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euranet Plus Cá estamos para o nosso encontro à quarta-feira hora de almoço para debater temas nacionais e europeus Com o painel fixo Eduardo Pacheco e Mariana Vieira da Silva bem-vindos à Renascença de novo mais tarde mais à frente vamos ter aqui Catarina Martins dando início também à participação rotativa dos eurodeputados eleitos agora nas últimas eleições sobre os temas europeus vamos ao tema Nacional agendando aqui a questão da saúde já depois do anúncio do plano de emergência e transformação na saúde causou também bem polémica a declaração da ministra da Saúde sobre as lideranças fracas no setor eh quando disse isto na comissão eh parlamentar de saúde nas últimas horas disse que foi mal interpretada nessa declaração H dizendo que não se referia aos administradores hospitalares mas a toda uma cadeia de liderança apesar de tudo houve uma demissão do Conselho de administração da unidade local de saúde de Viseu dão lafões na sequência destas declarações Maria Vera da Silva O que é que está mal no plano da Saúde o PS diz que quer mesmo inclusivamente uma uma fiscalização mais aportada deste plano do governo bom muito muito boa tarde eh o que me parece estar mal no no no plano da saúde é eh são três coisas fundamentais a primeira delas eh o facto de o governo ter preferido começar por desfazer tudo o que existia de gestão de de de verão e de reformas eh com o afastamento do do do Fernando araúj da direção executiva mas não só depois parte de um diagnóstico quanto a nós está errado porque o diagnóstico que é feito é de que neste momento existe uma diminuta utilização da capacidade instalada do SNS e do setor privado e isso não é verdade e aliás o relatório diz que não é verdade porque diz que ouvido toda a gente que Ouviram todos incluindo os privados se queixaram de escacez de Recursos Humanos porque parte este relatório o governo com uma única ambição que é poder eh fazer mais passagem de responsabilidades para o setor privado quanto ao mais o partido socialista aprovou propôs e foi hoje aprovado por unanimidade uma um um grupo de trabalho para acompanhar o plano mas aí porque acho que essa é a função da Assembleia da República ainda mais porque nesta primeira audição entre dados errados do diagnóstico eh que existiam e esse ataque mais ou menos generalizado a todo o setor da saú julgamos que é importante que a assembleia possa no âmbito das suas funções fazer o escrutínio pacheca acredito que não Concorde com Mariana ver da Silva e noutro plano se contesta esta ideia de eventualmente os privados serem aqui beneficiados deste ponto de vista redirecionando o investimento do estado para setor privado Boa tarde também todosos que nos acompanham a Mariana e à Catarina Martins também Ora bem o dia nó se é perfeito ou não é não não não vou aqui fazer essa avaliação mas o diagnóstico para a opinião pública está É claro é que o CNS como está não responde às suas necessidades sobretudo na entrada as pessoas todas têm a sensação de que depois de conseguirem passar a barreira de entrada são bem atendidas e à qualidade no serviço que é prestado e há um acompanhamento adequado os recursos humanos são inexcedível da enagem da apoio da Medicina as condições em regra são aceitáveis e portanto as pessoas depois de passar a barreira há um problema que é uma porta de entrada demasiado Estreita e e o governo anterior eh eu penso que até no início pensou que era só a falta de financiamento que era crónico no serviço Nacional de saúde aumentou dramaticamente o as transferências para o SNS É verdade só que o problema não foi resolvido e este plano responde a isso Responde na Perspectiva que i-se se não era recurso não era o problema financeiro a base do problema era um problema de gestão que o próprio governo anterior também o identificou tarde quando tentou nadamente com com aver uma estrutura diferente de organização de SNS mas isto Demorou anos até conseguir compreender isso Ora bem o diagnóstico Tá feito agora vamos a tentar encontrar soluções e aquilo que independentemente da Médio prazo se procurar que o SNS tenha capacidade de responder per si Hoje não tem porque se as pessoas têm que esperar semanas e meses para ter uma consulta aou uma cirurgia ultrapassando até os prazos que são cientificamente recomendados significa que o SNS não responde e portanto se é assim temos que recorrer a outros privados e setor social para que as pessoas sejam atendidas o que as pessoas se precisam de uma uma cirurgia querem é ter essa cirurgia dentro do prazo razoável respond é aqui que o plano responde positivamente na sua opinião é uma perspectiva de resposta positiva a essa necessidade que as pessoas têm de serem de terem atempadamente os cuidados de saúde que precisam e como é que resolve a questão da escacez de recursos neste momento é através da sua transferência para o setor privado através se o setor público não tem recursos suficientes vamos através do setor privado e e depois temos que ir então à questão de fundo e a questão de fundo eu eu tenho dúvidas o plano responde que é a questão de eh salvaguarda da dos recursos humanos que já lá estão e novamente ser aliciante para outros poderem vir para o setor público porque nós temos tido nos últimos NS últimos 20 anos e um um problema que é eh o setor Privado não só na saúde mas em outros paga muito melhor que o setor público uma câmara municipal abre concursos para arquitetos ou Engenheiros e os concursos ficam abertos ficam desertos porque ninguém aparece a o ministério precisa de de de médicos a carreira dos professores Idêntica e as pessoas não não não vêm enmagem é a mesma coisa porque nós pagamos mal e eu recordo-me que e há dinheiro para pagar melhor Tem que haver porque se não vale mais fechar a porta eu posso lhe dizer que tive uma conversa informal com o Ministro Fernando Medina quando ele tomou posse e disse-lhe ISO mesmo assim olha se é preciso resolver o problema da função pública não é sempre estar a apostar naqueles estão na base para melhor ter melhores condições salariais e mas é ter perspectiva de carreira e pagar aos quadros técnicos que aí é que é necessário reter e que ter capacidade de trir Mariana enira da Silva é este é um debate que eu tenho muito interesse mas vou deixá-lo em suspens até uma próxima edição a questão é que na saúde e e todos os responsáveis pela esta privado têm dito isto vamos a um dos temas que T ocupado mais espaço no debate público que tem a ver com e as maternidades os os médicos obstetras e ecologistas o setor privado já veio dizer que não tem capacidade de responder porque também tem falta de recursos e eh o PSD eh passou os últimos 2 anos sempre a dizer eh que este problema era só um problema de gestão e que tinha uma resposta simples e agora confronta-se e vai-se confrontar ainda mais nos próximos meses com a impossibilidade de Resposta simples porque mesmo o setor privado que já esta ministra tem desafiado para resolver o problema Onde existe carência nomeadamente na na área de Lisboa boa existe carência para todos e portanto nós construímos um mito que é uma ideia de que o único problema são os recursos que existem disponíveis no SNS porque fora do SNS há recursos e isso por is simplesmente não responde à verdade não corresponde à verdade e quando nós partimos de um diagnóstico errado depois podemos ter ótimas ideias elas não vão ser suficientes para resolver o problema e mais o governo faz o diagnóstico err pode alargar faz faz porque parte do princípio que há uma subutilização de uma capacidade instalada nomeadamente do setor privado e não corresponde à verdade hoje em dia o estado os imigrantes os enfermeiros que vão para a imigração por exemplo tudo isso é muito menor do que já foi e não eu não estou a dizer que este problema existe nos enfermeiros nesta medida mas nos médicos existe e o número dos que vão para a imigração é o normal da vida das pessoas que às vezes eh resolvem viver para fora e têm todo o direito não é nenhum número absurdamente grande eu eu sou favorável à revisão de carreiras e o e o governo anterior fez um acordo com os médicos que aumentou os salários entre 15 para todos e 60 por A questão não é essa é que nós não formamos nas últimas décadas médicos suficientes temos um momento de carência e as respostas que o governo aqui faz por exemplo quando cria aqueles centros de atendimento para as não urgências pode agravar a situação porque cada vez em saúde que eu abro uma porta eu crio procura isto está mais do que estudado e nós estamos a abrir portas incluindo no setor privado e no setor social e a tentar fazer acordo sem ter médicos para lão dos médicos as as vagas e esse Esse é um tema onde nunca tem havido consenso entre o PS e o PSD na na relação com com a ordem dos médicos mas mas eu volto a dizer não há nenhum país que tenha o número de urgências abertas que Portugal Tem à noite e e e quando nós criticamos as soluções de rotatividade ou de de de referenciação para urgências dizendo que elas são prova da má gestão como o PSD fez nos últimos meses ficamos depois limitados na utilização de uma resposta que existe na Europa toda que é uma gestão de urgências razoável Face depois à necessidade do número de médicos que de urgência tem que ter e e e isso é o que tem que ser acompanhado e aqui como noutras áreas mas na saúde isso é muito visível o PSD sofre por ter feito críticas simplistas às dificuldades que o país tem não de tudo de todo porque e as pessoas sabem e as pessoas sabem isso e o problema das urgências é muito fácil de identificar é que os serviços de proximidade não dão resposta e as pessoas já sabem que não vale a pena com mesmo que tenha um problema simples ir para o serviço para o seu centro de saúde e a menos que perceba que que vai ter amanhã e então vai às 3 da manhã e para Ant vento que vai ter um problema às 10 e pode ser que consa senha para ter uma consulta ou caso contrário dirige diretamente para as urgências 16 16 ou 18 horas numa porque não é urgente e foi erradamente para fta de médicos como é que abrir mais uma porta vai vai resolver o problema é isso que eu não consigo compreender todas essas pessoas forem atendidas onde devem ser atendidas significa que as as urgências e os hospitais ficam resguardados para aquilo que deve ser a sua função quando a a a falta de recursos a falta de Recursos Humanos nomeadamente com com a saída da universidade tem vindo com os sucessivos governos a ser eh reduzida essa possibilidade porque o número de vagas na área da saúde tem vindo sistematicamente a ser alargado só que ainda não atingiu o o suficiente mas se for necessário que que venham médicos de Fora nós já tivemos isso no passado com médicos de outras nacionalidades não é fácil passar pelo crive de ordem dos médicos e temos que ter tem sido fácil equivalência de diplomas aí é que é o mais importante e a partir do momento em que nós queremos que outros países aceitem os nossos Profissionais de Saúde porque os diplomas são bons e devem ser credíveis temos que aceitar que de outros países venham diplomas com o mesmo nível de credibilidade e a ordem dos médicos mais cedo ou mais tarde vai ter que aceitar essa situação porque é a única forma de dar resposta que é um dos dos objetivos de cada médico de dar resposta àqueles que PR que ordem dos médicos não t sido parte da solução a ordem dos médicos muitas vezes Deixa de ser uma entidade para defender a profissão e passa a ser uma entidade sindical numa lógica pura e simples de defesa dos interesses imediatos de quem já está na na na sua função e isso não é aquilo que era o objetivo e a missão de uma ordem profissional como é que leu Mariana esta declaração da ministra sobre as lideranças fracas no SNS bom eu eu eu Julgo que a senhora ministra da Saúde na na comissão eh na Assembleia da República perante as dificuldades de algumas perguntas eh resolveu expressar eh a a a responsabilização por por muitos protagonistas Julgo que rapidamente a ministra da saúde perceberá que sem eh a A Hierarquia na saúde não conseguirá cumprir o seu papel e e procurará arender ISS acho acho que sim a foi diz que foi mal interpretada sim mas foi mal interpretada porque não estava só a dizer mal de um dos grupos mas mas mesmo de todos eh e portanto não sei se esse é o caminho eu eu Julgo que agora eh é preciso avançarmos e assumir que esse comentário foi um erro já todos cometemos erros de de ou ou fomos mal interpretados em Em alguns momentos o meu ponto aqui é outro é que se o problema está nas respostas que o governo propõe e podemos responsabilizar quem quisermos podemos substituir todas as direções dos hospitais podemos substituir todos os organismos do do Ministério da Saúde e o problema permanecerá e portanto aquilo que que que recomendo é que se possa compreender que a complexidade dos problemas é de tal maneira grande que as respostas simples raras vezes eh os os os resolvem e e quando nós olhamos para os jornais europeus em toda a parte em todos os países europeus nós vemos replicar esta dimensão e de problemas que são muito parecidos em toda a Europa e eu nestas coisas eh tenho sempre o mesmo princípio se fosse assim tão fácil de resolver não tínhamos os países todos com os mesmos problemas é preciso um investimento estrutural H na melhoria das condições das carreiras e tinham sido desenhados e acordados até com os médicos vários instrumentos nomeadamente de poder pagar mais quando melhora a capacidade de de atendimento ao expressar esse investimento porque o dinheiro não Estica e é sempre o mesmo para a contratualização com setores que também eles têm dificuldades e o próprio relatório diz isso nas últimas páginas diz que a primeira dificuldade de todas as entrevistas que a comissão fez de todos os setores incluindo o privado e social é a falta de médicos e por isso eh é preciso concentrar-nos e foi foram essas as questões que o que o partido socialista colocou na comissão numa resposta estrutural que permita pagar melhor dar um Horizonte de carreira melhor iso é que é a solução foi infeliz a ministra nesta declaração já agora eh a Médio prazo eu concordo mas é preciso dar uma resposta para amanhã para as pessoas que estão que estão neste momento eh a precisar de ter uma cirurgia e que não conseguem com os prazos todos ultrapassados agora que a Médio prazo deve ser dentro do do da parte pública do serviço Nacional de saúde eu concordo mas enquanto isso não for possível as pessoas não não podem ficar à espera eu permito-me só só uma Uma notinha muito rápida nós eh todos sabemos as dificuldades que o SNS tem e eu e eu não as nego e e foi uma área de grande dificuldade para o governo anterior Mas a questão é que esse essa realidade essa descrição do problema não corresponde à verdade porque quando nós olhamos por exemplo aos indicadores na Oncologia que é um dos problemas mais difíceis Portugal Tem dos melhores indicadores europeus e portanto resolver com certeza mas estamos a identificar uma resposta ou estamos a dispersar mais ainda aos recursos aqui temos uma discordância clara porque nós podemos ter bons indicadores de sobrevivência a doenças por exemplo doenças oncológicas e ao nível dos tratamentos Como eu disse o problema e os inquéritos são feitos e as conversas pessoais que nós temos com muitas pessoas indiciam isso ninguém critica depois de ter passado a porta o tratamento que recebeu eh o a dificuldade é de acesso Ora bem E esse acesso nomeadamente de acordo com as normas internacion é muitas vezes fora do tempo razoável e final que existe mas não fuj à resposta da senhora ministra rápid ag eu digo só o seguinte eu pessoalmente não tenho uma forma de de debate de um t agressivo e Portanto acho que não é a forma de nós debatermos as questões e muitas mas isso outros terão outros estilos agora há aqui uma nota também nunca nunca concordo com tudo o que seja críticas generalistas tal como eu não gosto de ouvir dizer os políticos são todos Isto ou são todos aquilo dizer que todas as administrações são má ou que que as lideranças são todas má também não é uma forma de porque estamos a misturar aqueles que são bons com aqueles que porventura não o sejam devos direcionar a crítica para quem deve ser criticado vamos ao tema europeu euronet Plus não há ainda fumo branco em relação à distribuição dos cargos há um acordo Global nos cargos europeus depois das eleições europeias em cima da mesa eventual nomeação por parte do Conselho europeu de António costra para Presidente desse órgão o conselho Europeu é uma a decisão dos líderes da União Europeia há margem naturalmente há também outros cálculos a fazer nomeadamente a presidente da Comissão europeia que é proposta pelo concelho e que vai ainda ser votada pelo Parlamento europeu e aqui os eurodeputados tê uma palavra muito específica e neste espaço sempre à quarta-feira temos tido e agora retomamos no novo ciclo legislativo e rotativamente os eurodeputados eleitos para o Parlamento europeu deputados portugueses Por isso dou as boas-vindas a Catarina Martins do bloco de esquerda Muito obrigado pela sua disponibilid para Entrar nesta nossa conversa eh Catarina já disse várias vezes eh já sublinhou várias vezes a questão de António Costa e as alianças que podem permitir também esta esta eleição esta escolha não é uma eleição esta escolha de de António Costa coloca no mesmo saco os o acordo também por exemplo para o funder li poder ser nomeada e depois passar no Parlamento europeu tendo em conta que aí eh enfim eh por exemplo Temos visto algumas negociações ou conversações ou entendimentos pelo menos possíveis com a Itália nesse sentido Olá em primeiro lugar muito boa tarde é um gosto juntar-me a vocês eh cumprimentar a Rádio Renascença cumprimentar também Eduardo paxeco e Marana vira da Silva o que eu acho que é preciso compreender é que a nível europeu não se está a negociar um cargo ou seja os cargos são todos negociados em pacote a distribuição dos cargos de topo das instituições presidente da Comissão europeia Presidente do Conselho europeu mas não só outros cargos do Topo são discutidos em pacote por vários grupos europeus durante muitos anos foi feito por um acordo entre o partido Popular europeu Onde está PSD CDs e o grupo socialdemocratas Onde está o partido socialista em 2019 Como o centro teve um pouco menos peso teve de negociar e introduziu na negociação também os liberais Os Verdes também começaram por fazer esta negociação o que acontece agora é que tanto Os Verdes como os liberais perderam bastante o seu peso os sociais Democratas mantém mais ou menos o partido Popular europeu eh cresce e cresce muito a Extrema direita e o que está a acontecer é que ursa Vonder li que começou por acordar o acordar-se com os sociais Democratas com os liberais e até inicialmente com os verdes em 2019 agora está a negociar a sua manutenção também com a Extrema direita ou seja este pacote de cargos que inclui António Costa está a ser negociado eh nesta Neste jogo de sombras que tem os sociais-democratas os liberais o partido popular e a Extrema direita e eu acho que aqui há duas perplexidades por um lado é o facto do partido Popular europeu ter não só decidido negociar com a Extrema direita como estar Aparentemente a querer ficar com todos os cargos agora até o cargo do Conselho europeu dizem que deve ser dividido a meio do mandato como também o facto dos sociais Democratas entrarem neste jogo e portanto estarem a ser parte deste acordo que claramente está a incluir a Extrema direita Úrsula Vl não o esconde tem negociado com a Extrema direita à vista de toda a já volta-se Catarina Duardo Pacheco deste ponto de vista também Surgiu uma notícia que está a causar alguém algum furor ali em Bruxelas tem a ver com o facto está a ser consecutivamente adiada a discussão de um relatório sobre o estado de direito ou estado judicial na Itália até que esta decisão eventualmente seja e decidida porque foi tem sido agendada por sucessivos reuniões do executivo comunitário e está a ser adiada deste ponto de vista H parece-lhe que funder li não está também a seguir os caminhos corretos para para encontrar os apoios em primeiro lugar permita-me que cumprimente a Catarina Martins felicitá-lo pela eleição e e desejar-lhe o maior sucesso no seu mandato eh tenho a certeza que o fará com muita competência e e todo o seu contributo para a construção europeia será bem-vindo com uma perspectiva muitas vezes diferente da nossa mas é é importante as diferentes ideias da Europa poderem estar em cima da mesa e portanto desejar-lhe o maior sucesso e sobre esta negociação com com Itália Ora bem nós temos que pensar duas coisas em primeiro lugar pensar que vamos ter eh hum um acordo excluindo um dos grandes países da da União Europeia é eu penso que é um bocadinho utópico e um dos grandes países fundadores todos nós recordamos a fundação a seis de há 70 anos em que tinha a França Alemanha e Itália como os grandes países da constitução independentemente da força política que governa Itália que é Eleita que é Eleita democraticamente ninguém tá aqui a defender Eu não eu não revejo no seu programa mas os italianos são livres de escolher quem querem para para para o seu governo e e e nós europeus não podemos de repente On aqui bocada divisão então começa a ser Global dizer eu não nós vamos decidir mas nós não queremos conversar com italianos porque os italianos é um governo que nós que nós não gostamos ah e não conversamos com estes com os húngaros porque não gostamos do do seu governo e não conversamos com com Malta porque não gostamos do seu governo e portanto conversamos só só os amigos não ao respeitamos a Europa dos cidadãos que tem a vontade expressa livremente e a partir daí temos que respeitar quem está dentro do Conselho europeu Qual é o segundo tópico queria levantar Essa é essa é a primeira questão a segunda é que eh como todos nós sabemos a votação é e é por grupos políticos mas há liberd sempre de voto estamos a falar depois na questão da comissão europeia mas que tudo tudo tá interligado certo ainda por cima quando a presidente da Comissão eh se não for Eleita não há uma segunda volta tem que se escolher um novo candidato e portanto é natural que o partido Popular europeu como o maior partido queira ter eh queira assegurar vamos dizer assim uma maioria razoável que Garanta a o a presidência da comissão e tendo que tendo que negociar naturalmente com as outras forças políticas com Os Verdes com os sociais Democratas com eh o governo italiano para poder assegurar eh neste momento aquilo que acontece é que o os partidos que estão vamos dizer prontos a apoiar a senora vanderly tem cerca de 400 eurodeputados são precisos 360 basta que 10% destes destes 400 não votem para que ela não seja Eleita já já há 2 anos H há 5 anos perdão foi por nove votos a até se até se brincava a dizer que se os eurodeputados socialistas não tivessem participado nessa votação e tivessem e deram o seu apoio ela não tinha sido Eleita Vamos ouvir mar é normal que neste espaço ainda mais complicado ela quer assegurar a eleição o ppe quer assegurar a el Não é incómodo para os socialistas apoiar votar a favor Presidente ferl no Parlamento e Apesar deste acordo ou deste entendimento Catarina Martins estava aqui a sublinhar a questão do diálogo com a Extrema direita bom antes de mais saudar a Catarina Martins desejar-lhe um bom com mandato e dar-lhe os parabéns pela sua eleição eh o o o líder dos socialistas europeus a líder dos socialistas europeus Ainda Ontem reafirmou a vontade e a convicção do partido socialista europeu de que o apoio do partido socialista europeu à presidente da Comissão implica o a não existência de uma de uma abertura à extrema direita A questão aqui é o que é que é essa abertura à extrema direita falar não não o ponto não é não é tanto esse eh eh tudo que acontece na Europa tem que ser construído em consensos muito alargados e nomeadamente as discussões em sete conselho europeu não podem abdicar de alguns dos seus participantes sobre pena de bloquear o funcionamento do do Conselho europeu agora eu chama a atenção Nenhum de Nós estava na reunião do conselho europeu mas Os relatos que temos é que um dos problemas na reunião daquela noite foi precisamente o facto da da da da primeira-ministra da de Meloni considerar que o seu resultado e o seu lugar não estava a ser preservado e portanto esta ideia de um grande acordo não não não aparenta ser pelo menos a visão eh da própria da própria da da própria eh Meloni e portanto reafirmar que é preciso podermos beneficiar enquanto continente europeu de não ser necessário ao contrário do que HS tantas pareceu antes das eleições um acordo formal eh eh com a Extrema direita nem nem uma negociação formal é normal existir diálogo em particular dentro do Conselho europeu órgão que terá que criar consensos que muitas vezes parecem impossíveis até altas horas da madrugada aguardemos pela próxima reunião agora do ponto de vista da posição do partido socialista europeu ela mantém-se e ainda ontem foi reafirmado Catarina Martins esta posição dos socialistas não a tranquiliza os seus argumentos reparo se os socialistas aceitam um acordo com que que inclui sempre a Extrema direita fica complicado explicar Afinal de que são os valores europeus que defendem porque nós não podemos falar de eh valores europeus ao mesmo tempo que se apoia partidos eh que nos seus países não garantem condições de liberdade de imprensa não garantem condições de de liberdades várias atacam os direitos das mulheres e portanto enfim fica incompreensível Eu percebo que os populares sejam nervosos por seu lado eles lembram-se que há 5 anos andaram a acordar também com os verdes e a agora Os Verdes votaram contra Úrsula Vl e portanto agora querem ver se tem a maioria mais vasta agora é preciso ter clareza nestes nest as matérias eh não é verdade que não se possa excluir de um acordo político o governo de um país não é excluir o país nem é excluir as negociações com o país seguramente n Ou seja quando quando o partido de orban foi retirado do partido Popular europeu não significa que a Hungria deixou de ser um estado membro com quem se dialogava mas houve uma decisão sobre o facto da Hungria não cumprir condições básicas de democracia de estado de direito de liberdades e garantias e portanto eu acho que estas são as linhas de demarcação acho que seria uma humilhação para os socialistas aceitarem por exemplo o que hoje está em cima da mesa que é que o Mandato do presidente do conselho europeu possa ser dividido em dois para o partido Popular ficar com metade do mandato em todo caso veremos o que acontece nos últimos dias H algo que claramente morreu nestas negociações que é a possibilidade do partido Popular europeu dizer coisas como eh defendo o estado de direito ou a democracia ou como em Portugal ficou conhecido não é não de mon negro claramente estão de braços abertos para aquelas forças que atacam a democracia e os direitos Muito obrigado Catarina Martins pela participação cá Voltaremos a ter mais à frente Daqui a algumas semanas obrigado e também boa sorte para a sua eleição e para o seu mandato Mariana veira da Silva e Eduardo pachec encontramo-nos na próxima semana euranet Plus