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[Música] gabinete de guerra da Rádio observador é um espaço dedicado às guerras em curso uma na Ucrânia outra na faixa de gaza contamos hoje com a ajuda do Jorge Rodrigues oficial das Forças Armadas teve em várias missões internacionais e é agora coordenador de risco geopolítico da porto Business School Jorge muito boa tarde Boa tarde João Obrigado pelo convite Parea eu começo por lhe perguntar Vimos a visita de Vladimir Putin à Coreia do Norte que foi marcado por pelo anúncio de um período de Nova prosperidade entre os entre os dois países e até por um acordo de assistência mútua em caso de agressão Que tipo de acordos são estes e que importância é que isto pode ter para a guerra na Ucrânia Ora bem João o isto a especialidade de Putin desde o início do conflito tem sido a guerra das perceções mais do que propriamente atos concretos em que o sucesso não tem sido tão elevado como ele naturalmente esperava desde o início H na questão das imagens das mensagens aí sim tem conseguido de alguma forma ir passando eh com algum sucesso essas ditas perceções e estamos a falar da primeira visita desde 2020 logo tem bastante significado H vimos uma receção e até um abraço público de Kim yun também algo extraordinário Kim inclusivamente falou em público o que também não é normal e e tivemos um artigo de Putin logo à partida H esse artigo no no no rodong Simon em que deixa bem claro os objetivos da da visita e e passa realmente a imagem que pretende de ter aliados de inclusivamente a seguir vai visitar o o Vietnam Como sabe e e também a demonstração de diria algum desprezo eh pela Comunidade Internacional porque viaja sem h sem considerar o mandato internacional H com algumas ações viola as sanções económicas impostas pela ONU à à Coreia do Norte e portanto eh fortalece ligações estratégicas é um facto H um pouco em linha com a a triangulação quer fazer com a China com o sol global de rever a ordem internacional vigente ou se seja H se por um lado a Rússia verdadeiramente retira a nada de Essencial desta desta visita por outro lado não só proporciona à Coreia do Norte uma oportunidade de de protagonismo eh internacional que não teria de outra forma eh mas também demonstra como dizia há pouco que é capaz de ainda se mover e desenvolver contactos a nível internacional eh o o acordo concretamente e respondendo à segunda parte da da questão é verdadeiramente um acordo de assistência militar não não podemos fazer confusão com algo de defesa coletiva eh como tem por exemplo o artigo 5º da do do tratado da organização eh do Atlântico Norte h de alguma forma h Não transmita mesmo tipo de empenhamento e e vinculação h assume realmente uma uma ajuda mútua Face agressões de terceiros e e deixa bem claro que é em relação a terceiros e portanto não é uma uma ameaça eh e e desenvolve cooperação técnico-militar ou seja só se torna particularmente relevante hh caso venha haver algum tipo de alteração caso contrário exatamente o que a Ucrânia tem vindo a assinar com com outros países e portanto não se torna particular em abstrato nada de muito grave saliente e apenas para aditar nesta questão Estamos numa fase em que e a Rússia admitiu uma revisão da doutrina militar e nuclear russa Aí sim poderá ser um fator determinante para a evolução do conflito Jorge deixe-me virar de guerra para para a faixa de gasa para o médio Oriente nós vimos H uma sessão do conselho dos Direitos Humanos da da ONU a concluir que as autoridades israelitas são responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade eh cometidos na faixa de gasa Isto pode de alterar pelo menos a perceção pública da guerra que está a acontecer no médio Oriente ou H ou não vai ter impacto em Israel eh vai ter Impacto João vai ter Impacto e vai ter Impacto elevado Até no momento em que a Israel eh naturalmente eh no plano interno e externo no plano político como sabe com algumas dificuldades para Natan em manter o poder no plan no plano externo a pressão que tem sofrido dos Aliados em particular dos Estados Unidos eh naturalmente que mais uma uma ação internacional acaba por criar eh instabilidade e dificuldades eh poderá ser usada para como V lá um um inimigo útil eh um adversário útil poria antes assim eh porque de alguma forma eh as nações unidas têm sido vistas como não friendly para Israel nesse sentido poderá até funcionar um pouco ao contrário H há de facto crimes muito graves eh que devem ser considerados eh não são justificáveis à luz da da Lei da Guerra H há eh algum tipo de de violações H dos Direitos Humanos mas a verdade é que eh colocar como crimes de guerra é uma coisa e são ações concretas e que devem ser denunciadas cri crimes contra a humanidade e de extermínio como refere o relatório poderá ser mobilizador da da opinião pública interna Israelita porque isso já configura e de acordo com o artigo sétimo do estatuto de de Roma portanto do tribunal penal internacional que o estado teria que ter uma política sistemática contra a população Civil de extermínio que é o que refere o relatório ora vai ser uma zona cinzenta e que deixa demasiados fatores dúbios em que as eh opiniões jurídicas H se dividem se estivermos a falar dos princípios de necessidade a distinção precaução proporcionalidade há de facto aqui questões que devem ser relevadas outra coisa completamente diferente é ações e sistemáticas de extermínio portanto nesse sentido H irá definitivamente criar algum tipo de dificuldades ao regime Israelita mas também poderá ser mobilizador a nível interno eu fiquei curioso com esse com esse termo que que o Jorge usou a mão friendly da da ONU para Israel Porquê a ONU não está a ser firme o suficiente na condenação deste deste tipo de de crimes e de incidentes e on um pouco por H eh por por V lá pressão dos dos extremismos na região que há muitos de um lado e do outro mas também um pouco por culpa própria a verdade é que se coloca numa uma situação que eu não diria muito fácil aquela posição de de sensibilidade de servir de mediador de Pacificador hum para uma organização internacional que não tem o poder de facto e relembramos que o Conselho de Segurança é perfeitamente bloqueável e não há propriamente um instrumento que a ONU possa utilizar dentro do sistema político internacional que está completamente anacrónico e datado relembramos que é foi montado no no no pós Segunda Guerra Mundial e apesar do tribunal penal internacional procurar de alguma forma assumir esse esse esse papel verdadeiramente não tem a capacidade de impor algum tipo de de ação concreta perante os estados Portanto tem que utilizar outro tipo de poder um soft H em que não cria de facto barreiras e adversários de forma tão extremada que depois não pode servir e que preencher o papel de mediador que é verdadeiramente aqui o que está em causa principalmente por algumas questões de falta de sensibilidade de declarações e ao longo do período do conflito uhum queria fazer-lhe também uma pergunta sobre o possível alastrar do conflito no no médio Oriente nós temos visto navios atacados por por pelos Rebeldes UTI do yemen a a afundarem se no no ma vermelho no mar vermelho tem sido T sido incidentes recorrentes temos também visto muitos ataques na fronteira entre o Líbano e Israel com com o es bolá o risco de alastrar este conflito deixar de ser eh praticamente interno entre regiões palestinianas e e regiões israelitas h para outros atores no médio Oriente é real é um risco que ainda existe ou com o prosseguir da Guerra esse risco vai diminuindo h o risco é Real o risco existe h por probabilidade é que me parece não muito elevada ou seja H se por um lado se realmente F decorrer uma escalada seja ela vertical seja ela horizontal é preocupante pode atingir níveis que inclusivamente poderemos chegar ao nível nuclear num extremo eh quando uma ameaça existencial efetiva seja considerada Mas por outro lado H é pouco provável porque nenhum dos atores seja Regional eh seja eh internacional Global pretende verdadeiramente uma escalada estamos a falar por um lado do Irão e com os seus proxis que não encontra neste momento as condições necessárias para desenvolver esse esse tipo de ação ou seja não haveria garantias de vantagem para o irão por outro lado seja para Israel que se encontra de alguma forma atacado por várias frentes seja o seu maior apoiante H os Estados Unidos seja outros países com influência no sistema política internacional como a Rússia ou principalmente a China não há verdadeiramente interesse agora o que está aqui em causa no ataque ao navio eh tutor cargueiro eh que é um cargueiro de material granel em que sobre Bandeira libriana propriedade grega a tripulação eh Filipina é um pouco uma certa mudança em que eh não há verdadeiramente ali uma ligação como osú procuravam fazer uma ligação direta a Israel nós estamos a falar agora ataques h meios civis e infraestruturas civis sem envolvimento direto isso sim H alguma diferença e apesar da maior operação naval dos Estados Unidos pó Segunda grande Guerra H É verdade que os ataques continuam já houve outro cagiro este é o segundo navio comercial a ser afundado H já tivemos e o desvio do Galaxy Leader e portanto Isso sim é preocupante porque acaba por demonstrar uma maior eficácia operacional dos drones e mísseis eh que serão melhores e fornecidos pelo irão h e que acabam por também H enquadrar uma uma justificação dos úteis para h para questão para consumo interno para o insuco político administrativo nas áreas do ymen que controla mas também ganhar um pouco de posição como proxy de relevância do Irão portanto eh poderemos ter ações coordenadas mas também poderemos ter ações um pouco individualizadas e assim poderá ser perigoso visto que qualquer ação seja eh num vermelho seja no Líbano e poderemos ter um escalar por uma uma ação menos ponderada uma ação mesmo ao nível tático agradeço Jorge Rodrigues oficial das Forças Armadas em várias missões internacionais e agora coordenador de risco geopolítico da porto Business CL esteve a ajudar-nos a ler as duas guerras uma na Ucrânia e outra na faixa de gasa Jorge muito obrigado boa [Música] tarde l
3 comentários
Kim Jong é primo do Putin e dó Zelensky
Cacoal Rondônia brasil
Gosto das vozes de vocês de Portugal