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Este programa tem o apoio da xamir optical Visão perfeita toque pessoal a miopia infantil pode ser gerida a shamir lançou as lentes shamir optimi que promovem uma visão completa para deixar as crianças mais felizes as lentes xamir que gerem a progressão da miopia são super resistentes Estéticas e muito confortáveis com as lentes xamir optimy melhora o bem-estar da sua criança saiba mais em xam PT hoje é dia de Santo António celebra-se em Lisboa e noutras cidades do país não tarda Daqui a uma semana temos o s João e logo a seguir o São Pedro Estamos na época dos Santos como se costuma dizer olá Eduardo L DIT comeu uma sardinha aí não celebra o Santo António ou São João não é e quanto mais para cima mais São João é is H só uma é pouco pois uma é pouco uma é pouco é verdade é verdade Estamos numa época de tradições e muito curiosamente são daquelas tradições que parece que não SA está indo de moda e os jovens continuam a a aderir à festa dos Santos ela vai mudando ligeiramente pelo menos em alguns rituais mas no essencial mantém-se ho eu acho que a festa felizmente não paga imposto de luxo mas para algumas pessoas parece que sim e a festa é um é uma circunstância incrível que faz provavelmente as mais democráticas que pode existir Uhum que une as pessoas de todos os credos de todas as cores com todos os pontos de vista dos mais diferentes que possam existir e que as Une em função da expressão eh de um ritual que faz a ponte de facto entre o passado e o futuro uhum entre O Pagão e o sim e o religioso uhum Exatamente isso é uma coisa tão intensa tão intensa que depois quando nós observamos as pessoas a marcharem quando nós as vimos numa rivalidade de bairros ou quando os Vimos a repetirem os mesmos rituais desde das sardinhas às coisas aos manjericos a tudo que nos possa passar pela cabeça nós percebemos que de facto a memória é um reservatório muito precioso que nos faz ligar ao futuro e portanto eu percebo lindamente que os jovens aa por cima à boleia da festa se eh assumam estas tradições e as levem por diante e cresam com elas isto também é uma época de Santos casamenteiros Sobretudo o o Santo António é é conhecido pelo santo casamenteiro por por Excelência H mas o São João também dá a sua perninha nesse nesse caso eh é é uma é uma altura h em que as pessoas procuram uma data simbólica para festejarem e essa união celebrarem o casamento é uma altura em que as pessoas para além de tudo aquilo que as liga e e eu acho que é muito bonito e que no casamento se parta do pressuposto que não é nem sequer um padre que casa as pessoas é quando muito uma testemunha porque elas só só podem ter esse aval sagrado a pelas mãos de Deus e portanto terem um patron significa terem mais do que uma testemunha quase como se fosse um mensageiro uma espécie de código postal que mais depressa se chega ao aval Divino e portanto eu compreendo que elas eh procurem este tipo de guarda-chuva porque têm a noção que para além de tudo aquilo que as une inevitavelmente a bondade de um padroeiro a olhar para uma relação amum fará sorte não é dá sorte fará com que tenha muito mais probabilidades ainda de dar certo sorte uhum e eh o o Santo António é o protetor dos Marinheiros eh o que faz sentido ser o o o o protetor portanto eh de uma cidade como Lisboa das raparigas e casadoiras também e acaba por eh de alguma forma transformar uma festa que é pagã em tantos os tantos sentidos numa festa com alguma coisa de de Divino vai-se perdendo ao longo dos anos tem-se vindo a perder essa mais essa tradição religiosa ficam mais as sardinhas fica mais a festa mais os bailaricos eu eu acho que a tradição religiosa Depende fundamentalmente de quem veicula essa mensagem e de quem no fundo a adapta a toda uma realidade nova que pessoas de alguma forma e vão H enfim abordando eu acho que a dimensão do religioso é uma coisa muito bonita porque nos dá uma dimensão de alguma humildade torna-nos pequeninos perante coisas que são de uma dimensão muito mais significativa não se trata de nós negarmos os porquês em relação a muitos aspectos mas dá-nos uma humildade antes uma dimensão de uma pequenez humana que nos abre para o transcendente e o transcendente de facto abre-nos para desafios muito grandes e eu acho que nós se calhar vamos dando tantas oportunidades de alguma omnipotência Zinha aos nossos filhos que de repente aquilo que é que vai para além da omnipotência de todos os dias acaba por parecer Fora de Moda quando quando não está até porque os desafios que a vida nos traz muito r rapidamente nos ajudam a perceber que a omnipotência que nós cultivamos todos os dias depois barra n alguns obstáculos que inevitavelmente a vida também no TR isto enfim isto anda tudo ligado não é e isto também está está ligado ao ao ciclo natural e do do tempo das estações do tempo ao à à fecundidade dos solos à aproximação das colheitas Ou seja no passado havia uma relação muito Direta com eh os fenómenos meteorológicos com a natureza e portanto havia aqui também um Digamos que um ritual eh prático não é prático na na vida prática das das pessoas eh entretanto transformou-se sobretudo numa festividade mas como dizia o Eduardo nas ruas as pessoas têm outro eh humor outra capacidade de União outra capacidade de interação que não existe durante o o resto do ano porquê pois não os dito porque independentemente de tudo o resto os nossos antepassados sabiam muito bem de como o inverno trazia tantas oportunidades de de morte tantas pessoas festejavam o carnaval porque era o primeiro passo para exorcisar a o escuro e começarem a preparar-se para a primavera e depois quando chegam ao dia mais longo que está quase quase quase a chegar a vida tem uma força um apelo uma dimensão erótica tão intensa que de repente é quase impossível não nos apaixonarmos por ela depois de não sei quantos deg grauzin ao longo dos meses em que fomos crescendo para ela e portanto a festa nesta altura não é por acaso que as festas são sobretudo nesta altura porque a natureza convida-nos a festejar o facto de estarmos vivos estarmos num Encantamento com a beleza que ela inevitavelmente tem nesta altura basta vermos a luz fantástica que ela nos dá por estes meses os mais os mais velhos e talvez os velhos do restelo e olham agora para estas festividades nomeadamente nos bairros ditos típicos de Lisboa muitos deles já enfim com demasiados turistas em comparação com digamos a a população local com as pessoas que ali habitavam olham já para para para estas celebrações como algo H que já não que já não é verdadeiramente lisboeta ou portoes ou enfim que está de alguma forma travestido também de eh uma festa internacional de atração de turistas H às PES É mas no essencial eu acho que não é Se nós formos ao São João do porto ou se formos ao Santo António a Lisboa nós percebemos que h h ao lado castiço das pessoas que vivem até à medula todas estas festas e depois os portoes e os lisboetas de várias idades de várias áreas e de de de várias classes sociais acabam por se envolver numa festa com a qual foram crescendo e portanto por muito que os turistas tenham um lado um bocadinho voi em relação a isto tudo eu acho que é muito Difícil eles perceberem esta dimensão tradicional e não é por eles cá estarem que nós vamos vendê-la se calhar às vezes embrulhá-la de maneira que seja mais Apetitosa mas depois na sua génese e a alma das pessoas que vivem este tipo de festas que faz toda a diferença e que nos une e nos comove e nos junta e nos faz no fundo entrar na festa com um gosto absolutamente único e Aliás já há muitos turistas que vêm de nesta época para Celebrar porque costuma dizer-se que depois de experimentar toda a gente quer continuar a voltar a um Arraial de Santo António ou de São João com esta alma toda como não não é exatamente Eduardo vamos descansar da noite de Santo António de ontem voltamos amanhã com mais um tema até lá ouça-nos em podcast e também escreva-nos para Eduardo @ observador.pt Eduardo um grande abraço obrigada e até amanhã Este programa 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