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Helena Matos e o debate de ontem ajudou a esclarecer os eleitores franceses sobre o que está em causa nestas eleições muito sinceramente os eleitores franceses não sei nem estou em modo de poder responder a quem aos estrangeiros que como eu estavam eh a assistir ao debate não não quer dizer não não me trouxe mais nada do que aquilo que já sabia e que é que a França de facto não quer discutir os seus assuntos a sério eh e isso eh nós podemos a discutir várias coisas eu acho que a França tem objetivamente um problema muito sério a com eh com a sua dívida pública com o seu orçamento aliás sua dívida pública teve agora uma avaliação pior os seus juros e é curioso quando nós vemos em al na imprensa francesa que a comparação que eles estão a fazer é com Portugal porque também foi em simultâneo nós percebemos que há um problema não é quero dizer porque o peso que um país como Portugal tem faç ao peso que um país como a França tem Ou seja quando vemos um país como a França a dizer ah mas Portugal não sei o quê quer dizer há há aqui dois problemas um se eles estão a a a a recorrer do nosso caso é porque há algum problema muito sério e depois é assim nós fazemos parte de uma união e que tem até tendência para para se aprofundar e se uma grande grande não é apenas uma grande economia é um dos países fundadores é um país com todo um historial eh que cai numa situação de gravíssima instabilidade ou ingovernabilidade o problema não é o problema da França é o problema de todos eh e é um problema de todos de uma forma muito grave quando houve a questão da da crise da das dívidas eh era evidente que se a falência fosse só só só para a Grécia aou Portugal a possibilidade quer dizer quando se começa a falar da Espanha percebe-se que é completamente diferente porque se o problema fosse só com Portugal ou com eh ou ou podíamos falir ou ou podia haver uma intervenção qualquer que resolvesse isto de outra forma Quando se é um pequeno país para o melhor e para o pior também é sim um pequeno país agora aquilo que estamos a falar é de um dos grandes de um país fundador todo é uma há uma questão histórica há uma questão política e há uma questão do peso e nós vemos como neste momento já temos uma mudança da centralidade da União Europeia em termos polític os eh eu acho que tendo em conta o resultado das das últimas europeias o que aconteceu na Alemanha colocar o chanceler numa situação de grande eh ou de sim grande fragilidade eh e tendo em conta a situação francesa nós percebemos e como é claro sempre tivemos isso na na União Europeia e antes na comunidade económica europeia na Comunidade Europeia a emergência de figuras eu acho que neste momento nós vemos claramente a emergir a figura de George Meloni que pode levar mesmo ela mesmo protagonizar uma refundação do espaço político em que está inserida e que poderá até mudar um pouco esta arquitetura barra contabilidade como se organizam os poderes e a distribuição dos cargos dentro da União Europeia Portanto tem porque em geral nós sempre assistimos a isso eh a união a união ou a comunidade tinha os seus órgãos mas depois havia lideranças na na Europa aquilo que nós vemos neste momento é que os sítios para onde costumávamos olhar olhamos e na Alemanha levamos anos a seguir a senhora Merkel nós todos os dias tínhamos notícias sobre a senhora Merkel Pens o que é que a senhora Merkel disse eh independentemente de concordarmos discordar não interessa mas era uma referência não é a dada altura uma pessoa percebe que aquilo foi um grande país mas que vive de uma história que já não é acompanhada pelo presente Ou seja é um grande vivem mal com isso claro e isto gera uma cultura do ressentimento e gera esta cultura do ressentimento à esquerda e à direita não é há ali uma cultura de ressentimento que torna e que se mistura também com um certo messianismo aquilo que nós temos de perceber Aquilo é o país da da Joana dar é é o país do General de gol é o país do Napoleão ou seja eh eles são Há ali um messianismo Eu recordo quando Grand de La France uma pessoa quando eles Vê com grander quer dizer Pronto e percebe-se quer dizer qualquer qualquer qualquer acontecimento numa autarquia Merry tem uma beleza uma elegância um um porte de estado que é uma coisa extraordinária não é mas depois percebe-se que aquilo já não é acompanhado e essa cultura do ressentimento entre uma França que obviamente nunca foi como eles imaginam agora imaginam mas pronto era era grande e que agora não tem essa a capacidade de acompanhamento gera mesmo esta cultura do ressentimento Pois eu acho que houve de facto ali em termos das questões da segurança o centro perdeu o Tino Ou seja a dada altura era evidente que havia problemas muito sérios e aliás os primeiros alertas vieram sindicatos sindicatos de esquerda sobre aquilo que eles cham Os territórios perdidos da República de facto não não não conseguem impor e a Lei comum não é e portanto isso mesmo agora por exemplo o que é chocante neste caso desta violação desta miúda eh uma miúda judia que tem ali tem a violação além de ser uma violação de uma menor por outros menores há características de antissemitismo porque ela era judia mas para lado desse horror o que o isto é uma coisa que se repete muito comumente nestes casos de violência juvenil aqui quase infantil Mas enfim não não são apenas os atos em em si eu quando vamos ver o que é a vida daqueles Miúdos que nós encontramos que qu dizer aos 12 anos a mãe é surpasser quer dizer a senhora ninguém controla uma criança mas isto não é um caso quer dizer nós encontramos muito isto nesses Tais e territórios presid da República nesses Tais bairros portanto há aqui Houve aqui uma uma uma um Lec pass que o abandono no fundo é o abandono do Estado dessas regiões dos professores dos educadores de Infância dos Funcionários das escolas dos médicos das Enfermeiras da autoridade do estado e que foram os primeiros a começar literalmente a levar pancada mas é que é literalmente a levar pancada não é