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é já daqui a pouco mais de uma hora o último Frente a Frente Entre todos os cabeças de lista às europias é o debate das rádios que vai poder acompanhar aqui na rádio observador ora para fazermos a antevisão desse debate contamos com os Ases do fora do baralho o João Marques de Almeida não pode estar presente mas contamos com Jorge com Lu Aguiar com raria e com a Susana peralta muito bom dia aos Ases Susana vou começar por ti o que é que esperas deste debate o que é que pode acrescentar esta semana de campanha e a toda a fase da da pré-campanha eleitoral Olá bom dia eu acho que que a campanha claramente descarrilou nos últimos dias ou seja descarrilou para temas internos descarrilou para politiqui Sem interesse nenhum o Sebastião magalha qu que o PS peça desculpa por causa da das redes de tráfico de migrantes o o PED Santos zangado porque o governo recorreu a uma consultora enfim eu tenho uma opinião sobre isso Mas quer dizer como se isso não fosse prática comum portanto estamos aqui já mesmo num nível que já nem é de política interna é de é de tricas internas e e portanto nós já já desde foi quase há uma semana foi na terça-feira passada que estas pessoas tentaram todas à mesa para um debate Onde estão moderados por um Jornalista e portanto isso obriga de alguma forma a centrar a o debate naquilo que interessa e portanto aquilo que eu espero de hoje é que é que eles sejam recentr ados na Europa e e não nestas nestas tretas que não interessam a ninguém depois também queria dizer ah se calhar queres passar a não vamos perceber vamos perceber com com com o Jorge Fernandes também Jorge bom dia se te parece que há de facto aqui um descentramento dos temas eh da campanha eleitoral se isso também não é um pouco quase inevitável quando estamos a falar de temas europeus como é que tens assistido estes estes eh às últimas declarações do os candidatos Olá bom dia bem sem dúvida eu concordo com aquilo que a Susana disse os últimos dias de campanha T sido tristíssimos e temos n é que o problema é mesmo é que nem nem sequer estamos a debater política nacional digamos assim estamos mesmo ao nível da da pequena tric e da pequena polític isso mas isto ao fim e ao cabo é um bocadinho inevitável os temas da Europa São não só complexos mas também difíceis de fazer passar num num soundbite pequeno e curto que possa abrir os telejornais às 8 hor da noite e portanto os candidatos sabem que é muito difícil é difícil discutir o quando estão sentados dentro de uma sala e orientados por um Jornalista como a Susana estava a dizer enfim certamente a maior parte deles perdeu horas a fio a estudar os temas E terá respostas mais ou menos programadas para os temas chave enfim agora quando estão no meio no meio da das das chamadas aradas etc é muito difícil falarem de Europa enfim eu tenho muitas dúvidas sobre este modelo de campanha não só nas europeias mas também nas legislativas a ideia de que qualquer pessoa que tenha assistido a uma roada ao vivo digamos assim eu nunca participei numa mas já assisti a várias e de Fora digamos percebe que aquilo é tudo uma uma ensinação muitas vezes estão 15 20 pessoas todas ali muito muito juntinhas para dar uma imagem para a televisão quer dizer aquilo não tem qualquer tipo de utilidade a ideia de a ideia de que aquilo pode servir como perdão a ideia de que aquilo pode servir como mecanismo de contacto com com a população ou com a ideia de que aquilo pode de alguma maneira servir como momento em que os candidatos interajam com a população para esclarecer qualquer tipo de de ideia política Ou de ou debate político é uma uma completa ficção portanto os partidos políticos por em Portugal quer nas europeias quer nas legislativas tem que deviam repensar se querem levar a sério aquilo que as campanhas eleitorais enquanto momento de esclarecimento e de mobilização políticos deviam deviam repensar este modelo que é um modelo completamente caduco e um momento completamente acabado e nas europeias Claro isto complica-se ainda mais porque estamos a falar de temas que para a maioria da população São vagamente esotéricos e portanto as coisas são muito difíceis e e inevitavelmente acaba por resvalar nesta política is e nestas nas trocas de argumentos e nas trocas de de acusações entre entre uma campanha e outra em em em situações que não havendo Digamos um debate Nacional a ser havido acaba por Entrar nesta nesta pequena política hum eh eh Luís é como se tivéssemos uma uma campanha dentro dos estúdios em que se falam de temas europeus e depois a rua inevitavelmente vai ficando perdida entre casos e casinhos e declarações eh em versão são debite bem eu eu ao contrário aqui do do Jorge e da e da Susana se calhar mais da Susana e eu a mim Não Me Custa que a campanha seja essencialmente à volta de temas nacionais claro que me custa que andemos a discutir coisinhas com uma consultora que o governo contratou para para ajudar no plano de emergência portanto isso custa realmente é é tri cazinha agora de facto eu acho que as consequências da nossa eleição em Portugal para a política europeia são tão reduzidas tão eh a sério tão minúsculas que e que acho normal que se discuta mas lá ver por exemplo o tive há bocado vios há bocado Sebastião bogalho a falar sobre a sua posição de eutanásia quer dizer relativamente à eutanásia é muito mais importante a opinião dele e do PSD ou da AD para assuntos internos e obviamente que vai e influenciar a evolução de como se vai eh regulamentar a lei que foi aprovada e portanto como é que este governo vai regulamentá-la do que a nível europeu eh e quer dizer mesmo as consequências políticas quer imaginemos que a iniciativa Liberal tem mais votos do que e do que o seca pronto é improvável mas imaginemos que isto aconteça isto interessa alguém na Europa não de facto vai só nos vai só nos vai interessar a nós e e tem muito mais consequências para a política interna do que para a política externa portanto eu acho acho isto normal e e honestamente mesmo nos nos debates nacionais eh em que o jornalista conduza as perguntas e faz perguntas naturalmente de âmbito europeu muitas vezes aquilo depois também parece parecem perguntas forçadas da parte do jornalista parece que estaria interessado noutras questões que não aquelas e também os candidatos depois debitam e debitam o que tiveram a a estudar nas noites anteriores e já e muitas vezes quase col lado a cuspo não é como se como aqueles alunos que se preparam para os exames na véspera e portanto a mim eh a mim não me choca que sejam os temas nacionais que estejam em cima da mesa porque isto é uma eleição quer dizer apesar de ser para o Parlamento Europeu é uma eleição nacional e tem muito mais consequências para Portugal do que para do que para a união europeia e e sim sim Susana não não não continua desculpa Luís termina não eu terminei Ah eu não sei que tenha havido alguma pergunta que eu não tenha respon não não não não terminaste com com esta ideia luí aqui um bocadinho e em contraciclo com com a opinião da Susana e do jorges jan eu interrompi não sei se ias falar de de temas que precisam de ser ainda abordados não não ia dizer quer dizer que mesmo a Alemanha tem pouco mais de 10% dos deputados e deputadas do Parlamento europeu portanto segundo esta lógica e nenhuma CL é óbvio que Portugal tem uma tem um quarto dos deputados da Alemanha queou estou arredondar tudo tá bem h e portanto como é óbvio tem ainda um peso inferior mas quer dizer segundo esta lógica do Luís e verdadeiramente nenhum país tem um impacto muito substancial porque de facto Aquilo é uma composição de 27 países portanto e é por isso que a comissão europeia e o conselho Europeu é muito mais importante que o que o Parlamento europeu porque de facto quer dizer com a composição que tens do Parlamento europeu pequenos países Como Portugal ficariam extremamente prejudicados e às vezes parece-me que nós queremos ter aqui na Europa uma proporcionalidade que por exemplo nem os Estados Unidos que esses sim são o verdadeiro país composto por estados que nem eles têm portanto nos Estados Unidos há uma série de mecanismos como o Senado e que garantem que há uma desproporcionalidade completa de Estados eh e portanto os estados mais pequenos não não ficam Perdidos na imensidão dos Estados maiores e portanto é aqui S um bocado o mesmo aqui S um bocado mesmo acho que nós precisamos mais disso mais de de órgãos onde os onde os países tenham uma voz do que propriamente eh um Parlamento europeu onde não só temos 21 deputados que são pouquim pouquíssimos como depois cada partido vai ter na melhor das hipóteses sete ou oito portanto quer dier os Estados Unidos também tem o congresso não é tem o congresso precisamente para ter é um facto que tem o congresso duas lógicas també na Europa precisamos também das duas lógicas não é não não queremos uma lógica nem apenas em que todos os países t o mesmo voto como é o caso do concelho eh todos os países T exatamente o mesmo peso como é o caso do concelho e da comissão e atenção o que é que vai acontecer à comissão quando al largarmos porque depois já começa a ficar impraticável teres uma comissão com com com uma quantidade de de de Comissários que que a torna de facto inoperante portanto nós não queremos órgãos inoperantes já temos já temos in apr que chegue nesta união e e depois tens um com uma lógica proporcional à população que é o Parlamento cada um tem o seu papel e quer dizer eu acho é que nós cada um tem seu papel mas o meu ponto aqui é que eu acho bem que o Parlamento europeu tenha um papel pequeno e portanto isso inevitavelmente faz com queas eleções segunda ordem tem um papel de escrutínio tem um papel apesar de tudo estar lá para para estar a olhar para o que eles estão a fazer e depois eu vejo Isto também e tem um papel legislativo sendo que não tem iniciativa uma vez que a iniciativa lhe é dada há trabalhos que são importantes do ponto de vista político e do ponto de vista das grandes discussões dos temas do futuro da Europa e eu Julgo que eh é importante nós vermos isto como não como Eh vamos eleger 21 deputados portugueses para o Parlamento europeu mas ver vamos nós estamos em conjunto na União Europeia a eleger um conjunto de grupos parlamentares no Parlamento europeu e eu pelo menos vejo sempre o meu voto no Parlamento europeu como reforçar aquele grupo penso sempre nisso na lógica de Bruxelas aou estrasburgo pronto também é outra disfunção do Parlamento pois seguir est daido de colar o Sebastião bogalho às posições do restante partido Popular europeu fazo não necessariamente não necessariamente eu percebo depois o que Estás a dizer é isso que Estás a dizer é mesmo isso Susana é olhar do ponto de vista do grupo parlamentar Europeu é mesmo estás é assim que eu voto não interessa tanto o que o Sebastião bogalho Pensa ou o que o PSD pensa mas sim o que o ppe pensa o que as famílias europeias pensam vamos vamos trazer o o o Jorge aqui porque dizias que era preciso repensar Jorge da forma como se faz campanha eleitoral se calhar é preciso que esta conversa também entre na campanha Mas será que sim Será que isto não se vai traduzir num desap delo ao voto não necessariamente eu eu eu eu aqui nesta neste neste micro debate dentre o Luís e a Susana curiosamente concordo com os dois sem concordar totalmente com nenhum o que é que eu quero dizer com isto eu acho que eu estou completamente de acordo com o luí Aliás já já escrevi um artigo para O Observador que que vai sair esta semana meu artigo de opinião em que faço um argumento completamente semelhante acho que de facto o poder na União Europeia quer queiramos quer não independentemente de lirismo e e e cinismo o poder está no Concelho e está está na na comissão quer dizer o Parlamento pode ter muitos poderes na prática etc na na no papel mas na prática quem manda onde onde se fazem as grandes decisões é no Concelho não estou a falar de regular as tampas as tampas da das garrafas agora não poderem sair da garrafa estou a falar decisões no sentido consequênci consequentes agora o ponto aqui é o seguinte eu eu concordando com isso eu acho que as eleições europeias podem servir indiretamente para discutirmos a Europa e para discutirmos aquilo que os governos nacionais Quais são as posições que os governos nacionais vão levar a Europa ao concelho Isto é bem nós temos o governo Nacional em Portugal e todos os outros governos que tipicamente o tema da Europa e o tema que o governo os temas que o governo vai defender na Europa não são discutidos enfim pelo menos assim com mais profundidade e e as eleições para o Parlamento europeu podem servir fundamentalmente para dar um imporão a uma discussão sobre o que é que o governo Nacional vai fazer no no Parlamento europeu e portanto no fundo é um motivo para empurrar os cidadãos e a comunidade política nacional para debater a Europa e o que é que o país como um todo o país Nacional pensa sobre a Europa e Quais são qual quais serão as linhas orientadoras do país da posição para a Europa H enfim e E essas linhas depois serão aqui reduzido o paradoxo não é quer dizer essas linhas depois serão implementadas não pelos deputados ao Parlamento europeu mas sim pelo pelo pelo governo nacional e portanto apesar de de existir aqui este paradoxo nas eleições europeias e podem servir como motivo para para acelerar isto relativamente às campanhas sim eu eu estou perfeitamente convencido que este modelo já está completamente escutado e e penso eu estou eu estou eu estou um bocadinho expectante relativamente mas faz ouvir faz ouvir Claro não não Claro claro mas eu estou expectante relativamente à a esta estas eleições europeias porque eu acho que poderá noos últimos anos poderão realmente ter mudado alguma coisa relativamente relativamente à à à ideia que os cidadãos têm da Europa Isto é nomeadamente quer a crise do do covid quer a questão da Ucrânia troux trouxeram uma uma politização e uma e uma e um falar constante sobre a Europa quer dizer muitas eu acho que as as as pessoas terão percebido ou terão realmente interiorizado de que muitas das coisas que se decidem não se decidem ou melhor decidem-se na Europa são os governos nacionais que vão decidir a Europa mas de facto a Europa é aquela áa onde muitas destas coisas são decididas e enfim olhando por exemplo para os números do da do registro do dos votos antecipados aparentemente poderemos estar Face ao que são às eleições europeias Claro não espero que haja uma participação Eleitoral na mesma medida na mesma na mesma ordem de grandeza das legislativas mas poderemos estar perante uma participação que pode ser pelo menos menos negativa do que aquilo que que que muitas pessoas esperam vamos vamos ver eh Jorge Fernandes luí agier conraria Susana peralta obrigada por este mini fora do baralho eh o o debate das rádios é já daqui a cerca de uma hora Bom dia