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viva eu sou o Tiago bártolo Eu sou Matilde Ricardo eu sou o Rodrigo Santos e eu sou a Leonora Almeida neste repórter 360 tentamos compreender se os jovens têm o boletim de voto europeu em dia [Música] repórter 360 quando o assunto é a Europa poucos são os que compreendem o seu funcionamento na hora de ir até às urnas o conhecimento das instituições que a compõe é o maior aliado do voto consciente Miguel Ribeiro é estudante de ciências políticas e relações internacionais na faculdade de ciências humanas da Universidade Católica desde cedo que tem um olhar atento sobre a realidade europeia e é por isso um admirador da complexidade política que a envolve não eu acho que os jovens não têm bem noção do que são as eleições europeias nem muito os adultos as eleições europeias ocorrem de cinco em C anos as últimas foram em 2019 e servem para eleger os deputados para o Parlamento europeu que é o segundo maior Parlamento representativo no mundo a seguir do Parlamento da Índia e e os jovens não percebem bem a importância das eleições europeias porque sentem que a União Europeia é algo distante é algo que está lá para Bruxelas ou para a França e que não afeta a nossa realidade tal como umas legislativas ou mas presidenciais eu acho que começava por dizer que tal Como existe em Portugal é é uma coisa à escala da Europa e que depois vai ter impactos globais não só no nosso país ora também não te sei dizer assim Mega explicação sobre este assunto aquilo que eu sei tenho conhecimento são coisas básicas mas eu acho também há muito mais muito mais mediatismo mesmo a nível nacional e pouca Atenção se dá ao que sai dos processos legislativos da União Europeia a intervenção que o Parlamento tem a intervenção que a comissão tem sinceramente muito pouco ou praticamente nada digo isto porque se tu agora me pedisse para eu começar a falar sobre isso eu acho que não sei o que é que te que é que te diria Luísa barateiro membro da associação climática último recurso acredita que a literacia eleitoral deveria ser o primeiro recurso de todos os portugueses na hora do voto ainda há um bocadinho de falta de literacia eleitoral port acho penso que as pessoas não percebem às vezes muito bem quem é que estão a votar se é para a comissão se é para o Parlamento se o que é que é de facto aquilo que nós votamos e que elegemos são os deputados que nos vão representar no Parlamento europeu e que tem de facto a função de produzir as leis que depois vão ser transpostas para o nosso país e que vão entrar de forma estrutural naquilo que é o ornamento jurídico português quebra-cabeças que o funcionamento desta As instituições envolve parece difícil de resolver Francisco paupério cabeça de lista do partido livre às eleições europeias de 2024 devenda Quais são as primeiras peças a encaixar há um Parlamento europeu que comunica com uma comissão a comissão é que tem a iniciativa Legislativa mas o Parlamento tem um poder de veto e ao mesmo tempo o conselho Europeu também ou seja há três instituições que trabalham quase em cooperação para tentar chegar a uma negociação final aquilo que nós pretendemos a passar é que de facto é importante os jovens participarem é importante que os jovens percebam isto conta para a vida e o voto deles pode de facto fazer a diferença e há cada vez mais formas de aceder à informação sobre como funciona a união europeia soui incapaz de falar de de políticas paraos jovens quer seja do secundário da creche ou do ensino básico ou do ensino universitário isso é falar das dificuldades que é para chegar lá e por isso e nós não podemos o ensino é também um tema na ordem do dia no contexto europeu por outro lado a Europa parece não ter lugar nas conversas dos mais novos em Portugal quando o assunto é eleições o silêncio nas salas de aula torna-se insur cedor afinal qual é o papel das escolas na formação cívica da mais recente geração de eleitorado desempenha um papel muito importante se o desempenham da forma correta fal por experiência própria que não é importante que cada vez mais a política faça parte das escolas a literacia financeira a literacia política eleitoral tudo isso faça parte da formação de um cidadão quer nos 12 anos de obrigatoriedade de ensino quer na formação que entender fazer e puder fazer de forma mais tardia passarmos daquilo que é uma democracia meramente representativa em que votamos e assim desligamos durante 4 anos para uma democracia participativa em que os cidadãos estão envolvidos em todo o processo durante todas as fases daquilo que são as a tomada de decisão e ação nas decisões das suas vidas Ora bem eu acho que na pelo menos na parte da educação nós temos que apostar também na importância da União Europeia não enquanto opinião ou seja se podemos ser a favor ou contra a união europeia podemos querer mais integração ou menos integração mas saber em que áreas é que atua eu acho que é importante para também gerar curiosidade no nos alunos e nos estudantes de perceber se eu quiser falar de ambiente se calhar do ponto de vista de emissões o organismo que eu tenho que ir é sobretudo As instituições da União Europeia se eu quiser falar em termos de política externa se calhar o organismo que eu tenho que ir também estão na nestas instituições e acredito que as escolas estão a falhar de forma pode-se até dizer gravosa nesse papel porque os jovens passam muito mais tempo na escola e passando mais tempo na escola se fossem alertados para a importância destas eleições acredito que estariam muito mais incentivados a ir votar nós vimos em 2019 que tivemos a maior abstenção de sempre nas eleições europeias em que foi Sobretudo o voto jovem que faltou nas urnas e estamos em contraciclo com o que é a união europeia e com o que tem sido o comportamento dos jovens na União Europeia noutros países ou seja em 2019 houve um voto jovem massivo e foi isso que até reduziu a média de abstenção nestas eleições europeias e em Portugal realmente não conseguimos chegar aos jovens a mensagem não passou para aos jovens e eles não sentiram essa necessidade de mobilizar e de ir à zonas votar começando com as primeiras eleições as de 1987 quando e a abstenção se ficou nos 27,6 por a partir daí foi sempre a subir 89 48,9 votar nestas eleições ainda não estudei bem em quem é que vou votar mas acho importante portanto não vou deixar de fazer vou ver se estudo um bocado do assunto e vou lá sim vou votar nestas eleições europeias Aliás já votei através do voto antecipado porque acredito que como mulheres o tanto que nós lutamos para conseguir adquirir este direito seria só um desperdício se eu não utilizasse e como cidadã acredito que o direito ao voto não é apenas um direito mas também uma obrigação e uma expressão da nossa a vontade sim eu vou votar nestas eleições e acredito que seja essencial nós participarmos na política principalmente sendo jovens e perceber a importância das eleições europeias que acabam por ser uma forma de contribuirmos não só para Portugal mas também para Europa e para esta União que tem uma importância política muito grande de geração em geração o direito ao voto transforma-se cada vez mais num dever na luta contra a indiferença a informação revela ser a melhor arma a população não sabe bem o que é que a uni europeia trata e dentro desta causa encontrou várias várias explicações o que se passa na União Europeia Não não são processos transparentes ou Super transparentes que as pessoas consigam entender depois Há muitas instituições europeias que trabalham nesta criação de leis e as pessoas não entendem como é que o Como é que é o processo legislativo eu acredito que se houvesse maior informação sobre a importância destas eleições a abstenção seria baixíssima as barreiras à participação eleitoral das camadas mais jovens da população também se fazem sentir a nível geográfico cerca de 2000 km pararam Lisboa e Bruxelas a distância tem constituído cada vez mais uma barreira à integração dos jovens portugueses na União Europeia portanto nós estamos longe fisicamente da União Europeia e nó estamos muito longe também do ponto de vista de literacia cá em Portugal Como Nós não sabemos bem o que se faz lá a importância da União Europeia acabamos por desligar é esta noção de em Bruxelas é lá com eles não não influenciam não se sentem às vezes representados porque diria que se formos a uma escola já me aconteceu faço bastantes ações em escolas palestras E chegamos lá e se perguntarmos o nome de um a eurodeputado é difícil que não chamos dizer às vezes até um deputado cá em Portugal às vezes é difícil e para mim torna-se estranho é a falta de informação e também uma espécie de Ah isto não é necessário é para a Europa vão votar quase 400 milhões de pessoas o meu voto não importa até os nossos políticos não dão a importância a esta a estas eleições como se devia a dar a abstenção não dá tréguas o que torna essencial compreender os fatores que a motivam o próximo passo vai em direção à democracia no caminho até Bruxelas O que faz os portugueses optarem pela Rota da abstenção a abstenção pode sempre colocar em causa a legitimidade do processo democrático sim e não porquê porque vai votar quem quer é tão fácil quanto isso e mesmo que só houvesse um votante os eurodeputados eleitos tinham toda a legitimidade para B estar porque foram eleitos pelo povo e por sufrágio Universal eu eu costumo ver a abstenção como algo natural ou seja há pessoas que realmente não lhes importa o resultado das eleições e na minha opinião penso que temos que aceitar isso agora o que me preocupa é sobretudo abstenções altas e ainda mais nos jovens porque significa duas coisas primeiro que os jovens ou não têm a literacia para reconhecer a importância do processo dessa eleição e dois ou dois acham que e não interessa em quem votam e não há diferença em quem votam e os dois são muito preocupantes afeta Talvez um pouco a representatividade dos jovens junto dos eurodeputados Porque se os eurodeputados não sentem que os jovens estão a passar uma mensagem direta e concisa que são só pessoas de gerações mais mais velhas a ir votar vão tendencialmente representar as preocupações das pessoas mais velhas apesar de tudo os jovens estão a votar cada vez mais e nas últimas eleções eleções legislativas foi visível que muitos jovens foram votar pela primeira vez e e quando digo muitos jovens não digo apenas ali nos nos 18 20 cit é mesmo até aos 35 houve pessoas que nestas eleições sentiram a necessidade de votar pela primeira vez mais de 370 milhões de europeus vão escolher 720 eurodeputados sendo os eleitores portugueses a definir mais uma vez 21 desses mandatos Parlamento comissão europeia e conselho da União Europeia três órgãos essenciais para a aproximação da Europa enquanto comunidade tal como para a facilidade de intercâmbio entre os cidadãos de cada estado membro das políticas económicas às questões ambientais passando pela garantia de segurança e dos Direitos Humanos o papel de influência por parte das instituições europeias fazse sentir há há coisas que a comissão e o Parlamento europeu já estão a fazer que eu acho que são sinais positivos um foi a conferência do futuro da Europa em que convidamos não só jovens mas toda a população europeia a debater o futuro da Europa e a debater Em que sentido a tentar arranjarmos ideias a tentar eh mostrar as nossas preocupações Infelizmente o que aconteceu foi que todas essas preocupações e todas essas sugestões foram colocadas na gaveta ou seja perdeu-se uma oportunidade realmente de contacto de participação ativa com os cidadãos e infelizmente não teve o rumo que devia ter na minha opinião comissão europeia em Portugal Tem estado extremamente ativa até em parceria aqui com o pacto des embaixadores do clima que eu faço parte temos de facto estado a fazer campanhas de literacia de divulgação de como funciona a união europeia e é é fácil relativamente muito fácil aceder de forma digital a informação com esse conteúdo e perceber que de facto com um pequeno esforço que é no dia 9 ir às urnas votar podem influenciar positivamente o futuro Nós também vemos aqui a representação da comissão em Portugal a fazer eventos de tentar aproximar sobretudo as jovens da União Europeia através de iniciativas em que traz cá a presidente do Parlamento europeu a Roberta mer solola em que traz cá membros da comissão europeia para explicar também as políticas europeias e há uma tentativa de aproximação desida do público em geral h e portanto aproveito também estas campanhas eleitorais para fazer ouvir as nossas ideias nós somos no mundo em constante mudança há que acompanhar as tendências e a comunicação não foge à regra para que as campanhas eleitorais consigam chegar mais perto dos jovens têm de em primeiro lugar adotar estratégias que vão ao encontro do seu idioma próprio T que se adaptar começando a dirigir-se aos jovens pelos seus meios de comunicação seja por um Facebook Instagram tiktok as campanhas têm que se vir a habituar pouco a pouco à Nova realidade do que é o eleitorado e se queremos chegar perto dos jovens temos que ir onde os jovens estão estamos a ver que esse percurso também tem sido feito na Europa e temos feito muito uso das redes sociais e são claramente uma das Ferramentas mais importantes para a campanha primeiro porque temos algoritmos que nos dizem aquilo que queremos ouvir portanto se nós tivermos uma mensagem essa mensagem vai chegar aos ouvidos certos e de pessoas que realmente estão estão interessadas em ouvir não pode ser a mesma forma que se chega a pessoas de outras gerações o bater à porta Os panfletos as canetas as típicas arrad com a maior parte dos jovens já não funciona até acham um incómodo penso que praticamente todos os partidos pecam bastante a nível de de comunicação e das suas campanhas eleitorais para os jovens cada vez mais fazer um post não é suficiente não é suficiente nós precisamos de facto de eh chegar aos jovens de uma forma eficaz e ter o fator diferenciador pessoas querem falar querem partilhar ideias querem expor a sua opinião é perceber que isto já não chega e que se os jovens têm de ser envolvidos realmente no processo de tomada de decisão é mais democrático comunicarmos para uma rede social porque acabamos por chegar a todo tipo de público Infelizmente ainda não conseguimos passar em todos os mídia nomeadamente de televisão não conseguimos ter o mesmo espaço e é normal que partidos sobretudo que não sejam PS e PSD usem as redes sociais porque depois tem menos menos tempo de antena em todas as rádios e televisões e tem fazer também uso ou pelo menos tem que tentar passar a sua mensagem a falta de comparência nas urnas desvia o Comboio da representatividade nas tensões políticas europeias para garantir que os eleitores chegam à estação terminal de voto é necessário assegurar o bom funcionamento das Linhas eu acho que é um bocado uma questão de sensibilização por exemplo virem os deputados falar às faculdades Acho que são sempre coisas que acabam por gerar interesse aos jovens eu acho que sobretudo haver mais informação Acerca das eleições europeias porque eu acho que não é uma coisa assim muito falada de forma a que depois também os jovens pudessem saber mais sobre aquilo que une o Portugal a Europa Acho que mais informação as eleições serão para sempre para a maior parte dos jovens chatas ter que sair de casa num Domingo estar numa fila À Espera só para colocar uma cruz papel Dent turno e sair vai ser sempre chato Agora podem-se tornar mais relevantes se os jovens souberem no que é que estão a fotar E aí a união europeia tem que ir mais perto tem que arranjar outras formas de angariar atenção e sensibilizar os jovens para que fossem votar o que é que eu acho que falta falta explicar o que é que é a união europeia explicar porque é que é importante uma união europeia explicar também o que é que se faz nestas instituições ou seja não só no Parlamento europeu mas também na comissão e no conselho europeu e explicar como é que afeta o nosso dia a dia eu vou dizer algo para muita gente pode ser polémico Mas eu acredito ou não contestaria se agora fosse implementado o voto obrigatório como é por exemplo no Brasil se não se não for votar sem uma devida justificação recebe uma coima e em casa claro que isso aí já podemos entrar por outros caminhos de que não perde um pouco o sentido democrático se forçarmos alguém a algo nunca irá fazer de bom agrado se calhar um jovem que vive numa aldeia de Portugal Vai ter muito mais entraves para ir votar se calhar até tem mais dificuldade própria de mobilidade para poder ir votar se calhar tem outras prioridades funcionais no seu dia a dia essenciais se calhar tem uma situação económica mais precária penso que descentralizar ir aos sítios Onde estão os jovens e dar-lhes voz e envolvê-los nos processos que é não só ir mas como os levar também às instituições e abrir as portas destas instituições para que as pessoas de facto então representadas penso que será o caminho temos que reduzir desigualdades e isso a meu ver o melhor instrumento que temos é a União Europeia no momento em que poucos minutos decidem o futuro da representatividade Portuguesa a nível europeu nos próximos 5 anos a importância do voto indiscutivelmente da partidária qualquer decisão política que seja tomada atualmente vai influenciar a vida de um jovem tremendamente de facto de que forma é que a decisão para termos satisfazermos as nossas necessidades do presente podem ser tomadas da melhor forma para não comprometermos as necessidades do das Gerações futuras agora tentamos perceber o que é que está a motivar os jovens a irem votar se é um voto de revolta se de falta de de se sentirem representados pelos atuais partidos e de facto aqui preocupa-me um pouco este voto que está a surgir de revolta nos jovens e não só mais jovens nas consequências que esse gesto Pode parecer curto no tempo pode depois ter a longo prazo percebo que quem não está interessado Ach que são todos iguais ou pelo menos têm o mesmo tipo de discurso mas pedia uma uma vez neste neste nestas eleições europeias que estejam atentos às diferentes mensagens que percebam os diferentes intervenientes e depois escolher em relação o que querem para o seu futuro Porque vão viver com as consequências deste mandato de 5 anos no seu futuro esta reportagem foi feita por mim Tiago bártolo por mim Matilde Ricardo por mim Rodrigo Santos e por mim Leonor Almeida a coordenação é de Luana Plácido o design é de Carlota real e de Cláudia Martina aa potia do genérico de Luís Batista i