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a minha [Música] geração novos e é por isso que recebemos em estúdio um arquiteto que nunca quis ser outra coisa nasceu no porto cresceu entre gondomar e a Invicta e considera que viver no subúrbio filho de pais de classe média foi importante para a formação porque ficou com uma perceção das cidades menos elitista estudou na falp faculdade de arquitetura da Universidade do Porto e sabia pouco ou nada sobre o curso quando lá aterrou depois do curso trabalhou em Basileia na Suíça onde entendeu uma lógica organizada eficiente e rutin mais tarde no Japão em Tóquio com o Sana percebeu que o oposto da Suíça também funciona entre o caus e a beleza em 2013 nasce a coragem com a parceira de uma vida para criar aquele que viria a ser o fala atelier que conta com mais de 50 obras construídas e uma projeção internacional significativa hoje são 10 mais amigos do que colaboradores e recentemente venceram três concursos de habitação pública de grande Dimensão em Almada e Lisboa faz parte do grupo de reflexão do Presidente da República onde tem focado maioritariamente as questões urgentes e emergentes da Habitação Filipe Magalhães muito bem-vindo eu estou muito curiosa o que é que tu tens dito ao presidente Marcelo a este respeito Obrigado pelo convite obrigada por ter aceitado são são conversas essencialmente cada cada cada cada jovem lá está cada cada tem tem um tema de fundo no meu caso será o tema da arquitetura neste momento talvez o tema da Habitação o tema urgente da Habitação pública e essencialmente tenho dado uma uma perspectiva quer dizer que se calhar uma perspectiva pessoal própria mas acaba ser uma perspectiva geracional desse desse tema e quem é que não sou arquitetar isto tudo porque é que enfrentamos esta crise de de habitação e tem que ver com o planeamento urbano tem a ver com a questão da oferta e da procura ou seja não conseguimos em tempo útil compreender as necessidades que viriam Na década seguinte apostamos muito no turismo e bem Não não é não é por ser o turismo não é o problema o turismo foi uma solução durante muito tempo mas efetivamente havia outras apostas que deveriam ter sido feitas e que não foram feitas em tempo útil e agora estamos a correr atrás do prejuízo felizmente aconteceu até esta esta Bazuca que vai trazer muito muito capital Para podermos investir nesse nesses programas especificamente mas é acaba por ser um bocadinho a correr atrás do prejuízo o problema já está lançado portanto estamos a tentar agora compensar P aquilo que no se planeia nos anos anteriores e quais é que podem ser as soluções eh um terramoto como o de 1755 E começamos a planear do zero difícil difícil não acho que não não não não precisamos de cortar com o passado acho que a arquitetura é feita de roturas Não há dúvida mas também é feita de continuidades e neste momento temos cidades perfeitamente planeadas e programadas que podiam facilmente crescer podiam com alguma naturalidade absorver mais habitação pública mais habitação pública e privada não só hh se forem programadas nesse sentido mas se calhar O que é preciso que é uma espécie de consonância entre o setor públicas entidades As instituições é que pode não estar a ser programada da melhor forma a inteligência artificial poderia fazer parte daqui da das soluções a fazer um um levantamento do que é que há para reconstruir e restaurar a questão das casas e desabitadas é uma questão que me mete muita impressão vermos tantas no porto em Lisboa um pouco por toda a paisagem portuguesa vemos casas abandonadas poderiam fazer parte da da solução e e usarmos o levantamento de dados mais mais rigorosos nesse sentido também acho que a inteligência artificial pode ajudar de muitas formas e se calhar se for na no processamento de informação não tenho dúvidas que sim ainda assim se só anda um bocadinho velho acho que a arquitetura é uma disciplina que precisa do aqui do pensamento da da da criatividade humana para para fazer sentido e tenho medo se e estiver errado ou seja se repente os computadores conseguirem substituir agora não tenho dúvidas também que há muito eh espólio que tem que ser medido que tem que ser estudado que tem que ser levantado como como dizias há pouco mas não sei em que medida é que o computador vai conseguir fazê-lo sozinho ou seja uma espécie de Senso automatizado não sei se passa por aí o que pode aparecer Isso sim é a partir do momento que haja uma parametrização de certas soluções porque questões tipológicas questões volumétricas da maneira como os institutos da Habitação tentado a gerir o processo se calhar até era a melhor maneira porque evitavam este desperdício de recursos e de tempo que têm feito nos concursos para procurar sempre a mesma solução e o computador poder fazer isso se a solução passar efetivamente por criar novas soluções e discutirmos verdadeiramente O que são as novas formas de habitar porque o mundo mudou muito nos últimos 50 anos Então se calhar o computador não tem hipótese quais é que são as novas formas de evitar Sim podemos falar de várias coisas podemos falar de tipologias podemos falar dos novos agregados familiares podemos falar da Integração da tecnologia nos nos fogos podemos falar de sustentabilidade e de economia de meios há várias coisas que há 50 anos atrás quando pronto quando Portugal começava esta esta fase da Democracia que vive hoje não se colocavam em cima da mesa e que agora se colocam E é difícil imaginar que uma geração de pessoas que viveu essencialmente Essa realidade e essa transformação e que está agora potencialmente às portas da reforma consiga perceber melhor do que ninguém o que é que a geração que tá agora começar a habitar que está agora a começar a a procurar um lugar no mercado de emprego ou até mesmo ainda nas faculdades em muitos casos a começar uma nova dinâmica familiar precisa quando tu Olhas para esta crise de habitação que está a levar muitos jovens a a perder a esperança em construir uma vida e em Portugal e abandonar o país H vz que as coisas vão mudar em em um ano em dois anos ou vamos continuar em 2025 e com os os mesmos exatos problemas com os preços e que não são para o nosso bolso eh com os taxas de juro aumentar e dando pouca segurança para as poucas pessoas que até pensam eh em comprar assim não é um problema Nacional porque esta é uma discussão que se tivermos com colegas nossos alemães ou colegas nossos franceses ou até Saímos da bolha do mundo ocidental se coloca Eh agora tenho muitas dúvidas não quero sar pessimista mas tenho muitas dúvidas que nos próximos dois ou três anos a coisa mude e se mudar Vai ser para pior porque o fator especulação tem um peso muito maior do que qualquer política que esteja a ser implementada que não são muitas Sinceramente eu tenho um amigo arquiteto muito pessimista que diz quem não conseguir comprar casa até 2030 esqueça que já não vai conseguir é muito pessimista ou até pode fazer algum sentido mas isso não é maravilhoso também as oportunidades que isso queria porque há uns anos atrás era impensável eh propor alguém que comprasse determinado tipo de imóvel na perspetiva de eu transformar em habitação e ao longo dos últimos cinco se anos fizemos vários projetos aliás até der a maioria dos projetos que fizemos foram reabilitações transformações mais do que reabilitações mas não de casinhas românticas da baixa pombalina ou da da baixa do Porto em em casas eh revistas ou revisitadas mas sim a transformação de tipologias como armazéns garagens espaços que nunca teriam sido habitação mas que por Infortúnio ou por falta de Capital acabaram por ter ser e na minha opinião proporcionaram casas porque é isso que elas são atualmente tão melhores mas tão melhores do que as casas ditas tradicionais que se celar nos deviam levar a repensar de que forma é que esta crise porque é uma crise que estamos a viver pode abrir portas para para tantas coisas melhor nós na durante a pandemia os profissionais na Linha da Frente eram os médicos enfermeiros Profissionais de Saúde e nesta crise da Habitação quem é que vês serem os os profissionais na Linha da Frente arquitetos Engenheiros políticos políticos infelizmente porque H há pouco ou nenhuma representação da do estado da arte da arquitetura e do pensamento crítico na nas discussões públicas houve-se muito falar este pacote da Habitação que era uma coisa absolutamente tenebrosa era uma uma espécie de conjunto de clichês e de medidas para encher o olho Mas que não tinha qualquer fundamento de realidade As instituições públicas fazem avaliação e gestão dos imóveis estão paradas em 1970 e qualquer coisa os concursos públicos são geridos por essas instituições essas instituições têm elementos porque as instituições são pessoas essas pessoas estão elas próprias agarradas a uma espécie de uma zona de conforto do universo conhecem portanto enquanto esta gente toda não sair da frente vai ser muito difícil fazer não quero falar em revolução que revolução é uma palavra pesada mas fazer uma evolução ou uma transforma do cenário e como é que a classe de dos Arquitetos olha para para este governo e para a forma como está a gerir esta este problema prente assim a classe dos Arquitetos não sei mas eu posso dizer a minha perspectiva h eu pessoalmente não não sinto que haja neste momento e se carar vou sair fora do meu do meu universo de compreensão eh qualquer tipo de discussão pública ou política sobre o problema não há existe um pacote de medidas e que foi chumbado e agora vamos ver o que é que vai dar o segundo round H que foi essencialmente uma medida populista portanto não não trazia nada de novo não trazia nada de relevante e era essencialmente para dar umas manchetes durante os dias e para distrair h e efetivamente não há discussão concreta sobre os problemas e não não estendo isto só ao governo estendo isto também por exemplo a nossa ordem a nossa ordem tem pouco ou nenhuma influência tem pouco nenhuma relevância teve agora umas eleições e um pouco mais não há interesse público porque há uma uma tentação quase natural de criticar o problema mas de facto quando chega o momento não há disposição de plataformas ou de fóruns onde se onde se possa efetivamente discuti-lo e por isso acabamos todos nesta coisa meio futebolística não é foi penalti ou não foi penalti clubismo Ah para aqui clubismo para ali em que não estamos nunca a discutir o problema estamos sempre a criticar o problema estamos Azer que isto é impossível estamos a dizer que os combustíveis estão sempre a subir estamos sempre numa perspectiva muito pessimista muito Portuguesa no me sentido entenda-se mas não estamos a discutir o problema e como é que o vamos resolver e o que é que se poderia fazer diferente para enfrentar o problema de frente é pá se pegarmos por exemplo no volor que foi pago à Tap no ano passado resolvemos o problema de uma vez só com construção de raiz para uma habitação para toda a gente que fazia a TAP privatizar se h não sei estou a sair fora da minha zona de conforto mas se o Estado tem capacidade para resolver esse problema também tem capar para resolver o problema da Habitação Acho que em primeira instância devia renovar a frota ou seja devia renovar as as entidades As instituições Ou seja é preciso termos gente nova Sangue Novo um espírito um bocadinho mais crítico nas instituições que tão a lidar com o problema não podemos simplesmente estar sempre a dar a mesma resposta porque eu costumo dizer esta esta piada meio a brincar que se um cirurgião fizer 500 operações e for bem sucedido ele é fantástico se um político fizer 500 vezes a mesma política será que ele continua a ser um Fantástico político e nestes concursos públicos que T havido nos últimos dois anos para habitação pública é assustador os resultados são nós ganhamos três num num sistema que eu costumo dizer que é o sistema do Cavalo de Troia não é que é tentar fazer uma coisa a parecer que é outra para conseguir depois em segundo momento abrir o cavalo e iniciar a a revolta mas é assustador pensar que a maior parte dos concursos T que ser ganhos com arquitetura estes concursos que o fal atelier venceu eh São sinal de esperança de que ção pública está vai ser uma prioridade em Portugal não são sinal de que o júri estava distraído porque efetivamente o eram propostas dissimuladas de outra coisa qualquer e nos ganhamos sozinhos ganhamos em colaboração com com o atelia experimental que é um Atel também do porto com quem temos colaborado em vários em vários projetos mas acho que são um sinal de que e para o bem ou para o mal e tá muita gente a não prestar atenção ao problema porque não presta atenção ao problema e depois em segundo momento não prestam atenção às soluções são propostas o que demostra apenas e só indiferença O que é um bocadinho preocupante esta não era a tradição do Atel até agora habitação pública não não não o que é que o que é que faziam e encomenda privada pequena dimensão habitação habitação coletiva pequena habitação unifamiliar trabalhar nos subúrbios ou seja trabalhar noutra realidade completamente diferente mas ao longo já temos 10 anos de prática portanto sempre nos interessamos pelo concurso público fomos experimentando aqui ali mas sem ser um foco principal e no último ano foi uma estratégia deliberada mas é bastante diferente agora o mercado em que vão entrar curiosamente não tá a parecer assim tão diferente Quanto isso na realidade quer dizer inicialmente e como como como pto de partida sim e são escalas diferentes é um cliente público que é muito diferente do cliente privado para quem que se vão vai destinar as as habitações que vão criar são habitações de custo controlado ou seja com rendas acessíveis e por candidatura por por aplicação mas serão essencialmente para famílias de classe média classe média baixa exato porque esta crise da Habitação está a afetar sobretudo classe média eh tá a afetar um bocadinho toda a gente mas eu diria a classe média e classe baixa estão a ser as principais afetadas ainda que se note mais na classe média que neste momento está a tender a desaparecer porque os os preços basicamente esmagam a classe baixa a classe média começa a ser cada vez mais baixa e a classe alta Não não é tidda nem achada nesta conf e classe alta classe alta e os estrangeiros com endinheirados que vêm para Portugal é um mercado que te interessa também a nível de arquitetura É sim claro que sim é um mercado maravilhoso porque é o oposto de tudo isto é a possibilidade de fazer determinado tipo de projetos que se calhar na habitação pública NC faríamos e na pequena encomenda privada também não e e não são inimigos eles não são o problema o problema não são esses esses 0,11% não consegue competir sequer com com esse mercado Sim estão completamente isolados e até permitem se calhar descobrirmos certas coisas que sem eles não conseguiríamos não conseguiríamos descobrir agora o problema é como é que nós vamos resolver em primeira instância ou estancar o problema da classe média porque vai ser esmagada rapidamente nos temas da Habitação e depois perceber também porque nos podemos esquecer disso como é que a classe baixa pode subir um bocadinho mais na na escada social olha e como é que o Estado o governo tem olhado para a ordem dos Arquitetos sabemos que um em cada cinco arquitetos recebe perto ou abaixo do salário mínimo é um uma área precária eu acho que sim é porque ainda há uma uma tradição muito infeliz Neste País de fazer portfólio não é os os alunos acabam o curso e depois vão fazer portfólio e vão gerir currículo gerar currículo vão vão à experiência vão vão vão vão e a ordem apesar de ter criado alguns mecanismos de obrigatoriedade de estágio e de criar algumas condições mínimas na prática O problema não é gerido nem é resolvido pela ordem é resolvido Por Toda Uma classe de de arquitetos muito mais velhos que viveram na ideia de que o starving Artist não é aquela aquela figura que vai ficar ali 5 10 anos a penar faz parte do processo que nós temos de aprender com com o mestre e temos ficar debaixo do mestre muito tempo mas acho que nas novas práticas nas práticas mais jovens isso já se está a ultrapassar acho que já se Conseguiu dar um passo bem bem afirmativo ou seja práticas que fazem muito menos honorários e tê menos capacidade para pagar pagam melhor do que as práticas mais estabelecidas e tem uma capacidade de geração e de de relação eh horizontal umas com as outras que depois também permite pagar certos serviços e ter cer as mordomias eh como grupo Mas o problema começa acima de tudo numa geração mais velha que não conseguiu sair dos anos 60 e achar que aquilo era normal isto contrasta grandemente com a exigência do curso e tu és o primeiro arquiteto desta Temporada aqui na na RTP mas eu tenho muitos amigos arquitetos e lembro-me bem ao longo do curso as noitadas as diretas para projeto a quantidade de disciplinas diferentes é um curso realmente rico em termos de de cultura geral h o que é que faz um um um arquiteto eu não sabia por exemplo que um arquiteto eh montava exposições em museus no mato vocês agora tem um projeto que estão Sim estamos estamos a montar uma agora mesmo fazem peças de teatro também é muito curioso pensar onde é que o trabalho de arquitetura pode chegar sim a arquitetura tem muitas formas é hoje em dia fala-se muito da multidisciplinaridade que é assim uma palavra muito grande e muito comprida que eu acho que ninguém percebe muito bem o que é que é mas efetivamente um arquiteto se pensa espaço e se tudo é espaço ou seja se todos estamos em algum tipo de espaço acaba por ter muitas possibilidades porque também fala de composição também fala de legislação também fala de Economia ou seja o arquiteto acaba por ser uma espécie de eh competente incompetente porque não faz nada até oo limite assim uma espécie de um eh como é que V dizer de um de quem está à frente de uma orquestra mas que não toca nenhum instrumento e acaba por ter que saber um bocadinho de tudo sem ter que saber exatamente a fundo rigorosamente nada mas é preciso ter essa noção de qual é o instrumento tá ligeiramente desafinado para conseguir rapidamente equilibrar a a proposta como um todo e tu está sempre a pensar em espaço assim que chegaste este estúdio pensaste disseste-me não isto o som está totalmente isolado não consigo ouvir nada estavas aqui sozinho a avaliar o espaço envolvente é é maravilhoso porque eu entrei nesta sala e eu vi o meu coração a bater quer dizer Este esta ideia da acústica é mas nem Penso tanto no espaço nessa nessa noção mais técnica mais quer dizer aqui neste caso foi foi engraçado mas foi só isso mas a ideia do espaço ah ou dos edifícios ou das volumetrias ou do modo como fazemos cidades ou como e pá eu acho que é uma responsabilidade enorme quando alguém venta connosco e diz olha tenho esta quantidade de dinheiro vão-me reformar para o ano e quero fazer uma casa para a minha reforma ou quando alguém vem ter e diz ó pá estou a começar a a trabalhar consegui um empréstimo deste tamanho preciso fazer uma casa para os próximos 30 anos ou vou ter o meu segundo filho tem que aumentar a minha casa as pessoas vêm ter connosco uma confiança total em nós ou seja eles ficam completamente despidos não é completamente eh sujeitos ao que nós viermos a fazer e o nosso papel nesse momento é de uma responsabilidade tremenda porque mais do que termos que gerir aquele capital mais do que termos de responder à lei mais do que termos de de alguma forma cumprir uma s uma série de protocolos urbanos sociais políticos nós temos dar uma casa à aquelas pessoas portanto seja na habitação pública seja na habitação privada isso abre para nós um um é uma responsabilidade muito grande e dá-nos um gozo enorme perceber depois passar uns anos voltar às habitações e ver a casa completamente transformada Como é que os Miúdos adaptaram aquele espaço na sala debaixo da escada como é que como é que a casa foi mobilada remobilização uma oportunidade fazer uma pergunta e depois ter algum tempo para ir à procura de uma resposta e a pergunta que eu tentei fazer foi por qual é o nosso papel enquanto arquitetos somos autores somos prestadores de serviços somos artistas o que que o que é que que andamos aqui a fazer e estou a tirar a oportunidade da da do doutoramento para acho que não vou chegar a conclusão nenhuma mas pelo menos para ter um bocadinho mais de de fundamento quando quiser argumentar a favor ou contra alguma destas perspetivas sim e o fal atelier nunca trabalhou e nem estagiou com nenhum atelier ou arquiteto em Portugal porquê Ainda bem que não fizemos que é um alí para ti eh porque permitiu manter-te uma distância saudável da cena Nacional O que é que te repele na na cena Nacional a cena Nacional tem dois monstros sagrados Intocáveis e que são o alvar sis e o Eduard Sour e o problema são referências totais e completas principalmente o arquiteto Cisa para nós é é qualquer coisa de extraordinário mas tem pouco mais depois disso tem alguns arquitetos relativamente interessantes algumas obras relativamente relevantes mas tem pouco ou nenhuma consciência da sua posição a nível internacion naal ou seja nós atravessamos vilá Formosa E quando vamos a uma panal Quando vamos a uma exposição e ouvimos e percebemos a nossa perspectiva ou a perspectiva de Portugal a partir de fora é uma perspectiva um bocadinho Rural ainda mas continuamos cá dentro achar que somos os maios da nossa aldeia portanto H assim uma espécie de conflito de de perceções e porque tivemos o azar ou a sorte de começar lá fora e não de começar cá começamos por ouvir essa perspectiva antes de ouvir a perspectiva que que é ISO cultivo isto começa na primeiramente na ida para a Suíça na Suíça primeiro depois no Japão Mas acima deo Porque nessa fase somos muito novos portanto estamos a estagiar estamos a a colaborar como Junior architect portant estamos em posições muito jovens e com uma sede enorme portanto estamos a trabalhar horas mais e tentar essa coisa toda dos clichês das que a faculdade nos nos nos nos incute mas estamos a absorver portanto cada dia no escritório lá dava-nos sei lá uma semana de aulas no no porto por exemplo muitas referências muita coisa nova Ah mas depois mais tarde quando fomos às bienais e quando participamos ativamente Nas bionis Ou seja quando não é quandoas vamos visitar quando as vamos Quando vamos participar Quando vamos produzir conteúdo quando fazemos uma monografia quando publicamos um projeto quando somos obrigados a apresentá-lo por exemplo numa conferência ou seja isso obriga-nos a criar uma série de de relações e contrastes entre o que já foi feito o que dissemos o ano passado o que estamos a dizer agora ou seja obriga-nos a manter uma certa frescura de pensamento Hum e depois vamos ver lá está essa tal geração com quem nunca trabalhamos e a frescura de pensamento é mesma há 20 tal anos portanto já não está muito fresca já tá um bocado com ofo e depois desta experiência na Suíça e no Japão não houve vontade de não voltar a Portugal por voltar não na Suíça Definitivamente não ia lá ficar mas no Japão se as condições económicas fossem outras então dá-nos um capítulo sobre a Suíça e um capítulo sobre o Japão sim a Suíça é um país maravilhoso é uma espécie de El Dourado para se fazer arquitetura porque tem condições económicas condições políticas tem um respeito pela figura do arquiteto Oh pá sim sim maravilhoso tudo tudo na Suíça é feito para a arquitetura ser é fantástica mas viver na Suíça não a mim pessoalmente não não me fascinou foi uma vida um bocadinho normal casa trabalho trabalho casa não havia uma uma espetacularidade por além no Japão ir comprar um pacote leito ao supermercado era uma aventura quer dizer qualquer coisa que se faça diz logo que não sabias ler as placas e nem que soubesse aquilo tudo lá era Espetacular viver numa cása de 8 m quados Eu costumo dizer que a Analisa vivemos lá durante um ano e foi melhorando da nossa vida como assim viver uma cápsula viver uma cápsula literalmente num cápsula de 1972 do do quich Cocal no meio de Tóquio uma coisinha parecia uma máquina de lavar quem for à net ver as imagens são muito engraçadas desse projeto foi desconstruído não eh demolido desmontado Talvez o ano passado portanto já não existe e fomos os primeiros estrangeiros da Mor lá portanto tivemos a oportunidade fazer uma série de artigos e de refletir sobre o que era morar ali mas tudo no Japão mesmo essa experiência mais extrema as experiências mais normais trabalhar perceber como é que funcionam as dinâmicas sociais era Espetacular só que tudo que é bom acaba um dia não é e um dia Voltamos para cá Portugal regressamos e até juntares a coragem para começar o fala por acaso não por acaso é uma história engraçada começamos O atelier no Japão sim um dia estávamos a fazer analise eu estava na faculdade de Tóquio estava a trabalhar no com E estávamos a fazer um projeto já acho na altura não era no WhatsApp mas seria no Messenger ou qualquer coisa do G trocar umas imagens e a da altura tivemos uma conversa sobre nós temos isto tem isto tem que passar a ser qualquer coisa isto tem que ter um nome e começamos no no Japão demos o nome no Japão criamos aquela aquela identidade meio meio abstrata e a identidade definiu porque tínhamos uma página de Facebook pronto era isso e começamos a existir como tal com a Ana Luísa que já aqui mencionaste algumas vezes atravessaste o sudeste asiático com Imigrantes Ilegais Como assim é verdade nós compramos um guia da Planet mas não Lemos certas partes e Devíamos ter apanhado uma determinada um determinado Comboio mas não apanhamos então apanhamos a camioneta que tinha a seguir que era usada para rotas de imigração ilegal de imigrantes do mianmar com Malta do sei lá do do exército entrar pelos autocarros adentro e mandar toda a gente cá para fora metralhadoras apontadas portanto foi uma no final não foi nada mas foi um dia bem passado foi assim uma história uma história sim e voltaste para um país mais seguro Portugal não é sem sem metralhadoras assim à à vista e além de de avançar com fala também a tornaste professor de arquitetura Como é que vai o ensino da arquitetura em Portugal fazes parte daqueles professores que quase exigem diretas aos alunos como é que Olhas para os alunos vêm e entusiasmados e sabem o que é que os espera depois no fim em relação ao mercado precário pessoalmente quando comecei a dar aulas não fazer ideia do que é que isso i como é que isso ia funcionar Mas gostei imenso já sou professor há 8 anos e fui em Portugal também já fui no Canadá no em Itália na Suíça portanto já fui sendo em vários sítios e e eu Ana luí o amed Aler portanto toda a gente no escritório Já teve alguma experiência dein de ensino Teve teve tem e frequentemente h e adoro porque acho que é fundamental para a prática ter o ensino a refrescar e obrigar-se a uma espécie de autoquestionamento e o ensino a ter a prática também a forçar O mesmo tipo de autocrítica e agora a pergunta que estava aí no meio dessa pergunta que é sobre as escolas as escolas em Portugal estão ó Deus Dará porque essencialmente por serem escolas tendencialmente públicas as melhores escolas são escolas que têm uma espécie de proteção de progressão de carreira ou seja quem lá fica fica até até não ficar até não poder ficar mais e essencialmente os professores são os mesmos há 20 30 40 anos o que é assustador porque os programas são os mesmos as escolas são as mesmas e depois também dá origem a tal situação da reputação e dess desses mitos que se criam por exemplo no nosso escritório trabalhamos as 9 à 6 e me segunda a sexta parece-nos saudável parece-nos e agora Já começamos a ter pessoal que não trabalh um dia por semana Já começamos a ter os teletrabalhador mas há ainda uma uma ideia errada de que para ser um arquiteto temos que sofrer na pele as noitadas as diretas essa coisa toda que é muito imposta por essa mentalidade de outro tempo e de uma certa falta de adaptação Ao que se passa agora mas acho que as escolas precisam urgentemente de renovar a frota E porque é que não está a acontecer isso parece-me que é um bocado não é só um problema da arquitetura um problema da academia em Portugal é é em Direito acontece o mesmo se falarmos no no nas melhores escolas do mundo neste momento e seriam por exemplo zoric mendrisio Harvard o princípio h do que acontece nessas escolas é que os professores são obrigados dois em dois anos a rodar ou seja de dois em dois anos temos que trazer o que quer que seja que está a acontecer lá fora e obrigar a escola a reinventar-se e mais do que isso são escolas têm modelo de estúdio ou seja cada professor ensina uma coisa diferente um ensina Amarelo outro ensina vermelho outro ensina Azul outro ensina verde e depois os alunos como acabam por fazer percursos de C se 10 destes professores no final são criaturas Críticas não é porque acabaram por ver muita gente a dizer o oposto mas das outras e acabam por ter que se colocar e posicionar neste neste espectro em Portugal as escolas são tendencialmente réplicas mais ou menos gastas da escola do Porto porque a escola do porto er uma coisa maravilhosa há muito tempo atrás ainda vive dessa dessa reputação e o que acaba por acontecer é que o programa é sempre o mesmo as soluções são sempre as mesmas há uma espécie de ideia de Isto é o que se faz é assim que se deve fazer e poucos são aqueles que depois quando saem cá para fora conseguem encontrar uma alternativa um caminho uma uma posição lhes permite ser outra coisa Qualquer porque H uma espécie de status qu que diz é assim que se faz e quem não faz assim está errado que é profundamente erróneo sim por falar em universidades internacionais a Rice University em Houston eh Galardo o vosso atelier com a Spotlight Awards em 2020 a que é que se deve essencialmente a Rice University na na na nos Estados Unidos é uma das mais arquitetura do do país e é uma faculdade que tem também essa tendência para se querer Reinventar regularmente principalmente porque está no centro dos Estados Unidos Portanto tá numa zona geograficamente mais mais difícil mais limitada tem alguma dificuldade em atrair para lá os melhores professores então crii uma série de programas e protocolos entre eles o Spotlight award que tenta de alguma forma trazer como o nome indica o Spotlight o foco para para esse pensamento que eles têm que eles têm lá e ao longo dos anos houve vários arquitetos maravilhosos que tiveram que tiveram o prémio os peson ren o su fugimoto ensemble Studio e nós tivemos a sorte de ter esse prémio três dias antes dos Estados Unidos fecharem por causa do covid portanto conseguimos sair de lá eh com o prémio na mão mas h t gente antes do das Fronteiras fecharem tu tens um um irmão que é arquiteta paisagista qual é qual é a diferença entre arquitetura e arquitetura paisagista uma boa pergunta se calhar não há assim muita diferença mas tendencialmente o que acontece é que nós trabalhamos o edifício e o seu interior e ele começa on nós paramos ou seja ele começa a partir da soleira para lá o espaço exterior e a ideia de que eh digamos o espaço exterior ou o jardim é uma espécie de uma sala sem Tet não é ele trabalho essas salas essas salas sem teto e dá-nos muito conhecimento que nós não conseguiríamos ter porque primeiro é um lado também muito diferente do nosso se calhar nós falamos de acústica ele fala de botânica talvez Ah mas há uma uma um entendimento das estações e de uma certa ideia de tempo que também é diferente a nosso o nosso tempo é inverno e verão o tempo dele se calhar é muito mais muito mais extenso porque tem flores porque tem fruta porque tem folhas que caem porque tem essas coisas todas e acaba por sero muito saudável mas não só com ele ou seja com o João é isso é ótimo nessa perspectiva mas a arquitetura Como dizia o bocadinho naquela posição do maestro que tá numa posição Central Entre várias coisas é ótimo para nós poder lidar com engenheiro estrutural poder lidar com alguém que trabalha com hidráulicas com eletricidade ou seja há uma série de coisas que compõe este Edifício que tá à nossa volta das quais nós percebemos muito pouco mas muita gente percebe muito então acabamos estar sempre numa posição de cruzamento de informação e os arquitetos e os engenheiros dão-se bem eu acho que sim quando tem em tempo dizia-se que estavam mal por causa das assinaturas dos projetos quanta melhor como é que vai a relação hoje em dia eu acho que não há eu acho que H um do outro eu acho que não é mal e aqui vou dizer uma coisa que vou ser Vou ser vou ser muito polémico principalmente para os arquitetos acho há mal nenhum nos Engenheiros assinarem os projetos porque 99% dos Arquitetos que assinam projetos não fazem nada de jeito portanto não há mal nenhum em haver mais pessoas que não o fazem porque o que vai acontecer é que o mercado porque é o mercado que está na causa disto vai acabar por encontrar uma solução para suprimir esse problema quanto menos seja empresas de construção que metem um miúdo qualquer recém licenciada ass aos projetos é um arquiteto mas na prática a empresa de construção que eu está a fazer se isso levar que haja melhor arquitetura eu não acho que por termos um diploma em arquitetura Somos melhores arquitetos e não acho e acho que há muita gente que não tem o diploma não paga as cotas portanto teoric não está inscrito noord logo Teoricamente não é arquiteto que não possa ser arquiteto por isso portanto se calhar aqui uma uma questão de definições um bocadinho vaga eu acho que se alguém conseguir fazer um bom projeto não vejo problema nenhum em poder assin não e a arquitetura também deve e pode estar envolvida em desígnios como as alterações climáticas não pode tem e essa é outra das questões que também tá a ter muita dificuldade em entrar no nosso cenário porque não há a perceção da relevância e da importância desse problema e de várias formas seja na questão da sustentabilidade que aqui continua a ser uma cois coisa regulamentada mas pouco entendida seja na questão da economia de meios ou seja como construir mais com menos ou seja como compreender o que temos porque reabilitar e na realidade é maner umas fechadas e fazer uns edifícios Mega complexos atrás é exatamente o contrasenso é o contraponto disto não é disso que estamos a falar e há muito pensamento crítico e muita discussão sobre sobre o assunto que podia ajudar Definitivamente a não digo a resolver todos os problemas mas a ajudar a Mas de que forma é que arquitetura pode ser um alado da da das alterações climáticas eh é na questão dos materiais optar por materiais mais amigos do ambiente assim o ato de construir é um ato muito violento ou seja demora muito tempo seja na parte administrativa logística primeiro seja depois na construção em si quem vir uma parede de tijolo a ser construída percebe essa violência ou seja o tempo que demora o tipo de de recursos humanos que exige o tipo de força que que acarreta eh e tem algumas dúvidas eh para não ter certezas que os materiais que nós usamos atualmente provavelmente neste momento neste espaço e tempo são os materiais corretos Mas se nós conseguimos construir mais com menos ou seja se nós conseguirmos construir por exemplo nos temas da Habitação pública isso é muito interessante construir menos elementos construtivos ter espaços mais abertos ter algum tipo de ventilação cruzada iluminação em duas orientações conseguir certas qualidades que parecem proibidas Porque não são aquilo que se fazia lá está nos anos 70 nos anos 80 portanto H dificuldade em entrar Nós podemos ser sustentáveis Ou pelo menos mais saudáveis do que somos atualmente fazendo menos gastando menos e dando qualidades que são inequivocamente contemporâneas a estes apartamentos mas por algum motivo continua a ter dificuldade em Ah porque uma casa tem que ter um ó e tem que ter um corredor dos quartos sei lá este gente de clichês que já já não fazem sentido aproveitar que estamos a falar de construir eh construir é precisamente uma das soluções apontadas para para esta crise de habitação construir construir construir vês Portugal preparado para para estas empreitadas de construção daquilo que vais lendo Há muitas obras em curso para 2024 por exemplo Há muitas obras de pequena dimensão porque as obras de pequena dimensão quem as queria fazer vai continuar a fazê-las não foi o covid que parou portanto também não vai ser esta subida dos preços que eu vai fazer na encomenda pública Eu acho que o estado e principalmente com estes Fundos europeus que só estão a gastar uma percentagem ínfima ão o o que tá destinado de fundos europeus para a habitação pública é isto e tá a ser gasto apenas isto portanto há condições para isso mas é preciso mais recursos humanos para que as entidades que estão a gerir estes processos tenham capacidade de gastar o dinheiro parece um bocado irónico nãoé ou seja pela primeira vez temos dinheiro entrar noos pela janela e não temos maneira de o gastar porque não sabemos muito bem como como fazer e no quando tu Olhas para o espaço público não enquanto arquiteto mas o espaço mediático a televisão jornais rádios H quem é que tu vês mais empenhado nesta questão da da Habitação a falar mais claramente e com mais vontade de efetivamente eh levar as coisas para a frente uma pergunta difícil não me tá a passar ninguém pela cabeça Isso é uma sinal assim o que acontece muito à porta fechada quando ninguém está a ouvir nos ateles há muita discussão sobre isso há muita discussão porque quase toda a gente tem noção de como estes concursos estou a falar especificamente dos concursos do Instituto e Reabilitação Urbana dos últimos anos foram geridos em em empreitada mas sem qualquer nexo e sem qualquer visão política do da mais valia deles e vamos todos falando entre nós todos temos a mesma opinião estamos todos mais ou menos em sintonia mas depois no final há sempre alguém que faz um projeto ainda pior e consegue vencer o concurso e depois as outras pessoas acabam a ficar um bocado afetadas psicologicamente por isso então acabam também a fazer um mau projeto para tentar ganhar e quem perde com isto tudo é em limite o habitante que vai ter piores apartamentos o Instituto da Habitação que vai ter mais problemas a longo prazo de manutenção e estão destes mesmos H Imóveis ó pá e o país como como um todo porque não tá a construir não tá a aproveitar esta oportunidade única com financiamento quase dado de bandeja para fazer qualquer coisa que lhe permitisse Não não vou dizer saltar para o nível do oric mas pelo menos aproximar reduzir a distância olha e explica-me uma coisa Filipe Magalhães como é que tu nos se anos de faculdade raramente usaste a internet não havia era outro tempo era outro tempo eu tive um telemóvel que tirava fotografias quando fui para o Japão em 2012 eu não tinha telefone que tirasse fotografias era uma coisa no não sei pois é diferente os Teus alunos chegam a mexer no chat GPT e fazer-lhes todas as perguntas e mais algumas se calhar o chat GPT já faz projeto eu nós temos alunos que nós dizemos pá para a próxima aula tenho que fazer determinada tarefa e o computador consegue fazer coisas maravilhosas Eu trabalho com computador todos os dias não quero soar octagen arrio mas o o o computador hoje a internet permite coisas que antigamente eram antigamente há 10 anos atrás eram impensáveis portanto eu estou curioso para perceber onde é que vai daqui a 10 anos mais portanto a questão da Inteligência Artificial também é um tema também também importante mas é verdade que hoje os alunos já nascem com um telemóvel na mão ou seja nós damos um iPhone ou um iPad ou um miúdo qualquer de 3 anos ele já consegue rapidamente H certas há certas ferramentas H há certas portas que se desbloqueiam mais cedo portanto é natural que eles sejam capazes de ser uma espécie de pianistas do AutoCAD e do Photoshop que nós não nós não somos mas é importante também compensar isso depois com uma um conjunto de referências e de conhecimento disciplinar que depois consiga compensar uma coisa com a outro porque saber carregar nas teclas mas não fazer ideia do que é que estamos a fazer não conseguir compor uma melodia também não tem interesse nenhum inteligência artificial está a revolucionar também a arquitetura Como está a revolucionar tantas outras áreas Tá tá useres todos os dias no Atelier não Inteligência Artificial não usamos mas quer dizer Inteligência Artificial um computador será Tecnicamente Inteligência Artificial mas não nesse sentido no sentido do presente da da definição Não mas eh percebemos que acaba por ser uma inevitabilidade porque atualmente quer dizer podemos fazer a pergunta ao contrário quer dizer em Portugal não estamos a entregar licenciamento sem papel que temos que ir de propósito a Santa Cruz do Bispo entregar e assinar um papelinho quando já tudo acontece online h não todos os municípios entenda-se alguns que são online outros que não são Ainda temos avaliações de projeto a demorar 6 meses Ainda temos uma série de procedimentos podam ser drasticamente simplificados H mas também do outro lado temos a discussão dizer a inteligência artificial vem aí e vai tomar conta disto tudo eu acho que há aqui um problema de tempos eu não sei se o tempo da dos agentes municipais e o tempo da Inteligência Artificial quando eles colidirem O que é que vai dar porque apesar de tudo Acho que esta força da gravidade que são esta força da natureza que são os os os agentes municipais vai prevalecer usas o chpt para lhes fazeres questões como eu uso Tod todos os dias e a maior parte das pessoas agora anda um pouco a a tentar alimentar pensamentos um bocado isolados que nos aparecem ter ter uma resposta imediata és vees o às vezes quando estou no comboio a fazer um Porto Lisboa paraar as aulas gosto tipo aos chat GPT fazer conversas absolutamente aleatórias e e não tem que ver com a arquitetura Não não eu acho que é maravilhoso isso eu acho que uma pessoa pode ter uma conversa sobre qualquer assunto completamente aleatório e o chat GPT tem uma opinião para nos dar olha e nunca lhe perguntaste por exemplo quais são os maiores desafios da arquitetura a no mundo que é o que eu te quero perguntar a ti não no mundo mas em Portugal quais é que achas que são os maiores desafios que Portugal enfrenta a nível da arquitetura assim em primeira instância e assim o tema mais urgente mais emergente acaba por ser o tema da Habitação e de como controlar e o valor das habitações das rendas ou seja como controlar o custo de viver ou seja como controlar o custo de habitar é cada vez mais difícil alguém com 25 anos ter casa própria é difícil portanto esse seria com 30 com 35 em Portugal sai aos 32 anos de caso dos Pais é média portanto imagina o que é que nós podemos aprender tem todr os países com que que sejam exemplos de que de alguma forma possamos com quem possamos aprender sim eu acho que essa questão também ultrapassa ou melhor extravasa o tema da Habitação e acaba por tocar também no tema da da realidade salarial do país quer dizer a média salarial do país é neste momento se calhar 1/3 ou 1/4 de certos países que têm o mesmo problema mas nos quais habitar não custa tanto como custa aqui à proporção ou seja não sei tenho tenho dificuldade em perceber como é que se vai resolver esse problema no curto prazo tem a tem quase a certeza absoluta que vai passar pela construção de mais habitação ou pela transformação das habitações existentes mas também temos um problema de recimento da população que não está a conseguir compensar essas essas diferenças não sei há aqui muita coisa que se mura e no que toca à construção é as longas demoras Porque mesmo quem tem muito dinheiro fica anos à espera de ver e uma casa um prédio ser construído Esso é pronto isso também é uma batalha diária não é que queira construir uma casa e ter que esperar 3 anos para a ter não pelo trê anos de idade estás a ser otimista ou não nós somos muito eficientes nossos escritório nós somos muit não fala mas não será esse estou aproveitar o momento para fazer publicidade não não acho que há uma há uma condição que é aquele ano da construção uma casa normalmente demora um ano a ser construída mais coisa ou menos coisa e essa tal geração mais antiga de arquitetos continua a celebrar a ideia com projeto Tem que demorar três ou quatro anos para ser um bom projeto eu acho que não um bom projeto a boa arquitetura faz S se for o caso em três semanas depois é preciso ter a capacidade técnica o de de orçamento e de cliente e de câmara para conseguir executar mas a arquitetura é fácil a arquitetura é muito fácil SOS bons arquitetos O que é difícil depois é levá-la até até tangibilidade da construção mas não sei em Tóquio viveu numa cápsula e escreveu sobre a experiência entre artigos e Exposições atualmente este Porto benfiquista é professor de arquitetura em Lisboa e Milão e desde 2015 deu aulas em Várias escolas europeias tais como Monique li ou Paris quem o conhece diz que é muito comunicativo dá conferências íve e tem uma obsessão por escrever em minúsculas já teve a oportunidade de apresentar o trabalho do fala atelier presencialmente em conferências em Nova Yorque Chicago Bruxelas Londres Tóquio e um pouco por todo o mundo escreve regularmente para revistas académicas e para publicações de Arquitetura em 2020 começou o doutoramento na faup com uma investigação centrada na ideia do arquiteto enquanto autor e da arquitetura enquanto arte a maior obra está para vir em março de 2024 vai nascer a primeira filha a pequena Maria fruto de um relacionamento Ino pesso e profissional com a companheira teve várias aventuras desde percorrer a Europa de carro com amigos até atravessar o sudeste asiático com Imigrantes Ilegais do mianmar nós aqui estaremos para ver tudo o que está ainda por arquitetar nomeadamente no que a habitação pública diz respeito e agradecemos ao Filipe Magalhães pela última hora de conversa na antena 3v Obrigada [Música] obg h