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[Música] portanto eu eh agradeço mais uma vez Espero que esta sessão seja eh muito do muito profiqua muito do vosso agrado e para debater o o mudou na educação nestes nestas cinco décadas eu vou chamar ao palco o Hugo vand dering um aplauso aea iniciativa educação e o Pedro Freitas da nova sbe e um grande interessado também nesta área e deixo vos Obrigado Olá bom dia bem-vindos aqui à à vossa própria escola da maior parte de vocês Grand destas pessoas muito importantes que estão na primeira fila que já fizeram a escola há mais tempo estou muito impressionado devo dizer porque estão-se aportar toda a gente muito muito bem no tempo que eu andava na escola isto já tinha virado um uma guerra absoluta tu tinhas virado ISO Ah não eu já estava na rua mesmo Eles deram algum comprimido para tomar antes desta digam-me contem-me chamamos a polícia se calhar eu ia pedir vamos ter um bocadinho mais de luz na na plateia para vermos a vossa cara porque nós vamos fazer aqui uma sessão que vai ser muito Inter já nos apresentamos eu sou o h ving não sou especialista em rigorosamente nada não também não queria começar uma baderna vamos lá pelo menos ouvir um bocadinho que estamos a dizer são os 50 anos do 25 de Abril que representam também os 50 anos da Democracia Pois é exatamente isso que trouxe a revolução do 25 de abril de 74 nós todos ouvimos histórias e já falamos desta ideia de ter histórias que são contadas por quem viveu antes do 25 de Abril que são a geração basicamente dos vossos avós que passaram também não estou a falar para as pessoas aqui da da primeira fila e seja mais a primeira república também é interessante quando fizemos uma sessão sobre a primeira república que é aquele período antes do estado novo para quem não tá situado hah e vamos transformar Ou seja todos nós já ouvimos histórias nós vemos documentários Há muitos filmes sobretudo agora que nos aproximamos nos últimos dois anos vá da das comemorações que nos vimos a semana das comemorações dos 50 anos já toda a gente leu coisas se calhar já já foi um tema que abordaram nas vossas aulas sobretudo de história H mas aqui vamos fazer uma coisa também falando de uma forma mais informal sobre estes temas mas sem ser a perceção que nós ouvimos das histórias dos nossos avós das das pessoas mais mais velhas que nos contam ou dos documentários vamos falar de números também os números são uma base de partida para conversarmos sobre exatamente o que estávamos a falar das pessoas por trás dos números das realidades por trás dos números Queremos que seja uma sessão muito participada e portanto vamos fazer vamos começar cada tema com uma pergunta uma Adivinha para tentarmos chegar aqui a ao número certo e depois a partir daí falamos essa essa falamos desse tema isto envolve tecnologia vamos ver se eu consigo explicar e vamos ter ali um QR Code toda a gente familiarizada na primeira fila tamban é uma coisa muito moderna que há h e vamos lançar uma pergunta vamos lançar várias perguntas mas para cada pergunta e através do do vosso telefone com este QR Code tem acesso a uma a uma aplicação as aplicações cadam sempre um sururu incrível nas plateias uma aplicação uau h e conseguem responder às perguntas que vamos vamos colocando estou a falar já bastante fiquei embalado E então H vou vamos apresentar um bocadinho nós temos aqui a Mónica Vieira que é a coordenadora geral da iniciativa educação se calhar depois já vamos explicar um bocadinho O que é o que é e temos também o Pedro Freitas que é o nosso especialista em economia da educação estão contentes com os vossos próprios títulos estou satisfeitíssimo são o resultado das escolhas que fizeram exatamente toda a gente já tem a aplicação mais ou menos em mão não há neta isso també ensina melhor isso é muito jeitoso então podemos Então se calhar vamos resolver isto de outra maneira nós vamos e fazer mais ao menos por braço no ar não vai haver net é isso não vai haver então fazemos um bocadinho braço no ar e vamos depois dizer qual foi a a a resposta que ficou certa vamos esquecer então as aplicação se calhar não é pois se não há net H vamos começar então pela primeira pergunta Estamos prontos posso lançar a primeira pergunta não é para não é pergunta não era para vocês primeira pergunta é o seguinte vamos começar pelo analfabetismo vamos começar do do início vá e a pergunta é em 1970 em cada 100 pessoas com 10 ou mais anos quantas não sabiam ler ou escrever e tenho aqui várias hipóteses 10 10 em cada 100 26 em cada 100 42 em cada 100 ou 66 em cada 100 alguns têm net porque que ele tá a mexer Ah então Afinal tem Netão mentirosos ok nós vamos ter mais ou menos 20 segundos para cada para responderem continua e bom pronto a vossa esta foi a resposta que deram mais mais é 66 Ok então vamos lá ver em 1970 a resposta set eraa 26 26 em cada 100 pessoas 26 não sabia ler nem escrever e agora ali em grande temos a realidade de há 3 anos de 2021 em que três em cada 100 portugueses era analfabeto é uma diferença enorme hum Mica vamos começar por ti o analfabetismo é uma das principais quando se fala da realidade antes da da revolução antes da ditadura antes da ditadura Não durante a ditadura antes do 25 de Abril fala-se muito desta questão do do do analfabetismo como é que era de facto essa essa realidade antes de 74 muito bem Bom dia a todos queria só agradecer também esta oportunidade de estar nesta escola histórica a falar com os verdadeiros atores da da educação que são os alunos e os seus e os seus professores eh em relação ao analfabetismo eu vi que a vossa resposta foi muito pessimista não é houve ali uma grande concentração de respostas numa percentagem muito elevada ainda que e a a percentagem seja aparentemente melhor do que a vossa perceção não é porque estamos a falar de 26% eh 26% é um número com uma uma grande expressão porque estamos a falar de 1 Milhão 800.000 portugueses que não sabia ler nem escrever hoje em dia o número parece e é efetivamente comparativamente Pequeno São 3% mas mesmo assim ainda estamos a falar de 293.000 portugueses que neste momento eh nos censos de 2021 não sabiam ler nem escrever eh Isto é um problema que eh não podemos contextualizar apenas neste momento do eh de 1974 ou dos anos 70 versus e a nossa atualidade é um problema na realidade que tem uma raíz histórica em Portugal muito grande e se nós olharmos para o início eh do século XX portanto ali nos anos de 1900 nós tínhamos praticamente 80% da população Portuguesa que não sabia ler nem escrever eh e isto Claro tem muitas consequências para para o desenvolvimento do país e para a própria para a própria economia e para o desenvolvimento das pessoas como dizia Desculpa só interromper como é que isto se comparava com o que acontecia na Europa aqui mais mais Portugal Estava eh e o e Pedro também podes interromper quando quiseres Portugal Estava comparativamente à à Europa e comparativamente a países como da da Europa do Norte e da Europa central muitíssimo atrasado ou seja nós tínhamos taxas de de alfabetização muito elevadas nestes países e Portugal estava comparativamente muito atrasado ainda que tenham sido depois feito esforços ao longo do dos anos e da primeira república também para para pagar aí Eh mas com com um impacto muito reduzido ou seja nós tínhamos os tais 80% em 1900 mas chegamos a 1920 com 71 por portanto Apesar dessa dessa Vontade dessa de cariz e Republicano de colocar a educação a primária institução primária no centro este foi um processo que em Portugal foi tradicionalmente muitíssimo lento uhum ó Pedro e se calhar localizado também nesta n Nessa altura não é nos centros urbanos e havia essa diferença e gostava que também refletisse um bocadinho sobre o impacto social e até político que tem de facto teres uma população largamente analfabeta sim olá olá a todos e bom dia obrigado por por nos por nos receberem cá o número que vocês puseram que era os tais 66 é mais perto que aquilo de que Portugal ou que muitos puseram é mais perto que aquilo daquilo que Portugal era 70 anos antes portanto que era os ST 80 80% que que a Mónica estava a dizer e isso eh significa e significa que muitos de nós do que estamos aqui nesta sala temos um antepassado que não sabia ler e escrever e um antepassado próximo eh eu eu eu tenho eu tenho antepassados que conhecia e que não sabiam ler e escrever portanto eh é é algo que na maioria das nossas famílias existia porque era totalmente dominante sobretudo e pegando no que tu estavas a dizer sobretudo Se tiverem famílias que vêm de zonas fora dos meios urbanos que era SAS onde nem sequer havia muitas vezes muitas vezes escolas portanto não havia sequer Edifício para para para para para ir à escola também eh vos dizer que por a alfabetização D a possibilidade de participar e dá-os a possibilidade de ter opinião porque obviamente se não soubermos ler e escrever é difícil termos uma opinião e por isso mesmo a seguir ao 25 de Abril muitas muitos jovens um bocadinho mais velhos do que vocês e porque estava tudo cheio de também de espírito de de querer mudar um país muito atrasado foram fazer a alfabetização destes adultos ouve a seguir ao 25 de Abril aquilo que se chamavam as campanhas de alfabetização que eram feitas por pessoas não muito mais velhas que vocês muitas vezes pessoas que estavam na faculdade pessoas com 20 e pouco anos que iam pelo país fazer estas campanhas de alfabetização porque era de facto muito comum Acho que em 74 provavelmente todas as pessoas conheciam alguém que não sabia ler e escrever se vocês pensarem hoje em dia quantas pessoas é que vocês conhecem que não sabem ler e escrever significa que a vossa realidade hoje como jovens é muito diferente dos jovens de4 sim escrever mal é outra é outra dimensão s mas pelo menos saber Saber saber saber ler e escrever sim incrível vamos passar para a segunda não sei se alguém tem alguma dúvida podemos abrir também um bocadinho se alguma dúvida sobre esta questão alguma pergunta que quera lançar também podemos abrir esse espaço muito bem toda a gente sabe ler is toda a gente a perceber o que eu estou a dizer é incrível Obrigado Eh vamos falar agora ainda dentro do tema do analfabetismo sobre a diferença de género ou seja Será que o número de analfabetos era igual para homens e para mulheres e a pergunta é exatamente essa em 1970 Voltamos ao mesmo ano o número o número de mulheres analfabetas era e as hipóteses são 20% vocês têm as perguntas ainda 29 29 20% eraa superior ao dos homens 35% superior ao dos homens 40% superior a dos homens ou 55% superior ao dos homens vamos lá esperar que vocês votem não estejam A copiar vocês estão A copiar os vossos colegas bem já sabemos pelo menos que era superior não é a seja uma pergunta com rasteira a resposta certa já ali está já ali está a resposta certa e a resposta certa é o 55 eh Por que é imenso é muito é muito sim H é que queres queres não é É dizer não sei queres que eu conheç ou seja é que era por acaso uma das opções que vocês escolheram menos ou seja que era a opção mais dramática digamos assim ou seja havia 55% mais de mulheres que que que não sabiam ler e escrever o que é de facto muito ou seja para pôr em noção Porque sim mais ou menos ou seja por cada por cada por cada dois homens que não sabia ler Havia três mulheres que sabiam ler E porque é que isso é importante porque basicamente significa que as mulheres estavam vedadas numa série de trabalhos Porque qualquer trabalho que é preciso ler e escrever as mulheres não o podiam fazer o que também significa que isto limitava a mulher na sua independência ou seja a a as raparigas que estão aqui que pensem que as mães dá 70 anos com muito dá 70 anos desculpem dá 50 anos Muitas delas não sabiam escrever significa que não podiam ter empregos que implicasse escrever que é a maioria dos empregos o que significa significava que estavam limitadas a empregos manuais muitas vezes ou a estar em casa portanto quando nós falamos de desigualdade salarial que ainda hoje existe de homens e mulheres isso também é uma herança Histórica de uma menor escolarização infelizmente das das mulheres que acontecia há 50 Anos Atrás só para dizer aqui hoje em dia a diferença continua a ser 50% mas é porque as pessoas que são analfabetas hoje são pessoas muito velhas normalmente ou muito e as mulheres tem uma esperança de vida exato e porque as mulheres vivem mais do que nós portanto a Mónica que nos so aqui eh e portanto eh isto acontece porque a maioria dos analfabetos são pessoas mais velhas e entre as pessoas muito mais velhas que ainda não puderam ir à escola aí sim a diferença de géo mantém-se sim eu pegava só no que o Pedro disse claro que se reflete em questões de mercado de trabalho mas de questões muito mais Gerais que são da da participação na própria vida do país de cidadania questões de voto eh todas essas questões que não sabendo ler e escrever estão na naturalmente vedadas acesso à informação tambm acesso à informação a fundação Francisco Manuel dos Santos Tem um retrato muito recente que nos dá a perspectiva das histórias das pessoas por detrás dos números que é um dedo borrado de tinta eh e que e precisamente dá visibilidade a este às histórias de principalmente também de mulheres que cujas decisões no fundo acabavam por estar ali agarradas a ao ao marido e que quando por exemplo o marido acaba por falecer elas ficam incapazes porque realmente não conseguem fazer o que são as as as ações básicas do seu dia a dia portanto é uma leitura muito boa para complementar até com a lei com os contratos todas essas coisas eram eram estavam votadas Esta é uma realidade que está que está a inverter em termos do do da participação da das mulheres na no sistema de ensino sim sem dúvida porque agora as percentagens inverteram-se e temos mais mulheres generalizadamente e no no ensino superior isso é muito na hoje em dia ela eh por exemplo a minha faculdade que tinha historicamente uma mais homens queriam entrar do que mulheres hoje em dia totalmente o contrário porque também é o resultado eh aviso eh eh já que temos aqui muitos alunos do secundário hoje em dia qu nós olhamos para os resultados as raparigas têm em média melhores resultados que os repasses eh no final do ensino secundário O que significa também que isso está a transmitir à às entradas na faculdade e o que falta porque nós falamos hoje em dia as mulheres são muito mais adas e muitas vezes até tem melhores resultados Isso é verdade eh falta transmitir isso ao mercado de trabalho porque no mercado de trabalho ainda infelizmente os salários das mulheres continuam a ser em média mais baixo do que os salários dos homens sim mas e apesar que hoje em dia a escolarização de facto têm sido as mulheres que têm mostrado melhores resultados e se vê se até num sessão ensino superior nos últimos anos Uhum mas então para a terceira pergunta vamos deixar os analfabetos de lado S speak e vamos passar para a primeira fase do ensino que é o ensino pré-escolar e a pergunta éem 1973 quantas crianças frequentavam o ensino pré-escolar em cada 100 e as hipóteses nenhuma menos de TR entre 10 e 20 ou entre 20 e 30 já estão a votar at aparecer ali a talvez sublinhar o pré-escolar entre os TR e os 5 anos portanto é ir à escola entre os 3 e os 5 anos já temos a resposta ali e de facto é a resposta certa acertaram à Terceira boa a resposta é de facto menos de três e gostava Mónica explicar-nos um bocadinho o que é que é o ensino pré-escolar essa sim só fazer a distinção entre o que é que é creche e o ensino pré-escolar portanto a creche é dos zero aos 3 anos e é uma resposta que tem estado tipicamente integrada mais como resposta social do que educativa apesar de de ter também um papel educativo importante e o pré-escolar então é frequência a partir dos três até à entrada no no primeiro ciclo ou seja entre os três e os e os C anos portanto portant estes números são relativos à população entre os TR e os 5 anos e em 1973 então menos 3% das Crianças em Portugal e frequentava o o sim uma um valor muito residual que depois vai começando a aumentar que nos meados dos anos 90 conhece uma legislação que é a lei quadro do do pré-escolar que no fundo estabelece esta resposta como como muito relevante e neste momento temos númer de frequência que já são muito muito animadores e este este assunto é interessante e o Pedro também sabe muita coisa sobre isto é porque o impacto do pré-escolar não é podemos pensar que o impacto pré-escolar é óbvio que as crianças vão para a escola eh vão para uma instituição de ensino e têm um conjunto de atividades que lhes permite que se desenvolvam e que tenham melhores capacidades cognitivas que aprendam mais que tenham experiências e que se desenvolvam também numa perspectiva socio-emocional nós sabemos isso isso é É verdade e há muitos estudos que corroboram mas o que é facto é que o a frequência do pré-escolar ou seja o facto das Crianças estarem envolvidas dos três ou 5 anos nestas respostas de educação tem um impacto muito positivo no futuro das crianças no desempenho que vão tendo ao longo do seu percurso académico eh e até em problemas de comportamento mais tarde eh na vida eh portanto há aqui uma uma relação muito positiva entre a frequência do pré-escolar não só com o sucesso mas também com com o desenvolvimento a da das crianças e dos jovens ao longo do seu percurso e até há alguma investigação não no nosso país mas nos Estados Unidos e que que dá algumas pistas sobre estes impactos que não só nesta neste domínio da aprendizagem eh portanto é é de facto muito importante e Neste contexto de um de um país que que efetivamente era muito desigual que tinha e nós vimos no vídeo e também alguns indicadores que são impressionantes a questão 50% das habitações não terem água canalizada de 36% das habitações não terem eletricidade portanto estamos a falar de uma realidade eh social e de e de condições de de vida que era muito dura eh e tínhamos um sistema de ensino que que era muito incompleto Porque isto significa que não existia provavelmente muitas escolas estas três em cada 100 estariam em cidades seguramente e provavelmente em Lisboa no porto sim e e enfatizar o número que é Nós pensamos três crianças em cada 100 que é ao pré-escolar para 93 em cada 100 crianças que vai ao pré-escolar portanto isto é uma diferença pequena vocês provavelmente adivinharia que grande maioria de vocês foi ao foi ao pré-escolar ou esteve na escola antes do do do primeiro ano diria eu e a importância é vocês podem perguntar bem mas o que é que interessa ir à escola entre os TR e os 5 anos depois nos resultados que eu tenho por exemplo no Exame Nacional de matemática aos 17 ou aos 18 mas tem muita relevância E é isso que é surpreendente porque ir ao pré-escolar ter aquelas primeiras aprendizagens aprender a estar sentado numa sala aprender a relacionar-se com os colegas aprender a desenhar aprender a contar fazer aprender aprender muitas vezes como se faz no pré-escolar a desenhar as primeiras letras e o nome eo vocês podem pensar bem isso é para entreter isso ISO os nossos pais puseram noos lá para depois poderem trabalhar e terem tempo sem sem sem sem ter preocupações não é verdade tudo isso Que Vocês Fizeram no pré-escolar é decisivo ao longo do vosso percurso e quando nestes nestes casos que a Mónica estava a dizer para países onde nós conseguimos perceber isto por exemplo quando nós olhamos para dados para crianças dos Estados Unidos os resultados que elas têm à entrada da faculdade portanto se quiserem nos exames Nacionais O equivalente aos exames nacionais do secundário é em parte explicado por terem andado no pré-escolar ou não Portanto o pré-escolar é algo que nos acompanha ao longo da vida e não só nos resultados como até nos salários portanto aqueles primeiros anos aquelas primeiras aprend agens aquelas primeiras vivências são determinantes nos adultos que depois e que depois se tornam e por isso é que esta mudança e como nós falamos muitas vezes Portugal hoje tem melhores resultados e a verdade e hoje a escolaridade é hoje em Portugal é melhor isso é verdade e um dos grandes saltos que se fez foi este e não foi assim há tanto tempo e eu eu eu não sou eu tenho 33 portanto sou assim um rapaz mais jovem mas eu por exemplo em 1990 19 91 quando eu tinha 01 anos os meus pais tiveram muita dificuldade em encontrar uma creche e um pré-escolar para mim porque não havia não havia Na quantidade suficiente e este salto que o país dá é um salto relativamente recente é um salto de meio dos anos 90 Portanto vocês deverão ter nascido ali agora 2000 e vocês em que ano 2006 pronto este 2006 sim esta massificação do pré-escolar só acontece cerca de 10 11 12 anos antes a partir de 95 portanto é muito portanto se vocês tivessem nascido 12 anos antes 20 Anos Antes não é certo que tivesse que houvesse uma crecha pré-escolar para vocês frequentarem e isso teria impacto nos adultos e nos estudantes que vocês depois se tornaram Obrigado Pedro agora vamos passar ao ao primeiro ano do ensino básico escola primária não é aqui em cada 100 crianças quantas é que reprovam no final do primeiro ano do in Ciclo Básico em 1973 vul chumbam vá sim VB parecer e pronto já temos ali a resposta certa que é vocês acertaram outra vez é de facto 38 38 em cada 100 a resposta de hoje em dia é que não é possível já reprovar no fim do primeiro ano isto tem um bocadinho a ver com aquilo que provavelmente falávamos antes não é do Ou seja a própria estrutura de não haver o ensino pré-escolar esta esta diferença assim já não temos obrigado não fizeram pré-escolar sabem estar numa sala vão ver já ainda não havia pré-escolar no vosso temp sim como dizia o Pedro até essa capacidade de estar sentado calado a ouvir e é um um dos pré-requisitos depois para para a aprendizagem efetivamente nós tínhamos um um conjunto e de alunos que que reprovava no primeiro ano hoje em dia não é possível o que não quer dizer que não se jumbe no primeiro ciclo portanto aixar Aqui Esta nota eh que eh que ainda se reprova eh no primeiro ciclo e ainda existem também números que devem que devem mcer a nossa atenção eh numa perspectiva também daquilo que é a qualidade da educação mas sobre isso podemos eh podemos falar mais tarde eh nós efetivamente hh o que vemos também até na na na retenção eh aos dias de hoje em que ainda temos taxas de de retenção no primeiro ciclo portanto na escola primária eh de é que esta estas taxas também não são eh iguais no país ou seja nós temos regiões do país onde a taxa de reprovação é maior eh e voltamos aqui ao tema da desigualdade também numa perspectiva de contexto eh de contexto socioeconómico o interior versus o litoral não sei se as coisas se podem pôr e dessa dessa forma tão tão simples eh a nível Regional mas o que sabemos a nível do contexto socioeconómico é que eh Existe uma grande diferença na percentagem de de retenções aqui ao longo da dos primeiros quatro anos de escolaridade eh e que se observarmos por exemplo e há um inquérito que já devem ter ouvido falar aqui que é o O pisa um que são avaliações internacionais nas quais Portugal participa Desde o ano 2000 e de TR em 3 anos eh E se nós olharmos para os números das retenções Porque existe um questionário que é aplicado aos alunos nós vemos que os alunos que estão nos níveis socioeconómicos mais baixos eh tinham eh num penso que é no pisa de 2015 este número que havia uma diferença de eh 15% aumento de 15% eh quando comparamos o estatuto socioeconómico mais elevado versus um estatuto um nível socioeconómico mais baixo portanto existe aqui eh um conjunto de de desigualdades dentro do sistema Eh que que também importa eh importa de alguma forma analisar e perceber qual é que é a história por por detrás dos números portanto existe ainda retenção hoje no primeiro ciclo agora está longe efetivamente de ser uma retenção eh de 38% no primeiro ano Eh claro que depois a partir de de 1974 e esta parte certamente que sabem até porque ela está tá também aqui nestes números das infografias o que nós temos é uma democratização do do acesso à educação portanto nós em 1974 Portugal tinha um Claro problema de acesso as pessoas não estavam na escola e era preciso que as pessoas fossem sem para a escola portanto Esse é é o desafio que que no fundo se coloca a partir de 1974 tipicamente nos anos 70 quando quando se dá a revolução as pessoas os alunos estavam 4 anos nas escolas portanto faziam ali o ensino primário o atual primeiro ciclo e abandonavam o sistema e o que nós víamos à medida que que progredimos na escolaridade era um grande abandono eh do sistema de ensino eh com o as consequências que isso tem também para para a nossa vitalidade social económica etc eh por isso eh por isso sim há aqui um problema de de desigualdade e há um problema de acesso que era muito eh muito agudo e quando em 1974 e que depois no fundo se nós fizermos uma viagem o que nós vamos vendo é um alargamento progressivo da escolaridade obrigatória eh porque nós h a escolaridade obrigatória e voltando indo só um bocadinho atrás porque nós também não conseguimos partir de 1974 para ver e esta linha de evolução em 1960 era de 4 anos ou seja era obrigatório estar na escola até à quarta classe basicamente na lei sim eh o que não quer dizer que depois efetivamente isto acontece acontecesse e que as pessoas estavam efetivamente na nas salas de aulas até falando desta questões das questões de desigualdade de género em 56 os 4 anos passaram a ser obrigatórios para os homens e em 60 para as mulheres portanto Houve aqui um anos era só de 3 anos e também e depois vamos progredindo Eh vamos tendo em 64 passa H 6 anos mas na realidade e nas escolas isto não quer mesmo dizer que todas as todas exatamente todas as pessoas fizessem efetivamente os se anos de de escolaridade isso acontece bastante mais tarde e depois temos uma reforma de educação em 1973 que é a reforma que tem o nome do ministro que é o a reforma Veiga Simão eh que preconiza já uma escolaridade obrigatória de 8 anos mas que na realidade fica no papel e não na e não nas escolas portanto não é possível fazer esta esta e só agora para traçar a linha histórica muito rapidamente em 1986 temos a lei de bases do sistema educativo E aí que a escolaridade obrigatória passa a ser de 9 anos eh e só em 2012 é que ela se alarga para os 12 anos e de escolaridade ou até aos aos 18 anos portanto isto toda todos estes saltos são desafios enormes para o sistema educativo porque no fundo implica uma entrada uma grande massificação ou seja tu tens entrar nas escolas muitas pessoas que tipicamente não chegavam à escola eh e isso vai fazer pressão eh no sistema que tem que dar resposta a um público mais diverso eh que tem que criar respostas infraestrutura professores não é que é um problema que nós Hoje sabemos que existe eh por outros motivos mas portanto há aqui toda toda uma uma dinâmica mas que no fundo O que pretende é é isto é dar o acesso e colocar as pessoas nas escolas e aí se nós olharmos para as estat dos dias de hoje nós vemos que de uma maneira muito esmagadora em quase todos os ciclos ensinos com exceção do do ensino secundário temos taxas acima do 90% de de taxa real de escolarização isto quer dizer que para aquela faix etária existe uma percentagem de de pessoas que estão nas escolas e no no primeiro ciclo esta esta taxa é de 100% não é sim ó Pedro isso dá aqui para pensarmos que este estes números todos não estão obviamente isolados e quando nós vemos aqui esta história das das escola primária e depois claro a exposição em si tem outros temas para além da educação e acaba por ser engraçado fazer pintar um retrato de como era o país aqui entram coisas como o trabalho infantil por exemplo fazia com que as pessoas saíssem da escola mas eu gostava que Podes falar também disso mas refletir um bocado sobre esta ideia de hoje não ser possível reprovar no final no fim do primeiro ano como uma ideia de que a própria educação mudou ou seja a próprio maneira de ensinar o próprio sistema educativo foi foi se alterando de 74 até aqui eu Aí estava a dizer relacionar números e se calhar Podemos até relacionar o número do analfabetismo que vocês viram aqui com este número porque porque porque é que 38 crianças com 6 7 anos no primeiro ano que estão na escola acabavam por chumbar se nós pensarmos que havia uma percentagem grande de analfabetos muitas vezes estas crianças iam para casa e tinham pais analfabetos e todos nós sabemos a importância dos pais que temos em casa para nos apoiar nas nossas atividades escolares as condções de ISO as condições de habitação isso também acho que está na exposição até as próprias condições de habitação mas quer dizer Acho que todos quando andamos na escola se os nossos pais podiam quando nós chegávamos a casa apoiavam se nós tivéssemos uma dúvida se tivéssemos uma dificuldade em fazer um trabalho numa população que tem quase 26% de analfabetos isso não é possível Portanto o que significa que muitas crianças no primeiro ano quando estavam a aprender a ler iam para uma casa a casa em si como Edifício não tinha condições porque em muitos sítios nem sequer havia água canalizada isso não é num isso não é numa zona distante isto erá aqui em Lisboa ou seja até no final dos anos 60 em Lisboa eh houve as famosas inundações aqui na zona de Lisboa porque está toda esta zona aqui à volta estava cheia de habitação muito muito degradada portanto não só as crianças iam para bairros muito degradados como depois os pais não lhos conseguiam apoiar e Acho que todos já precisaram alguma vez do apoio dos Pais para fazer um trabalho da escola portanto se esse apoio não in agora há inteligência espal pois agora agora agora agora vamos substituir os pais por um por um robô lá casa ah no que estavas a dizer sim porque também significa que é uma forma diferente de ver a escola ou seja os se se anos é um primeiro momento entrada na escola e isso nós também temos evidência que a forma como se entra na escola é muito importante até pela impressão que a escola deixa nos próprios alunos e obviamente que não haver uma uma reprovação no primeiro ano é também a escola ter a responsabilidade de ajudar aquele aluno ou seja se o aluno tiver dificuldades o poder ajudar sem ter que necessariamente o chumbar numa idade tão portanto também é a visão de não pir o aluno numa idade tão cedo mas poder ajudá-lo naquele momento mas isso não significa que hoje não tinhamos desafios e eu acho que também é preciso deixar isto Claro números recentes que nós temos dos alunos com 10 anos com 10 anos em Portugal à saída do quarto ano e estamos a falar do nures 2021 um em cada quatro alunos de 10 anos ah portanto no quarto ano e em Portugal hoje sabe ler mas tem sérias dificuldades de leitura portanto eh não nós fizemos um enorme caminho mas não significa que esteja tudo feito e não significa que está tudo bem e significa que hoje nós temos à saída do primeiro ciclo muitos alunos a revelarem dificuldades de leitura e que se vocês pensarem quando saltaram do quarto para o quinto ano passaram de ter um professor para ter de repente muitos professores e muitas disciplinas se vocês se sai do quto ano com dificuldades de leitura e depois se vai para o quinto ano e de repente tem que ser muito mais autónomo porque tem muito mais disciplinas tem muito mais trabalhos para fazer tem muito mais professores ler com dificuldade não ajuda pelo contrário e portanto eh significa que nós e pegando aqui no camar que estava a dizer Nós demos muito acesso à escola isso foi essencial há aqui um caminho ainda para fazer para garantirmos que todos leem bem estavas a dizer Todos sabem Todos sabem escrever uma Todos sabem escrever uma coisa é escrever bem todos escrevem bem eh quando saem da escola depois tem um impacto No resto da da vida escolar sim e este problema não existe só no no final do primeiro ciclo o Pedro falava destes números hos 10 anos mas nós sabemos sabemos também precisamente por pela participação nestes nestes testes internacionais que aos 15 anos e estes são os números do do Pisa de 2022 eh nós temos eh na leitura cerca de 23% dos alunos de 15 anos que fizeram o teste que têm dificuldades em atingir o nível básico de leitura e o que é que isto quer dizer eh isto quer dizer que não conseguem encontrar a ideia principal num texto se el se ele tiver alguma extensão não conseguem fazer a destrinça entre o que é que é informação essencial acessória portanto Isto são capacidades absolutamente básicas para toda e qualquer aprendizagem que que que se segue e isto não é só exclusivo da Leitura ainda que a leitura seja um tema muitíssimo importante precisamente porica se calhar também tem tem mas nós temos 30% dos alunos e de 15 anos revelam também e capacidade de atingir o nível básico na área da matemática e isto quer dizer que também são questões e de relativa facilidade como por exemplo traduzir matematicamente a operação de se eu for a londes comprar uma suete e ela custar x lias quanto é que isto é em euros portanto são coisas do dia a dia pronto então faz parte desta desta percentagem do 30% mas mas é é são capacidades que para que nós amos temos uma cidadania plena informada e falando depois de questões de literacia financeira etc mas sem as capacidades básicas de leitura e de matemática não é possível ó Mónica e sabe-se que variantes é que entram aí porque existe com certeza uma diferença onde é que essas em que sítios se é por por zonas do país por exemplo se é por zonas dentro como falavas da da não sei como é que se chama nível económico social dos Pais isso O que é que entra nessa variável nós sabemos sempre nós sabemos sempre que existe este este impacto da do nível socioeconómico nos nos resultados ele também é muito Evidente no no pisa em relação às distribuições por região Portugal Portugal Portugal Tem uma grande assimetria regional em termos de de resultados em termos de resultados à saída do quto 6º e 12º ano há resultados bastante baixos na zona mais a sul do país que contrastam com resultados mais alto a Norte na verdade ou seja se nós para pôr isto de um ponto de vista mais objetivo se olharmos para para dois alunos que vêm de famílias semelhantes Ou seja que tê a mesma capacidade de ter um um apoio em casa estes alunos que são parecidos na sua família um terá a partida melhores resultados no norte do que no Sul há aqui dinâmicas que depois jogam com isto pois o calor é sempre e adormece um bocadinho mas mas há aqui dinâmicas regionais mas Portugal tem de facto assimetrias regionais pronunciadas eh a sul e a norte do Tejo digamos assim Ok vamos passar para outra pergunta vamos subir no n no no grau de de ensino h e vamos agora perguntar Quantas escolas secundárias existiam em 1974 em Portugal Continental portanto isto significa que estamos aqui a excluir os assessores e a madeira e as hipóteses 101 146 308 ou 500 escolas secundárias que na altura se chamava Liceu liceus ou escolas técnicas exato eles estão eles viram viram as escolhas e já temos ali a resposta certa que era 146 escolas secundárias que existia em e em Portugal em 2018 devem ser os números que temos que não deve ser diferente da realidade hoje em dia existem 465 que é uma diferença grande aqui não sei que é que quero começar voltamos a ter a mesma conversa que tínhamos em relação à escola primária mas ainda muito mais acentuada não era mesmo qualquer pessoa que que ia para para o que se chamava Liceu ou seja o grau de ensino onde vocês vocês estão s e na realidade tinhas 5% da da população que daquela faixa etária a frequentar o ensino secundário em 1974 e agora tens 88% que é apesar da escolaridade obrigatória recordamos Estar Neste momento nos 12 anos e isso aí efetivamente esta esta mudança e esta esta escolaridade obrigatória dos 12 anos que é eh que existe a partir de 2012 tem esta contribui efetivamente para colocar para dar o acesso também a todos os alunos para este nível de de ensino e aqui havia uma ligação direta entre o nível de escolaridade dos próprios pais e e as pessoas que i para Liceu Claro certo uma uma segregação social nesse nesse ponto de vista aliás eu acho quer dizer eu estão aqui eu acho que estão aqui alunos do tanto do Liceu Camões como do da escola Filipe delen Castro que são dois exemplos de exceção dentro daquilo que era o parque escolar português em 74 eu penso que o Liceu Camões o professor João Jaime não é do início do Século XX e o e a escola secundária da pil encast Ali dos anos 40 penso eu 40 e 50 em 74 eram duas exceções porque nós saíamos de Lisboa que alguém me estava a corrigir 1928 é fundado o lent já daquele Edifício sim 1928 Pronto Olha Devia saber melhor professora professora muito obrigado agradeço agradeço à professora Maria José que por acaso conheço me corrigir e vai não é daquele Edifício aquele Edifício é mais tarde estrel à facade de economia e aquele Edifício aquele Edifício é dos anos 40 não foi para 36 36 Pronto Muito obrigado É sempre bom ter na plateia pessoas que de facto sabem ah eh portanto eram duas exceções vocês saíam de Lisboa e nas zonas rurais não existia não só Escola Secundária como muitas vezes não existia escola que ofe Tero ciclo ou seja se vocês se houvesse se um aluno vivesse numa região muito do interior do país e quisesse estudar até ao equivalent 9º ano ou a 12º tinha que ir para a capital do distrito e a capital distrito podia não ser de todo próximo porque também as estradas para lá chegar poderiam não ser propriamente boas Portanto o que significa que isto afastava Muita gente da escola ou seja era o próprio sistema que ia excluindo as as pessoas excluí porque não ia sítio não havia sítio onde ir à escola portanto havia sentio ir à escola não iam muitos deles e depois acontece que isto é acompanhado obviamente o que amca estava a dizer de uma aceleração grande de pessoas a terminar o secundário se nós recuarmos até 95 e 95 historicamente não foi assim há tanto tempo ou seja Se nós formos até 95 a taxa de desistência no ensino secundário era 50% ou seja de todos os alunos que estavam no secundário metade não o terminava a taxa hoje anda em torno dos 6% portanto é uma queda enorme e o que significa que se pensarem na vossa escola há 30 anos atrás metade daqueles alunos nunca terminaria o secundário e isso isso hoje em dia não é não é não é a realidade e corresponde também como a Mara estava a dizer ao facto de hoje termos uma escolaridade obrigatória que na verdade vai até aos 18 anos Sim isto está isto significa uma proximidade são 465 is deve ser quase o número de freguesias não basicamente toda hoje em dia todos os conselhos têm pelo menos uma escola até ao 9º ano acho que uma exceção na verdade e e não nem todos os concelos têm escola secundária mas há sempre uma escola secundária suficientemente próxima digamos assim próxim cada aluno sim e agora vamos falar de cursos profissionais em 1974 é a próxima pergunta a percentagem de alunos em vias técnicas ou profissionalizantes no ensino secundário era 20% do total 30% do total 40% do total ou ou 50% do total ou seja quem estava no no ensino secundário Sim qual era a percentagem que estava no ensino secundário a fazer cursos eh profissionais 20 30 40 ou 50 por. e se calhar vamos começar por explicar exatamente o que é que se entende aqui percursos profissionais que que era é isso é uma história complicada porque é Há muitas diferenças na maneira como é uma história um bocadinho e muito long muito longa e complicada então deixem lá procurem procurem na n não mas já temos a resposta certa H que não é que vocês deram vocês disseram 20% mas a resposta certa era 40 40% do do total em 2022 eh portanto no dia de hoje 47% dos alunos do ensino secundário estão inscritos em eh vias profissional an que signific estes númer parece que não mudou nada não é quase 40 para 47% parece uma mudança muito pequena na realidade eh neste nestes 50 anos mudou imensa coisa no que diz respeito ao ensino profissional eh nós temos este número de de 40% e tínhamos os cursos técnicos e que funcionavam eh e que existiam como como uma uma via eh alternativa ao ensino mais liceal ou aos ao que hoje correspondia aos cursos científic humanísticos ou seja o O que se entende com a com a Pretender segar mais generalista e que te permite depois ingressar no ensino superior sim em termos muito genéricos e o o que se passa depois de do 25 de abril de 1974 é que existe uma tendência de unificação das vias ou seja o que é que isto quer dizer nós tínhamos essa via mais geral mais de preparação para para o ingresso do ensino superior ou ou generalista em si e tinhas os cursos técnicos a que para qualificar para para uma área profissional de maneira muito geral eh O que se entende a partir do 25 de abril e também como uma resposta a um projeto e de de igualdade e de democracia é que estas escolhas não deveriam ser feitas de maneira tão precoce Então o que se dá no fundo é uma unificação O que é que isto quer dizer que se concentram e as duas vias numa só que é a via mais generalista portanto de uma maneira eh de uma maneira muito simples é isto que acontece no pós 25 de Abril eh Claro que isto traz um certo desencanto e nos anos 80 existe a a perceção de que o ensino secundário mais generalista não responde bem aos públicos que tem na escola e também não prepara para o mercado de trabalho para o caso da de da conclusão e do percurso educativo ser no final do ensino secundário começam a existir aqui algumas algumas tentativas de de de alguma forma voltar a termos respostas de de ensino profissional e em 1989 é então legislada é criada a figura do do curso profissional mas com uma resposta que era também de mobilização da sociedade civil e as escolas profissionais aparecem são escolas profissionais e privadas de de natureza privada ainda que financiadas com com com algum fino público Portanto o que isto o que isto vai fazer é que começa então a revitalizar aqui o papel do ensino profissional que é de extrema importância se pensarmos que ele qualifica um conjunto de técnicos um conjunto de profissões que são muitíssimo importantes ao tecido económico e empresarial do país portanto é uma é uma via de ensino absolutamente eh relevante também para o desenvolvimento do país eh entretanto nos anos já 2000 o que o que acontece é que se começa a ar também o ensino profissional para as escolas públicas que começam a ter esta oferta também em paralelo com os cursos científico humanísticos eu penso que aqui o Liceu cam atualmente também já tem ensino profissional e portanto é é uma tendência de ir e de alguma forma colocando o ensino profissional também como oferta e paralela aos científico humanísticos portanto e a partir dos anos 2000 isto começa a acontecer em 2012 eh nós fazemos o alargamento da escolaridade para os 12 anos e aqui eh como falávamos o sistema tem que dar resposta a cada vez mais alunos que estão no ensino secundário que têm um perfil vocacional diferente Ou seja que procuram também cursos mais práticos eh e é aqui que também é criada uma resposta de ensino vocacional até um ensino básico vocacional antes do secundário para para alunos com com um historial de de retenção mas também e um perfil vocacional e um ensino profici I que de facto dialoga com o mercado de trabalho e que se pretende que no fundo seja uma formação de qualidade eh e portanto Nós temos muitas oscilações no no ensino profissional agora chegamos a este momento já com uma taxa de de 47% de alunos em cursos profissionais ou vias profissionalizantes depois há há aqui vários cursos que são de natureza diferente mas essencialmente importa realçar que o profissional é uma resposta atualmente com muita expressão ou seja Há muitos alunos inscritos no ensino profissional e que aqui também devemos pautar noos por critérios de qualidade e de e de adequação também ao mercado de trabalho isso é um é um é um Desafio que que ainda hoje o sistema educativo Tem sim porque podemos olhar para isto como uma quase especialização de profissões que se calhar não tinham antes do 25 de Abril não tinha essa espação e podemos falar disto como a mar estava a dizer estava agora a dizer da perspectiva o que o que é que acontece aos estes alunos que estão no ensino secundário querem cursos científico humanísticos querem cursos profissionais que como acho que muitos dos que estão aqui na sala depois quando vão para o mercado de trabalho e para ter esta discussão acho que há sempre um primeiro ponto que é preciso dizer estudar mais compensa sempre mais desde compensa sempre porque se aprende sempre mais portanto é sempre um cidadão melhor mas também compensa sempre em termos de salário eh ou em média compensa sempre em termos de salário às vezes há muito esta discussão bem ir para a faculdade em média não compensa aou estudar mais anos em média não compensa porque depois o meu salário Quando eu for trabalhar o meu não vai refletir isso não é verdade Continua em os salários daqueles que estudou mais continuam a ser em média bastante mais altos do que aqueles que estudaram menos mas o que é que nós sabemos hoje entre aqueles alunos que só estudam até ao 12º ano ou seja entre aqueles alunos que depois não seguem para a faculdade e são cerca de metade do total dos alunos do secundário aqueles alunos que seguiram vias profissionais nós hoje em dia quando olhamos para o mercado de trabalho português e quando olhamos para os dados do mercado trabalho português vemos uma notícia que é uma boa notícia que é os alunos que seguiram para o ensino profissional cada vez mais ao entrar no mercado de trabalho têm salários melhores e conseguem empregabilidade em empresas melhores ou seja empresas que lhes conseguem pagar mais empresas que são mais produtivas Eu acho que isso é importante transmitir porque muitas vezes há ainda há um bocadinho historicamente o preconceito do do ensino profissional é em Portugal quer dizer que acho não tem que haver preconceito nenhum e não só não tem que ver com preconceito nenhum como hoje ho em dia quando olhamos para estes alunos que depois entram no mercado de trabalho na verdade não estão a ter maus salários nem estão a conseguir emprego em mais empresas e isso é um bom sinal o que não significa que estudar mais não seja sempre bom É sempre bom mas entre aqueles que estudam até ao 12º as vias profissionais garantem felizmente cada vez mais um salário melhor sim e só Só fazemos já ponto para para a pergunta seguinte que é o ensino superior e também foram criados nomeadamente em 2014 eh os cursos e técnicos profissionais os teses exatamente de nível superior que permite que o aluno do ensino profissional tenha uma uma continuidade eh que é perfeitamente ajustada para o ensino superior eh com Um percurso mais curto mas que mais curto mas que lhe confere também a qualificação portanto existe uma série de respostas aqui e aí eu diria uma coisa não não sei se H alunos inino profissional aqui mas acho que há uma mensagem importante para os alunos do ino profissional que é isto é um bocadinho aquelas coisas que se dizem sempre mas é verdade o mercado de trabalho daqui 30 anos é muito diferente do mercado de trabalho hoje porque aquilo que se vai exigir às pessoas é muito diferente daqui a 30 anos nós estamos aqui três estão aqui três inteligências artificiais dizer umas coisas bastante mais espertas pronto e o que o que acho que os alunos que estão em qualquer um dos cursos têm que pensar é eu tenho que ter uma base de conhecimento muito forte porque daqui a 30 anos eu vou continuar a trabalhar e daqui a 30 anos vão me exigir coisas diferentes e não só tenho que ter essa base de conhecimento muito forte como ao longo da minha vida tenho que ir atualizando des meu conhecimento para poder para poder continuar a encontrar emprego e encontrar emprego com salários bons eu acho que essa também uma mensagem importante que é os alunos que hoje estão não solidifique bem o conhecimento que têm porque ele vos vai dar instrumentos ao longo da vossa vida profissional e ao longo da vossa vida profissional terão que atualizar esse conhecimento para o mercado de trabalho que há de ser sempre muito diferente ao longo ao à medida que o tempo passa bo Vamos então passar Então essa pergunta sobre o ensino superior que CL seria muito mais estratificado já estamos já estamos a perceber Qual é o padrão o número de licenciados em cada 100 pessoas entre os 16 e os 65 quantas pessoas é que tinham o ensino superior completo em 1974 3 10 17 ou 21 Ah meu Deus já está já sim já temos ali estão a votar a resposta certa é três e ainda que vocês tenham respondido 10 também não faz muita diferença e depois 21 nem sequer dava provavelmente que os números do analfabetismo dava que algunos licenciados eram analfabetos Ou nem sequer existi Ou nem sequer existir universidades não é Sim isto é praticamente ninguém Isto é um retrato de um de um país com com muito muito poucas pessoas cons é um retrato é um retrato de um país é um retrato de um país desigual e em que apenas uma muito pequena Elite digamos assim tinha acesso à à à à universidade isso já começou a mudar um bocadinho antes de 64 mas claramente depois há uma há uma há uma aceleração grande e eu acho que pegando naquele dado das escolas e pegando neste eu acho que às vezes há pouco este noção deste número como a herança é muito pesada Portugal é ainda e é ainda o país europeu que tem maior percentagem de adultos sem o ensino secundário completo ou seja de todo se pensarem nos países do quadro da União Europeia até porque muitos países da União Europeia noutra noutra noutra geografia as fizeram investimento em educação que nós não fizemos e Portugal arrasta muito este peso nós já temos uma Geração Jovem muito qualificada a minha geração é muito mais qualificada a vossa também e a vossa muito mais ainda e a geração eh de 74 é uma geração que tem um peso de falta de escolaridade que se reflete nos adultos hoje portugueses no sentido que os adultos portugueses hoje são muito pouco qualificados em relação a outros os países europeus isso obviamente eh eh eu sou da economia eu sou sou economista isso isso isso reflete-se naquilo que é economia quando nós falamos e quando nós falamos de uma economia que às vezes não cresce com uma economia com crescimentos baixos etc obviamente parte não estou a dizer tudo Há outras razões mas parte também se deve a uma população adulta portuguesa muito pouco escolarizada que é uma herança que fica deste tempo basicamente nós hoje temos eh nós hoje Isto é nós hoje temos muito mais acesso ao ensino superior e eu volto a dizer isto porque acho que isto é muito importante ser dito eh porque às vezes ouve-se aquelas coisas Ah eu não vou estudar mais porque conheço alguém que não estudou e que teve um e que ganha bem isso pode acontecer todos esses casos todos conhecemos um caso assim mas é muito importante dizer isto estudar mais anos significa não só ter maior salário quando se começa a trabalhar mas também significa uma maior probabilidade de estar empregado Portanto o o tempo na escola para além de todo o conhecimento que acumulam é um investimento que terá retorno quando entrar no mercado de trabalho e no mercado de trabalho que tem cada vez mais pessoas escolarizadas portanto obviamente ser não escolarizado no mercado de trabalho em que cada vez mais pessoas são licenciadas eh é particularmente penalizador para aqueles que não estudaram ch saibam jogar bem futebol Caso existam de estudar qua clar sim sim pois saber é ler bem Ah tem que saber bem exat ler os contratos ler os contratos sim exatamente Mónica O que é que se te oferece dizer sobre o insino superior Pois é é uma é uma evolução eh esadora esmagadora eh Queria só dizer duas coisas acentuar esta ideia de que eh em 1974 os homens estavam em maioria e que neste momento 60% dos alunos do ensino superior são mulheres portanto há esta inversão da tendência e para fazer aqui a a nossa ponte para a próxima pergunta eh em 1974 cerca de 40% das pessoas que estavam no ensino superior estavam em cursos vocacionados para o ensino eh portanto havia aqui uma grande uma grande vontade em verdade pela pela profissão de professor que se eh que se era que era muito visível nesta distribuição em que 40% dos alunos estavam eh em cursos de ensino e que eh alguns depois da da conclusão da licenciatura ainda teriam a parte da da formação pedagógica para para serem professores no futuro portanto eh é um número que é muitíssimo diferente hoje muito diferente e vamos fazer precisamente essa sondagem porque vamos perguntar-vos agora H quantos de vocês é que querem ser professores ou que Já pensaram música gravíssimo iso é gravíssimo tamb M dos professores na sala e dos professores podem responder quantos de vocês é que gostavam de deixar professores ou que se soubessem o que sabem hoje é uma resposta de sim ou não professores no ensino básico e secundário quantos dos alunos que aqui está querem ser alunos professores do ensino básico e secundário exatamente sendo básico e não tá a pergunta mão no arte é uma pergunta de mão no ar quantos dos alunos aqui querem ser professores de ensino básico gostava de ser ou que já pensou em em vir a ser professor acho que há ali uma pessoa Isto é gravíssimo não consigo ver alguém quem é que respondeu sim gostávamos de ouvir razões quem é que é ser ninguém não H uma pessoa que eu f is é gravs só ver alguém não Seja tímido nós já agora para [Aplausos] vermos e agora queremos ouvir as razões Ah eu de momento já não ambiciono ser professor mas já pensei Confesso que já pensei nisso porque os meus pais são ambos professores acho que é genético eh e eu gosto de transmitir conhecimento aos outros e também de também que os outros me transmitam conhecimento porque às vezes as pessoas também aprendem bastante com os alunos embora não pareça nalguns casos não estou a dizer no geral Mas é uma transmissão de conhecimento mútua Hum e acho acho que é isso principalmente E porque é que já não quer as relações humanas porque é uma profissão precária precária posso acho acho precária que sentido já agora o que é que queres dizer com precária os salários são baixos é muito instável e as pessoas demoram muito tempo a vincular e das pessoas que o meu pai o meu pai é professor há 25 anos ou mais e ainda não vinculou até hoje e ainda não saiu do primeiro Escalão minha mãe vai agora para o segundo Escalão portanto a publicidade lá em casa também não é boa não facto e das pessoas que responderam não que são as outras Quem é que quer falar para dizer porque é que não não pensou ou não quer ser professor quem é que S oferece para explicar ess sen não tá aí alguém para responder ninguém quer explicar eu não consigo não consigo ver se tá não mas então quero ouvir fho se fôssemos mais dramáticos e se perguntássemos quem é que odiaria ser professor alguém odiaria ser professor já agora porquê só ver microfones Ah isso é mais fácil mais fácil então porque porque é que odiaras ser professora porque H alunos bastante superportal mais alguém que não queria nada ser professor ali posso falar Claro sim sim não sei que eu não eu não queria dizer que odiaria ser professor eu queria explicar a pergunta daá bocado a razão e os motivos que me levam não ser professor eu acho que os professores são extremamente desvalorizados vezes pelos alunos muitas vezes pelos próprios professores que não há muito respeito entre os mesmos também pelo nosso governo tem põ muitas prioridades à frente mas a razão a verdade é só uma toda a gente nesta sala aqui não conheço toda a gente mas que toda a gente já teve professores teve professores que os marcaram pela positiva pela negativa aci de tudo pela positiva provavelmente e mas no entanto os governos desvalorizam e põe outras prioridades à frente nomeadamente P dinheiro ao bolso e muitas e parece que fecham os olhos mas há pessoas a vivem em carrinhas e e recebem Ah toma aqui 250€ Ah obrigado pron volto acho que não é eu acho que o governo devia devia mudar tinha de mudar alguma coisa porque Se dessem condições dissessem olha Vais ter um salário Digno Vais ter condições de vida dignas não vais ter de andar a peregrinar e fazer 300 km para dar aulas eu aposto que muita gente desta sala iria iria querer ser professora mais alguém quer obrigado mais algum aluno quer senão pod gostava de perguntar se algum professor Quer comentar esta ideia de estar numa sala onde uma pessoa há mais alguém que queira lá em cima Eu por exemplo já trabalho com crianças né E sinceramente é gratificante vê-las a crescer a melhorar no no que elas fazem né ensiná-las a a ser melhores mas agora eu acho que é muito desgastante eu eu só trabalho duas vezes por semana agora se Professor cinco vezes por semana semana ter est corrigir test a preparar trabalhos para para as crianças é demasiado desgastante acho que e não recebe-se bem para isso então long de mim ser professor e gostava algum professor gostava de comentar esta ideia de estarmos numa sala cheia de alunos e havia um que queria ser professor e desistiu a meio da pergunta quem é que se oferece aí para falar em nome dos Professores mais ali naquela zona aí não é quem é que se oferece para para comentar pode [Aplausos] ser esta ideia ter-se mudado então em duas gerações talvez esta perceção eu qualquer coisa Sou professora é o último ano que vou exercer com o microfone à frente por favor os meus alunos Todos sabem e eu costumo lhes dizer que há muitas escolhas que fiz na vida que hoje não faria mas há uma em que eu acertei a 100% e eles sabem foi em ser professora e que foi uma [Aplausos] luta e foi uma luta eu andei noutro curso os meus pais não ambicionavam para mim que eu fosse professora Por muitas razões e e sempre pensaram mesmo depois de eu ter optado por que optei o meu pai sempre tentou que eu fosse trabalhar para uma empresa é professora de eu sou de Filosofia mas andei em economia bem mas acontece o seguinte eu sempre quis ser professora desde pequena porque sempre gostei de comunicar e sempre valorizei acho que é muito importante os professores que temos eu eh fiz estágio fiz formação pós-licenciatura em ciências da educação e de algum modo a minha linha de orientação foram duas professoras que eu tive que me marcaram uma professora de português e uma professora de matemática o que eu também conto aos meus alunos como isso é estruturante obviamente que a professora de filosofia que eu tive no último ano foi aquela que me deixou o bichinho e que fez com que eu viesse a desistir de um curso e fosse para outro agora a pergunta que aqui se coloca eu acho que se calhar alguns deles gostariam de ensinar porque quando se lhes fala no ensino superior em Serem professores de ensino superior eles aí já não põem tanto a questão de se calhar não irem há de facto aqui uma desvalorização social da profissão docente que tem que se dizer e nós todos sabemos e devemos ser muito honestos e começar a pensar nas nossas casas se queríamos efetivamente aqueles que colocamos a questão os nossos filhos os nossos irmãos etc fossem para professores e fossem para professores de ensino secundário ou de e ensino pem agora é a carreira é toda a mesma pronto para professores do primeiro ciclo ou ao de secundário por isso há aqui uma desvalorização a par de uma outra questão que é estruturando todas as nossas sociedades vivem a aparência por isso é-lhes muito importante o ser valorizado ou não e depois a questão são de facto financeira que governa a vida das pessoas e de facto quando se opta por uma determinada carreira tem que se pensar que se ganha menos mas também é verdade que trabalhamos trabalhamos muito em casa mas não trabalhamos tantas horas como um médico por exemplo para ter determinados ordenados para usar o privado com o público o que tem que estudar e estudar e estudar é isto muitas vezes que eu lhes digo não quero tirar mais tempo Acho que H aqui algo que reflete as nossas a nossa sociedade e que tem a par com uma outra questão que é uma valorização excessiva da componente tecnológica em deferimento das formações humanísticas também se cruza aqui com a questão do ensino do noso Pr profor Obrigado obri e já agora obrigado pela sua carreira professora e boa apresentação é assim que se chama é o seu obada Obrigada Ah vamos passar pronto querem eh temos não quero só quero só dizer isto é muito habitual já ultrapassamos o tempo Sim isto é não Isto é isto isto isto é muito habitual e isto é isto é mesmo um problema sério porque nos próximos anos eu espero que vocês não passem por isso haverá muitos alunos provavelmente sem Professor Óbvio e isso eh dificulta muit as aprendizagens Porque vou só fechar com esta frase não há nada mais Isto é um clichê mas é mesmo verdade e quando nós olhamos para os D dizim mesmo verdade não há nada mais importante na escola do que o professor que vocês têm para a progressão que vocês fazem e se de facto não houver estes professores essa progressão não existirá e é de facto o problema mais urgente neste momento do sistema Mónica queres fa pass as tuas as suas palavras Nós já estamos a ultrapassar um bocadinho o tempo vamos se calhar saltar a próxima pergunta e passar para o fim falar do Futuro eh e vamos vou vamos pedir para eh escolherem num palavra o que consideram ser os maiores desafios para o futuro da escola e essas palavras vão formar ali uma Word Cloud bem se não se não está a funcionar vou vos pedir a vocês que falem sobre já tá a dar ou não não Mónica penso que podemos começar por voltar pegar questão da da falta de professores eh que é um problema que já existe e que se vai agudizar nos próximos anos eh e e apoiar aqui esta esta ideia que o Pedro deixou de que efetivamente o professor é um elemento Central eh para a educação e e para eh o desempenho académico dos alunos e para o seu para a sua formação pessoal e social portanto eh de alguma forma Esse é um dos Desafios que que que se coloca a sistema educativo vimos aqui que que uma parte do desafio é é captar esta geração e as futuras para o ensino a é Um Desafio grande e mas que é essencial para para o sistema educativo portanto diria que eh existe existe esse Claro esse Claro e desafio muito muito premente na nos próximos anos eh depois Há muitos outros desafios e nós até tínhamos aqui ideia que que vocês Poderiam colocar as questões da Inteligência Artificial ou se a escola deveria ser completamente reformulada nos próximos anos eh não sei se alguém pensa Isto ou se ou se pensa que a escola terá de ser radicalmente diferente nos próximos anos de qualquer das formas sublinhar também aqui uma ideia que o Pedro deixou e que a professora Maria José penso eu eh também colocou na importância do conhecimento e de do conhecimento no sentido alargado ou seja desde as partes e que falamos aqui de das competências e das capacidades básicas de leitura e de escrita mas não só eh e muito para Além disso um conjunto alargado de conhecimentos que a escola deve proporcionar aos seus alunos e e que passam também por por questões como como as humanidades como que muitas vezes são rotuladas de sabor de saberes pouco úteis Aliás a fundação Francisco Manuel dos Santos também tem um livro interessante que é a inutilidade a utilidade dos saberes inúteis que eu vos recomendaria também para para leitura em que se reflete um bocadinho sobre se este conhecimento tem que ser útil no imediato ou se o conhecimento tem valor em si mesmo e e penso que aqui nesta mesa nós acredit acreditamos que que o conhecimento tem valor em si mesmo e e que é necessário cultivá-lo já agora se posso deixar uma dica prática não tanto para o sistema mas para este conjunto de alunos eh nós na iniciativa educação eh temos um conjunto de vídeos de estratégias de estudo porque Calculo que um dos vossos desafios seja agora eh as todo todo o período de avaliação que vão enfrentar as questões de acesso ao ensino superior eh portanto há um conjunto de estratégias eh e e também deixar aqui a ideia de que a educação nos últimos anos tido muita investigação que apoia eh O que são as estratégias mais eficazes para para sabermos estudar como é que podemos estudar de maneira mais eficaz sem estar sempre à frente dos livros portanto desafiava vos também em iniciativa educação torg a ver esses vídeos e a no fundo a melhorarem também o vosso desempenho Obrigado Ah eu diria três coisas rapidamente primeira claramente professores eu eu sou muito cético de todos aqueles discursos que a inteligência artificial e alguma coisa vai substituir o lugar do professor acho que isso é uma espécie de Utopia que não vai acontecer portanto vai ser preciso professores vai ser preciso haver salas de aula e portanto esta urgência da falta de professores é muito muito Evidente portanto se ganharem esse estímulo ou se conhecerem alguém que querem ser professor incentivem o mais possível porque será um dos grandes problemas nos próximos anos depois um terceiro problema claramente é eu acho que nós fizemos este retrate aqui e eu e é preciso perceber isto Portugal fez muito nos últimos 50 anos não há nenhum discurso SD zista sobre o PR 74 que seja bom porque a realidade não era boa portanto quando diz antigamente é que era não antigamente era um país em que um terço das pessoas não sabia ler e escrever em que só três em cada 100 pessoas iam para a faculdade portanto não há saudosismo possível em relação à aquele tempo mas também temos que ser realistas sobre os desafios de hoje nós demos muito acesso à escola mas a verdade é que se nós olharmos hoje continuamos a ter uma grande desigualdade de resultados por exemplo os alunos do Liceu Camões ou do Liceu Filipe de Lencastre têm resultados muito diferentes daqueles de outros alunos noutras escolas que vêm de outros meios socioeconómicos eh nós falhamos por exemplo a percentagem negativas à saída do nono ano entre alunos que vêm de famílias de meios socioeconómicos mais favorecidos ouos menos desfavorecidos há diferenças enormes Ou seja a origem social continua a pesar dema e portanto é preciso fechar este esta diferença e pensarmos que nos últimos anos Isto é eu costumo dizer isto n vezes mas é verdade eu acho que nos últimos anos nós fizemos um nós fizemos duas coisas Nós demos a escola para os alunos irem mas também permitimos que houvesse melhores resultados e eu acho que nos últimos anos durante a pandemia póspandemia nós temos hoje infelizmente quedas muito fortes dos resultados dos alunos Portugueses e estas quedas muito fortes dos resultados dos alunos portugueses não nos devem deixar adormecidos porque se queremos daqui a 50 anos estarmos a fazer um balanço destes últimos 50 anos temos que pensar que não vale nós já demos acesso à escola melhoramos resultados tivemos agora uma queda forte de resultados e é preciso recuperar deste período que tivemos e muito obrigado a todos Obrigado vamos acabar assim a nossa sessão Obrigado a todos por terem vindo e fica aqui o convite de verem o resto da da exposição e aos professores também para debaterem estes temas que falamos aqui nas nas vossas aulas nas Voss nas várias disciplinas e ficamos a perceber sobretudo e um bocadinho à Bia do que que dissemos aqui como esta exposição mostra também o retrato do que era um país há 50 anos das coisas que foram feitas do que falta eventualmente fazer sempre com a ideia de que voltar para trás é que não pode ser mesmo porque era uma coisa absolutamente téa Obrigado a todos PR [Música]