Vídeo: “Não somos o PS ou o PSD, votaremos a favor do melhor para os portugueses”

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o presidente o seega já está aqui connosco em estúdio para esta entrevista no jornal do dia boa tarde agradeço a sua disponibilidade depois daquilo que assistimos hoje no Parlamento a minha pergunta é se há ou não uma Coligação negativa em curso porque parece evidente que o chega ao aprovar eh propostas do socialistas eh está a condicionar ou mesmo a impedir o governo de governar da forma que bem entende sim boa tarde antes de mais eh acho que há uma coisa que o cha não pode ser acusado é de não ter procurado durante os primeiros dias da legislatura e todos osos dias seguintes Chegaram um a um enfim a uma plataforma de estabilidade com o atual governo mesmo sabendo que isso seria um prejuízo político e eleitoral para para o chega portanto aqui nós estamos à vontade fizemos tudo para que houvesse no Parlamento uma maioria o governo não o quis fazer legitimamente seguimos em frente cada um seguiu cada um segui o seu caminho ora quando cada um Segue o seu caminho cada um tem as suas propostas e portanto o que o chega disse ao PSD foi Nós temos dois caminhos o caminho de encontrar convergência nas propostas que governar é propostas é propostas legislativas executivas eh etc ou cada um segue um caminho separado o governo disse cada um vai seguir um caminho separado bom mas agora o que quer aparentemente é que apesar de estarmos em caminhos separados não votemos coisas que são do nosso programa eu dou-lhe o exemplo das portagens foi o partido socialista que apresentou esta proposta hipocritamente Porque Nós já tínhamos apresentado na legislatura passada era uma proposta ligeiramente diferente eram todas as portagens e faseadamente masar com que eh e a nossa agora também seria fada seria em do anos com que cara poderia eu dizer aos portugues vezes que defendi o fim das portagens todas mas votava contra de algumas Então isto cabe na cabeça de alguém então o chega fez o que devia ter feito é o governo se quer o nosso apoio porque nós achamos que as portagens são estruturalmente injustas tem que chegar aqui a uma data a dizer-nos vai acabar as portagens aqui daqui um ano daqui dois vai acabar começamos já a reduzir agora mas vai acabar aqui mas André Ventura essa essa esta proposta não é urgente no país Há outras prioridades a minha pergunta é se há legitimidade ou não do chega e o partido socialista porem eh uma uma uma proposta eh que não consta da do do programa de governo e porque é o governo que tem legitimidade para governar mas consta do noss mas consta do nosso programa eleitoral o chega tem tanta legitimidade de legislar como como como o PSD mas não de governar não de governar mas o chega não tá a governar o chega está a dizer ao governo que tem que baixar as portagens e que tem que acabar com elas mas não é legítimo que o governo decida quando é que acha que e seas devem terminar servia Para quê vamos lá ver o órgão de onde emana o governo é o Parlamento não é o Parlamento que emana do governo o governo nasce a base de soberania não é o governo é o Parlamento nós isto é uma proposta que implica 150 milhes deix só dizer isto deixa-me só dizer isto vai obrigar o governo a fazer aqui uma gestão deix deixa-me só dizer isto a base da nossa soberania eleitoral não é o governo é o Parlamento é no Parlamento que se legisla ora o governo não quis maiorias não pode agora vir queixar-se de não ter maioria dois o chega sempre defendeu o fim das portagens o que hoje fizemos foi concretizar um compromisso eleitoral poder mear dizer bom agora o governo tem que fazer contas Claro que tem como qualquer governo noutras condições teria que fazer contas agora qual é o qual é então o contraponto disto chega deixa de apresentar propostas o PS deixa de apresentar propostas o o a a iniciativa Liberal deixa de apresentar propostas se forem propostas responsáveis porque Como sabe e e questão das contas certas tem sido muito discutido obrigou-nos a fazer grandes sacrifícios e neste momento pode ISO ficar em causa porque como é que olham para nós de Fora eh repar eh a avaliação se são sensatas ou não caba a cada partido e se são responsáveis ou não os partidos foram eleitos tiveram milhões de votos pessoas que confiaram e disseram é em vocês que eu quero delegar a responsabilidade da gestão do país a nossa legitimidade é tanta como a de Luís Montenegro é igual a nossa do Parlamento a dele do governo mas cada um com a capacidade de legislar no Parlamento também os deputados são eleitos para não tem maioria ou chega nem nem nem o p nem o PS o PSD ninguém tem ora quando ninguém tem o que é que se tem que fazer numa cabeça sensata negociar chegar a acordos a consensos O que é que o PSD quis fazer nada disto não houve negociações hoje de manhã fiquei com a ideia que houve negociações mas Veja isto e agora passa uma narrativa H uma Coligação negativa repar nós estamos à vontade por isto quando se tratou de aumentar salários a polícias a médicos aos pensionistas quando se tratou de baixar portagens eu até enquanto Deputado únic já estamos a falar há uns anos atrás e depois o chega votamos ao lado do PCP do bloco de esquerda de todos porque eu eu o reparo eu vou dizer isto mil vezes e acredito que é mesmo de coração eu estou-me nas tintas de quem faz a proposta Eu quero que os portugueses melhorem a vida deles se acontecer o André Ventura cons era mesmo que esta era uma proposta e que era prioritária tinha que ser nesta altura não podia ser no próximo ano não podia ser enquadrada num orçamento todas as propostas em teoria podem ser noutra altura agora há sempre um um conjunto muito grande de razões para não se fazer nada há sempre um número de razões magnífico para não se fazer nada ou é as contas ou é oportunidade política não nós estamos numa situação profundamente injusta com reportagens isto tem que ser resolvido tínhamos a oportunidade agora com que cara eu vinha aqui hoje à Sic dizer bom não é o momento sabem eu H dois meses disse que sim mas agora acho que não é o momento não faz sentido Ach sabe que que o dinheiro não serve não chega para tudo nós nós infelizmente vivemos com essa fazer a g o governo tem que fazer a gestão do que é definido por lei não é o contrário não é a lei que tem que ir atrás da gestão do Governo na sua opinião avança-se com as as portagens agora e o que é que sabica então isso é uma questão que o governo terá que fazer a nossa proposta é no o governo or condicionar o governo governo Então mas não é o trabalho do Parlamento condicionar escrutinar não desculpa é condicionar também é condicionar também o governo O parlamento deve condicionar o governo quando se sente que ele vai pelo caminho errado mas isso e pode permitir Luís Montenegro achar que não tem condições para governar bom ele sabe o caminho do Palácio de Bé acho eu é só pegar no carro ir até lá e dizer assim olha senhor presidente da república eu não eu não consigo governar É verdade mas e o presidente sabe o que é que L vai dizer olha mas o André Ventura avisou disso há dois meses atrás ele vai dizer pois mas eu não gosto do André Ventura então se nós continuarmos a a a a assistir aquilo que assistimos hoje ou seja mas o que assistiu hoje é é é normal concretização da política é é o partido chega tem ideias próprias e portanto vai aprovar medidas próprias não pode pedir ao chega que não havendo aciso nenh do governo tenha que ir atrás das propostas da Ad só porque o governo fica chateado com isso senão qual é o papel do do Parlamento senão você quase quer que reduzir o Parlamento uma fantochada não você diga forção não é você você eu só quero perceber se acredita que a legislatura vai chegar até a fim eh se continuarmos a assistir a esta Estava a fazer essa pergunta mas sabe o que é que eu acho quer dizer eu eu acho que nós o o que acho ou quer sabe o que não o que eu quero aqui é indiferente o que eu quero é indiferente o que acho é que é importante que é havia uma oportun houve uma oportunidade perdida desperdiçada de haver uma maioria mas também L digo uma coisa para sermos honestos com os telespectadores se o chegas estivesse no governo a proposta apresentada hoje do governo seria mais ambiciosa do que do partido socialista ainda nacia fo passada assistimos também uma abstenção que permitiu proposta do do do IRS passar do partido socialista ontem Pedro frasando o seu partido dizia jamais daremos a mão ao PS o que que é isto não desculpa mas isso não é dar a mão mas baixar impostos e dar a mão ao PS baixar portagens dar a mão ao PS dar mão ao psar propostas do PS sees do PS do PCP do bloco da iniciativa Liberal ou do PSD tudo que melhorar a vida dos portugueses eu vou votar a favor é assim que os portugueses querem ver a política eles estão fartos de ver jogos de corredores Eles querem ver políticos dizem assim Isto é bom para o país Eu voto a favor seja do PCP os partidos de extrema esquerda é que não votam nada do seega por ser do chega nós nunca fomos assim eu votei coisas do PCP que era um boos para o país do bloco da Il do PSD é assim que vamos continuar a agir deix S dme um minuto só para lhe dar um exemplo é um minutinho mesmo a sério que é sobre a questão do IRS porque quem vê de fora pode pensar assim como é que o chega e o PS estiveram mais próximos numa questão de IRS do que o chega e o governo e a resposta é muito simples é que se olharmos para as propostas percebemos que a proposta do psdi beneficiar aos mais ricos ora chega passou toda a campanha eleitoral a dizer que temos que baixar os impostos para a classe média e para os que ganham menos e então quer dizer agora eu ia chegar ao Parlamento e dizer pois mas agora eh eu vou fazer o contrário do que disse não nós temos que baixar os impostos para quem ganha menos e não para quem ganha mais portanto a postura do do chega neste momento é dar a mão a quem eh for mais útil a àquilo que o o chega entende que é que é as propostas para o governo mas isso nem devia ser o que é bom para o chega eu acho que o o eu acho que a função de um político no Parlamento seja de partido for é melhorar a vida das pessoas na sua perspectiva posso ser rar também mas se eu vejo uma uma uma proposta sobre médicos polícias técnicos auxiliares seja o que for jornalistas que eu vejo que é boa para o país mesmo que seja do bloco de esquerda eu vou votar contra agora poderia dizer-me assim bom mas sabe que isso vai condicionar o governo mas o papel do Parlamento não é também indicar ao governo o caminho a seguir ou o papel do parlamento é só estar ali para levantar o braço e e para baixar o braço eu vejo como escrutínio mas também condicionamento quando não há maiorias ora quando não há maiorias é suposto negociar e mas negociar a sério não é a negociar fantochada portanto eu não sei o que é que vai acontecer se me perguntar vai até ao fim eu não sei eu não sei se luí Montenegro vai dizer eu não tenho condições se for é mais um exercício de vitimização que não é estranho porque ele aprendeu com Cavaco Silva a fazer isso e quer repetir o mesmo o mesmo cenário fará como entender agora há uma coisa que sabe que eu lhe vou dizer aqui nós não nos deixamos chantagear quando achamos que é bom para o país votaremos quando achamos que é mal v o que que vai acontecer e e e Hoje houve negociações Houve alguma conversa com o PST pelo que fiquei com essa ideia de manhã não sei se foi hoje a propósito do das scut houve uma conversa eu disse hoje também e houve uma uma tentativa de consensualizada as pessoas queriam saber é amanhã entre aspas vou pagar portagens ou não e o dever dos partidos sobretudo aqueles que defenderam isso na campanha era dizer-lhes não vão pagar portanto não foi possível da parte do governo terão as suas razões e eu até acredito nisso é verdade seja dita também h eu também entendi e o chega também entendeu que neste momento de facto não há quaisquer condições de consensualizada com este com este governo pelas razões que eu já apontei e portanto os caminhos seguiram separados agora queixam-se que é da democracia do Parlamento a funcionar querem querem recriar um Parlamento com o o PSD teve os mesmos tem os mesmos estados que o partido socialista e tem mais 20 e Poucos deputados que o chega André Ventura ajuda-me a perceber o como é que olha para para as declarações que assistimos hoje ao atual responsável da pasta das Finanças e o ex responsável Fernando Medina eu qual é qual é o objetivo final sobretudo Olhe são dois dois adjetivos e estupefação o primeiro e incredulidade vou dizer porquê estupefação Porque ouvi o Ministro das Finanças dizer que afinal a coisa está muito pior do que nós pensávamos mas conforme aliás há pouco dizia aqui o Ricardo Costa eh quando foi enviado um programa de estabilidade nós questionamos o governo porque é que não atualizou os dados do programa de estabilidade com as informações que tinha já da governação porque é que estávamos a usar o programa de estabilidade do partido socialista e e mandou para Bruxelas aquilo que basicamente vinha detrás agora vem dizer que as coisas afinal não são assim mentiu a Bruxelas mentiu ao Parlamento primeira questão segunda questão nós já estamos a ver qual vai ser o argumento para falhar Aos aos técnicos de saúde para falhar aos professores a proposta meio absurda cois apresentou aos polícias em que quer dizer Nós já tínhamos distinção entre polícias agora vamos ter entre entre oficiais e entre Sargentos e entre Ou seja é é cada dia é mais um tiro que este governo dá no próprio pé mas agora Já percebemos qual vai ser o ensaio é não há dinheiro afinal não havia dinheiro para nada disto o cheg responsável o PS deixou isto muito mal este vai ser o argumento Eu acho honestamente que o governo já se está a preparar para uma crise e todo o ensaio de de logística de de discurso já mostra isso acho que é um mau caminho honestamente o governo saberá e o luí Montenegro saberá o que tem que fazer eu acho que é um mau caminho par parece quase o Pedro n Anes falar porque este discurso da vitimização André Ventura na análise a isto pareceu-me muito muito semelhante porque acha que o governo se está a vitimizar Acho que sim Acho que sim Acho que qualquer pessoa percebe Isso quer dizer qual é a necessidade de vir no momento tão decisivo como este que temos em Bruxelas estamos a apresentar dados e documentos estamos numa fase decisiva do semestre em termos de execução do prr estamos numa fase decisiva da e temos um Ministro das Finanças que vem à televisão fala para o país e para a Europa e para o mundo e diz atenção que isto em Portugal afinal não está tão bem como nós dizemos qual é a vantagem que isto tem para a economia zero qual é a vantagem que tem para os investidores zero qual é a vantagem que tem para os trabalhadores zero qual quem é que pode beneficiar disto só o governo porque já se começa a vitimizar a dizer não há dinheiro eu queria de facto responder à questão dos polícias dos médicos dos professores das portagens mas sabem não há dinheiro quer dizer fizeram uma série de promessas em campanha eleitoral e agora estão a dizer que afinal não vão cumprir é para isso que este discurso de hoje serviu ouvimos Miranda Sarmento aqui a falar da possibilidade de um de um orçamento retificativo agora depois de eu andar a dizer dois meses que era preciso um retificativo dois meses ou se desde o primeiro dia eu disse tinha que haver um retificativo por várias razões e em que mes seria esse retificativo m de ajustar às novas políticas macroeconómicas o cenário orçamental isso parecia-me evidente que é nós não podemos até pelas leis que existem que não vale a pena agora estar a detalhá-las estar a acomodar muito mais despesa a um orçamento que já está em vigor toda a gente percebe isso ora se queríamos mesmo cumprir a menos que o governo não quisesse se queríamos mesmo cumprir era preciso quase de certeza um retificativo i a acontecer vai votar a favor eu já o disse se for para resolver estes problemas nós só temos uma palavra Se for para resolver problemas sérios e Como disse de polícia mas não é isto mas há uma lista e não é aquilo que já tínhamos dito na saúde na educação eh esta questão dos polícias é importante mas tem que ser resolvido a sério não é criar mais divisões entre eles portanto se for assim o se este e se este valor da das das scute não permitir isso vai permitir certamente estamos a falar de um valor de c e 160 milhões de euros não é isso que vai pôr em causa o cumprimento destes destes valores o que pode acontecer é o governo não querer cumprir com Cumprir o que prometeu mas era evidente que era preciso um retificativo tá a ver eu olho agora para trás e nem me fica bem dizer isto na televisão Nacional mas olha agora para trás tivemos razão em tudo o que dissemos que a governação assim não ia correr bem que era preciso um retificativo que o governo se arriscava a ter derrota atrás derrota no Parlamento e que isto ia ser mal para o país veja que está tudo a acontecer nós avisamos nós avisamos que isto podia acontecer assim agora não venham a falar de coligações negativas então baixar impostos é uma Coligação negativa baixar portagens é uma Coligação negativa deixe-me só perceber se e Já percebemos todos e o André Ventura também já aqui o disse todos os partidos parecem estar a acelerar precipitar o final da da legislatura mais cedo e o o chega está preparado para ir a eleições onestamente eu acho mais do que o ch está sempre preparado para ir a eleições e era importante que houvesse eleições honestamente eu acho eu acho que o país não temos europeias temos regionais temos Vamos ter autárquicas no próximo ano temos presidenciais logo a seguir e acha que isso país precisava algum estabilid não acho que não acho que ninguém quer eleições mas eu também não quero e o chega também não quer o país não quer eleições tenha C que os empresários não querem e eleições os trabalhadores não querem os investidores não querem o país não quer mas repar se o governo insiste nesta retórica de vitimização que não consegue governar todo o país se começa a preparar para eleições porque começa a saber onde é que isto vai dar Portanto o que é que eu aconselhava a Luís Montenegro A for simples de conseguir fazer a legislatura e de governar é governar bem e cumprir o que prometeu na campanha eleitoral se fizer isso nós cemos conseguir fazer isso para concretizar Senão também não é muito longe ele sabe onde como é que se vai lá ter e sabe o que é que tem que dizer ao presidente da república Obrigado and Obrigado pelo convite bo tarde [Música]