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José Manuel poucos dias depois da guerra na Ucrânia defend estee aqui que tínhamos de regressar pelo menos a este debate e que talvez fosse mesmo positivo e voltar ao serviço militar obrigatório continuas a pensar o mesmo do anos depois mais ou menos ou um pouco mais um pouco mais bem olhando para para para os dados e olhando para aquilo que nós sabemos eu diria que sim que é preciso pelo menos discutir já sobre a solução eh temos que ver melhor Eu não creio que seja provavelmente a solução possível e viável neste momento inclusivamente para ser a melhor mas a o como estamos é que eu acho difícil podermos continuar porque é que eu digo isto eu digo isto porque olhando para o que se tem passado nos últimos anos o que nós verificamos é que tem havido uma erosão rápida do número de militares n nossas forças armadas eu fui às estatísticas da da administração pública portanto são são estão publicadas trimestralmente e fui ver os dados dos últimos trimestres desde 2011 Ora bem em 2 11 nós tínhamos 34.514 militares no ativo em 2023 portanto dezembro de 2023 tínhamos 2331 são menos 11.100 Ora bem são e sensivelmente 1/4 desapareceu 1/4 pronto aliás desapareceu um bocadinho mais apareceu 1/3 1/3 dos militares um em cada quro um eem Cada três já não estão nas Forças Armadas portanto portanto temos aqui uma situação que não pode deixar de ser considerada H difícil eu não encontrei para 2023 os dados finais relativamente às várias digamos às várias categorias mas os últimos dados que tem que aliás foios que eu citei nos outro programa são 2021 e não devem ser muito diferentes porque o número total de militares na altura era 23.34 agora estamos em vi 3316 é uma diferença de 1 130 portanto Nessa altura destes 23.000 nós tínhamos 5653 oficiais e 9820 praças praças são soldados não É sim os razos os rasos não é e é evidente que é é muito discutível Qual é a relação que deve haver entre o número de oficiais e o número de soldados e ela varia muito conforme o ramo das Forças Armadas eh na força aérea Por exemplo essa relação é muito diferente daquela que existe no exército e mesmo entre as diferentes eh os diferentes Ramos não é não sei se se diz Ramos não sou especialista nisto as diferentes especialidades do exército portanto Infantaria artilharia cavalaria E por aí adiante eh engenharia portanto há várias especialidades eu diria que esta relação não é sempre a mesma e nós até hoje temos no entanto eu creio que a própria forma como nós olhamos para esta para esta relação e para o tipo de dispositivo que temos que ter não pode deixar de olhar para a experiência deste do anos de guerra desse ponto de vista houve uma experiência e a sensação que eu tenho é que por um lado há porventura mais necessidade de soldados de Praças do que às vezes se diz portanto infelizmente continuam a ser preciso pôr muitas botas no terreno e por outro lado há também muita necessidade de de Formação porque a guerra tem uma componente também muito mais tecnológica e e e os aparelhos com que se trabalha são muitíssimo mais sofisticados dito isto parece-me existir claramente um desequilíbrio aqui quer dizer há uma há há estão identificadas por assim dizer três dificuldades que Aliás o último documento do Ministério da Defesa a do anterior do anterior Ministério eh refere e que é a primeira de recrutamento portanto há pouca poucas vocações e porventura sobretudo para as posições de Praças já lá vamos tentar perceber porquê Depois temos um problema também de e o que é que se faz quando eles estão recortados desamente com as suas as suas carreiras se existe carreira Realmente nós percebemos que há uma carreira para para para oficiais e mesmo para Sargentos mas para praças e não parece haver e finalmente há outra questão que é que perspectivas de vida podem ter eles um dia que terminem o serviço militar porque se não houver perspectiva de carreira o serviço militar não é para a vida não é portanto não é uma coisa que se fique lá toda a vida até pelas características do próprio do próprio serviço militar nós estávamos habituados a ser um serviço cumprido durante pouco tempo pessoas relativamente jovens por acaso nesta guerra da Ucrânia temos assistido a algo diferente maior parte dos Soldados ucranianos estão entre os 25 e os 40 anos e não entre os 18 e os 25 como estávamos habituados sim é uma opção que eu que tem sido até às vezes difícil de manter porque há muito cansaço nos encastar na linha da frente e não são só voluntários não é já se percebeu portanto há aqui mas mas é é um desenho de uma força militar no terreno um pouco diferente daquela que nós estávamos habituados bem eh porque é que há estes problemas de recrutamento imagino eu e também de progressão na carreira porque de facto temos para os para os prç praticamente não há carreira penso que haverá qualquer coisa na na na Marinha mas no exército que é porventura digamos é a arma mais numerosa e entra soldado sai-se soldado basicamente entra-se Praça sai-se Praça e os ordenados São relativamente baixos sendo que as carreiras de saída que é ass Militar da GNR maior parte das vezes também não são particularmente entusiasmantes e por isso a não ser que se faça alguma especialização E então aí pode-se ter à sua frente boas perspectivas não é se eu for para Força Aérea e e me especializar em telecomunicações ou em mecânico de f16 Muito provavelmente não vou ter dificuldades em arranjar emprego a qualquer altura a dificuldade é manter as pessoas mesmo n na força aérea que é um problema que a força aérea tem sistematicamente e não só com os pilotos e não só com os pilotos portanto temos aqui hã desculp neste momento excit desculp Bom dia neste momento até o no exército há pessoas eu conheço vários casos de pessoas que pagam a imunização para sair e para ir trabalhar e para Supermercados portanto estamos a este nível este nível portanto porque de facto o que o que se recebe é é é é muito pouco e apesar de tudo tem havido quer dizer como estamos quase com pleno emprego Tem havido melhoria da oferta da oferta de emprego fora da da da profissão da profissão mil uhum portanto temos aqui de facto um problema eh que eu não sei se se se resolve com o serviço militar obrigatório estamos a falar de queê quando falamos de serviço militar obrigatório estamos a falar de um contingente que no limite pode andar em 100.000 pessoas por ano se considerarmos homens e mulheres e não há razão para neste momento desconsiderar as mulheres eh nos dias que vemos não é a última vez que havia serviço militar obrigatório eraa só para os homens era só para os homens é verdade mas hoje em dia abri abriu-se abriu-se paros países abriram isso é evidente que ainda não não é exatamente a mesma coisa mesmo em países como Israel mas aproxima-se muito e e sobretudo No que diz respeito à obrigatoriedade aproxima-se mesmo muito portanto mas aqui colocam-se vários problemas primeiro uma questão que é saber serão precisos tantos Será mesmo com a evolução das Forças Armadas que sentimos que é necessária serão precisos tantos depois quanto é que isto custa por porque e não é só levar não é não é só tornar os voluntários e pagar-lhes qualquer coisinha e mesmo que seja por poucos meses é é preciso montar estruturas e muitas das estruturas de grande dimensão foram de alguma forma descontinuadas já não existem tantos centros de formação como existiam aqui há umas Décadas atrás e e há também que pensar que tipo de Formação é que queremos que que as pessoas tenham porque eh e essa Talvez o aspeto mais crítico porventura o aspeto mais crítico porque se queremos realmente soldados modernos eh capazes porventura 3 meses ou se meses não é suficiente eh quando muito será suficiente para os motivar a ficar em mais tempo mas verdadeiramente Quando pensamos olha novamente olhamos para o que estamos a ver acontecer na na na na Ucrânia e quando pensamos nos naquele nos soldados que operam eh H veículos motorizados onde os soldados coperam armas de artilharia ouvimos de vez em quando dizer que eles vieram a ser alguns deles até ter formação no ocidente no ocidente quer dizer na União Europeia nos Estados Unidos e essa formação não foi sequer três meses foi sempre mais mais demorada soldados que já estavam treinados portanto não eram completamente imberbes digamos assim para poderem Para poderem em caso de combate não morrerem na hora seguinte como acontece muito com os russos que são literalmente atirados para a frente sem qualquer tipo de de formação e estou a falar daquilo que que é até mais porventura mais simples não é não estou a falar de poças aéreas e coisas desse género ou mesmo Marinha onde há onde há onde há missões que se compreendem que sejam muito mais eh eh digamos muito mais específicas portanto primeira questão é assim vale a pena ter muitos soldados durante 3 meses ou se meses valerá a pena fará a diferença ou será só apenas mais complicação pronto Esse é um aspecto um lado do problema ao outro lado do problema e Esse aspecto eu foi aquele que eu mais citei da outra vez falamos aqui disto e que eu não não não desvalorizo que é e o papel que um serviço militar pode ter na formação da Cidadania e como digo na formação da Cidadania é para todos os efeitos há há Sobretudo com o estado em que estão muitos das nossas instituições nomeadamente nas escolas a passagem pelas Forças Armadas pode acrescentar alguns valores cívicos que estão em baixa digamos assim nas sociedades Não é só na nossa estão em baixa nas sociedades não estamos a falar de valores militares poros e duros de valores de agressividade estamos a falar de portanto compreensão do que é uma cadeia de comando compreensão do que é lealdade compreensão do que é o patriotismo compreensão de uma série de coisas nessa nesse nesse domínio e eh haver aqui um lado de escola quase que é desempenhado pela passagem pela pelas Forças Armadas mas aí há países já têm experimentado e eu acho que é uma um caminho que eventualmente pode ser feito uma espécie de serviço de cidadania que eu creio que existem países por exemplo como a Áustria e e outros países na Europa hã França e a França tem serviços de cidadania que e tem uma uma não não as pessoas não vão fazer propriamente a formação militar e de andarem a rastejar por por baixo na Lama em Mafra que é que os meus amigos quizeram a tropa como se costumava dizer contaram fizer é o grande relato não é Ou matarem uma galinha Adada coisa assim do géo que eu não sei se faz já ainda na formação pronto entada e pá eles contaram mas eu não sei se parte a mitologia se não às vezes fazia parte da mitologia pronto e não creio que seja isso mas há pode ser uma porta de entrada que permita que aquilo que atualmente é um funil e ninguém ver nenhuma perspectiva ia em ir e em ser militar eu devo dizer que até quando alguém quer ser militar H uma grande surpresa recentemente um sobrinho meu quis ser militar portanto em vez de seguir para a universidade foi para as forças armadas que é uma coisa que deixou assim um toda a família de boca aberta mas el lá está aí todo contente pronto e dito isto eu não sei se isto poderia ser de facto uma solução diferente e mais interessante porque provavelmente digamos al largaria de recrutamento E desde que depois se tratassem dos outros dois problemas que é a evolução numa carreira possível e até porque agora vamos lá ver eu quando eu eu como disse não fiz serviço militar mas na altura em que teria sido incorporado depois havia os adiamentos hav essas coisas mas mesmo assim o simples facto na altura de ter completado o ensino secundário fazia com que eu fosse para a carreira do oficial portanto não era não ia para para para Praça digamos assim Eu tenho um colega meu do Liceu que esqueceu se fazer que tinha o ensino secundário e depois foi parar a praça Porque não lhe correu muito bem a coisa não lhe correu muito bem bem eh mas eh era era eu não sei se agora ainda é H uma h h algo de semelhante mas nós hoje em dia temos praticamente toda a gente já comhe cindo secundária ou caminho disso e portanto temos um quadro diferente onde pensar que as pessoas vêm de uma aldeia de do interior aterram num quartel sem com H quarta classe e h quarta classe quarta classe em princípio tinham já todos não é porque nós consideramos pouco isso mas as forças armadas incorporação das Forças Armadas durante mesmo o estado novo eh impulsionou a formação básica dos Nossa da dos mais novos não é portanto sobretudo durante o estado novo sobretudo durante o estado novo porque porque havia tinha havido muito falhanços em conseguir que as pessoas tivessem informação na malaquia constitucional e na República depois acabou por acontecer até à quarta classe Claro e depois a seguir até o 6º ano mas já foi no mesmo no fim eh eh e aconteceu e há e há estudo estatísticas sobre isso bem mas dito este feito este este parêntese de facto hoje em dia já ninguém tem apenas a quarta classe no mínimo 9º ano cada vez mais o 12º e portanto tá lhes a oferecer uma carreira apenas com aquilo que neste momento se oferece aos praças não é não chega não chega claramente tem tem que haver aqui outras alternativas e por fim eh o as saídas que não sejam apenas eh só militar da GNR penso que para a carreira de polícia a coisa não corre tão bem mas que não não é não é tão fluido Até porque não é uma carreira militar o polícia não é um militar ao contrário dos G dos guardas nacionais republicanos e portanto eh tudo isto acho que tem que ser visto ido e por fim eu não queria demorar mais porque já estamos um boquinho adiantados e por fim tem que só tem que se olhar de a sério para o orçamento das Forças Armadas eu vi recentemente H um estudo recente da trabalho uma proposta da setos eu devo dizer que fiquei um bocadinho espantado com essa proposta porque essa proposta tem H uma proposta de divisão além de defender aquilo que enfim faz parte das nossas obrigações que é 2% do do do do do PIB para as forças armadas portanto temos que lá chegar não é faz parte das nossas obrigações como membros da Nato a seguir propõe que e isso devida sobretudo para pagamento às aos militares para remuneração para remuneração salve Tero sensivelmente depois eh 20 e tal por para operações portanto custo das operações militares e só 15% eu não tenho todos de citar os números de core só 15% para equipamento e eu duvido que 15% seja seja suficiente dovido porque que nós temos muito equipamento em muito mau estado muito mau estado e muito antiquado eh nós temos e que enfim marinha é uma situação patética já falamos isso várias vezes é patética mesmo com muitos barcos com problemas sistemáticos eh o a força aérea não tem assim grandes notícias mas creio que nós falamos muito dos f16 os nossos parce maior parte dos nossos parceiros estão a comprar f35 que é eh o f16 moderno desta geração já estamos a falar de um avião H fantasma Digamos um stelt eh daqueles que não não é detetável pelos radares que é completamente diferente e então nós vemos que aqui se tem tem pode significar num uma frente de batalha como por exemplo aquela lá na Ucrânia atualmente isto para já não falar nós também temos percebido que nem no que diz respeito a veículos blindados e a tanques aos famosos tanques que eu não devia dizer tanques já sei que não é assim que se diz e nem não tínhamos nada para praticamente nada para poder ceder à Ucrânia e o que tínhamos não muitos não estavam perdão muitos não estavam operacionais portanto eu creio que esta matéria é sempre muito complexa e creio que não pode deixar de ser vista num outro quadro sobre o qual se discute relativamente pouco isso que se discute relativamente pouco é h a questão da União Europeia ter que coordenar e deixar-se de guerras nacionais sobre o equipamento militar que tem não faz sentido haver um tanque inglês um tanque francês um tanque italiano um tanque Sueco desculpem lá continuar a usar tanques portanto e depois percebemos que no fim do dia são os alemães que os tangos alemães que apesar de tudo mas que nem sequer era a Alemanha que tinha mais havia outros países com mais com mais equipamento do que a Alemanha portanto e a história do avião Europeu é um fiasco completo quer dizer estamos completamente atrás dos Americanos mas se calhar a opção é comprar aos americanos ponto final parágrafo e continuar a porir adente nós sabemos cada vez que compramos equipamento militar e recordamos do dos submarinos há uma guerra entre fornecedores europeus a e isto fica tudo às vezes empanado com suspeitas e outros problemas
1 comentário
Gastar dinheiro com forças armadas? Porque? Para qué? Quem è o inimigo que nos vai atacar?
Portugal devia se tornar um Paìs NEUTRO (como a Suìça)!