Vídeo: Como ultrapassar casos de violência sexual?

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Este programa tem o apoio da xamir optical Visão perfeita toque pessoal a miopia infantil pode ser gerida a shamir lançou as lentes shamir optimi que promovem uma visão completa para deixar as crianças mais felizes as lentes xamir que gerem a progressão da miopia são super resistentes Estéticas e muito confortáveis com as lentes xamir optimy melhora o bem-estar da sua criança saiba mais em xam [Música] PT tenho 21 anos e há quase três fui vítima de violência sexual Este é um e-mail é assim que começa o e-mail de um ouvinte H Olá Eduardo Boa tarde eh este ouvinte pede para falar sobre este tema diz que nem sabe muito bem o que há de contar mas deixou este desabafo isto eh enfim é complicadíssimo de ultrapassar mas o que é que se pode dizer a esta vítima lás DIT h eu acho que essas coisas são mais frequentes do que às vezes podem parecer nós estamos muito habituados à aquela violência explícita não é em que de uma forma muito invasiva e aeste da sexualidade alguém que está connosco que de alguma forma merece um aval de confiança da nossa parte acaba por nos fazer muito mal tanto mal que esse tipo de i é o lado mais mais brutal digo eu deste tipo de coisas e esse tipo de experiências é é tão é tão intenso é tão desorganizador que depois nunca mais esquece e fica Guardado na memória independentemente dos anos que nós acabemos por viver com uma agravante é que E ainda por cima e esse é o lado mais perverso deste tipo de experiências é que o o A grande questão da violência não é aquilo que ela desencadeia naquele momento são outros aspectos em primeiro lugar é eh a pergunta que nós acabamos por fazer a nós próprios no sentido de tentarmos perceber onde é que podíamos ter feito de outro modo e não fizemos como se andássemos de alguma forma contaminados por uma espécie de culpa que não tem objetiv objetivamente a ver conosco mas é como se no fundo ficássemos consp porcos por aquela pessoa e que depois se traduz na maneira como nós vamos cogitando de múltiplas formas e muitos porquês em relação à nossa atitude em relação a isso e depois grave ainda muito mais grave é que qualquer outra relação que nós vinhamos a ter por mais que seja relação mais sincera mais segura mais mais verdadeira do mundo sempre que se aproxima de perto ou de longe com aquilo que nos magou tremendamente faz com que a nossa memória de uma forma compreensível Acenda não sei quantos alarmes e portanto uma experiência de uma violência como essa acaba por contaminar e acaba por comprometer tudo aquilo que muitas vezes é de facto a Sexualidade que se pode viver a partir daí com custos absolutamente incalculáveis é um dano às vezes quando as pessoas são atropeladas e ficam com uma secuela física eh Há sempre alguém e bem que estima a incapacidade e Define um dano eh mas em relação a isto h não acontece tanto embora o dano seja muito mais significativo e mais incapacitante ainda e portanto eh eu percebo que que que esta pessoa seja capaz de circunscrever e mensagem a isto eu fui vítima e agora e o que eu acho importante é que nós tínhamos também a a noção a humildade digo eu de perceber que não são os homens invariavelmente exclusivamente os protagonistas dos exercícios de violência sexual h e e ela acaba por ser às vezes muito mais democrática do que nós podemos imaginar mas mas que tem sempre este pormenor as pessoas têm muita vergonha de o assumir porque em multiplas circunstâncias se sentem muito julgadas como se o facto de serem vítimas só não chegasse já para o sofrimento todo que acabam por ter mas eu sei que isto é um clichê mas dizer que o tempo ajuda a curar tem algum fundamento não não de todo de todos dito de todo porque tá a ver aquilo que nós muitas vezes numa linguagem mais técnica que depois resbala para a opinião pública e se banaliza de uma forma perigosa às vezes aquilo que nós chamamos traumatismo é isto um traumatismo é uma experiência que que é tão violenta em termos emocionais que funciona como uma nódoa difícil dentro de nós não há antin novas que tire pelo contrário e quanto mais nós nos imaginamos distanciados dessa experiência com muito tempo passado mais nos surpreendemos porque às vezes é só uma série ou um episodio Zinho que evoca tipo password aquilo que nós vivemos E mais uma vez é como se fosse uma ferida uma espécie de abcesso que lá está que de vez em quando rompe e estamos nós a ser invadidos por um conjunto de experiências portanto isto manifesta-se de forma cíclica e e sempre connosco a perguntar porquê Portanto o tempo não cura nada mas um traumatismo seguramente que não cura de certeza bom Eduardo ficamos por aqui hoje amanhã Voltamos com mais um tema Até lá já sabe escreva-nos para Eduardo Sá @ observador.pt com este tipo de temas com outros esteja completamente à vontade Faremos o nosso melhor Eduardo um grande abraço obrigada e até amanhã Um abraço grande também até manhã [Música] [Música] jit Este programa tem o apoio da shamir optical Visão perfeita toque pessoal