Vídeo: José Manuel Fernandes: “Antissemitismo e antisionismo não são o mesmo, mas podem confundir-se”

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A questão aqui que que que se coloca e a questão que Muitas comunidades e judeus individuais têm dito é que sobretudo nos últimos tempos e sobretudo depois do que aconteceu eh do que está acontecer neste momento em Israel e em Gaza os casos de acédio Insulto eh Portanto tem crescido quando não mesmo de agressão e muitos desses casos não tem nada a ver diretamente ah é porque as pessoas estão revoltadas com a guerra em Gaza eh em Nova iork ainda não tinha começado a guerra em gasa quer dizer tinha começado porque tinha havido o 7 de outubro e tinha havido aqueles massacres todos mas não tinha havido a operação militar nenhuma Israelita e já tinha havido estudantes judeus cercados dentro de uma biblioteca portanto há aqui um um um Digamos um ambiente que eu não vivo eu não sou judeu quer dizer como português todos nós vemos ter um bocado de sangue judeu não é mas nunca fiz o teste para saber não dia de fazer eh portanto nós Não sei não sei dizer mas o testemunho que chega que ele existe agora Há muitas pessoas que consideram que uma coisa é o antissemitismo histórico cultural clássico racista isto há várias variantes e e o digamos uma coisa chamada antissionismo que é a oposição à ideia sionista eu acho que nós temos que perceber um bocadinho melhor o que é que é a ideia sionista para perceber se de alguma forma ser antissionista pode ou não ser a mesma coisa que ser Eita na minha perspectiva não é a mesma coisa mas pode levar ao mesmo ao mesmo resultado e muito rápidamente a questão do do do digamos do povo Judeu e da história dos judeus é uma coisa que remonta a antiguidade e portanto há e houve sempre historicamente um conjunto de preconceitos que se manifestaram em formas muitas vezes Apenas segregação noutras vezes perseguição e em muitos momentos e em muitos países e em muitas regiões por exemplo Portugal durante muito tempo a penísula ibérica durante muito tempo foi um sítio onde os judeus viviam em relativa tranquilidade até à expulsão portanto no final do século XV iní do século X e a inquisição que veio a seguir era um sítio tranquilo por contraposição por exemplo ao Reino Unido a que mais tarde os acolheria mas que on on deles tinham sido começado tinham sido expulsos muito mais cedo as regiões da Europa onde viram viriam a acumular-se grandes comunidades judaicas portanto estamos a falar sobretudo da Europa central e de Leste eh onde havia os os chamados judeus as cananas portanto foram e foram regiões e onde nem sempre foi assim se bem que depois aquilo que tivesse começado a crescer a crescer muito os judeus no Mediterrâneo os sefarditas muitos partiram da península ibérica e depois espalharam-se por sítios muito diferentes dos de Portugal por exemplo uns foram logo para enfim para a parte para o norte de África portanto marroc aquilo que é hoje Marrocos outros foram para Itália depois outros foram para o Levante portanto a atual Grécia salónica as cidades da Ásia menor Turquia também Turquia Claro Ásia menor sim eh mas muitos fizeram este caminho passando por estão por exemplo que fo uma cidade onde há uma uma uma sinagoga portuguesa eh que é a sinagoga mais bonita e mais importante da merdão chama-se sinagoga portuguesa portanto is foi sempre uma um povo que andou um bocado de um lado para o outro viver em guetos a fazer a exercer profissões que outros que os outros não não podiam ou não queriam eh eh exercer podiam que eram variadas às vezes ligadas ao comércio às vezes ligadas ao ao dinheiro porque e eh emprestar dinheiro foi o que que na mitologia mitologia clássica é usura portanto emprestar dinheiro o que é que é um empresto sem para receber sentir enfim um juro qualquer isso muitas foi era visto por algumas religiões incluindo os entre os cristãos muito também entre os muçulmanos como sendo usura e sendo uma coisa que não se podia praticar e portanto praticava quem podia os judeus podiam praticavam e foram muito importantes os banqueiros J Deus estão muito ligados ao desenvolvimento económico da Europa desde desde o Idade Média não é p portanto eh mas com h alturas em que são obrigados a viver nos campos Porque nas cidades não têm não têm lugar eh enfim há houve sempre alguma segregação porque ao contrário estamos a falar de de de de sociedades que eram eh não eram homogéneas no no sentido moderno do termo mas em termos religiosos eram muito homogéneas e havia ali um pequeno grupo de pessoas que eh não se convertia pronto se mantinha porque é é é relativamente eu diria que é relativ a ideia de que todos podem ser da mesma da mesma religião foi uma ideia muito dominante nas civilizações europeias não é portanto e mesmo aquilo que hoje nós encontramos nas sociedades que é muita variedade e muita diversidade não não existiu durante a maior parte do tempo quer dizer houve uma conversão ao cristianismo que durou enfim séculos e depois a partir daí quem não fosse era estranho mesmo dentre os os próprios aderentes da religião islâmica mais facilmente se convertiam e do que um judeu porque aí a questão tem uma história e uma cultura e uma uma mitologia diferente e depois a essa religião correspondiam alguns hábitos e diferentes também de comida por exemplo aquilo que se come ou não come de festividades uma quantidade de coisas portanto isso fazia com que e as sociedades humanas são todas assim aquilo fosse sempre um grupo diferente e um grupo minoritário e às vezes eram perseguidos num um lado outras vezes eram perseguidos no outro muitas vezes isto tinha a ver com questões de interesses políticos de interesses económicos de de de de cálculos que não eram apenas cálculos religiosos isto mudou um bocado no século XIX portanto porque numa altura em que se começaram as coisas normalizar apareceu também o chamado racismo científico Portanto o nosso preconceito racial eh eu diria que é tão antigo como a humanidade é um preconceito de relação ao que é diferente não é eh o o o racismo científico são teorias do que tem muito a ver com e as teorias da evolução e e a ideia de que há não apenas raças diferentes como raças com características e diferentes e superiores pronto superor e nasce um racismo científico a partir do final do século XIX século século século século XX nesta altura a maior parte em muitas sociedades europeias os Deus já tinham regressado e já estavam relativamente integrados de Portugal foram expulsos mas no século XIX começaram a regressar começaram a a a haver sinagogas nem sempre nos sítios onde nós hoje as encontramos as mais importantes por exemplo as primeiras foram nos Açores e que é onde hoje só lá enfim há uma sinagoga que se pode visitar em São Miguel não sei se há mais alguma Ponta Delgada não sei se há mais Mas eles começaram eh pronto volto começaram a regressar a Portugal mas estavam n outras sociedades e tinham posições importantes muitas vezes posições de relevo muitas vezes posições de de destaque até porque causa do do papel que que tiveram no mundo dos dos negócios e isto a mistura entre o preconceito por um lado eh e a e a inveja portanto que é uma coisa muito típica da da natureza humana levou a que em determinadas a partir enfim começassem aparecer muitas reações cada vez mais virulentas anti anti judaicas no fundo antisemitas portanto em que os judeus eram tinham pronto coisas que nós hoje estamos sempre sempre a ver regressar por exemplo teorias da conspiração teorias da conspiração quer dizer nós nós se tivermos aqui neste tempo nesta n nest nesta nestes estúdio alguém que sugeriu portanto oid lug est sentado no lugar onde estou sentado sugerir com 11 de setembro os Deus morreram menos dos J Deus do que se esperava que eles foram avisados Isto é o mesmo princípio de raciocínio dos protocolos do sábios Sião que é um documento fictício forjado e provavelmente a fake News mais mais famosa da história e mais neosa e mais Mas ouve lá o c estra É assim os p sabe o Sião era a ideia de que havia uma rede Judaica eh secreta que planeava o controle do mundo sim não sei se se lembram do que é que disse aqui o tager Correia que havia uns dominadores do mundo e depois quando lhe perguntamos Quem era eles só à altura cit casa Rot Child O rotch é que é judeu repar tá sempre isto nós estamos no século XX os P século X é do século XIX nós estamos em aquilo nasceu pensa-se na Rússia eh e estamos sempre a voltar ao mesmo sempre a voltar este esta ideia de que há uns poderosos que temas nos querem dominar e que quando chega até o avião às Torres Gémeas Eles não estão lá porque não querem morrer e sab mas isso isso também leva uma aura que se cria em torno da deste deste povo não é há aqui uma Mística para esta aura quando nós sabemos como é que isto se traduziu Nas artes na propaganda eh e emos na nas caricaturas por exemplo nos preconceitos na na ideia do que é que é um o que é que é um o que é que é ser um judeu Isto é sempre muito horroroso não é muito horroroso até porque isto depois levou levou levou olha Eh acusações injustas o caso mais conhecido enfim aquele que até de alguma forma tá na origem do indiretamente na origem do do movimento sionista que é o caso dreifus dreifus era um militar do exército eh francês que foi falsamente acusado que era judeu falsamente acusado de espiar para a Alemanha e portanto foi condenado e depois a seguir eh enfim percebeu-se que aquilo era tudo e há coisas famosos o acuso dos Olá que é sobre isso se por aí AD diante bem portanto eh Nessa altura portanto mesmo finais inhos no século XIX há um Jornalista Húngaro chamado teodor vesel que eh precisamente depois de ter seguido esse caso de dfos diz e pá isto temos que resolver este problema nós estamos sempre da corda bamba não é com situações que até eram muito diferentes quer dizer é uma diferença muito grande entre o ambiente em que viviam as famílias rth shild e outras que tinham papel muito eram grandes banqueiros os homens mais ricos do mundo considera-se que o Rot shile foi um dos homens mais ricos que já mais existiu eh e os que viviam na nas aldeias da Polónia profunda ou da Ucrânia profunda que eram pop rmos não é portanto havia de tudo mas sempre com este pano de fundo e ele eh cria um movimento e faz um congresso e faz uma um livro a dizer bem é preciso encontrar uma uma uma Pátria para para os Judeus portanto di estarmos aqui todos em guetos espalhados perseguidos acusados falsamente juntamos e fazemos o nosso próprio país o que corresponde muito àquilo que era o o sentimento da época o espírito do tempo estamos num tempo em que a Europa dos impérios está a transformar na Europa das Nações e a nível Global o nacionalismo a ideia de que a cada povo deve corresponder a uma nação é algo que está que é considerada a primavera dos povos repara é esta é é o progressismo da época portanto é a ideia de que temos que caminhar neste sentido e portanto e aquilo que nunca tinha existido na Europa que é uma Miria de nações começam a despontar eh às vezes algumas delas só se tornaram verdadeir Nações Independentes há 20 ou 30 anos por exemplo todo aquele Mosaico da antiga dos balcãs da jugoslávia eslovénia Croácia Bósnia por e adiante não é tudo isso eram estavam tudo estava tudo dentro uma parte no império e otomano outra parte no império austríaco e alguns destes impérios tinham enorme e digamos tolerância para as diferentes nacionalidades e mesmo as cidades eram muito muito muito misturadas tinham gente muito diferente Isto vai mudar há um livro que eu gostei muito de ler na altura há muitos anos já Ali há muitos anos e na altura quando L fiquei até um bocado surpreendido que é o o John Rido aquele jornalista americano que é conhecido pelos 10 dias que abalaram o mundo quando que é grande reportagem sobre a revolução Soviética quando vai a caminho da Rússia não é na altur era Rússia e passa pelos balcãs e tem um outro Livinha chamada guerra nos balcãs portanto eh e ele tem lá uma descrição Fabulosa do que é ele chegar a Europa e e e desembarcar no porto de salónica e o que é salónica nessa altura salónica hoje é uma cidade grega onde só há gregos praticamente na altura aquilo ainda fazia parte do império penso que ainda fazia parte do império turco ainda não tinha sido integrada na na na Grécia e tinha dezenas de nacionalidades portanto os bairros misturavam-se uns com os outros portanto era era um mosaico autêntico que nós hoje voltamos outra vez a ter cidades assim de alguma forma em que eh as grandes as grandes metrópoles europeias têm lados parecidos com este em tudo se mistura em que há um restaurante diferente em cada esquina mas isso existia no século XIX também n alguns sítios da Europa e depois foi muito consumido pelo nacionalismo ou destruído pelo pelos nacionalismos mas que na altur eram vistos como Libertadores pronto o sionismo é uma outro é um outro é um nacionalismo é um nacionalismo de um povo que não tem um sítio um sítio fixo não é porque tá muito espalhado por vários países e procuram um um local e o local Inicial Não foi não foi Óbvio para onde é que ia não é como se sabe Argentina Uganda Madagascar ou vários sítios possíveis acabaram por no início do século XIX começar não foi bem no início do século XX perdão no início do século XX enfim havia uma comunidade na Palestina já existia lá os jus nunca saíram completamente lá não é portanto havia lá muitos mas e a partir da Primeira Guerra Mundial e do fim do Império otomano as coisas mudam e portanto Agora não vou contar a história toda não interessa a declaração de balfour a independência e é criado o Estado de Israel e a partir daí a questão passa a haver uma tensão eh uma Tensão Nova que passa a dominar muito as estas questões que é a questão de saber se o Estado de Israel é ou não um estado racista porque corresponde a uma ideia Nacional quer dizer na verdade se fossemos levar o argumento de que qualquer ideia Nacional responda ao estado racista não sei onde é que chegamos mas aquilo que é preciso determinar é se o estado obriga de alguma forma todos a serem judeus não não obriga não obriga obriga todos a terem religião Judaica não não obriga dá direitos quer dizer em Israel hum apesar de enfim de tudo o que aconteceu e das Guerras todas há árabes no Supremo Tribunal n Forças Armadas é que é mais complicado por razões que se compreendem mas no Supremo no sistema judicial árabes quer dizer aquele Supremo Tribunal que onde o Nal está pendurado digamos assim uma parte dos seus juízes não sei quantos mas são e judeus são árabes israelitas portanto isto não era possível nenhum país á à volta ponto final não era possível talvez no passado tivesse sido possível noutro tempo porque de facto durante muito até precisamente ao Estado de Israel havia grandes comunidades judaicas em todo em quase todo o mundo árabe aa alguns SOS ainda existem hoje ainda são importantes aqui em Marrocos por exemplo onde as coisas passaram de forma diferente mas havia havia algumas que eram fundamentais em países como o irão em países como o Iraque em países como a Síria E hoje há lá uns restinhos às vezes uns mais escondidos que outros mas a maior parte dessas comunidades aconteceu-lhe uma coisa que é quase sempre escondido ou esquecido quando falamos do nascimento do Estado de Israel que é quando acontece o nascimento do Estado de Israel há uma uma deliberação das Nações Unidas e essa deliberação É temos ali um território vamos dividi-lo em dois há um povo que aceita os judeus e há um que não aceita os Árabes e a partir daí há uma guerra e os árabes perdem a guerra pronto Isto foi O que foi o o que aconteceu não é eh a partir daí dão-se dois movimentos opostos Há muitos muitos árabes portanto que viviam na Palestina que fogem dos territórios que ficam dentro do estádio original de Israel as fronteiras de 49 e a linha verde como se ainda hoje se diz que fogem é chamada napca ou catástrofe Como eles chamam portanto e vão eh paraos territórios para para margem margem ocidental vão para Gaza vão também para a Jordânia vão para o Líbano paraos Tais Campos de refugiados aqui falamos uma vez alguns estão lá é esse tempo todo mas os judeus que viviam nos países árabes também também são expulsos e a diferença é que eles foram inicialmente considerados tratados como refugiados e ao fim de pouco tempo o Estado de Israel integrou e acabou já não são mais refugiados mas são dois movimentos são dois vasos quase comunicantes o que entra de um lado sai do outro e se no nos casos os árabes que fugiam de Israel foram expulsos noutros eu não te contesto que foram foram expulsos não fugiram noutros casos não conteste que foram expulsos e portanto e foram às vezes expulsos com violência H há histórias de violência mas parte a parte não há aqui Não no fim do dia foi tudo bastante difícil de incluir hoje em dia bem agora só para voltar à questão de anticion ismo e antissemitismo o que é que é dito por algumas pessoas eu vou ler aqui um tweet de Um Jornalista T de um Jornalista publicado no no dia 2 de Maio e ele diz o seguinte desculpem se a carapuça vos serve Mas se vocês acreditam no direito de Israel a existir como estado São sionistas Não interessa se são contra colonatos se são contra o aparti São contra o netania se para vocês a Palestina não é toda a Palestina São sionistas portanto isto não vou dizer quem é o nome Isto é um tweet tá quem quer dizer tem na altura que eu fiz o print screen tinha 240 comentários portanto suscitou suscitou AB suscitou alguma discussão portanto eh que é isto isto é apenas eh aquilo que na minha perspectiva faz parte do jogo normal que é termos um estado um governo e termos pluralismo e crítica e debate e muitas opções diferentes e dizermos e podermos discutir se o que é que se o que se faz é bem feito ou mal feito ou negar por is simplesmente o direito desse estado a existir Portanto o que ele está aqui a dizer e eu conhecia outras pessoas assim e conheço outras pessoas assim é que Israel não tem não tem direito de existir porque há uma precedência uma precedência de de presença naquele lugar os J Deus quando chegaram eram eram colonos invasores atenção é este o discurso porque o que é que dizem aqueles os judeus que fugiam da Europa porque na Europa eram perseguidos foram para Isra não como fugitivos mas como servidores da ideologia sionista a ideologia sionista é uma ideologia europeia portanto é é é é é um colonialismo é este o argumento portanto eu estou a sintetizar basicamente mas é é este o argumento eh ora movimentos de populações sempre houve proc Nacional portanto na época em que o cismo Encheu os nacionalismos era uma forma de afirmação das diferentes identidades portanto eh e não é a única situação em que e para o nacionalismo se afirmar houve olha houve movimentação de populações como se costuma dizer não é e houve muitas houve muitas em muitas partes do mundo e sempre houve muitas em muitas partes do mundo ainda hoje infelizmente há eh o o enfim não sei se já já deves tratado na Turquia Com certeza ainda não ainda não aa não tiveste na Turquia pronto mas tiv devia não era devia devias devias devias uma das coisas que que que que é curioso quando quando enfim em Istambul isso não se nota muito mas formos para Ásia menor para cidades como Esmirna aquilo tá cheio de Aquilo é grego há imensa alguns dos sítios Por exemplo quando nós falamos de a gastronomia é muito semelhante não é quer dizer mas não é só a gastronomia quer dizer quando nós falamos do Heródoto o Heródoto é o primeiro dos historiadores é uma das figuras maiores da da civilização grega onde é que nasceu o Heródoto Numa cidade chamada el carnos que atualmente é b que é um centro de um centro de de férias famoso na na Turquia e há muitos outros exemplos quer dizer parte dos filósofos não são de Atenas e ainda menos de Esparta não é São da da das cidades daali de Éfeso E por aí adiante tem naquela zona da Ásia menor e portanto e foram expulsos no prin há há 100 anos e os Os turcos que eram quase a maioria por exemplo uma ilha como Creta foram expulsos em direção contrária Isto é bom não não é bom bom não é tou dizer que é bom aconteceu vamos dizer que é preciso reverter tudo e pôr essas pessoas todas de volta lá outra vez não é possível não é possível não é viável não é assim que as coisas acontecem eh e quem vai por aqui adiante Enfim voltando a saless salónica que eu falei ainda há bocado o salón o que é aconteceu aconteceu que os judeus foram sendo mortos ou expulsos em várias vadas a última das quais segunda guerra mundial quando aquilo esteve ocupado pelos nazis mas não foi só os não foram só os judeus que foram exterminados foram os judeus foram Os turcos que tiveram a sair quando os gregos transformaram aquilo numa cidade grega mas também foram os búlgaros também foram os romenos também foram uma enfim aquilo era uma cidade do Levante um porto marítimo com uma com uma variedade como tem Londres ou como masia também tem Lisboa não é portanto não era uma porventura maior do que tem seguramente maior do que tem Lisboa hoje Portanto est estes movimentos aconteceram foi foi Europa uma forma de termos paz é é duro dizer desta maneira Mas é verdade custa dizer mas é verdade foi uma forma de termos paz agora nós vamos para ali e eh eu acho que um dia tem quer dizer a política faz fazse uma parte de Utopia e uma parte de realismo e o e e uma parte do Realismo é pá se chegamos a um ponto que pode não ser o ideal mas se é o que resultou de um conflito mortal é melhor voltarmos a ter um conflito ou é melhor tentarmos encontrar uma solução de saída eu acho que é melhor encontrar uma solução de saída e a verdade é que nós temos que reconhecer que há quem tenha ganho guerras e quem tenha perdido guerras e não se refazem o destino das batalhas quer dizer e podemos dizer ah foi injusto ou foi azar ou foi não sei quê Porque é que ganhamos aquilo Porque é que perdemos aquilo outro não Devíamos ter Cil a ganhar não podemos rescrever a história da humanidade porque em todos os lados houve houve em todos os lados houve situações destas ali houve quem eh até por ter sido acossado por vários países à volta ganhasse a guerra da Independência e depois ganhasse as guerras que teve que travar a seguir a guerra de 56 67 73 não é isto em termos de guerras convencionais E agora o que temos que pensar não é eliminar o Estado de Israel temos que tentar encontrar a forma de ver-se à forma de e se viver ali em paz ora o significado do de outubro foi tentar impedir uma forma de viver ali em paz que não fosse aquela que passa por eliminar o Estado de Israel é este o significado do 7 de outubro e portanto todos os que no fundo defendem a mesma ideia No Limite acham que aquilo só existe e o argumento que prossegue este argumento é que quem lá estava primeiro eram os palestinianos e portanto quem chegou depois tem que se ir embora eh O que quer dizer que no limite nós tínhamos que rearrumar todo eu nem sei aqui em Portugal quem é que chegou primeiro ou quem chegou depois se voltamos aqui Aos suevos aos não assim bem Onde é que a gente tem que ir para pôr isso tudo direito quer dizer não é assim que a história a história se faz ou se fez ou se quer se obtém a justiça aquilo que faz sentido discutir eu vou já estou a estender muito portanto aquilo que faz sentido discutir parece-me ser Quais são as soluções de saída e nas soluções de saída e a clássica é os dois estados Portanto vamos voltar à solução das Nações Unidas com fronteiras mais perdão mais ou menos diferentes mais ou menos parecidas eh reparemos que até hoje raramente quer dizer é muito transitoriamente e nos acordos apenas durante a fase de vigência dos acordos de Oslo houve lideranças palestinianas que aceitassem este princípio o e os os amá e equivalent José zolá toda essa gente não aceita este princípio portanto é só a liderança da da da enfim os herdeiros di f que o aceitam portanto uma é hipótese de dois estados mas dois estados para existirem tem que viver pacificamente a um lado um do outro não podem estar sempre a tirar rockets de um lado para o outro ou enviar tanques não é a outra depois há mais duas soluções que de vez de que se fala de vez em quando uma é pronto e pá isto não conseguimos dividir isto isto está demasiado misturado demasiado em brincado O melhor é termos um só estado eh com um só estado democrático eh eu acho que é uma ideia interessante mas infelizmente creio que um pouco utópica porque eh implicava não ap quer dizer repara e implicava ter uma cultura que eu infelizmente não vejo existir sobretudo do lado árabe mas também em muitos setores israelitas não todos mas muitos setores israelitas porque implica que todos tenham os mesmos direitos e que não aconteçam mudanças radicais de de de de olha por exemplo demográficas porque a demografia árabe é muito diferente da demografia Israelita mesmo a própria demografia Israelita tem muitos problemas porque está a promover os setores mais ortodoxos e mais radicais e os setores mais como é que eu chamar digamos os setores mais urbanos no sentido até são as pessoas que vivem sobretudo nas cidades eh tendem a ter menos ter as famílias a ter menos filhos as famílias ortodoxas a ter muito mais filhos Portanto o próprio equilíbrio demográfico de Israel tem esse tem esse problema e mas aqui A grande questão é saber se num estado destes podemos ter eh um Ministro dos negócios estrangeiros árabe e um ministro da Defesa Israelita isso sucede tudo sem problemas ou se de repente acontece o que aconteceu em muitos outras zonas onde se tentou soluções deste género que ao fim de pouco tempo temos não um partido socialista e que hoje Se quisermos ainda acontece em países como a a própria Bélgica não é que é temos um partido socialista que tem Árabes e judeus e um partido conservador que tem Árabes e judeus e temos um partido e pass E deixamos ter partidos nacionais que é aquilo que mesmo na própria Europa países como a Bélgica têm portanto se conseguimos fazer chegar a um ponto de integração a esse nível portanto é um bocado utópico há ainda uma terceira hipótese que se tem batido um pouco que é saber se podemos fazer uma espécie de Federação portanto no fundo um só estado com uma só constituição Mas onde o terente estava amos os dois povos estavam viviam separados por assim dizer e e e tinham algumas instituções comuns mas poucas e tinham viviam ali lado a lado separados mas dentro do mesmo estado é uma hipótese que alguns alguns pensadores judaicos têm colocado nos últimos tempos eu não sei qual é a solução uma das que encontrei que achei Eng ora repara isto Quando eu digo nós não podemos refazer a história às vezes olhamos para trás e Pensamos a história Teria sido melhor se tivesse sido por outro caminho eh e e há um outro exemplo recente quase contemporâneo da criação praticamente contemporâneo da criação do Estado de Israel que nós dizemos assim e pá que pena aquele homem não ter morrido uns meses mais cedo com a doença que tinha estou a falar do fundador do Paquistão que era alguém de Formação que nem era religiosa mas que percebeu que havia uma divisão religiosa na antiga no antiga coroa Joia da coroa na Índia e conseguiu criar um país à Aliás na altura dois países Paquistão que tinha duas partes o atual banglades e o atual Paquistão e separar isso da Índia por por por fronteiras por fronteiras e religiosas sendo que ficaram imensos muçulmanos dentro da Índia e neste processo de criação de novas fronteiras morreram milhões de pessoas novamente em transferências de um lado para o outro namente no punjab no punjab H uma história famosa de um comboio que chegou at da altura veio um comboio lá ao longe e o Comboio vinha a andar sem sem sem nada sem maquinista porque vinha cheio de cadáveres tinham enxido comio com cadáveres e Tinham posto a andar para ir para passar para para levarem os cadáveres para outro lado portanto passaram-se coisas horríveis no na na na separação da da Índia e do Paquistão eh ainda hoje não está resolvido ainda hoje há guerras no no na em Caxemira por exemplo em Caxemira é uma paz que nunca mais D lá a paz portanto nós estamos muito centrados e muito focados Nas questões nestas questões ali na na na em Israel é óbvio que eh mas temos que não esquecer aquilo que ainda hoje de manhã o Miguel falava o Miguel Pinheiro falava aqui uma coisa é nós querer desejarmos um cessar fogo em em Gaza e creio que tudo todas as pessoas de bem o desejarão out outra coisa é achar que podemos congelar a situação sem olha resolver a questão do do dos refes e sem dar nenhumas garantias que toda a gente que ali vive de um lado e do outro vai continuar a viver e uma espécie de Império do Medo