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eu acho que de facto a a a imigração entrou portas a dentro mesmo debate português não é no debate português em parte foi tá a ser provocada por nós estarmos a assistir a uma a uma transformação daquilo que era o habitual perfil das migrações em Portugal nós éramos um país que emitia Imigrantes não que recebia Imigrantes eo está a alterar-se e alterou-se muito rapidamente sobretudo nos últimos anos pós pandemia com a alterações que são já do domínio praticamente do demográfico e com uma um país que tem muita muitos sinais de não estar a ser capaz lidar com isso designadamente naquilo que respeita aos serviços públicos de enfim quanto mais não seja dar papéis não é tratar dos papéis portanto mas sem entrar nessa discussão que já falamos dela várias vezes eu gostava de referir um pouco o que me parece ser um um hum um exagero de parte a parte que o que é que eu noto quer dizer e noto que a imigração por razões que já veremos melhor tornou-se de facto um cavalo de batalha de partidos eh mais à direita sobretudo partidos radicais direita foi foi por aí que muitos deles começaram a crescer por essas oposições mas alguns começaram a crescer entretanto chegaram aos governos hoou estão em vias de chegar eh o caso da Holanda é porventura mais eh Evidente porque é o o partido que começou por aí está agora em primeiro lugar eh ficou em primeiro lugar nas eleições e está a entrar para o governo mas há a França que não ficou ainda em primeiro lugar nas eleições Mas pode acontecer nesta eleição europeia há a subida enfim de um de um partido que entre estes porventura será aquele que mais que mais nos perturba que é o afd alemã portanto alternativa para a Alemanha na Alemanha mas há mais casos eu não vou entrar a falar desses casos todos Eh agora há uma espécie de reação simétrica que eu diria que em muitos aspectos quase me parece suicidário de não apenas daquilo que era habitualmente a esquerda radical mas também da esquerda mais tradicional da esquerda moderada da esquerda centrista do centro esquerda eh e que eu noto em algumas alturas ou vindo quer dizer eu eu andei a ver algumas coisas que foram ditas por exemplo no Nossa campanha eleitoral por exemplo o o PCP queer dissolução do frontex o frontex é o sistema que a Europa tem de controle de fronteiras não sei bem o que é que eles querem em vez disso o o o o o pan eh tem uma proposta que eu acho Enfim nem sei bem o que significa que é permitir que os imigrantes que cheguem beneficiem de um sistema de renda gradual o que dá a ideia que Eles teriam na habitação um sistema privilegiado preferencial relativamente a quem a quem já vive na Europa mesmo outros imigrantes que já vivam na na Europa o livre eh fala em vistos climáticos e em refugiados climáticos eu já falari um bocado melhor da diferença entre refugiados e imigrantes que me parece muito importante o o o Catarina Martins acha que a única coisa que precisamos é de regularizar regularizar regularizar eh a a Mara temido no outro dia teve uma uma uma um momento numa entrevista sve erro já não seiem que canal de televisão foi em que disse que na Perspectiva dela não devia haver a Barreiras físicas e muros enfim arames portanto Barreiras de rede em CTO melila CTO melila são as duas cidades espanholas no norte da África e sabemos que quando essas não é quando elas estão em baixo é mesmo quando estão em cima de vez em quando são eh o termo correto é atacadas por por vagas de imigrantes não não há forma de es conter e ela achava que em vez de haver isso coisa que devia haver era canais para triar as pessoas que chegavam é uma é uma ideia é quase lunático não se tem ideia do que do que é que isso representa do que é que se passa naquelas fronteiras de alturas as crianças são usadas como forma de forçar Às vezes a passagem portanto há coisas que não que não se temem noção portanto eu creio que esta esta ida para um lado e para o outro portanto há aqui uma espécie de de extremismo que ao mesmo tempo também esses temos H há algo que se passou na Alemanha uma reunião eh que foi hipótese na sal foia secreta com o projeto de eh deportar imigrantes que já tinham mas deportar assim aos às centenas de milhares ou aos milhões imigrantes que já estavam que já estão na Europa Desde que não fossem não sei bem da da daas características certas portanto há aqui muitas questões que são eh perturbantes mas que de repente de facto entraram no nosso no nosso debate e portanto eu creio que é necessário ter consciência de algumas coisas a primeira primeira questão a imigração eh é um fenómeno não se para não se paraar com as mãos não se para não se para portanto ela vai estar aí ou melhor a pressão da imigração não se para portanto mas no entanto não quer dizer que nós tinhamos que achar que a que a única resposta é deixá-los vir por assim dizer e daí a importância da da diferença entre imigração e refugiados e depois se isto eh é é é é é uma realidade há outra realidade que também não pode ser ignorada é que a imigração causa tensões nos territórios e que recebem Imigrantes portanto não há volta a dar a isso é histórico também sabemos que sempre aconteceu portanto eh tentar reagir aos problemas com apenas uma eh ponto de vista seja ele um ponto de vista mais nativista isto é nosso não venham para cá outros ou isto temos que ser humanistas vamos receber todos são posições que politicamente podem são complicadas são na minha perspectiva ambras uma alguma forma de ignorar a realidade e todas as formas de ignorar a realidade no limite se tornam extremistas pronto sejam de um lado ou do outro e bem mas Primeiro começando por uma questão que me parece relevante que é imigração e fluxo de refugiados eu vejo muitas vezes referir que nós Devíamos tratar os os que cá chegam como tratamos os ucranianos que se fugiram da guerra da Ucrânia e muita gente dizer e pá é o Bom exemplo a Europa portou-se tão bem calma é que não é a mesma coisa e não é a mesma coisa por serem diferentes não é a mesma coisa porque há um problema de diferença de origem e aí é que nós temos que colocar a questão e a definição Hoje há um artigo no público da da da Maria Maria João Valente Rosa eh sobre o que é que é Imigrante ou não e ela basicamente dá uma definição técnica mas ela diz que um imigrante é aquele que se mexe basicamente que que vai e vem não é portanto é preciso apenas uma questão de períodos não é um turista não é não é um um imigrante e portanto eh até os portugueses que regressam do estrangeiro são Imigrantes porque mudaram de país pronto sim mas não são Imigrantes do ponto de vista da perceção porque são são portugueses São pessoas que já cá tiveram pronto eh e que saíram e voltaram e tal portanto são há uma uma questão técnica depois há uma questão de percepção mas a grande diferença com os refugiados é que nós temos e migrantes que mudam de país como porque tê aspirações no essencial económicas às vezes possem ser outras mas no essencial económicas quer dizer os nossos os nossos Emigrantes aqueles que saem neste momento e sabemos que são muitos não estão a fugir de Portugal não podem chegar ao Reino Unido ou à Suíça e dizer estou a ser perseguido não são pessoas que vão à procura para o Reino Unido ou para a Suíça ou para outro país qualquer de melhores condições de vida como no mesmo mesmo aqueles que fugiram no tempo da da da da ditadura não fugiam porque estavam a ser perseguidos uma minoria uma pequena minoria que eram que eram que eram refratários ou desertores da Guerra Colonial Mas é uma pequeníssima maioria a esmagadora maioria eram migrantes económicos até saltavam a fronteira passavam à Fronteira PL destinamento assalto como como todos nós já ouvimos contar histórias mas iam porque cá havia uma pobreza imensa sobretudo no mundo Rural Ora bem e por isso é muito diferente de dizer assim de repente recebo refugiados que fogem de uma guerra seja ela na Ucrânia que é mais conhecida seja ela na Síria mas a última Grande vaga de de de refugiados na Europa Foi por causa da guerra na Síria outra coisa é achar que aqueles que chegam às praias da Líbia ou às praias da Tunísia e que andam à procura de um barco para atravessar para a Europa São refugiados a maioria não são são migrantes económicos pode haver um ou outro refugiado pode haver questões de pessoas que são perseguidas por isto ou por aquilo mas não é esmagadora a maioria e a a a sua própria eh integração na em Portugal depois ocorre de maneira diferente eu o que já contei aqui eu há pouco tempo tive em Cintra no Concelho fui convidado para ir à apresentação de um pequeno livro sobre histórias de refugiados portanto que tinham sido acolhidos numa casa que é C vermelha de se entretém e onde acolhe refugiados e eh aquilo que na alturis depois até falei sobre isso na intervenção que fiz o presidente da Câmara de Cintra disse a nós somos o conselho do país com mais imigrantes eh 15% da população talvez mais no conselho de Cintra coisa que não não achei estranho mas depois quando falou das famílias de refugiados falou em 130 ou coisa assim do género portanto portant ai esmagadora maioria dos não quer dizer das pessoas que não nasceram em Portugal e que portanto podem ser consideradas imigrantes que vivem no no no concelho de Cintra como viverão em Portugal São pessoas que vieram para Portugal à procura de oportunidades económicas pá sejam elas brasileiras angolanas caboverdianas e agora também e do host portanto paquistaneses e do sri Lanca nepaleses indianos nós vê-los por aí portanto convivemos com ele todo convivemos com eles todos os dias maior parte deles de facto vieram nessas condições são muito diferentes das pessoas dos refugiados que estavam na tal casa nas Tais casas que eram que chegaram a Portugal muitos dizes Miúdos passando por vários campos de de facto de refugiados no caminho vindo vindos ou do Irão ou do Afeganistão sozinhos e fugidos de facto de uma situação extrema como designadamente é situação no Afeganistão onde tinham tinham chegado não é não são não são as eh coisas semelhantes há uma às vezes uma uma uma uma tentativa por parte designadamente associações que têm podem ter muito boa muito boa intenção mas que às vezes agravam o problema em vez de solucionar e designadamente de advogados que fizeram vida disto de transformar Os migrantes económicos em migrantes eh em refugiados e e agora pelo que eu percebi até pelo que acredito na campanha aqueles que eh não deixam de ser migrantes económicos porque fogem de uma situação de fome ou de uma situação de dificuldade por causa das alterações climáticas passar a designá-las como refugiados climáticos que que é portanto não podemos tratar as coisas da mesma maneira porque estamos a falar inclusivamente de ordens de de de comportamentos e magnitudes dos problemas que são totalmente diferentes muitas vezes o refugiado é alguém que chega com vontade de regressar mal ten a oportunidade o migrante não Portanto o Imigrante quer dizer quer Tecnicamente o refugiado também é um imigrante porque também de outro país eh do ponto de vista de coisa mas o Imigrante económico não O imigrante económico vem para ficar chamar a família que se puder como como os portugueses fizeram é um bocado o o o espelho digamos o outro lado do espelho daquilo que nós próprios fizemos o o e nós vimos isso com os ucranianos eu não sei não tenho estatísticas não consegui encontrá-las sobre quant chegaram e quando já já regressaram à Ucrânia depois de terem chegado nós próprios temos uma reportagem um um filme um filme que fizemos aqui um vídeo muito interessante conta a história de uma m mãe um filho que chegaram foram muito bem acolhidos e mal puderam regressaram outra vez a a à Ucrânia eh a mesma coisa se passou com muitos das pessoas enfim aí terá sido mais difícil de regressar mas muitos mesmo assim regressaram à Síria portanto aí era mais difícil o regresso mas eh um um jovem que tenta saltar o muro em Celta ou melila um jovem que tenta atravessar um jovem às vezes menos jovens que tentam meter-se num daqueles barcos quase Suicidas que tentam atravessar o mediterrâneo ou tentam ir ir lançar-se à água a ver se em um barco apanhá-los eh e depois os colocam numa numa numa praia europeia portanto são pessoas que não tê ideia não têm vontade nenhuma de regressar e não é não estão à espera que hajam uma mudança de regime mesmo por exemplo os brasileiros muitos brasileiros nós temos muitos brasileiros que vieram por exemplo vieram na primeira década deste século quando houve a crise económica de repente eh houve dificulades em Portugal isto isso coincidiu com um Boom económico no Brasil portanto voltaram ao Brasil agora as coisas no Brasil estão outra vez um bocado feias muitos deles estão a voltar para Portugal outra vez portanto este vai vem não tem nada nenhum deles é quer dizer perseguidos políticos não há perseguidos políticos no Brasil não é quer dizer que eu saiba embora tinhamos não sei se ten essa ideia Há muitos brasileiros que vieram no tempo em que bolsonaro era Presidente porque não se sentiam bem prticos porque não se sentem bem com a presidência de Mas isso é uma p é uma opão deles pessoas que saíram dos Estados Unidos que não gostavam do trump ou pessoas que saam dos Estados Unidos sei lá porque não gostam de outro Presidente qualquer são refugiados políticos quer dizer eles podem se autoar como tal mas ninguém os perseguiu não é quer dizer não se sentem bem Pronto gostava de ganhar mais dinheiro gostava de ver com outra pessoa não tem nada a ver uma coisa com a outra portanto não são Não vos podemos considerar exilados refugiados porque o refugiado de facto o refugiado é alguém que está numa situação de grande fragilidade que vem a fugir de uma situação pá pode numa n algumas situações pode ser uma catástrofe não é não é não é Obrigatoriamente só ser uma só ser uma guerra pode ser uma guerra podem ser perseguições políticas podem ser perseguições que tem a ver com por exemplo orientação sexual que há alguns países que perseguem pessoas por causa da orientação sexual podem ser pode podem ser pessoas que são perseguidas por causa da sua eh etnicidade também acontece mas eh eh mas depois pode haver um vulcão pode haver uma cheia pode haver uma situação anormal que gera um fluxo de refugiados e às vezes essas pessoas saem e regressam porque puderem porque a sua mentalidade é poder regressar ao seu país mesmo eu vou até e um um um um um um migrante económico é de facto diferente eu acho que esta destinção deve ser feita porque porquê Porque o refugiado de facto cria em quem recebe uma obrigação que é que é at tentar ajudar pronto aí de facto eu diria toda a humanidade do mundo para pessoas que estão que se encontram às vezes perderam tudo às vezes estão desvalidas às vezes nós temos temos que temos alguma obrigação de ajudar quer dizer evidente que nós não podemos ajudar o mundo todo mas temos alguma obrigação de fazer um esforço é diferente quando chega um migrante económico que vem à procura de de uma oportunidade de uma oportunidade de vida e aí entram em em consideração outros fatores fatores que enfim muitas vezes são puramente económicos não é portanto há oportunidades fazem falta neste momento em Portugal fazem falta fazem falta e há oportunidades para eles às vezes às vezes não há mesmo quando fazem falta porque às vezes podem não estar a chegar aqueles que fazem falta podem estar a chegar outros que farão menos est falar do ponto de vista económico não estou agora a falar de outras fazer nenhuma outro tipo de consideração mas achas que faz sentido i a entrada de imigrantes a um visto de trabalho ou um contrato trab na minha perspectiva faz faz sentido porque isso permite Há muitos países que fazem isso vamos lá ver os países que há mais n alguns casos há séculos lidam com temas de de imigração são países de de imigrantes de alguma forma muitas vezes t esse mecanismo Canadá por exemplo Austrália tambem Austrália é e muito exigente é muito exigente eu já tive TVE amigos meus que foram imigrantes na Austrália portanto tenho um amigo meu que neste momento quer a nacionalidade australiana é casado com uma australiana e só vai conseguir isso não sei daqui a quantos anos e se é quem eu penso é hiper qualificado exatamente e é hiper qualificado pronto não não é assim uma coisa que que que seja fácil digamos assim portanto bem ele também já não tá na idade de trabalhar muitoo mais não é não não se mudaria por causa disso era mais para a reforma portanto independentemente disso nós temos de facto eh muitas eh situações e depois há outro lado e é esse lado que eu gostaria também de chamar a atenção eh se é verdade que a imigração sempre sempre ocorreu sempre houve movimentos de população quer dizer vamos lá ver se formos ao princípio dos princípios todos os que cham a Portugal depois dos ne Tais são invasores porque nós sabemos quer dizer é ler ler as histórias da cança do lapedo que até depois até até até depois interc usamento e tal mas quem quem estava primeiro foram os neer dentais depois é que vieram veio o homo sapiens expulsou de cá quem cá estava antes de cá e do resto da Europa eh mas depois foram vagas e vagas e vagas e vagas e vagas e vagas e vagas às vezes eram invasores no sentido tradicional do termo não é outras vezes eram apenas pessoas que chegavam e pessoas que chegavam portanto e que se moviam movimentavam por todo lado portanto isto faz parte da história da humanidade e não acabou nem vai acabar porque nós temos nest ente um gigantesco desequilíbrio Mas mesmo gigantesco entre aquilo que é a demografia da Europa que é uma que se não houver injeção de de pessoas fora da Europa é para diminuir a população com um continente ao lado a enfim Sul que é a África que tá em explosão mas em explosão absoluta Portanto o número de habitantes de África está a crescer a um ritmo que não sabe exatamente quando vai parar a África pode daqui a uns daqui a não muitas décadas ter tantos habitantes como a Ásia que é uma coisa que só dizer isto desta forma é absolutamente aterrador quer dizer provavelmente não vai acontecer mas manterem-se as atuais perspectivas reparem Ásia é o é o continente da China e da Índia não é cada um deles com 1000 mais de 1000 milhões de habitantes e de repente podemos ter países em África com tantos habitantes assim também com Que recursos com que economia eh n recursos são imensos o problema é que não há economia não mas os recursos os recursos do que diz respeito por exemplo à capacidade de produzir alimentos não são imensos são mais limitados paí dep Mas tá bem depende dos países estou a falar do do continente como um conjunto não é nós sabemos que há muitos pa a Ásia tem É beneficiada nesse nesse aspecto tem muitas regiões muito produtivas mas não se passam mesmo com com África não é portanto há aqui várias várias questões seja lá como for a pressão do Sul sobre o norte de África sobre a Europa não vai acabar não vai acabar vai continuar agora eh o problema e é aquele ponto que eu às vezes receio O problema é que se o fluxo for demasiado grande os equilíbrios sociais e políticos na podem romper-se E aí é que a democracia no limite pode pode estar em causa portanto eu eu fui buscar aqui um livro que que estava ontem a investigar sobre ISO depois lembrei-me pá Eu já li qualer coisa sobre isto portanto é o livro chama-se quem é que nós somos o e o are e é de um autor muito conhecido e muitas vezes polémico estou a falar de Samuel P hingan ficou conhecido sobretudo por dois livros este Não este é o último livro dele já falo dele os dois livros que ele ficou conhecido foi a a terceira vaga democrática porque ele era a terceira vaga da democratização no mundo portanto no tempo em que as democracia parecia estar explodir e tornar-se a regra no mundo todo E essa terceira vaga tinha sido iniciada por Portugal portanto nós portugueses demos atenção a Esse estudo Portugal Portugal Espanha Grécia e depois terminou com a queda do muro queda do muro e o e a implosão do do comunismo Depois tem um outro livro que se falou imenso quando foram quando foram as torres gémeas o livro tinha sido uns anos antes que é o choque das civilizações Clash of civilizations e este livro falou-se menos deu enfim El já é um livro de final de vida mas que é é um livro muito interessante que é sobre a a identidade Americana e os desafios que essa identidade as pressões sobre a qual ela portanto Isto é 2004 tem 20 anos tem 20 anos e está a ter pela e alteração da demografia americana devido ao fluxo sobretudo mexicanos mas aquilo que eles cham latinos portanto porque não é São Mexicanos e que trazem elementos e atenção o que eu vou dizer aqui é é um bocadinho diferente a gente na Europa está habituado a lidar com uma religião diferente que é o Islão nos Estados Unidos a religião diferente é o catolicismo portanto para nós é a nossa religião eh ainda no século XIX quando começaram a chegar italianos e irlandeses eh vagas italianos e irlandeses à a aos Estados Unidos houve xenofobia antic católica Aliás na altura muito centrar no partido Democrata que hoje é um boquinho ao contrário mas pronto era outro tempo houve candidatos presidenciais que fizeram campanha por essas coisas são sem para regressar há sempre ciclos nisto e na altura era o o os papistas não é o o aqueles que obedecem ao Papa que vê agora cri madar em nós Pronto agora a questão é diferente agora a questão é diferente porque ele aqui enfim vai um bocadinho à questão das referências éticas e da relação das referências éticas com o capitalismo e com o espírito americano e com a cidade dos Americanos terem vencer na vida e e empreenderem e pronto e o capitalismo americano enfim vai por adante Amã o sonho americano sonho americano essas coisas todas e e a diferença como apesar de tudo os imigrantes latinos estavam integrado Isto foi feito um foi muito visto como um eh um livro conservador digamos assim porque ela achava que havia desafios à identidade americana curiosamente mais ou menosa altura houve um outro livro A escrito por uma pessoa até de origem portuguesa chamada um politólogo chamado Rui Teixeira que eh achava que portanto eh eu até assisti uma vez a uma conferência dele em Washington em que ele achava que havia uma esta alteração demográfica ia criar uma maioria permanente dos Democratas porque os latinos tendiam a votar Democrata enganou-se ele agora tem texos recentes até no penso que no washinton possa um texto grande e tá para sair um livro em que ele diz isto falhou porque os latinos de repente por causa das raízes católicas alguma em parte começaram a votar conservador portanto no caso dos Estados Unidos Republicano portanto isto nunca é bem bem bem aquilo que às vezes os cientistas sociais e políticos vão vão definindo mas aquilo que eu achei interessante neste livro que é de 2004 é que eu onem estava a ler uns Bocados e vi isto quase que diz ele fala aqui de que vai de que há uma rotura entre o povo e as elites e que essa rotura pode dar origem a movimentos políticos nomeadamente nativistas brancos e em movimentos políticos não sabem onde é que levam eh 12 anos Depois deste livro trump foi eleito portanto e eu lembro que na altura quando este livro saiu houve uma fala-se um pouco del em Portugal o o lan por exemplo criticou muito e dizia muito mal do anting também por causa da discussão sobre o choque das civilizações bem isto para dizer o quê para dizer que quando há alterações que podem chegar a que são muito significativas porque nó estamos a falar de eh 10% da população 15% da população n alguns casos 20% da população ter uma origem e referências culturais diferentes isso quase inevitavelmente entra em choque mesmo que não haja o choque pelo emprego mas quase ind eventualmente entra em choque com a a população residente e portanto vem quer dizer e não aconteceu como eu referi não aconteceu agora eu eu referi um exemplo dos Estados Unidos século XIX com a chegada de imigrantes italianos e irlandeses pronto eu acho que achar que isso tudo deve ser ignorado que é apenas um problema de integração quando muitas vezes um das dificuldades é não é ter mecanismos para integrar as pessoas e as pessoas disponibilizarem para ser integrado ele uma das coisas que ele se refere aqui precisamente ele refere que os o por exemplo os latinos casavam faziam menos casamentos mistos tinham menos tendência para aprender rapidamente o o inglês e e coisas desse género agora nós sabemos que na Europa há comunidades Imigrantes onde essa dificuldade é muito maior ainda é muito maior ainda por muito esforço que façam os os residentes e portanto se se pensa que se pode portanto isto tem é uma coisa é uma questão que tem a ver com o equilíbrio e de alguma forma desse ponto de vista o pacto das migrações finalmente chego lá eu tenho que acabar o pacto das migrações tenta responder a isto com equilíbrios foi muito difícil chegar a ele e como é natural não há não há não há não há soluções perfeitas não é portanto basicamente O que é que o que é que esse pacto estabelece estabelece um mecanismo mais rigoroso de controle de entradas que muitas vezes tem um aspecto desagradável que é tentar porque isso politicamente é explosivo tentar que esse controle seja feito antes da própria entrada por exemplo a a Itália fez agora um acordo com Albânia para criar na Albânia Campos onde para onde são conduzidos os imigrantes que sejam recolhidos no Mediterrâneo e onde eles são triados precisamente para separar os que são económicos do que são dos dos que são refugiados portanto eh ora só este facto Levanta logo imaginas muitos problemas porque eh não chegam só adultos quando n nos debates falava vão prender crianças não as crianças ou são separadas das famílias as crianças mesma parte dos casos não são separadas das famílias separas das famí ou não são separadas das famí V sozinhas chegam sozinhos também não não diria que seja meu par na Tunísia Nós não vemos isso porque pagamos ao governo da Tunísia para parar Os migrantes mas na Tunísia neste momento estão 1500 crianças Sim mas v a situação na Turquia é muito parecida e um dos problemas que a Europa tem é que como não há não há estado na Síria a Síria tá descontrolada portanto eh e e esses são um Bocados planos portanto há há há aqui algumas questões que é se elas chegam sozinhas e pá A triagem é uma mas se elas chegam com família o que é que se faz separa-se da família para a criança entrar e a família fica no campo à espera de ser ser processado e o processamento tem que ser rápido agora tá limites no tal pacto para o processamento ser rápido se fica no no campo vamos chamar isso uma prisão eh se a criança fica com a família quer dizer isto H este dilema há em todas as fronteiras é um dos lemas também americano na fronteira do México também há este problema das crianças e das famílias pronto mas esta é uma das decisões como é que se faz antes de entrar eh procurar de alguma forma controlar os fluxos não é fácil controlar os fluxos não é vemos o a Inglaterra não tá a conseguir por exemplo e tem e tá protegida pelo protegida entre aspas pelo Canal da Mancha e depois o outra a outra questão tem a ver com a a obrigação de de não serem só osos chamados países da Linha da Frente aqueles que têm fronteiras eh exteriores da União Europeia porque é onde chegam os refugiados a tratarem do assunto mas todos os países portanto haver aqui uma uma uma distribuição uma solidaridade o que também tem um problema porque por exemplo países ricos podem pagar não sei quanto que é 20.000 € ou o que é que é ou 15.000 € por cada um que não recebe para não receberem não é portanto para eles não não se calhar é um problema menor do que recebê-los portanto há aqui muitos muitos equilíbrios mas apesar de tudo há um acordo e desse ponto de vista eu achei é positivo
2 comentários
REMIGRAÇÂO
Cavalo de batalha dos partidos radicais?
Faço de si um pouco mais inteligente, ou então vive em outro país que não Portugal.
Quem permitiu chegarmos a este estado de ilegalidades a nível de imigração, com uma falta de controlo brutal? Como é possível não ver isso?
Cavalo de batalha é simples de tirar então aos partidos, quem não tiver contrato de trabalho, não entra, quer melhor do que isto para terminar com esse dito cavalo? Basta cumprir a lei, que à anos não é cumprida.