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gabinete de guerra na rádio observador é por aqui que todos os dias analisamos os principais as principais novidades nos dois conflitos na tanto na Ucrânia como também no médio Oriente ora hoje para nos ajudar a explicar aquilo que se passa no terreno junta-se a nós Jorge Rodrigues é oficial das Forças Armadas e coordenador de risco geopolítico da porto Business School Jorge Rodrigues bem-vindo Boa tarde obrigado por estar conosco éem mais um gabinete de guerra vamos começar por olhar para a guerra na Ucrânia eh sendo que hoje tivemos aqui no fundo o epicentro um bocadinho mais longe vamos até Bruxelas a polícia belga fez buscas na casa e também no escritório de um funcionário do Parlamento europeu eh em Bruxelas isto por suspeitas de interferência russa H na no Parlamento europeu e também nas nas eleições europeias é o que avança à societ de press Jorge Rodrigues devemos recear que a guerra na Ucrânia se Estenda também agora às eleições europeias principalmente através de uma ciber presença vamos assim dizer viva André é sempre um gosto estar aqui hum naturalmente que simer Di não podemos ser ingênuos já era expectável já houve um passado Russo de interferência em eleições como nós sabemos em outros momentos importantes dentro das democracias ocidentais h refiro-me situações de influência junto de pessoas e entidades europeias e uso de de meios de ciberataque estou a abranger as duas As duas vertentes h a capacidade Aliás na nesta dimensão ciber da por parte da Rússia é notável não é é algo que foi preparado estrategicamente e consta da doutrina H russa como algo que de uma dimensão que eu consideraria defesa é é uma preocupação maior para a união Europe naturalmente mas também para uma organização militar como a Nato a Nato desenvolve uma forte estrutura de contramedidas eh Há inclusivamente exercícios operacionais Nato só com esta dimensão Mas cada vez mais é uma das dimensões treinada H ctin desde o início eu venho dizendo isto já há muito tempo que tenta ganhar a guerra da comunicação H E porquê eh porque analisando todas as vulnerabilidades ocidentais o crem percebe que a opinião pública e o controle da informação é vital que numa democracia exista essa perspectiva não é mas para Neste contexto é uma vulnerabilidade H são verdadeiramente pontos fracos que ele pode pode explorar eh e o que há a fazer H temos que melhorar a qualidade da informação eh transmitida tanto pelos órgãos oficiais eh pelos órgãos de comunicação social e reforçar as contramedidas de ciberdefesa o que Aliás já vem sendo desenvolvido há muito tempo por parte de das capacidades europeias neste campo e e cada vez mais é uma preocupação portanto não podemos deixar que este tipo de eh ataques acabe por ter uma influência maior sobre o caso concreto em Bruxelas Ainda não temos toda a informação e não teremos nos próprios nos próximos dias mas era expectável também que houvesse situações deste género e haverá mais com certeza vamos ver o que nos reserva os próximos dias é isso mesmo é isso mesmo ora Jorge Rodrigues é também oficial bielorrússia abandonou o Tratado das Armas convencionais da Europa ou seja o país que é vizinho da Ucrânia e da Rússia eh pode eh assim a partir de agora reforçar a sua capacidade militar que consequências é que isto pode ter também na guerra na Ucrânia é preocupante não determinante mas é preocupante aliás este o decreto foi assinado na na na sexta-feira e até passou algo despercebido de alguma forma penso passa um ano desde que Moscou vu também já em 2007 salve o erro ter suspendido no final dos bons tempos este oeste mas a verdade é que eh Alexander lucasin sabe que está há 30 anos no poder e sabe que depende particularmente do do apoio Russo Aliás ele tem o poder alçado em quatro vetores eu diria as forças armadas as forças de segurança e de informações serviço de informações uma assembleia do povo bielorrusso foi um um órgão de consultoria e aconselhamento foi criado apenas com pessoas Leais ao regime e que tem uma uma pujança política particularmente importante mas e o que é determinante Será sempre o apoio Russo há uma ligação direta com a Rússia seja da proximidade histórica entre os dois povos seja política ou militar económico na rede que acaba por ser impossível sem mudança de regime acaba por ser impossível de de cortar eh e por isso cin que vai defender Putin enquanto isso for possível até às últimas consequências o território Russo desde o início do conflito que é utilizado portanto é perfeitamente normal que haja agora uma maior proximidade e que o potencial de combate da da das forças bielorrussas venham a ser desenvolvidas o que acaba por ser mais favorável H possibilidade de utilização do território e um reforço de de de forças eh de biolor Rússia eh traz alguns problemas mas também não julgo sejam para já não é amanhã que vai ter uma capacidade melhorada que que em causa o status CL atual mas é obrigatório de manter reservas ucranianas eh virada para aqueles eixos de de de aproximação que podem surgir do Norte portanto não será para já mas naturalmente que é algo preocupante o que eu Julgo que é de salientar é que é algo que não está essencialmente diretamente ligado com esta questão mas que é que a viela Rússia para todos efeitos é um território amigo que a Rússia tem como obrigação defender na doutrina de emprego inclusivamente a do armamento nuclear uma ação neste território acaba por justificar desde com para os outros requisitos também considerados para o território nacional da da Rússia a utilização de armamento nuclear e eh com isto abrimos mais uma possibilidade de um mau entendimento ou de uma pequena má decisão seja a nível tático em que realmente nos leva uma escalada para o outro para outra mar eo sim para mim é particularmente mais preocupante uhum Jorge rodrig vamos avançar para o outro conflito que marca H marca o dia a dia em termos mundiais falamos do conflito na faixa de gasa no médio Oriente e de acordo com uma análise da CNN munições de origem norte–americana terão sido usadas no ataque a um campo de tendas para refugiados em rafá durante esta semana a comprovar se isto pode trazer consequências negativas para os Estados Unidos ou acaba por ser algo muito normal acontecer em situações destas numa guerra normal não é normal não é eh posso por experiência própria referir que realmente a complexidade h de um conflito as dimensões que acabam por trazer que obrigam a decisões particularmente rápidas sem informação completa pode levar facilmente a erros e em Campo de de de batalha quando as situações são extremas mas não poderemos considerar que nem normalizar uma uma situação destas Não é a primeira vez que acontece algo semelhante eh será sempre um fator o facto do amaz e outros grupos terroristas estarem no meio da população em um modo des operandis é normal que assim seja é lamentavelmente normal diria mesmo que assim seja eh e portanto isso tem levado a outro tipo de de de erros mas na verdade os Estados Unidos acabam por estar numa numa situação particularmente difícil refiro-me agora a um plano político diplomático naturalmente porque desde o início que sabe que é o único país pode verdadeiramente assegurar a defesa de Israel hã Israel tem um problema existencial e acaba por ter poucos Aliados e esses os restantes Aliados acabam por ter também uma posição mais flexível das suas posições nas suas eh ideias acabam por demonstrar mais facilmente a não concordância e até eh poder mais facilmente desenvolver ações porque sabem que os Estados Unidos em última análise é quem está eh com a responsabilidade de assegurar a defesa de Israel h no plano estratégico nós sabemos que os Estados Unidos e sabem que os interesses na região apenas poderão ser assegurados se mantiver um um Israel forte portanto é uma aliança essencial para manter a influência no médio Oriente eh por outro lado a nível interno a influência da Comunidade Judaica é particularmente relevante e mais particularmente num ano de de de eleições sabemos que trump será sempre muito mais favorável aos interesses realitas Portanto biden tem que dar alguma coisa a esta comunidade mas dito isto Nataniel tem-se Tornado ou melhor eu até corrijo sempre foi assim aliás foram famosas as discussões que teve com l Clinton em 1998 Salv o erro em guai Riva que foram atingiram patamares extraordinários entre dois políticos mas como dizia Isso é que é o ponto relevante e Nataniel sempre foi bom a conseguir apoio mas melhor ainda a não cumprir a sua parte eles sente de alguma forma que tem uma missão quase Divina de consolidar o o Estado de Israel não é e portanto poderá ainda ir mais longe e vai esticando a corda até conseguir alcançar esse esse designo isso deixa a administração biden numa posição particularmente incómoda se não vej e talvez até diria um pouco humilhante no plano internacional diz que não consegue controlar o governo de Israel já teve algumas posições já não está na posição inocente do início do conflito tem estado realmente seguir com algum êxito algum tipo de pressões mas a verdade é que ainda continua sem conseguir controlar eh sobre o caso específico e é de facto um lamentável incidente operacional assim o parece inclusivamente Israel já o veio lamentar e não faz muitas vezes portanto este assunto é particularmente H preocupante para Israel eh mas a verdade é que no biden tem que analisar se a operação como um todo está a ser conduzida de forma a respeitar as leis da Guerra o direito internacional seja o público seja humanitário e se tem que exercer a sua influência de uma forma mais Evidente e assertiva eh sei que não há uma solução fácil para o conflito naturalmente que não mas eh também sabemos que a situação humanitária está para lém do humanamente aceitável Claro jorges Rodrigues vamos vamos avançar e vamos até outro dos temas relacionados com esta guerra no médio Oriente falamos da da recepção de Pedro Sanchez o o primeiro-ministro espanhol recebe hoje em Madrid o primeiro-ministro palestiniano e também outros governantes árabes Que mensagem é que estes encontros podem também passar para o resto da Europa ora um ponto que eu julo que podemos concordar é que todos os países europeus de uma forma geral tem uma genuína vontade de encontrar uma solução para este conflito O problema é que solução hã e será sempre assim dito isto eh é verdade é que temos que ser pragmáticos nestes processo só Pena de não conseguirmos chegar a posições estruturadas sólidas e que de alguma forma sobrevivam no futuro não é Não já não estamos no tempo do dos mandados já não estamos no tempo das regras quadro para definir fronteiras de países temos que ser um bocadinho eh mais inteligentes nas soluções que que procuramos encontrar para outros pontos H os três países consideram que que esta pressão sobre telaviv pode ser útil e neste desígnio Aliás não é estranho 145 países já reconheceram no a a Palestina como um estado soberano e é aqui que verdadeiramente A questão está porque o ser soberano porque desde 2012 que já é estado observador na ONU H há países Como Portugal que tem representante diplomático junto à autoridade palestiniana Portugal desde 1999 H já houve no entanto também outros países há 10 anos a Suécia também já reconheceu Portanto o que está aqui verdadeiramente em questão é é o momento são Reunidas as condições é este o melhor processo e em particular para os israelitas se sanche se pode apresentar como exento este fator é também muito importante porque facilmente se pode interpretar que Sanchez o faz para recolher dividendos na sua base interna mais propriamente querer uma solução H antes conflitos San já tinha tido posições eu diria no mínimo não favoráveis a Israel e depois há um outro fator muito recente e que tem o seu Impacto extraordinário para para quem está envolvido num conflito com esta complexidade que o facto não se ter retratado a posição de Olanda dias que é a sua segunda vice-presidente do governo em que refere aquela frase fatídica que está ligada à não existência de Israel que é Palestina livre do Rio até ao mar portanto Isto é não existência de Israel uma versão mais light não é definitivamente facilmente interpretável Neste contexto H por isso pode facto ser este o caminho mas o momento é particularmente relevante como eu diz há pouco H neste momento a interpretação pode levar um extremado de posições mais propriamente o procurar uma solução há uma nítida falta de sensibilidade eh reconhecer o nalmente por outro lado demonstra a fraqueza da União Europeia sem uma posição comum e acaba por retirar uma posição relevante que a União Europeia poderia ter como ator internacional eh e uma posição moderada e uma posição em que poderia eh um bocadinho em linha com a posição Portuguesa que que eu muito honestamente até considero eh sénior bem pensada que é a criação de condições o empowerment à autoridade palestiniana que agora se vê mais moderada e a desenvolver esforço para criar verdadeiramente condições para desenvolver H um estado eh com as várias valências mas naturalmente e não sejamos ingênuos tem que ser efetivo temos que conseguir dier olver essa estratégia com prazos com objetivos e definir capacidades para conseguir impor essa estratégia e não simplesmente empurrar com a barriga para a frente um conflito que já veio há décadas e que ainda não encontrou a melhor solução Jorge Rodrigues muito obrigado agradeço a disponibilidade para ter estado conosco aqui no gabinete de guerra na rádio observadora oficial das Forças Armadas coordenador de risco geopolítica e da porto Business School Jorge Rodrigues até uma próxima oportunidade e até o próximo gabinete de guerra obrigado Até breve André obrigado
1 comentário
Agradeçam só Trump e ao chega