Vídeo: Erros? “Israel tem de parar de os cometer”

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[Música] está aberto o gabinete de guerra na rádio observadora sou Miguel Cordeiro e vou conversar nos próximos minutos sobre os conflitos em curso tanto na Ucrânia como no médio Oriente vou conversar com o historiador Bruno Cardoso Reis e começamos com a visita de Zé alens que é a península ibérica está hoje em Espanha para amanhã há uma visita a Portugal mas hoje Bruno já foi assinado um acordo bilateral entre Ucrânia e Espanha 10000 milhões de euros de apoio militar o que nos diz este acordo e a posição de Espanha também com o envio de mísseis o envio de carros de guerra O que diz este acordo que Pedro Sanchez descreve como histórico sim eh Boa tarde realmente é um acordo histórico no sentido que é o maior programa de ajuda a um estado terceiro de ajuda Militar da história de Espanha portanto é realmente nesse nesse sentido um acordo histórico H havia alguns aspectos que ainda não eram absolutamente Claros mas ent tanto foram ficando portanto a partir desta Promessa de 1.00 milhões será já para o ano 2024 portanto para os próximos se meses e o acordo eh prevê a continuação desse apoio até 2027 num total de mais de 5000 milhões de de euros portanto é realmente um um apoio muito significativo H com equipamento também muito importante mais 20 carros de combate para já leopar eh veículos blindados de transporte tropas drones H mecanismos também anti-drone munições munições de artilharia portanto é realmente um um acordo muito significativo e e e e de facto significa que a Espanha por um lado quis aqui um pouco recuperar terreno porque realmente tem todos os em todas as análises aparecia sempre como o país europeu de alguma dimensão eh como a indústria de com alguma expressão que dava menos apoio à Ucrânia os últimos números que eu vi davam por exemplo a Itália com 1000 milhões eh a Espanha com 300 milhões portanto realmente era um valor baixo eh e portanto Houve aqui essa essa mudança em linha com aquilo que Sanchez disse explicou parece-me que aí temos de Acreditar nele ou seja esta ideia de um compromisso com a defesa da do direito internacional eh da carta das Nações Unidas no fundo fazer pagar e uma potência agressiva Imperial expansionista o preço dessa agressão e também passar esta mensagem muito importante que eh a Europa não vai deixar cair e a Ucrânia que a Europa percebe que para defender a paz e a liberdade no resto da Europa a Ucrânia é fundamental é fundamental travar esta eh esta Rússia muito agressiva de Putin eh e eh e que mesmo países mais afastados digamos da Linha da Frente como é o caso da Espanha estão cientes dessa dessa realidade da importância do papel crucial que Ucrânia está aqui a ter e portanto que estarão dispostos a continuar esse apoio a a prazo eh sendo que eh eh Este é um compromisso do atual governo espanhol mas apesar de todas as tensões polarização divisões em termos de política interna e externa em Espanha nadamente entre o pso e o partido que está atualmente no governo e o e o PP o partido centro direita eh do Alberto Feijó que está na Oposição a respeito desta questão realmente há eh H convergência há um apoio bastante consensual em em Espanha a a Ucrânia foi anunciado também por Paulo Rangel que vai ser assinado um acordo bilateral também a abranger os próximos 10 anos nessa visita de zelens que amanhã Portugal deve acontecer durante a tarde zelens recebeu hoje boas notícias de Espanha assinatura deste acordo bilateral mas dirica melhor notícia que zelenski pode ter recebido hoje é a autorização dada pela Nato para atacar a Rússia com armas dos Aliados e algo que zelenski tem vido a pedir há há muito tempo foi hoje aprovado que importância tem esta autorização da da Nato Bruno bem para já o que no fundo foi foi uma decisão ou ou melhor foi uma recomendação da Assembleia parlamentar da Nato é um órgão bastante importante mas não é um órgão digamos e que cujas decisões sejam sejam vinculativas no fundo é um órgão consultivo reúne deputados geralmente ligados às áreas da Defesa às comissões de defesa dos dos dos países membros e portanto são deputados por regras bastante influentes e comissões com bastante influência Portugal talvez até é daqueles em que essa comissão de defesa tem menos peso mas nos no congresso americano no Parlamento britânico ou francês são comissões muito prestigiadas e com muito peso e portanto eu acho que é relevante mas ainda não é a decisão definitiva e sobretudo e no fundo temos aqui uma questão que é vários desses países já autorizaram isso ou seja a grã-bretanha é um exemplo ou ou a Polónia mas por exemplo os Estados Unidos e sobretudo os Estados Unidos ainda não autorizaram a administração Americana a presidência ainda não deu esse passo eh parece-me haver aqui uma pressão crescente e e esta esta decisão é mais um é mais um passo é mais uma uma forma de pressão importante eh e portanto eh Há especulação até nos órgãos de comunicação geralmente bem informados nos Estados Unidos que poderá estar iminente uma mudança dessa posição americana Mas essa é que era realmente a decisão fundamental ou seja tinha de ser aqui o presidente biden realmente a dar esse passo porque sabemos que eh é Sobretudo o equipamento militar americano que aqui fará a diferença que tem essa Cap cidade não utilizada e e portanto E para isso aí de facto não há substituto para a decisão da da administração americana do presidente biden no conflito na faixa de gasa bombardeamento em rafá muito noticiado hoje Israel garante que fez um ataque cirúrgico e recusa ter atingido uma zona humanitária certo é que temos já várias vítimas uma grande destruição bombardeamentos que aconteceram durante as últimas horas e o que é que já sabemos deste incidente no meio de todas as informações têm surgido dos dois lados do conflito bem sabemos que foi uma uma Retaliação em relação a um ataque com com foguetes contra a principal cidade de Israel por parte do amas esse esse ataque não teve consequências porque sabemos que Israel tem um sistema de defesa Antia bastante eficaz agora obviamente o facto de Israel dizer que é em Retaliação esse ataque e até dizer e reclamar que no fundo foram atingidos alvos militares do hamas que haveria ali instalações do hamas l do h mais eh isso não não permite tudo não é portanto não eh tem de se ponderar sempre Qual é a possibilidade de causar mortes civis Israel diz que verificou eh verificou a a a zona que tinha informações nesse sentido mas claramente isso falhou e aliás tanto falhou que o próprio primeiro ministro Nataniel que não é propriamente digamos uma pomba veem reconhecer que houve aqui um erro e as palavras que ele usou Foi um erro trágico eh e portanto eh Há claramente uma um número de mortes civis que não são aceitáveis eh num campo de refugiados portanto pessoas que já foram forçadas a deslocar-se para zonas que supostamente eram mais seguras não houve nenhum tipo de pré-aviso para se retirarem desta desta zona e portanto realmente e Israel tá aqui a não só a cometer aparentemente um crime de guerra mas eu diria algo ainda Pior que é cometer um erro político e estratégico gravo ou seja numa situação em que Israel já está sob uma pressão internacional enorme H em que h sinais crescentes da de impaciência da parte de uma série de Aliados e que são democracias ocidentais que prezam muito o direito a questão da proteção dos civis etc no fundo a fazer ataques deste tipo eh é não só repito um crime de guerra mas um erro até do ponto de vista da dos próprios interesses de Israel portanto eh espero que realmente isto não não se repita E aparentemente também está a ser anunciado que haverá uma investigação sobre o que é que correu mal uma investigação do das próprias Forças Armadas israelitas Portanto vamos ver se isso também avança e o que é que daí sai e falavas desse apoio internacional que pode ser dado a netania e a Israel hoje josepe Borel já deixou algumas acusações ele é o representante da diplomacia eh da União Europeia dos ministros da dos negócios estrangeiros da da União Europeia e josée Borel acusa Israel e o hamas de estarem a ignorar o tribunal internacional de justiça e de continuarem a cometer crimes de guerra sim e isso parece a questão de ignorar o o tribunal parece bastante Evidente a questão dos crimes de guerra também infeliz sim ou seja temos o amas liberadade avisar alvos civis a manter os reféns em condições terríveis o amas terá aliás utilizado este ataque como pretexto para dizer que não continua com as negociações para um para umar fogo eh e e e portanto mas sim é bastante Evidente ou seja nesta decisão nomeadamente o tribunal Daia eh diz a Israel que não pode continuar com este ataques em rafá e eu diria se as informações israelitas se a capacidade da ação militar Israelita é tão má como que foi revelada neste ataque Realmente parece evidente que não não será de continuar não é porque os efeitos são terríveis não só para a população civil mas para os próprios interesses de Israel e Israel claramente não está a respeitar isso por outro lado nessa mesma decisão volta-se a exigir a libertação Incondicional dos reféns e a captura de reféns manter reféns sejam civis ou até militares em condições péssimas com com com sinais de de tortura etc de de violência sexual etc tudo isso são também crimes de guerra e o h mais continua também a cometê-los entretanto hoje Paulo Rangel o Ministro dos negócios estrangeiros português anunciou que Portugal quer um apoio sistemático à autoridade palestiniana disse que Portugal Grécia e Dinamarca apresentaram uma proposta para que se faça um apoio sistemático ao novo governo palestiniano do primeiro-ministro Mohamed Mustafá no sentido de reforçar a capacidade institucional e de lançamento de reformas que potencia afirmação de um estado palestiniano no futuro eh dizendo até que Portugal Tem assumido aqui um papel de mediação em todo este processo como vej Bruno esta este este plano aqui apresentado por Paulo Rangel parece-me uma excelente iniciativa e e também no momento certo Ou seja parece-me que é muito mais importante do que fazer declarações grande eloquentes de reconhecimento de um estado que não existe de facto que não é de facto independente infelizmente diria eu mas a verdade é essa a Palestina não é realmente um estado soberano e independente todo o problema é esse aliás eh e de par temos um problema bastante sério com a autoridade palestiniana eh que precisa de reformas urgentes mas também precisa de meios e e seria do interesse desde logo dos civis palestinianos mas eu diria até de Israel e da região que realmente houvesse aqui um interlocutor palestiniano que não fosse oá mais que desse garantias de algum tipo de compromisso com o processo de paz e que pudesse por exemplo assumir aqui a tarefa pesadíssima que será a reconstrução de gasa administração de gasa e portanto tudo o que seja a ajudar nesse sentido parece-me ser a mensagem certa e aliás é preciso aqui destacar isso também em função do que se ouve muitas vezes eh os serviços públicos que existem na Palestina as escolas os hospitais grande parte desses serviços públicos são realmente garantidos através de ajuda europeia através de financiamento europeu se não fosse a Europa a fazer isso esse eh as condições de vida dos palestinianos quer na C Jordânia queer em Gaza eh seriam muitíssimo piores e portanto Há muitos países a fazerem grandes declarações eh com uma grande retórica de solidariedade mas depois quando se trata de pagar eh realmente para dar o mínimo de condições aos civis palestinianos em em grande parte são os países europeus os países ocidentais a assumir essa despesa análise de Bruno Cardoso Reis neste cabinete de guerra [Música]