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esta manhã quando foi aqui apresentei aqui o o contracorrente eh referi por exemplo um estudo os dados de um estudo da Associação Portuguesa de apoio à vítima saíram muito recentemente aliás saem todos os anos não é Ou pelo menos com uma regularidade anual ou bianual e e eram muito evidentes eh a responsável pelo estudo que aliás vai ser nossa convidada hoje neste programa deu algumas entrevistas deu até uma muito detalhada aos público mas não só saíram também artigos detalhados noutros noutros meios H alguns até ilustrados com gráficos eh e que davam conta daquilo que é mais ou menos um um um um um dado já de de domínio comum os as agressões contra idosos estão a aumentar eh estão aumentar que seja em meio familiar sejam também Os relatos dos idosos os institucionalizados ou portanto que estão naquilo que nós vulgarmente designamos como lares eh Depois temos também alguns dados que nos dão conta de quem é mais agredido menos agredido mais mulheres agredidas H existe também e o a óbvia perceção de que eh aquilo que se sabe é uma pequena parte muito pequena parte da realidade depois os responsáveis procuram também eh e e esforçam-se bastante por eh mostrar e alargar aquilo que nós podemos entender como conceito de agressão portanto ou claro que há aquelas coisas óbvias não é o bater bater mesmo e note-se que algumas vezes não apenas em Portugal eh ou não sobretudo em Portugal às vezes vemos aparecer vídeos que são colocados eh online eh isto prende Sobretudo com captura de imagens por câmara oculta em em instituições eh às vezes também estou a pensar alguns vídeos que f dos Estados Unidos também em casas eh das pessoas Isto é sempre muito muito complicado trata-se de uma captura de imagem mas muitas vezes aquilo que se vê é Tenebroso eu estou a pensar por exemplo algumas imagens que foram eh capturadas naquilo que são as residências em em França isto levou até um debate em França sobre a forma de gestão daquele tipo de de de residências e e são coisas para lado enorme agressividade física até porque estamos a falar de pessoas que estão numa situação de debilidade física de humilhações verbais e uma linguagens uma linguagem tenebrosa que é usada com as pessoas humilhação mesmo extrema violência psicológica e física eh portanto quase que uma uma uma uma invocação sempre de que as pessoas fizeram algo de mal ou porque se sujaram ou porque não sei quê e portanto vão ser castigadas portanto coisas absolutamente terríveis e eu em Portugal Eu recordo um vídeo particularmente horrível de um filho que chicote Ava oo pai eh num não há muito tempo creio havia imagens de um lar em que havia um espaço exterior em que também havia umas senhoras muito maltratadas Não me recordo o local exato e eh tive e depois às vezes notícias que são eh e claro que também indicam que a pessoa que comete a agressão também não estará independentemente T também não estará nas melhor das condições porque recordo ali na zona da Ericeira um filho colocou o pai dentro de um caixote do lixo um daqueles grandes contentores com sorosa Mas com tudo isto não não gerou nem um décimo do da atenção nenhum destes casos nenhum destes relatórios que está a suscitar este caso por exemplo mesmo a notícia muito recente penso que é de março deste ano eh não tem um mês de que tinha havido uma pena de prisão efetiva para as eh os dois diretores do Lar do Comércio em em Matozinhos também não não jurou quer dizer notos em Portugal dar uma pena de prisão efetiva eh foi porque foram considerados provados 18 crimes de maus tratos eh naquele no no lar do Comércio em Matosinhos e e e note que vinham eles a acusação partiu com 67 eh 17 dos quais eh depois vem depois temos aqui 18 dos quais são Dados como como provados em Tribunal e temos uma pena 18 crimes foram dados comprovados eh e estamos a falar de coisas eh terríveis estamos a falar privação de medicação eh privação de cuidados unicamente com o intuito que era Pelos vistos conseguir poupanças Todos nós sabemos como os cuidados aos idosos são muito muito muito muito caros e portanto havia aqui privação de tudo maus tratos mais condições havia e isso o tribunal não deu comprovado porque não foi possível fazer autópsia mesmo um caso em que a acusação e defendia que H tinha resultado na morte e efetivamente isso essa esse essa acusação depois caiu porque já não foi possível fazer eh autópsia portanto a autópsia já não seria conclusiva para aquilo que a acusação pretendia portanto eu acho que esta Minha introdução será suficientemente Clara para is só esta condenação dos responsáveis do lado de comércio de Matosinhos eh aconteceu eh em a 19 de Março também se poderia pensar e nós falamos aqui muito disso eh eh durante a a covid eh de que as medidas que estavam a ser tomadas em relação aos lares em muitos casos revestiam de de um caráter que no enquadramento português ia muito para lá daquilo que acontece aos presos às pessoas que são condenadas por por prática que são condenadas a prisão efetiva por crimes não é as pessoas ficaram privadas de contacto com os seus familiares mesmo telefónico sem direito a qualquer tipo de visitas eh mu muitas vezes eh já as medidas estavam a ser aliviadas para para o já pandemia estava a dar-se como extinto e continuavam aquelas medidas nos lares não é nós tivemos acabamos Às vezes a cortina acabou por se levantar eh naquele caso em que vamos ter tivemos um auxiliar que morreu no alentejo auxiliar morreu e depois vão-se perceber as condições mais ou menos deplorável ou mesmo muito deploráveis em que as pessoas estavam dentro desses desses lares acabamos também por referir aqui como muitas vezes a rede de dependências a nível local ent Sant A Casa da Misericórdia o lar eh a pessoa que depois é responsável por algumas eh por alguns setores na autarquia Creia também uma uma rede de dependências e de silêncio não é mas na altura esta questão deste Lar em Mont Mor se não estou em erro gerou e grande eh consternação mas passado acabou e não se fala e não se falou mais aquilo que nós temos aqui em relação eh ao ao caso José Castelo Branco Betty grafstein é um pouco eu penso eu penso é um pouco o efeito que tem eh nos jornais hoje em dia usa-se pouco até porque o jornalismo em papel eh já teve melhores dias e economicamente falando e e que é aquilo que para nós que foi muitíssimo importante eh hoje eu acho que é menos em termos gráficos que era o uso da caricatura a caricatura é de alguma forma não não tormos grosseiros não é a caricatura acentua os traços nós se nós tivermos quer dizer as pessoas que sabem desenhar ou que têm talento que não é manifestamente o meu caso mas em princípio uma caricatura quando nós ol olhamos para lá temos de reconhecer a cara da pessoa e também temos e depois o que geralmente o que faz quem desenha a caricatura é acentuar determinados traços do rosto porque em princípio a caricatura é é um é um um retrato ou ou ou procura ser um retrato dos traços de caráter daquela pessoa pois podemos ter caricaturas muito cáusticas outras não mas a caricatura nós olhamos e temos de reconhecer o boneco de alguma forma eu creio que este caso tem e por várias razões esse efeito caricatura portanto estamos a falar de duas pessoas muito conhecidas e Ou pelo menos muito vistas não sei se muito conhecidas muito facilmente reconhecidas ao olhar e nós sabemos pouco provavelmente sobre as vidas daquelas pessoas até o que fizeram no passado como é que chegaram aqui como é que Betty grafstein nos surge como uma senhora americana muito muito muito muito rica o que é essa riqueza e como é que ela se chamava antes de se chamar Betty grafstein porque não se chamou sempre assim e depois temos aqui e portanto nós de alguma forma eu eu por acaso hoje comecei a fazer contas e para nós ela foi sempre a senhora idosa só que ela já é idosa há muitos anos não é por contraste era idosa sobretudo porque a definimos por contraste com a idade do seu marido depois José cristelo Branco ele mesmo acaba e e portanto a própria forma como Betty grafstein eh se aparecia vestida maquilhada correspondia e corresponde de alguma forma ao Imaginário da senhora americana muito muito muito rica vagamente excêntrica que também povoou uma boa parte do Imaginário sobretudo Século XX e depois temos aqui José Castelo Branco e José Castelo Branco pela forma como se apresenta como fala pelo tipo de discurso que produz é também ele uma espécie de caricatura logo até porque a imagem dele foi evoluindo até mais do que do que foi-se foi-se transformando foi assumindo traços cada vez mais excêntricos na forma de se vestir se maquilhar até TZ sim sim sempre uma maquilhagem muito ou seja de alguma forma eles mesmos são tornando protagonistas é como se fossem atores de qualquer coisa porque estão hiper maquilados não é e e há ali vários vários traços que levam para que de repente eh nós est toda esta hiperbolizar quando aparece um caso destes tenha todos os os os condimentos necessários para que a notícia aconteça eu aí ao contrário de se calhar de de de muita gente eh até porque colaborei vários coisas de televisão durante muito tempo tenho eh em geral sempre que as pessoas dizem que não vem é porque vem não interessa não interessa é assim e logo todos todos nós podemos estar eh consternados com o facto deste caso está estar a ter esta cobertura mas a verdade é que as pessoas ficam a olhar para a televisão e não ficam olhar para a televisão quando aparecem os relatórios da apav ou quando aparecem o as notícias sobre as condenações no no por causa do Lar do Comércio em Matozinhos ou por causa do do do que acontece com um idoso agredido que em geral até podemos falar aqui de de um fenómeno curioso tal como acontece com os questões da segurança dos dos assaltos de quotidiano e os casos de agressões a idosos os casos de agressões sobretudo se forem idosos agressões maus tratos negligência têm cada C vez menos espaço de notícia os estudos podem ter algum espaço na chamada imprensa de referência mas não são notícia à exceção de órgãos ditos populistas ou mais popular po chamaro O Correio da Manhã e às vezes o jornal de notícias que tem uma boa cobertura Ou seja a chamada comunicação de referência não encia noticiosa estes casos só os noticia muitas vezes quando eles são filtrados pela figura do estudo ou da pessoa que fala sobre este assunto e mas já não consegue olhar para eles ou não quer como notícia depois como acontece também com as questões de insegurança e com outros problemas que se subestimam a aos quais se franze o nariz um dia coisas aparecem da forma mais inesperada e Então temos agora estas horas e horas de cobertura e é óbvio que que a figura criada a personagem criada ou como que se apresenta José Castelo Branco propicia ou desculpa propicia este este tipo de de de cobertura mas a verdade é que as pessoas estão a olhar estão a ver podes perguntar e achas que isto vai servir para ar eh não sei não sei duvido por exemplo pensando no quer dizer para alertar no sentido de falar no sentido de dizer que existe sim se isto Muda alguma coisa não sei por exemplo eu não sei se o facto de de de de se o caso Bárbara Guimarães Manuel Maria Carrilho serviu para teve algum resultado prático na forma como se olha para estes casos não sei até hoje não sei mas acho que foi se ou seja se aumentaram as denúncias se houve uma maior consciência sobre o que o que é o que é um crime de violência doméstica se mudou alguma coisa depois talvez tenha contribuido para uma cois important calhar o resultado da Justiça sim eu acho talvez que seja também muito sim o resultado da Justiça é fundamental sobretudo nos casos deste tipo de violência porque e não foi fácil pois Claro que não É porque ée difícil de provar tudo o que acontece dentro de uma casa é difícil é difícil e eh eu fui testemunha Num caso desses era uma agressão de um filho a uma mãe eh e e é sempre muito difícil percebe-se que as pessoas os vizinhos não querem ser testemunhas porque não querem problemas eh porque Em geral os agressores TM alguma preponderância não é por assim dizer depois é muito há sempre uma relação de poder Sim há uma relação de poder muitas vezes não era o caso mas muitas vezes são pessoas até simpáticas não era o este caso que eu fui testemunha não era não era o caso mas muitas vezes são eh e e e por outro lado tudo aquilo é uma enorme carga de trabalhos vai-se muitas vezes a tribunal é muito difícil provar e é muito difícil eh mesmo se que a justiça funcionasse e não houvesse às horas extraordinárias e à e às outras é difícil e o tipo de perguntas que são feitas e que têm de ser feitas às testemunhas no fim a pessoa pensa sempre quer dizer faz ISO porque acho que tem que é uma espécie de dever mas H mas fica sempre aquela aquela dúvida quer dizer há um dia sempre que a pessoa que se pergunta mas porque é que eu meti nisto não é portanto há este l e neste caso Helena Desculpa só acrescentar Porque neste caso do José Castelo Branco Agora tem havido muitos relatos de outras pessoas a dizer que sabiam que que ex alegadamente isto acontecia é exatamente isso há sempre um as agressões não estou aqui a pensar pois que há sempre um filme americano a mostrar-nos que consegue agadir e e um casa real a mostrar-nos que consegue agadir uma pessoa à vida inteira sem que mais ninguém saiba pronto e e e desde já não não não desmo isso mas Regra geral várias pessoas sabem seja de agressões a mulheres seja de agressões de filhos a pais seja de agressões a eh a idosos numa instituição H agressão em pode ser só um agressor mas precisa de cúmplices cúmplices pelo silêncio sim até porque muitas vezes as pessoas confrontam-se com a impotência O que é que o que é que vão fazer porque e sobretudo no caso das relações eh e e aqui particularizando no caso das agressões a idosos elas acontecem maioritariamente em contexto familiar portanto existe uma relação de enorme dependência e amor porque as pessoas agredidas continuam a gostar daqueles que as agridem e das quais dependem até porque e depois os nossos convidados explicarão isto Sem dúvida com muito mais precisão do que eu e nós sabemos como depois começa a existir problemas de memória e tudo isso há ali e quase que uma situação de memó construída não é em que o agressor é simultaneamente aquele que se que se ama não é pronto estou a falar aqui de agressão de familiar direto mas pode ser uma agressão pela pessoa que está a tomar conta e ou que se contratou para esse efeito portanto são relações e eu aqui estou a falar apenas ainda e só na questão das agressões físicas pois há um outro lado que é também muito e presente que são as situações de abuso hoje em dia Sobretudo com a extraordinária burocratização das nossas vidas nós temos eh temos questões de abuso com com os cartões com as contas bancárias eh com com determinados documentos a que cada vez nós temos de tratar de mais papelada como nós conforme dizemos ai hoje é o meu dia tenho de tratar uma data de burocracias então pense-se que há um dia em que todas essas burocracias Nós deixamos de tratar outros começam a tratar por nós e depois Há muitas vezes acontecem situações de abuso e estas situações de abuso podem acontecer por familiares por pessoas que foram contratadas para tomar conta daquela pessoa pode acontecer pelos Funcionários das instituições sejam os lares seja por exemplo e esse é um problema que às vezes os bancos têm e por funcionários bancários por funcionários de por funcionários de farmácias eh eh de supermercados a facilidade com que as pessoas a a dada altura passam o seu cartão eh de pagamentos para a mão de outro e e e lhe dizem o código para que efetue os pagamentos portanto há aqui uma terra eh que não é de ninguém porque é uma terra de muita gente em que eh por um lado temos uma pessoa que ou está já numa situação de frag idade ou a partir de certa altura passa a ser tratada como tal eh muitos de nós que têm familiares adultos a mais velhos a cargo ou tiveram confrontaram todos os alguma vez na vida com a ida com o seu pai com a sua mãe com a sua tia o seu tio é uma instituição e de repente vemos ser tratada aquela pessoa que para nós é uma figura que nós respeitamos tratamos por você que deixamos passar à nossa frente e seguramos a porta que procuramos não contrariar pronto coisa e de repente sar a ser tratada assim pelo então Ó então ó eh e agora vou dizer aqui o nome próprio longe de tudo então ao Paulinho então Ó quer dizer quer dizer desaparece é muito chocante porque até porque a pessoa muito frequentemente está na só precisa de ajuda para se lembrar de umas coisas não está quer dizer portanto est isto que se chama idadismo não é e que é muito chocante muito constrangedor a pessoa se tivesse ali um buraco enterrava-me naquele preciso momento e fazia de conta que não tinha assistido à Aquilo não é e é muito difícil gerir situações destas portanto Este é um assunto que de facto eu acho que às vezes é um bocadinho como a insustentabilidade da Segurança Social o problema é tão grave até porque nós sabemos que vamos chegar lá portanto H vamos chegar à reforma como com uma baixa taxa de substituição e vamos chegar a um momento das nossas vidas em que também estaremos no no no no lugar daquele a quem no meu caso presumo que um dia ouvirei então ou Leninha ou qualquer coisa assim não é pronto eh é é como se nós não quiséssemos ver aquilo que antecipadamente sabemos que irá que nos irá acontecer embora nunca sabendo bem os contornos e alguns poderão ser algás na melhor das hipóteses éo na melhor das hipóteses dá ser lininha Na pior das hipóteses eh se sabe-se lá portanto há aqui este lado portanto voltando à à pergunta que me tem eh eh que tenho feito a mim mesma Desde de ontem é eh este caso eh da da da Betty grafstein com com o José Castelo Branco se se Porquê falar disto da violência agora porque se está a falar da violência agora e o que nós temos aqui tiremos as maquilhagens tiremos aquelas roupas tiremos aqueles rótulos que não querem dizer nada e tudo e mais alguma coisa como negociador de arte ou como Milionária americana tiremos isso e ficamos com uma senhora de muita idade que no hospital declarou a quem a atendia que era objeto de violência como em todos os casos nós temos de pensar várias coisas ela poderá estar a falar verdade poderá em alguns casos ou poderá não estar não é mas admitamos eu admito que sim estar portanto pedindo para ser protegida da própria pessoa que lhe é mais próxima e que em princípio declara que a protege e que a ama portanto isto não é isto isto acontece penso eu que quase cotidianamente ou muito regularmente em hospitais esquadras de polícia esta questão de alguém que se aproveita o momento em que está diante de um agente de autoridade de um técnico hospitalar ou de uma figura ou outra para dizer por favor eh eu não quero ver mais aquela pessoa eh eu sou eu sou vítima de violência eu penso que este é o momento e talvez até seja muito mais difícil dizer isto em meios sociais mais elevados do que eh noutros meios eh por exemplo alguns estudos indicam como é difícil por exemplo para alguém os espanhóis Têm alguma coisa alguns deseno alguém que foi eh diretor de uma empresa que esteve à frente de de um de um que teve um cargo por exemplo na justiça na administração pública e ter de conseguir assumir isso sobretudo se for um homem é muitíssimo difícil e pode nunca o fazer panto nós temos aqui também de ter esta questão do a vítima e a imagem que a vítima tem de si mesma e que pode levar aqui em cubra nada que não se SA da chamada violência doméstica que em geral nós durante muito tempo falamos apenas qu que é o caso clássico não é as mulheres que são objeto de violência doméstica e que lev fazem tudo durante muito tempo para encobrir proteger o agressor não assumir de alguma forma muitas vezes exatamente não se querem confrontar com esse sentimento de Humilhação E pensemos que esses casos muito clássicos de doméstica sobretudo aqueles Bárbara G marães brel Maria carr estamos a falar de pessoas a idade adulta e pessoas com meios económicos pessoas a quem nós podemos pensar bastava apenas meter a roupa num na mal ou nem isso e sair porta fora e mas não fazem porque agora ponha-se em cima destes protagonistas da violência doméstica entre casais mais 40 anos e pense se calhar a pessoa se calhar não a pessoa não consegue sair porta fora portanto é também este mundo destas prisões que nós que são as nossas próprias prisões não é em que nós estamos e e este efeito que às vezes é mais fácil falar dos assuntos a partir da caricatura do que a partir da realidade