Vídeo: Palestina. “Portugal não quer afrontar os EUA”

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[Música] Este é o som do gabinete de guerra das manhãs 360 hoje com a análise de José Filipe pinto politólogo e especialista em movimento extremistas Bom dia bem-vindo obrigada por estar connosco muito bom dia muito bom dia Maria João Bom dia senhores ouvintes Professor ontem mais três países reconheceram o estado da Palestina Espanha Irlanda e Noruega o Ministro dos negócios estrangeiros de Israel criticou a oposição fala numa e chamou os embaixadores israelitas destes países para prestarem esclarecimentos ao governo telavive quanto a Portugal Marcelo robelo de Sousa diz que ainda não é o momento José Filipe pinto não há consenso na União Europeia não não há consenso Maria João e mesmo que venha a haver um reconhecimento por parte da União Europeia é bom que os senhores ouvintes percebam que não vamos assistir no imediato ao fim do conflito em Gaza Vamos à posição portuguesa o nosso Presidente o presidente Marcel Rebelo de Sousa falou que Portugal defende e há muito que diz isso a solução dos dois povos e dois estados o problema é percebermos quem são esses dois povos um sabemos é o povo de Israel e quem é o povo do estado da Palestina porque repar uma coisa nós entendemos que não pode o amas não pode fazer parte da solução então quem é que fará parte da solução será a fat é que a fat que é apresentada como um líder portanto credível fat a fatar foi criada no fim das década de 1950 e Fat significa por e simplesmente movimento Nacional de libertação da Palestina e a Palestina nesta visão é desde o Jordão até ao mar em relação a Portugal e permitir-me chamar Maria João à colação dois elementos Portugal e desde o e Estado Novo Portugal tem tido um alinhamento muito grande com os Estados Unidos na questão de Israel basta lembrarmos da questão do yon kipur quando Portugal a autorizou que a a base das Lajes fosse usada para para que os norte–americanos fizessem o reabastecimento dos seus aviões que se deslocavam com material bélico para a faixa para a faixa de gasa na questão da do yon kipur que como nós sabemos foi uma das duas guerras que Israel e teve de enfrentar há outro elemento importante Portugal em 2011 absteve-se na votação para a entrada da Palestina na Unesco porquê Porque não quis afrontar a posição dos Estados Unidos Portugal tá muito alinhado com a posição dos Estados Unidos e da Nato nesta questão e a meu ver com uma finalidade e uma finalidade que passa porquê se Portugal tomasse esta posição como tomou a Espanha ou vai tomar a Espanha como vai tomar a Irlanda portanto seria uma posição que afastaria Portugal de uma possível de um possível papal de mediador no conflito Ito e eu penso que Portugal tá e almeja portanto sonha vir a desempenhar um papel mais ativo nestas negociações até porque nós percebemos que um do uma das partes da deste acordo eh que foi o Egito parece que alterou os termos de eh do acordo quer dizer Apresentou um a Israel apresentou o termos algo diferentes ao amar e por isso houve aquele problema de o amass aceitar os termos do acordo e Israel evidente e e e Israel Maria João não os podia aceitar porque não tinham sido aqueles que tinha rubricado eu penso que Portugal está a tentar colocar-se como um eh Player que dispõe daquilo que podemos chamar a a neutralidade suficiente em relação às duas partes e por isso mesmo nós temos de perceber que é uma posição muito Prudente e a diplomacia portuguesa neste ponto costuma ser precisamente isso Prudente quanto à guerra na Ucrânia José Pinto Londres diz ter provas sobre a China fornecer ajuda letal à Rússia mas os Estados Unidos afastaram-se da acusação do Reino Unido e também era expectável porquê há um movimento um nervosismo crescente e os Estados Unidos receiam que se venha a perder Portanto o controle da situação repare os países vizinhos começam a dar os os países vizinhos tanto da Ucrânia como da Rússia começam a dar sinais inequívocos de que receiam que a Rússia não se contente com com a anexação de parte da Ucrânia aquilo que é o o donbass e a Crimeia e repare o que é que a Polónia fez a Polónia admite envolver-se em Sistemas de defesa aérea no abate de mísseis Russos junto da sua Fronteira o que fez a Suécia a Suécia alertou que a Rússia pode vir a querer controlar dominar a ilha de gotalândia e isso permitir lhia dominar toda a navegação no Báltico com a agravante dessa ilha a gotalândia estar a 330 quilmetros em linha reta de calin grado e nós sabemos que é nesse enclave que a Rússia tem portanto a sua Frota ou se preferimos o quartel Regional da frota russa no mar Báltico depois é também a questão da Lituânia que fala na possibilidade de haver uma guerra híbrida uma ação híbrida por parte para escalar o confito Não é com a Nato e a União Europeia exatamente E o que e repare zelens teve uma afirmação na entrevista ao times que temos de ter ver com muito cuidado o que é que zelens chamou à colação Qual foi o comportamento dos Estados Unidos da mesmo da Inglaterra relativamente aos drones e mísseis iranianos que atacaram Israel abateram noos e então o que neste momento Z alenski foi pedir é que forças da Nato aviões da Nato abatam eh também os drones os mísseis Russos desde que em solo ucraniano ou no ar ucraniano no espaço aéreo ucraniano e isto significa o quê ele diz não é entrar a nado na guerra porquê Porque está a bater não tá a matar pilotos Russos não tá a bater aviões Russos tá a bater drones e mísseis que estão a sobrevoar um espaço da Ucrânia mas depois Pede outra coisa pede que aquele armamento que lhe está a ser fornecido com o embarg parcial que é um é apenas um armamento de defesa possa ser utilizado também para ataque em território Russo O que é que isto quer dizer mão é que Rússia está numa guerra total e a Ucrânia diz que pelas condições de receber material está proibida de entrar nessa guerra Total tá numa guerra defensiva enquanto a Rússia tá numa guerra ofensiva isto tem muito a ver com a a questão de que a Rússia está a atacar as posições militarmente estratégicas mas também infraestruturas por exemplo as infraestruturas elétricas também e energéticas também zonas civis para criar a insegurança e para baixar o Moral das forças as ucranianas e a Ucrânia não pode fazer isto chegaram-nos vão permitir a defesa o tentar reter a invasão russa e não cont contraatacar o que parece que estamos aqui eh é num jogo em que verdadeiramente a Ucrânia fala numa simeira de paz mas eu acho que aquilo não é bem paz é faz faz de conta e faz de conta porquê Porque a Rússia não vai estar está presente os seus aliados nessa cimeira e por e há um desejo grande zelens desde o início de arrastar a Nato para o conflito e do outro lado temos que perceber que temos Putin Putin a meu ver neste momento joga em três tabuleiros simultaneamente joga no mar Báltico Para quê Para aquele D que é o distrat o distrair o afastar as atenções do seu foco principal e para mim desde o início o foco principal é ficar com a zona do dombass e com a Crimeia depois joga com as armas nucleares táticas junto à Fronteira com a Ucrânia para quê precisamente para dissuasão e finalmente e esse é é o dado mais importante ataca Car kiv e ataca Car kiv para quê para mostrar que pode se quiser conquistar a cidade mas não vai conquistar segundo o que ele diz porque o que lhe interessa é o valor estratégico e o Criar e dentro das forças armadas ucranianas um grande clima de de de instabilidade de inseguran porque temos de perceber que estas forças mar João estão perfeitamente exaustas é um tempo muito grande na frente de combate e como eu disse há pouco não se ganham estas guerras apenas na frente de combate estas guerras hoje são tudo guerras híbridas e é preciso percebermos que a Ucrânia neste momento a caminhar para exaustão Professor José Filipe pinto muito obrigada pela análise no gabinete de guerra da Rádio observador Um Bom dia professor um bom dia Bom dia Maria João obrigado e [Música]