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sabia que é possível identificar precocemente potenciais doentes cardíacos e assim diminuir a probabilidade de terem um infarto ou um AVC é desta avaliação de risco cardiovascular que vamos falar nesta consulta informal um programa que faz parte do arterial a secção do Observador dedicada às doenças cérebro cardiovasculares como sempre falamos com um médico e um doente e hoje convidamos para este Episódio António Miguel Ferreira médico cardiologista no hospital de Santa Cruz e no hospital da Luz em Lisboa e João Paulo Pires reformado que tem um risco cardiovascular moderado e já vamos perceber o que é que isto significa Começando por António Miguel Ferreira eh gostava de de perguntar o que é que é isto da avaliação do Risco cardiovascular nós muitas vezes temos noção que a partir de uma certa idade temos que fazer alguns exames que já estão estandardizados e que as pessoas já estão habituadas pelo menos a ouvir falar que tem que fazer como é o caso por exemplo da colonoscopia a partir dos 50 anos acho que essa idade já tem tem vido também a mudar um pouco mas em relação ao risco cardiovascular é assim algo que não é tão falado e daí que nós tínhamos trazido este tema também para o debate como é que uma pessoa pode tentar fazer a avaliação do Risco cardiovascular e qual a importância Muito obrigado pela pergunta a avaliação do Risco cardiovascular é de facto muito importante porque nós sabemos que em Portugal as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e talvez mais importante do que isso é que nas nestas que Quando acontecem antes dos 70 anos mais ou menos 80% são evitáveis o que quer dizer que se nós tivéssemos intervindo precocemente podíamos ou se intervimos precocemente podemos evitar muitos destes eventos para isso nós temos que identificar as pessoas que estão em maior risco temos de identificar Quais são os fatores de risco que elas têm onde é que nós precisamos de intervir e temos que intervir mais precocemente possível como é que é feita esta avaliação de risco clar imaginando agora que eu vou sair desta conversa muito preocupada porque já estou a chegar à idade em que tenho que me preocupar mesmo com Com estes assuntos h e vou ter com quem vou ter com a médica de família vou diretamente a um cardiologista e o que é que pode vir dessa consulta e o que é que o que é que me vai acontecer por assim dizer muito bem os médicos de Camila estão perfeitamente habilitados a fazer essa avaliação faz parte do treino deles assim como também de outras especialidades como como por exemplo a minha especialidade a cardiologia hum esta avaliação habitualmente as pessoas devem começar a pensar nisso por volta dos 40 anos de idade um pouco depois disso 45 nas mulheres e essa avaliação pode ser de iniciativa da própria pessoa que procura os cuidados de saúde ou então nalguns casos são os próprios cuidados de saúde que contactam a pessoa a dizer venha cá para fazermos uma avaliação Global da sua da sua saúde para fazermos medicina preventiva e onde está naturalmente incluído o a avaliação do Risco cardiovascular isso acontece tanto no no sistema público como no privado perfeitamente tal igual eh depois como é que o médico faz isto o médico começa por fazer algumas perguntas ao doente eh nomeadamente os antecedentes são aqui muito importantes porque aquilo que o médico pretende fazer é classificar o risco cardiovascular e daquele doente ou daquela pessoa que tem à frente eh e portanto nós temos várias categorias de risco cardiovascular desde o muito elevado ao elevado e depois o baixo a moderado portanto temos temos de categoria isso portanto algumas perguntas básicas iniciais têm a ver com os antecedentes porquê Porque arrumam logo a questão se a pessoa já teve antecedentes infarto de um AVC se já fez bypass se já fez uma geoplastia portanto aí não é preciso já está num grupo está já está classificado como sendo de risco muito elevado e se a pessoa tem diabetes por exemplo geralmente são maior parte deles são doentes de risco elevado ou muito elevado se tem suficiência renal pronto esse São perguntas importantes se a pessoa não tem nada disso que é o que acontece na General das pessoas que se apresentam para fazer uma avaliação do Risco então então nós vamos utilizar calculadoras de risco cardiovascular na Europa aquilo que está recomendado é uma calculadora chamada score 2 que envolve cinco parâmetros nomeadamente a idade o sexo e se a pessoa é fumadora ou não a pressão arterial máxima portanto sistólica e o colesterol total e com base nesses cinco parâmetros o médico calcula o o o parâmetro score 2 que no fundo é um é um número uma percentagem que que diz qual é o risco daquela pessoa vir a ter um evento cardiovascular nos 10 anos seguintes eh também se pode calcular com maior grau de incerteza naturalmente o risco que a pessoa tem ao longo da vida toda isso é particularmente importante para os jovens porque se uma pessoa de 40 anos for ao médico e se utilizarmos o uma calcul desta destas a 10 anos Muito provavelmente Apesar pode até ter muitos fatores de risco Mas como é jovem poderá ter um evento até 50 ainda é relativamente baixa mas se nós aumentarmos o horizonte temporal essa probilidade vai disparar e é uma calculadora Ou seja é mesmo na própria consulta é uma co sim é só preciso medir a prão arterial e é preciso ter análise do colesterol é a única coisa que realmente o único exame que é necessário fazer são análises que incluam o colesterol uhum muito bem eh o João Paulo Pires eh contou-me numa conversa prévia esta gravação que andava na na sua vida corrida como todos nós e que não era uma grande preocupação a esta questão da Saúde apesar de até ter trabalhado e próximo da área h quando é que foi o dia em que em que acionou ali um alerta de que se calhar era melhor e ver o que é que se estava a passar consigo Ok eh houve alguém que comprou um aparelhinho para medir atenção e tudo que estava à roda mediu atenção incluindo eu quando quando medi aquilo deu 18 e tal ou 19 deu assim um valor disparatado eh não era nada que eu não tivesse a noção podia ter mas esse valor não claro então contactei um médico que me disse se calhar O melhor é mesmo consultar um cardiologista Pronto foi exatamente isso que eu fiz tendo a noção que andava a fazer tudo aquilo que não é recomendável stresse indisciplina alimentar não havia exercício e portanto tudo contribuía para que realmente a coisa não tivesse bem e pois como não sou alto Cheguei a uma altura que tinha tanto de altura como de largura porque o peso era brutal Pois porque tinha sabe quantos Kilos mais ou menos tinha 85 86 kg quando cheguei ao PED Dr Antônio e estava gordíssima e portanto nada nada previa que a coisa tivesse boa pelo contrário não é adivinhava que podia acontecer qualquer coisa e daí eu ter e decidido ir lá pronto e basicamente o meu início foi e eu se eu sai com verdita então de risco eh já não sei se lembram quando is já foi há 12 ou 13 anos eu lembro quando quando o o João Paulo vem vem à consulta realmente pesava mais 15 Kg do que do do que pesa agora não fazia exercício físico tinha pressão arterial muito alta tinha volta de 300 de colesterol não é e eu fiz Exatamente isto fiz estas perguntas e e utilizei tal calculadora de risco e na altura o o o Paulo já era um doente de risco elevado elevado certo e portanto e a história do Paulo foi particularmente gratificante para mim porque realmente o o o Paulo conseguiu com uma pequena ajuda minha e corrigir estes fatores de risco risco todos começou a fazer exercício físico regular e perdeu o peso e uma excelente adesão à à à medicação para para a atensão arterial e para o colesterol que hoje em dia está está muito bom e portanto o risco cardiovascular do Paulo reduziu reduziu bastante foi difícil fazer a a mudança de sobretudo os cilos de vida porque eu acho que os comprimidos nós ainda o médico diz e até tomamos mas quem não pratica exercício físico e começar e mesmo a mudança da alimentação é Um Desafio ainda grande deixa-me dizer-lhe uma coisa que para mim como doente neste caso é importante ou foi importante é importante nós confiarmos a quem vamos uhum porque é aquilo treinadores e médicos todos somos não é e portanto temos sempre alguém que nos rodeia que sabe mais que o médico que fomos portanto a primeira coisa é acreditar na pessoa a segunda coisa é ter a força de vontade e perceber eu gosto de cá andar eu estou a fazer mal isto tem que alterar pronto o que é que o que é que eu pessoa como doente fiz primeiro ouvi alguém depois pensei eu quero cá andar e isto não tá bem Portanto vamos for isto bem pronto e a partir daí eu criei uma disciplina criei uma disciplina eu vou lhe dizer só este pequeno pormenor eu moro em queixas e eu nunca na vida mas nunca se me dissesses assim um dia vais de bicicleta à Expo eu dizia Oi desculpe Talvez uma consulta no outro sítio qualquer seja boa ideia e eu voul dizer que hoje vou de bicicleta de queijas a ESP pronto e portanto o que é que eu tive que fazer Tive que fazer tudo aquilo que não fazia respeitar muito a medicação fazer ter hábitos alimentares se me dizes não fazes exageros faço faço como toda a gente faz questão de Equilíbrio po ter um dia OB mas não faço do exagero a regra não é a regra é eu ter algum cuidado e fazer as coisas que deve dizer Pronto e mentalizar que estava mal e quer estar bem a partir daí eu acho que quando se diz ahi é muito difícil não é o que é um trabalho para já é confiar no médico e também não é uma mudança de um dia para outro também é importante não olha que é uma mudança de um dia para o outro sim mas por exemplo pegar na bicicleta ir logo até não isso também não é bom para coração pois pois era nesse sentido que eu dizia ou seja ir fazendo as coisas aos poucos sim sim mas eu vou lhe dizer que tem que ser uma medida não é aquela do começa para a semana começa logo mal é tem que começar hoje não vai de quejas à Expo mas vai de quejas a queijas e já ficas estourado e começa a ir a pouco e pouco e a coisa vai aumar se começar a habituar pronto e outra coisa depois é entrar num ritmo em que a pessoa vai percebendo e depois tem uma vantagem uma alg muito grande que é e a mesma alegria acredito nisto é começar a perceber que tá melhor uhum não é mas sentisse fisicamente fisicamente é ir à balança e a coisa começar a reduzir é ir à consulta e ouvir alguém dizer e pá isto já não está não sei quanto já está não sei que mais já está mais baixo e portanto nós começamos a ter um incentivo que é visível que é Realista e começamos a sentir melhor pronto a partir daí não há ninguém que goste de Can que não começa a a cavalgar na melhoria pois o difícil é até eu acho que passa a ser oo contrário que é quando a pessoa já não pratica exercício já começa a sentir mesmo no corpo que sente um malestar eu acho que é isso ve Às vezes sim porque o exício físico dá um bemestar físico e psicológico muito grande depois a pessoa sente sente sente necessidade ex Mas então o João Paulo passa de um risco moderado não sei em quanto tempo mas para um risco moderado não um risco grave elevado para um risco moderado que é o que que se encontra neste como é que depois é feito ou seja há uma primeira consulta é avaliada avaliado o risco cardiovascular o doente começa ou ainda não é bom é uma pessoa saudável com com o potencial de vir a ser um doente eh que era aquilo que me dizia que estamos a prever para prevenir é isso h a partir desse momento então começamos a ter uma mudança de estilos de vida de estilos de vida e também a ter a parte dos medicamentos mas depois há uma avaliação pelo médico eh penso que numa fase inicial Estreita até chegar depois a uma a diminuição desse risco é isso certo ou seja depois numa em consultas subsequentes aquilo que podemos fazer já não me recordo se fiz com o Paulo ou não mas é olhar agora para as análises para para os mesmos parâmetros que que que que vimos anteriormente e recalcular o risco e dizer João Paulo se o risco era de por exemplo 10% e agora que já corrigimos o colesterol agora que já corrigimos a pressão arterial agora que tudo está melhor o seu risco já é só por exemplo de 4 ou 5% portanto há aqui caminho feito e portanto a probabilidade de você vir a ter problemas graves diminuiu bastante portanto tamb um motivador parabéns e motivador para a pessoa continuar a fazer o que tem feito até aqui porque existe um João Paulo antes da avaliação do Risco cardiovascular e depois não tenha não tenha duas dúvidas e depois é uma coisa boa que é o seu trabalho sozinho que é entrar n algum exagero e começar a dizer já estou já eu me estou a controlar a mim vais parar pronto e portanto a a pessoa também se autocorrige e ajuda ao médico e que é muito importante ISO que o JP tá a dizer é muito importante o o o médico está lá para ajudar costumo às vezes dizer que nós somos o o uma equipa somos o navegador ou o copiloto do doente porque quem está atrás do volante na verdade é ele nós só dizemos Olha a direção é por ali e damos conselhos faça isto até tomem este medicamento é um conselho fizer até porque também a toma da medicação muitas vezes há falhas e as pessoas acham que dominam os medicamentos vou lá experimentar deixar de tomar agora este medicação para ver se consigo controlar o colesterol por mim e nem sempre é exatamente nós aqui temos neste neste campo temos muito um problema daquilo que nós chamamos adesão à terapêutica que até relativamente fácil terapêutica não só fármacos terapêutica também alteração de estilo de vida é relativamente fácil mudar as coisas durante um período relativamente curto de tempo mas é mais difícil manter isso ao longo de uma vida inteira portanto Isto é é um caminho é uma maratona tanto na parte farmacológica no nos Medic como na parte não farmacológica e mesmo o espaço entre consultas também começa a diminuir a partir do momento em que a pessoa está mais controlada vai S passado no tempo claro até ser só anual h eu gostava que que me falasse se existe algum estudo ou alguma percentagem que nos diga já nos falou numa inicialmente mas eh que estas calculadoras de risco nos digam não só o risco estimado de um doente mas também a diminuição do Risco se esses fatores forem corrigidos e e e disse-me hoje que por por exemplo se deixar de fumar o seu risco de ter um infarto nos próximos 10 anos passa de 14 para 7% por exemplo por exemplo são são Dados que que os médicos têm e que também passam isso na na consulta Existe algum estudo que queira são as mesm são as mesmas ferramentas no fundo Ou seja eu quando faço a introdução dos dados no no computador por exemplo vou quando vou à tabela posso dizer Olhe H uma coisa que o João Paulo não disse mas El ele ele ele fumava mas já tinha deixado de fumar antes da consulta mas podia ter acontecido dizer olha o João Paulo fuma uma das coisas mais important se calhar mais importante que pode fazer pela sua saúde é deixar de fumar e em termos cardiovasculares o seu risco neste momento é x se deixar de fumar essa calculadora D porcentagem doente a doente ou seja valade casa casa é individualizado claro claro que quando quando estamos a falar de de de risco estamos a falar de probabilidades não é e portanto se eu digo a um doente sua probabilidade é de 10% quer dizer que se houver 100 Clones daquela pessoa 10 vão ter o evento e 90 não vão ter a calculadora não nos diz a pessoa que temos concretamente à frente vai estar no grupo dos 90 vai estar no grupo dos até pode estar controlado e ter um episódio isso também não é possível há sempre aqui um grau de incerteza não é mas o que interessa é que a pessoa faça tudo aquilo que acha que deve fazer não é que entende que vale a pena fazer para diminuir o seu risco cardiovascular para evitar um evento evitável Uhum E este Existe algum estudo H que nos indique quanto é que poupamos ao estado e com uma avaliação de risco não sei se se estes estudos existem Mas alguma algum algum cálculo não é que já que estamos a falar aqui de cálculos que nos dissessem quanto é que se pouparia ao ao estado se cada um de nós a partir de certa idade e com algumas características fizéssemos esta avaliação de risco cardiovascular olha são contas muito difíceis de fazer e eu não conheço propriamente num estudo em Portugal que que diga isso por exemplo há há sei que há um estudo em relação à à carga do do colesterol elevado e e Sinceramente não me recordo do valor mas sei que eram correspondia a vários eurom milhões pois o custo o custo para o país porquê Porque o colesterol em si mesmo não não mata ninguém mas causa muitos infartos e muitos avcs que esses sim causam matam pessoas e põem pessoas em cadeira de rodas e e pessoas que que não deixam de trabalhar por aí fora de uma maneira geral é sempre mais barato prevenir uma doença do que tratá-la e aqui os maiores maior parte dos custos destas doenças e Cérebro cardiovasculares vem do tratamento Agudo vem do tratamento dos infartos vem do tratamento dos avcs e depois toda a perda de de vida deatividade que acontece depois disso pessoas que passam C menos ativas e que representam um custo para est ex tem de se reformar e precocemente portanto às vezes há pessoas há um filho que deixa uma filha que deixa de trabalhar ou trabalha menos Para apoiar o pai ou a mãe portanto H isto acaba por ter custos também do ponto de vista social e económico Muito grandes uhum eh e e a prevenção costuma ser em saúde costuma ser um bom negócio um bom negócio no sentido de uma coisa que vale a pena fazer João Paulo é o exemplo disso eh levou esta mensagem para casa e e tem tentado evangelizar entre aspas os amigos eh para fazerem esta avaliação de riscar deas escar pelo menos passar a mensagem posso dar um exemplo H um amigo meu que já é doente do ok do António também e o João diz isto com orgulho e com sorriso é engraçado porque pelo menos conseguiu pelo menos fez a diferença na vida daquela pessoa mas uma avia mas sabe o que eu voue explicar porque é que digo algum e tenho mais pessoas que que me pedem e porque nós quando chegamos a uma determinada idade uhum porque já não nos apercebemos que chegamos lá mas quando chegamos começa a ver aquelas pequenas coisas e começamos a olhar para o parceiro do lado ou para a parceira do lado e ela tá melhor que nós pelo menos aspeto e pá o que é que tu andas a fazer não é normalmente pergunta-se isto e a gente às vezes di Olha tive um cuidado tive cuidado aqui aquilo que lá as pessoas quando têm as primeiras dificuldades ou têm os primeiros sintomas vê sempre perguntar Olha quem é a pessoa que não sei quê Porque queremos a tal confiança e realmente um dos meus amigos já é de vento do e tenho mães que me pedem se calhar Qualquer dia vou te pedir para se arranjar uma consulta o que é que seja o contacto e e isso é verdade é muito importante e também sabermos vender para aqueles que estão a nossa volta que prevenir é melhor do que depois acontecer algum problema e então a coisa complica até quando dá sinais já significa que já já há uma doença que pode estar porque muitas vezes estas doenças são silenciosas esta doença tipicamente é silenciosa durante décadas Pois quando a pessoa tem um enfarte ou um AVC eh Geralmente as as placas dentro das artérias que provocaram esses esses eventos já lá estão H há décadas portanto é muito importante que a pessoa se comece a a preocupar com isto relativamente cedo muito antes de ter sintomas como eu digo a década dos 40 é geralmente o a altura ideal para se pensar nisso eh não é que antes não não não se Deva identificar os fatores de risco mas Fazer uma avaliação sistemática geralmente depois das 40 estava aqui a lembrar a propósito da da conversa que H há umas recomendações do Reino Unido sobre o tratamento do colesterol e que realmente tentando enfatizar a necessidade do do tratamento precoce diziam que não tratar o colesterol cedo é como alguém se atirar de um arranha céus e só se começar a preocupar quando chega ao terceiro andar eu acho que é uma comparação que as pessoas entendem bem uma imagem muito feliz uhum Nós já estamos a terminar esta esta conversa h eu gostava só pedir ao António que nos codific asse algum dos alguns dos mitos que estão ainda muito na sociedade como as pessoas só as pessoas mais velhas é que TM avcs e infartos o que neste projeto arterial temos mostrado precisamente o contrário porque as Report tunh na primeira pessoa são pessoas muito novas e temos casos de pessoas de 20 30 de casos dec em farte ou então se eu pratico exercício físico e se tenho as cuidados toos também estou estou bem e não vou ter nenhum evento Quais são os mitos que importa combater há duas duas ou três duas perceções falsas que er importante combater uma é de que estas doenças só acontecem a pessoas idosas e que não vale a pena preocupar-me com isso ou que são uma fatalidade não há nada que eu possa fazer anos pelo contrário há muito que se pode fazer sobretudo se a pessoa começar cedo e quanto mais cedo começar melhor até não são precisas intervenções tão agressivas digamos assim essa é uma uma das das falsas perceções outra por exemplo é de que isto é um um problema e só de homens por exemplo não aconteça às mulheres é é falso também outra outra percepção falsa que está muito arregada é por exemplo se se eu sou magro então não há hipótese nenhuma ter o colesterol alto e e a relação entre as duas coisas é é muito teno tenho imensos doentes que são magríssima eh pelo menos não são obeses e tem colesterol muito elevado e vice-versa e vicea Às vez também há fatores de risc São genéticos não estamos só a falar de estilos de vida e aqui é particularmente verdade nós sabemos que os níveis circulantes de colesterol são determinados panto mais ou menos 2is terços não vê daquilo que nós comemos é o nosso próprio organismo que produz Sobretudo o fígado portanto só 1/3 é que é determinado pela alimentação portanto eu tenho tenho muitos doentes que POD podiam às vezes digo isso a brincar podiam comer só alface o dia todo e todos os dias que iam ter sempre o colesterol elevado porque o próprio organismo produz portanto e a maneira de tratar essa elevação de colesterol Claro que não pode ser só através da dieta e há sempre alguma coisa a fazer mesmo quando o risco é elevado sempre sempre sempre alguma coisa a fazer mesmo quando a pessoa já teve um evento já teve um infarto a um AVC Essas são as pessoas têm maior risco de de voltar a ter eventos nós chamamos a isso prevenção secundária já tiveram um evento eh mesmo aí há muito a fazer há muito a fazer porque essas pessoas têm um risco elevado e portanto têm Obrigatoriamente de controlar todos os fatores de risco a diabetes a tensão arterial o colesterol para evitar eventos subsequentes muito bem João Paulo gostava que de lhe pedir uma mensagem final eh O que é que diria às às pessoas que vão assistir a este assistir ou ouvir conforme o formato hh mas o que é que lhes diria sente-se melhor hoje sente-se um jovem sim não mas aquilo tuia tá a correr bem isso eu posso dizer tá cor bem para mim Eh mudou muito mas aquilo que eu dizia às pessoas é que exatamente aquilo que António disse é não acontece só aos outros acontece a toda a gente e chegando aa determinada altura pá sempre aquele dia em que paramos e que dizemos assim se calhar é começar a olhar para nós e começar a perceber que também somos um daqueles que um dia pode acontecer qualquer coisa pronto e de uma forma natural que não foi o meu caso ou já fui numa avançada mas talvez dizer às pessoas de uma forma natural começar a ter pá uma uma atenção especial consigo e porque que ver determinadas coisas pronto e aí o médico facilmente lhe explica o que deve fazer o que não deve fazer e a prevenção que que tem que ter em mente e a pressão arterial Nunca mais teve a 18 Não não nunca mais não não diga isso nunca mais não nem o nem o colesterol 300 e tal anda no c e tal e muito bom ótimo António uma mensagem Final O que é que diria à às pessoas que agora ficam alertadas para para este tema olha a mensagem que eu gostaria de deixar é que realmente que as pessoas pensem nisto não é não é para ficarem assustadas mas mas é para evitar aquilo que pode ser evitado para que mais tarde não não se arrependam e e e e pensem se eu tivesse feito as coisas de forma diferente isto agora não me tinha acontecido portanto Sem dramas eh consultem o seu médico avalie o risco cardiovascular Façam as análises Vejam a atensão arterial méo vai calcular o score Às vezes pode ser necessário um ou outro exame complementar mas pensem nisso com tempo e é de saúde que estamos a falar prenção de doenças muito obrigada todos os episódios da consulta informal estão disponíveis em vídeo e em formato podcast no site do Observador e nas plataformas habituais pode ouvi-los também na rádio observador até à próxima i