ficar atrás da rtp3 que é uma coisa
verdadeiramente notável bom esse é o
tema não é as coisas não podem
ser certo a RTP 2 tem que ser repensada
porque tem neste momento uma conjugação
de programas de cultura e conhecimento
com programação infantil e Desde há
muito que salada russa o que deveria ser
repensado é a conjugação entre a rtp2 e
RTP memória eventualmente e e Haver
eventualmente também um um um canal
apenas para o público infanto juvenil eh
enfim
eh devia ser re equacionada a
distribuição dos dos diferentes canais
de televisão dos conteúdos pelos
diferentes canais da RTP Mas enfim até
agora isso tem sido refletido pela RTP
mas não tem tido digamos acolhimento por
parte do governo porque pode
eventualmente também suscitar uma um
aumento da da digamos do da despesa em
relação à ao serviço público e não tem
havido desde 2016 que a norma que que
vem na lei da televisão segundo a qual a
cave deve ser atualizada anualmente de
acordo com a inflação não tem sido
aplicada e portanto isso tem digamos a a
RTP não tem tido dificuldades do ponto
de vista financeiro porque o aumento Tem
havido também um aumento paralelo dos
contadores de de eletricidade e tem
havido uma enorme contenção na RTP na no
aumento da despesa O que significa RTP
tem uma situação financeira equilibrada
mas isso põe em causa a oferta do
serviço público de rádio televisão isso
devia ser reaccionado meus caros como
sabem éa do tempo mas
h no minuto preocupação e sugestões
relativamente ao próprio mercado dos do
dos média e numa numa altura e uma
semana que celebramos o o 25 de abril e
os 50 anos da Democracia Uhum eu penso
que é urgente e que este governo Olhe
para o setor as medidas devem ser sempre
cegas Porque a partir do momento em que
se Estabeleça qualquer tipo de suspeita
junto do leitor do despetador do cidadão
de que o Estado está a pagar jornalismo
é o fim do jornalismo porém deve haver
um olhar para esta indústria porque esta
indústria não é uma indústria qualquer
Não se fazem jornais rádios ou
televisões não se faz jornalismo livre
independente como se faz em sapatos
canetas fog gráficas ou casacos há ao
nível dos custos de contexto
H uma série de ajudas e de benefícios
fiscais que devem ser accionados o mais
depressa possível por todas as empresas
que fazem jornalismo têm contas da Luz
da água têm derramas autárquicas todas
essas situações o que eu chamo os custos
de contexto devem ser intervencionados
em segundo lugar o estado deve olhar
rápidamente para um problema que eu ando
a falar Há dois anos e que é um problema
cada vez mais candente que é o o o
território nacional muito em breve corre
o risco de deixar de ter jordes em todo
o país nós temos um problema Seríssimo
na distribuição dos jornais e eu não me
resigno a Viver num país onde não há
jornais porque ler jornais é saber mais
eu sei que sou considerado suicidário na
indústria por ter dado a primeira
entrevista como diretor do correr da
manhã dizer eu acredito no papel mas na
verdade acredito no papel e na verdade
não estou disponível eu e a minha equipa
para abdicar do papel e dessa forma é
preciso que o estado português Tome uma
decisão está ou não disponível
para que deixe de haver jornais em todo
o território nacional se não está
disponível é preciso atuar urgentemente
e finalmente atuar ao nível das receitas
potenciais esta medida da introdução da
RTP no perímetro do orçamento do Estado
é uma delas mas depois evidentemente
isso não seria uma solução Milagrosa é
preciso também sobretudo ao nível da do
ordenamento jurídico europeu nós termos
a noção de que eh Há um conjunto de e
multinacionais digamos da distribuição
Eh que que no fundo fazem uma espécie de
pirataria institucionalizada e não
distribuem as receitas P pelos títulos
pelos jornalistas que em cada um dos
países no caso em Portugal é um caso
gritante eh não temos acesso à justa
distribuição de receitas das
publicidades das grandes multinacionais
da distribuição de conteúdos na internet
portanto é urgente um plano de resgate
da indústria dos média evidentemente da
parte da indústria dos média sobretudo
do das classes representativas dos
Jornalistas eh e dos empresários é
também preciso fazer um balanço sobre se
estão todos a fazer o melhor trabalho
que devem fazer e eu penso que esta
parte da autocrítica também não tem a
Cido e aqui em nome da classe
jornalística também posso falar não tem
acontecido como deve acontecer Muitos
suint são estes os pontos que eu acho
mais importantes e mais urgentes e que
neste momento há condições únicas
políticas para que possam ser atalas
muito bem Professor a sua a sua visão
partilho na generalidade do que foi dito
é claro que não acho não penso que haja
neste momento o quadro político e
parlamentar Esta é a matéria onde devem
acontecer consensos de estado esta são
esta é claramente digamos a área onde
não há nenhuma razão para que PS e PSD
enfim vamos alargar a AD não estejam de
acordo
com estou a pôr em causa o desejo estou
a pôr em causa estou a fazer um
prognóstico sou um pouco pessimista em
relação a essa possibilidade Mas de
qualquer forma É verdade Tem que haver
um reccion a política para a comunicação
social e tem que haver uma maior
intervenção do estado na definição das
políticas e eu creio que é muito grave
aquilo que se passa na comunicação
social regional e portanto o chamado
deserto das notícias o interior do país
está progressivamente a ficar sem sem
jornais regionais e não me refiro apenas
aos jis na versão papel também online
Isso é muito é muito preocupante e
portanto o regime de incentivos do
estado à comunicação social Regional
local tem que ser re equacionado tal
como também eh tem que haver uma revisão
da Lei de Imprensa que tem muitos anos
já tem que haver uma uma portanto uma
política de de apoios à à comunicação
social eh uma vez que ela tem de facto
um papel insubstituível na na nas
democracias políticas e portanto eu eu
eh estou de acordo com o que foi dito
muito bem Agradeço imenso a vossa não
era isso estavas à espera não mas mas
mas é norm de acordo desacordo sim mas
mas é normal nestes nestes debates no
final as pessoas ter nas questões
fundamentais estarem de acordo eu acho
que é útil também este este serviço
público também de alguma forma eh
fazemos agradeço-vos bastante até porque
eh não é tabu debater ou ou ou colocar a
questão da da privatização da da RCP já
agora disclamer eh durante muitos anos
nos anos 90 e foi aí que eu comecei na
na na televisão e eh foi na na na RTP e
e e no jornalismo económico e portanto
tenho o maior respeito mas a ideia não é
não é criarmos aqui algum Tabu Porque
existe esta grande vantagem eh que hoje
olhamos para trás e e vimos 50 anos de
democracia e de liberdade de de imprensa
e liberdade de expressão e é um é um
luxo entre aspas mas que temos de
continuar a cuidar muito
obrigado é tudo pode ver o debate no
site amanhã PPT que está disponível na
plataforma sapo também na euronews fica
disponível no canal YouTube em português
pode ouvir o podcast e claro ler no
jornal Portugal amanhã que sai
habitualmente com o sol conto consigo na
próxima semana em liberdade sempre
[Música]
8 comentários
🥱🥱🥱🥱🥱🥱🥱🥱
Privatiza….e de o dinheiro o os pensionistas Portugueses…👍
Não
É verdade tugas fiquei sabendo que vcs conversam entre vcs mais da eleicao do brasil do que próprio de portugal ???
A nova modalidade dos tugas agora é levar os tios avós pessoas de mais idade em bancos 😂😂😂😂
Sim, deve. E acabar com a Contribuição Audiovisual também.
RTP – Rota e Travessia de Padeiros 🫏🇵🇹 😂😂😂😂😂😂😂
"Privatiza tudo " – menino Charles, o ancap