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muito bom dia estamos a chegar a Julho estamos a chegar ao período Alto das férias no Algarve férias de portugueses férias de Ingleses férias de tudo um pouco já que o turismo é a principal atividade económica da região do Algarve e a principal região Turística do país hoje estamos a emitir o contracorrente a partir da Praia da Rocha Provavelmente o primeiro destino turístico do Algarve o mais antigo mesmo assim uma praia muito diferente hoje daquilo que era há 50 ou 60 anos será este o modelo para o o Algarve continuar a crescer Será que o Algarve suporta mais turistas aliás Será que Portugal suporta mais turistas sabemos que essas questões não são pacíficas e por isso mesmo queremos discuti-las José Manuel Bom dia escreveste há muitos anos sobre escreveste há muitos anos sobre o sucessos do Turismo no Algarve hoje ainda achas que há turismo em excesso nesta região olha João eu diria que o problema do exesso é sempre um problema de perspectiva não é quer dizer se o tema do exesso de turismo é um tema que hoje em dia ocupa muitos olha muitos países desenvolvidos penso que na maior parte dos países pobres essa questão não se coloca e cidades como Lisboa cidades como Porto cidades como Barcelona cidades como sei lá já não vou para floren ou Veneza mas Roma Paris até Londres até Nova Iorque vai lá tu queixam-se muitas vezes de de de excesso de turismo o turismo transformou-se numa das principais atividades económicas do mundo e porque nós não queremos estar parados não é não queremos conhecer outras outras paisagens outros ambientes outras culturas eu creio que podemos nós achar que há aspectos do Turismo e que aqueles que gostam de viajar como eles como se diz acham menos prazenteiro menos civilizados a verdade é que o turismo hoje é fundamental para muitos países e em Portugal nós devemos em boa parte ao turismo a recuperação económica a PS troikas e foi o turismo mas não só mas Sobretudo o turismo que contribuiu para sairmos da da crise e e em boa parte contribui também para o crescimento económico dos últimos anos dito isto a verdade é que estamos a a bater recordes e o alarve está a bater recordes curiosamente o alarve não recuperou da crise da do covid tão depressa como recuperaram outros destinos como em Portugal por exemplo Lisboa Porto não é eh que são hoje em dia destinos também muito muito muito relevantes o ano passado os números do Turismo do eh do alarve ainda ficam ligeiramente abaixo dos números de e 2019 mas este ano continua a crescer e portanto eu não me admiraria que no final do ano nós tivéssemos em termos estou a falar em termos de visitantes e dormidas não é em termos de visitantes e dormidas tivéssemos no Algarve números idênticos aos 2019 agora eh tu recordaste uma vez um que em tempos falei de excesso de turismo não sei se era exatamente excesso de turismo não consegui e recuperar esse texto é um texto muito antigo é uma coisa de eu creio que foi 84 por aí 83 84 que eu escrevi esse esse que eu fiz esse trabalho foi uma altura em que o o Algar tinha passado por um período de muito rápido crescimento e depois até estávamos a passar por uma fase de crise não é estávamos foi na altura em que estava cá o o fundo monetário Internacional e eh o o grande problema na altura o título recorda-me bem recordo-me bem porque tive tive até uma uma uma discussão eh numa rádio Olha numa rádio precisamente eh animada e foi uma uma uma uma emissão feita a partir do Algarve por um um um radialista que depois se tornaria uma figura Nacional mas na altura trabalhava em Faro que era eh el se chama agora estav a falhar o nome pronto e e e a discussão foi com um antigo secretário de estado do Turismo cabrit net que era um homem do Algarve que ficou muito muito ofendido hã Vítor vor cabrit net Vítor cabrit net Vítor cabrit net porque há dois cabrit net um que era do PSD E outro que era do PCP Este era o do PSD que tinha sido secretário de estado do Turismo não não do PS era do PS já não não não era eraa do PSD do PSD era Joaquim cabrit Ned foi Governador Civil de Far então talvez ess F era esse ele foi Secret estado do Turismo no governo de bão salvo erro e enfim foi há muito tempo mas ten mas foi uma discussão animada is isso enfim foi uma discussão animada ele deixou que na altura escrevia no Expresso ele disse se fosse eu se mandasse mandava abrir não deixava ninguém que chegasse ao aeroporto leir esse título porque o título era o alarba à beira da catástrofe isto porquê também er fiza coisa por menos José Manuel exatamente mas é quear tinha na altura problemas gravíssimos por exemplo havia esgotos que iam dar à praia portant tin havido um desenvolvimento urbano rapidíssimo e havia muitas situações aliás Vamos lá ver o ao princípio as infraestruturas eram mínimas e a praia da Rocha Onde nós estamos hoje foi um dos primeiros SOS a desenvolver-se Aliás foi lá que se realizou foi precisamente na praia da Rocha que se realizou o primeiro congresso do Algar que foi em 1915 portanto estás a ver 109 anos foi em setembro de 1915 portanto e na altura já com perspectiva de dizer ver não apenas o turismo também outro outra estávamos a viver um tempo em que as indústria conserveira estava estava a crescer há há testos engraçadíssimos por exemplo desse tempo em que Portimão era uma cidade de indústria conserveira em que penso eu que era Júlio Dantas que descreve um passeio de barco aí no e no Rio e eh vai descrevendo que tocam as sirenes para eh chamar as mulheres para as fábricas porque foi uma noite boa de peixe portanto os barcos com estavam a chegar e e e e provavelmente nemem sequer se enchiam as fábricas todos os dias eu não não tive oportunidade de conseguir ver exatamente qual era o hábito de trabalhar nessa zona nesse tempo evidente que muito disto foi completamente transformado à feira por exemplo que era uma zona onde chegou a haver várias fábricas de conservas hoje em termos de densidade de ocupação turística relação entre o número de de camas e o número de turistas e a população é o concelho mais sobrecarregado do Algarve Eu recordo que nessa altura tinha também um os gotos a sair mesmo junto da Praia dos Pescadores portanto era uma situação complicada havia outros temas que havia bloqueios na na nas vias de comunicação portanto e enfim além da famosa Nacional 125 que ainda hoje é um problema que se mantém jogo eu e e havia muitos outros muitos outros bloqueios alguns desses ainda hoje não foram ultrapassados quer dizer as ligações ferroviárias continuam a ser eh enfim ficar muito à quem das das necessidades eu sei que a Lena ontem quando foi para baixo queria ir de comboio não foi mas isso foi por causa das greves veio de autocarro por causa das greves da CP mas isso as greves são outro problema das ligações ferroviárias e bem mas dito isto e a praia da Rocha foi facto um dos primeiros locais começou começaram porar aqui sobretudo aquilo que na altura se chamavam chalés para os as pessoas mais mais mais ricas digamos da região e alguns deles depois se transformaram-se em em é mesmo em hotéis não é portanto evoluíram para para hotéis foi lá que apareceu primeiro Casino mas mesmo assim quando nós olhamos para dados do final da portanto há 50 60 anos atrás foi a primeira vez que eu fui aí não é portanto eh era um mundo muito diferente quer dizer há há um um folheto do antigo snak era o secretariado Nacional de informação que antes tinha sido a propaganda que era uma criação do António ferro sobre o turismo do Algar e nesse folheto eh não se fala de albufeira não se fala de quarteira não existe Vila Moura não existe nada dessas coisas não é portanto a metade das camas de oferta turística existente na altura no Algarve estamos a falar no final dos anos 50 portanto era em Monte Gordo portanto no outro extremo da do Algar uma zona porventura de clima é mais Ameno que que que a praia da Rocha e a praia da Rocha em si era muito diferente daquela que vocês hoje estão aí a ver não é porque essa Fortaleza ficava no no alto de um de um de um promontório enfim um promontório não muito alto mas no alto um promontório a proteger a entrada da do Rio eh digamos e a e e o porto natural que o rio formava eh e caía praticamente sobre o mar hoje aí à frente há cerca de 200 m 200 300 m de praia de largura de praia porquê Porque ainda nos anos 70 houve obras nessa nessa nessa praia para para não só fazer um esporão de proteção do porto de Portimão mas também para alimentar de areia à praia e nesse caso concreto a alimentação de areia funcionou houve outras zonas em que já se fez tentativas de alimentar de areia praias por exemplo na zona de valde lobo e sem sem grande sucesso mas aí funcionou areia ficou aí problema desapareceram muitas das rochas Foram tapadas pela areia e eu a praia onde tomei venho pela primeira vez devia ter para aí 7 anos ou 8 anos portanto estamos a falar de meados da década de 1960 é uma praia hoje que já não existe quem quiser ter memória dela por exemplo pode ler tachira Gomes tachira Gomes foi nosso presidente da república na primeira república e era um homem a de Portimão aliás as escolas de Portimão ainda são e o principal agrupamento escolar ou agrupamento escolar techeira combes e e tachira Gomes tem textos maravilhosos sobre a praia da Rocha Sobre o que era a praia da Rocha sobre o Mar Azul Sereno e gordo eu achei gosto im esta expressão gordo Porque é enfim quase não tem ondas Não é dessa inciada mas era mas ao mesmo tempo ele descreve como é que o mar batia na base das rochas coisa queis já não acontece não é e houve um período de desenvolvimento que foi que eu diria Pelo menos discutível eu nessa primeira trabalho que fiz no Algarve não era presente da câmara aí de de de de Portimão e o uma um político que por ventur que foi o político foi mais antes presidente da Câmara ele foi presidente da Câmara entre 1977 e 1993 portanto isto faz 16 anos de de presidente da Câmara que era Martin Gracias ele era arquiteto e eu lembra-me de ter entrar no gabinete dele na Câmara e ele mostrar-me eu creio que eram fotografias não sei se eram uma maquete penso que eram fotografias torre molinos e dizer que aquilo era um bocadinho modelo o sonho dele era ter ali algo tão H como torre de molinos tor molinos torre molinos em Espanha exatamente que é uma zona Onde está Onde há turismo de massas há imensas Torres eh é uma daqueles destinos que onde às vezes os nossos adolescentes gostam de ir porque a noite pega-se a dia e depois e tudo aquilo é muito cheio de gente mas também muito barato eh a praia da Rocha acabou por ficar a meio caminho entre torr molinos e outras zonas onde o desenvolvimento foi menos menos intenso mas isto é sempre como todos sabemos mesmo mesmo sempre uma preocupação porque há sempre uma tensão entre o turismo mais massificado e no caso do al garvel é sobretudo um turismo que atrai eh britânicos entre os os provenientes do Reino Unido e os provenientes da Irlanda é sensivelmente metade dos estrangeiros que chegam que chegam ao garve or fse mais mais ou menos assim eu estou a dizer números gordos não é 1 terço é britânicos e irlandeses um terço são outras nacionalidades e um terço são portugueses assim em termos muito grosseiros e os os turistas do Algarve e não se comportam todos da mesma maneira e tem um problema que o Algar ainda não conseguiu resolver eu penso que é um dos grandes Desafios que os sees responsáveis estão sempre a falar que é olhando para a sazonalidade ela continua a ser muito eh muito notória não é portanto só para teres uma ideia por exemplo um movimento de de de passageiros eh no aeroporto de Faro eh o ano passado em Julho foi 1. 250.000 que foi o mês mais com mais passageiros mais ou menos ao mesmo nível de agosto mas depois quando olhamos para novembro ou para dezembro ou para janeiro janeiro foi foi foi o pior mês eram 270.000 portanto é uma relação de um para de um para seis não é portanto é uma relação muito muito desequilibrada e isto eh faz com que eh por is exemplo alguns hotéis na na época baixa fiquem quase vazios e E cria também alguns problemas da até eu não diria problemas sociais mas problemas de enquadramento social porque há uma grande diferença entre a procura e oferta de trabalho nos meses altos que são sobretudo a partir de maio até vá lá outubro ainda é um bom mês e os meses mais mais baixos não é assim noutras regiões turísticas Lisboa por exemplo tá mais equilibrado o a o a madeira sempre foi uma região sem este problema tão tão acentuado é uma das nossas primeiras regiões turísticas mas é é de facto eh algo que eh também deriva de outra de outro tema que o Algarve nunca Conseguiu resolver completamente eh que é eh o equilíbrio entre quer dizer um equilíbrio entre ofertas turísticas o Algarve por razões que têm a ver com olha com a zona em que fica que é uma zona muito atrita eh nós falamos pouco disto Mas é uma o alar sofreu com terremotos porventura mais do que Lisboa o Terremoto de 1755 destruiu o Algarve porventura ainda mais que Lisboa e portanto o Algarve não tem um património na natural e cultural com a dimensão que nós encontramos noutras regiões do país porque boa parte dele foi arrasado nessa nessa nessa ocasião e portanto depende mesmo muito da do sol e a praia eh que é é no no último inquérito que li aos turistas que mandam o Algarve que procuram o Algarve é sobretudo essa essa razão outras atividades por exemplo como o Golf o Golf o go 40% penso que é 40% das voltas de golf realizadas em Portugal não sei se estou a partilhar o número 40% das voltas is é 40% dos Campos estão localizados no Algarve só que todos sabemos que isso gera sempre algum debate porque o Golf exige água e o Algarve tem défices de água não os défices que eu relatei na altura em que fiz essa primeira reportagem há 40 anos que eram verdadeiramente dramáticos mas que hoje continuam a existir não é portanto h a água no Algar é hoje muito melhor gerida há barragens que não existiam nessa nessa altura no entanto esse sistema de barragens nós já tratamos disso uma vez aqui no contracorrente eh esse sistema de barragens não está ligado Como devia estar ao sistema do aleva que é a grande nossa reserva de água do sul do país enfim espero penso que vai finalmente acontecer essa essa essa obra que ainda por cima não é sequer uma obra muito muito cara ou muito complicada para permitir que uma região que deriva que neste momento depende apenas da da chuva que cai a sul daquele sistema de serranias que separam o Algarve da da do alentejo porque no fundo esse esse sistema que faz com que todo o sistema hídrico do Algarve seja autónomo do resto do país e portanto e e tem essas essas dificuldades a dito isto eu creio que apesar de tudo nos últimos anos houve muita coisa que mudou para melhor no alave mesmo sendo Verdade que em alguns momentos a sobrecarga é é enorme e e sabemos também que essa sobrecarga enorme e o desequilíbrio cria muitas vezes tensões que não estão completamente bem resolvidas e que até se notam às vezes em termos políticos pelo por algumas tensões e desequilíbrios que existem no Algar como todos sabemos todos nos recordamos na última nas últimas eleições legislativas foi o único distrito do país onde e o o chega ganhou mas atenção o a foi também o a única região do país onde a regionalização no referendo da regionalização houve um voto pelo sim isso não aconteceu por exemplo no norte que era onde que onde se era mais vocal a pedir a regionalização o Algarve Continua em muitos aspectos a ser o reino dos algarves eh como nós tratávamos né reino de Portugal e dos algarves isso ainda continua a existir e até porque do ponto de vista geográfico o Algar é claramente um quase Mediterrâneo coisa que o resto do país não é exatamente não é isso é uma coisa que o nosso eterno e magnífico Orlando Ribeiro descreveu muito bem como algo que que lembra A Fenícia e lembra o Levante espanhol e isso é mesmo muito muito verdade isso constitui algo inestimável para poder ter no Algar um turismo eh sol e Praia Grande Desafio continua a ser o turismo que não é só de sol e a praia e eventualmente outras atividades económicas mas hoje vamos falar sobretudo de saber se o Algar conseguiu fugir de facto à catástrofe que eu PR pré anunciei há 40 anos e eu acho que o essencial conseguiu mas continuar a ter Desafios que são difíceis e e grandes desafios para para para ultrapassar vamos falar deles no contra corrente de hoje também fazendo uma análise ao turismo eh hoje em 2024 a partir da Praia da Rocha Estamos aqui na Fortaleza de Santa Catarina embalados pelo som que nos chega do palco do festival afronation que junto este e chega sobretudo som de gaivotas desculpa lá fta Gaivotas tamb também também também eh numa manhã Eh cinzenta aqui em em na praia da Rocha onde anda o verão Helder Martins Bom dia é ao presidente da associação de hotéis e Empreendimentos do Algarve H Qual é a expectativa que os hoteleiros têm em relação ao verão de 2024 boa eh em linha com a do ano passado eh muito bom dia muito obrigado parabéns por esta iniciativa de se deslocarem ao Algarve permita-me já uma nota que é uma pena minha que não possamos nas nossas rádios ouvir diariamente esta rádio no sul do país mas quero que isso será algo que no futuro poderemos resolver só duas notas muito Breves perante esta lição que o José Manuel Fernandes estão bem aqui apresentou dizer que nos cartazes da região de turismo do Algarve nos primeiros existe uma promoção da Praia da Rocha como incomparável destino de inverno Portanto o Algarve começou a ser promovido E no caso concreto como um destino de inverno outra nota em relação a este esta lição de história é que de facto eh a iniciativa privada cresceu muito a seguir À Revolução não havia instrumentos de planeamento os pdm chegaram muito mais tarde e era possível manter uma aprovação como se vê aqui por exemplo neste caso o Algarve tem quatro ou cinco pontos destes de projetos durante ao longo de anos o problema é que o investimento público nunca cresceu como um investimento privado porque quando um privado faz um um hotel faz um prédio é lógico que ele está autorizado para o fazer houve autoridades que o autorizaram e quando perdão quando se prevê essa carga humana era preciso prever por exemplo para onde é que vão os esgotos E durante anos isso não aconteceu felizmente todos esses problemas foram ultrapassados hoje existem redes existe uma gestão muito muito bem tratada sobre essa matéria ainda para dizer nesta questão que a capital fica a 300 km do Algarve é longe que por exemplo nós estamos num espaço dos mais espetaculares do mundo e que está o abandono porquê porque este espaço é do estado o estado ainda não teve capacidade de fazer qualquer coisa aqui aqui funcionaram em tempo restaurantes funcionaram outras outras atividades económicas mas hoje Isto é um espaço abandonado porquê porque o Estado está em Lisboa e não olha para provincia diz aqui na Fortaleza de Santa Catarina Este é um dos espaços mais bonitos do Algarve e por eu eu pensei que estivesse a falar do Algarve todo mas que há uma carência de investimento no Algarve e talvez que esse voto de protesto que se passou nas legislativas tinha a ver com isso Isso é uma realidade por outro lado dizer que de facto o Algarve ainda tem alguns problemas ou chalá qual é o destino que não os tem estão a tentar-se resolver eh temos que tratar e temos feito esse investimento dentro das unidades hoteleiras o Algar voje tem unidades hoteleiras do melhor que há no mundo tem marcas internacionais a quererem se instalar no Algarve de grande referência tem um espaço público precisa de ser visto com a mesma bitola a sua pergunta prof perspectiva para este ano anda dentro do ano passado é uma perspectiva muito positiva poderemos ultrapassar poderemos ficar ligeiramente abaixo que não é um crime porque quando estamos a quantificar números de dormidas e números de hóspedes Esse é apenas uma premissa nós temos que quantificar também aqui retorno porque não devemos competir só pelo número para ter mais turistas e isso entra num turismo de massas Como José Manuel Fernandes bem disse e nós não queremos caminhar para aí temos algum produto ainda virado para isso felizmente hoje o turismo de Portugal apresenta um instrumento de financiamento para as empresas que permite requalificar as suas unidades e esse é um instrumento importante nós temos que requalificar hotéis que TM localizações ímpares mas que T 50 anos e um hotel com 50 anos precisa de um investimento forte nessa matéria para quê para competirmos noutro campeonato que não aquele Campeonato dos preços baixos esse campeonato não interessa o Algarve e não é por aí que nós queremos seguir portanto eh boas expectativas para este verão 2024 eh quem é que está a procurar o Algarve continuam a ser os ingleses continuam a dominar é o mercado dominante sim o Reino Unido continua a dominar com uma percentagem muito alta os portugueses são de facto os maiores consumidores do Algarve mas o que é certo é que esta esta democratização dos voos das viagens aéreas permite de facto chegar muito facilmente ponto a ponto nós estamos ligados a todos os aeroportos do Reino Unido isso é extremamente importante mas há aqui também depois outros mercados que estão a crescer é evidente que estão a crescer sobre uma base muito mais baixa é o caso do mercado americano é o caso do mercado de países do centro da Europa a Suíça a Bélgica o Luxemburgo agora enquanto entidade é evidente que o Reino Unido é o principal fornecedor de turistas ao Algarve Uhum mas o mercado americano está a crescer nesta altura sim está a crescer tivemos aqui um problema que foi a contratação de um voo direto para este ano que não se verificou que passou para o ano que vem e se representava perdão representava mais de 20.000 americanos e e o mercado americano é um mercado diferente porque este problema que é eterno que nunca ninguém Conseguiu resolver nem se conseguirá na nossa geração que é a sazonalidade tem a ver com o que José Manuel Fernandes disz nós não temos nós temos um turismo sol e praia é muito forte mas depois temos as outras atividades o Golf é uma delas que enche de facto muitas unidades durante o inverno a questão do consumo de água do Golfo é um papão que já não existe O golfo gasta 6% de água e os campos do Golfo a esmagadora maioria a partir do ano que vem são regados a partir da água das hetes porque é que não foram antes porque o estado águas de Portugal digamos não disponibilizou essa água Porque hoje a água é mais cara mas os campos de golfo que já estão a ser arados com essa água reduz mas reduz sobre uma base de 6% o valor económico do Golfo durante a época baixa é qualquer coisa de Espetacular porque a hotelaria e a restauração e a animação vivem muito dessa questão não temos é outros produtos estamos hoje a caminhar e ainda bem que se vai falar aqui também sobre isso para um turismo extremamente importante que é o caso das caminhadas que é o turismo de saúde e bem-estar que é o turismo de atividades vamos ter aqui a coordenadora da Vial exatamente que é um que é uma ferrament que é uma ferramenta Espetacular A Ecovia do litoral também deve ser melhorada para permitir isso porque isso permite fora da época alta do Turismo e época alta do Turismo é um mês e meio durante o mês e meio eu aceito que se possa discutir se o Algar tem turistas a mais ou não tem E andamos talvez no limite mas durante o resto do ano nós temos uma região com as mesmas infraestruturas mas com muito menos utilização e depois esta utilização com mais maciça cifra aqui a 2 3 Km da Praia porque depois temos um interior Espetacular que está muito abandonado porque é impossível lá viver ou seja hoje eu posso e esta é uma crítica e quem quiser que que que a que há assumma eu posso de um momento para o outro instalar uma casa de madeira ou um contentor ou uma rote no interior e vivo num sítio Espetacular completamente ilegal não pago impostos não tem nada mas se eu quiser numa casa de interior aumentar um quarto porque eu tenho mais um filho eu não posso portanto os instrumentos de planeamento têm que ser adaptados a uma realidade e o interior hoje está abandonado depois há incêndios porque não há atividade económica porque a agricultura hoje é de subsistência eu se desenvolver agricultura eu estou a pagar para a desenvolver portanto temos muito muito o utilizado um espaço de 2 3 Km da faixa Costeira e depois temos o resto do Algarve que é o Algarve natural o Algarve autêntico portanto nós temos possibilidade de criar outros produtos alternativos a questão da Cultura a questão da Gastronomia que traga pessoas não em quantidade como traz no verão porque as férias escolares estão concentradas no verão mas isso permite que as unidades hoteleiras que os restaurantes tenham uma atividade contínua e não tenham como se passa na vizinha Espanha nas Baleares no outros sítios que fechar completamente durante o inverno uhum Quais são os principais desafios para os hoteleiros algv vios nesta altura é a mão deobra é a falta de água Quais são ess esses são os dois problemas que temos em cima da mesa a questão da mão d’obra é um problema grave Nós andamos a discutir com o governo a questão e penso que este governo pelo menos de uma informação desta semana tem isso presente que é criação de casas de função eu só posso ir buscar quadros para a minha empresa se eu tiver condições de dignidade para os instalar Em contrapartida noutras atividades eu posso ter alternativas no turismo não tenho e o que é que passa eu vou ao mercado alugar casas para os meus funcionários e portanto isso não é sustentável Eu tenho poder com construir casas que são habitação social para os empregados da minha unidade hoteleira estarem com dignidade e eu os poder transportar para o hotel estamos a discutir isso com o governo penso que há alguma sensibilidade e portanto os recursos humanos melhorou um bocadinho que temos que trabalhar muito e estamos a trabalhar vai haver agora mais uma série de candidaturas é na formação portanto a qualidade do serviço é um tema que tem que estar em cima e é uma preocupação Nossa a parte da água o turismo soube unir-se sobre a ég da região turismo do Algar vias associações empresariais e e nós começamos a trabalhar sobre a questão da falta de água deixa-me dizer que Quem gera este país durante os últimos 20 anos teve aqui uma atuação criminosa para o Algarve porque não pensou na falta de água há 20 anos houve uma crise igual a esta eu estava na região de turismo íamos fechar a torneira em setembro depois Choveu e acabou a crise e nunca mais se pensou neste problema Apenas se completou a barragem de od louca e é criminoso nós em 2024 no início deste ano estarmos a discutir um contrato com o operador turístico e o operador dizer o meu cliente pode tomar banho a que horas Isto é qualquer coisa impensável no no no s século em que nos encontramos Nós criamos isso isso aconteceu e pode vir a acontecer Aconteceu sim depois melhorou felizmente a Páscoa foi estragada pela chuva ninguém reclamou porque veio chuva e hoje estamos um bocadinho melhor mas não estamos com uma situação eu esve a ver estávamos a falar precisamente sobre isso antes de começar o programa estive a ver os dados desta manhã as barragens aqui do Algarve estão a entre os 40 e os 60% este ano estaremos descansados mas para o ano não sei e se permite também outra questão que não discutimos aqui mas eu só abro o parêntese e fecho que é fala-se muito na agonização do Turismo na criação de alternativas na monocultura do Turismo eh criaram-se outras atividades a agricultura tem hoje uma produção de laranja A Laranja do Algar famosa frutos vermelhos mas depois não água portanto criamos alternativas mas não temos água para ela sobre isso Nós criamos 60 medidas que as unidades hoteleiras cumprem para ter um selo um selo que confirme é um é o marketing mas um selo que confirma ao cliente que nós estamos a poupar água e isso é muito importante para os nossos clientes de hoje e implementamos Logo no início 10 medidas depois estamos na implementação das outras 10 e a seguir ao verão implementaremos mais porque há obra que têm que ser feitas e eu creio que a primeira resolução do conselho de ministros que previa uma uma redução de 15% no consumo nós Andaremos hoje na hotelaria eh entre 20 e 25% de Poupança Isto é espetacular e rotores de caudal nas torneiras reutilização por exemplo das águas cinzentas para os autoclismos utilização da água do bost das piscinas para rega redução de relevados plantas autótonos tudo isso vamos fazer Portanto o turismo soube preparar-se para esta parte e está a fazê-lo e mas continua a ser ter uma preocupação a falta de água portanto não tanto não temos essa ligação que José Manuel Fernandes e bem disse a ligação a alqueva as soluções que temos em cima da mesa são tipo Melhoral não faz bem nem faz mal temos uma deionizadora que custa muitos milhões que produz água eh que corresponde ao que choveu este ano 1 dia e meio a Agu entrada nas barragens de 1 dia e meio é exatamente igual ao sinalizadora um ano portanto é um investimento pesado é um complemento na zona de alb feira é um complemento e serve apenas para o consumo humano o ir buscar água pomarão eu duvido seriamente é um custo quase semelhante a ir buscar o alqueva mas os espanhóis são também donos dessa água e se nós vamos lá buscar água onde os espanhóis já vão eles vão querer três vezes mais eh não Creo que funcione portanto só funciona com o alqueva porque não não sei seria mais barato segundo um estudo de recente e buscar água até ao dour ha ver um transvase norte sul do que estas soluções todas dizem Tecnicamente é impossível não sei não sou técnico na matéria sendo certo que há regiões como Cabo Verde como Porto Santo que vivem exclusivamente da água do mar isso tem um custo muito pesado eu não sei agora a preocupação é que Quem gera este país tem que encontrar soluções para que eu não tenha que acordar durante a noite a pensar como é que resolve este problema amanhã mas essa é uma preocupação que nós estamos a fazer o nosso trabalho a questão dos recursos humanos nós também estamos a fazer o nosso trabalho eh não temos mão deobra H quem critique não temos mão deobra suficiente em Portugal para aquilo que é as necessidades mas não temos po turismo nem para a saúde nem para a agricultura precisamos de mão deobra e talvez que isso resolv um problema do Algar que é um problema de sermos poucos nós somos 400.000 pessoas votamos 200.000 e não temos peso político e por isso o poder político não nos ouve e é bom que nos Oiça para estas realidades que necessitamos de mais investimento público para compensar um bocadinho o que nós damos ao país nesta questão da balança eh económica que o turismo provoca uhum estamos a falar de uma atividade económica muito importante o turismo Espanha continua a ser o principal concorrente com o Algarve não e eh repar que em tempos o sul de Espanha até utilizou uma célebre frase que era o spen Algar portanto é sinal que reconhece a importância a marca que até o associam eh eu dou-lhe um exemplo há poucos dias atrás um grupo um dos principais grupos hoteleiros portugueses o Vila Galé abriu um hotel na ilha canela é uma unidade com 400 quartos e é uma unidade que se pergunta é isto é concorrente ao Algarve e esse hotel tem um preço semelhante alguns hotéis do grupo no Algarve nomeadamente Tavira alb feira depois há no Algarve outros hotéis do grupo noutras zonas como por exemplo Vila Moura que tem um preço mais caro é tradicional dizer-se que é mais barato ir para para ali para o sul de Espanha do que para aqui é evidente que há preços baratos em qualquer parte eu hoje se calhar até vou para as Maldivas com um preço mais barato que venho para o Algarve depende é do produto que eu que eu escolho e vou para Ibiza vou para fermenta vou para outros sítios desse géo portanto hoje há um pacote de produtos à disposição dos clientes que permite que eles façam aquilo que querem onde querem e ao contrário do que se passa com o Algarve que tem uma taxa de repetentes nos turistas muito elevada há destinos destes que às vezes não t taxa de repetição o Algarve tem portanto eu não vejo juiz meramente como concorrentes estão noos a roubar turistas vejo como uma complementariedade repare não é um crime dizê-lo Desde há muitos anos que 10% ou mais de do movimento do aeroporto de Faro passa à Fronteira mas o aeroporto é um é um equipamento que é instalado num sítio e que tem um raio de ação e no caso concreto até o Elva Pelo menos é servido pelo aeroporto de Faro diz-se Ah bom nós estamos a pagar eh para companhias aéreas voarem para cá e se calhar vão para lá é Global hoje vivemos no mundo global e não podemos ver isto de uma forma fechad uhum H Elder Martins na última semana vimos imagens de albe feira eh enfim que dignifica um pouco a atividade económica desta região de Ingleses enfim e um pouquinho um pouquinho alterados permite-me discordar eu acho que bom dia Lena Matos meu nome eu acho que dignificam poucas pessoas quer dizer agora com a atividade económica Aliás não hav ali grande atividade económica eh havia outras portanto dignifica um pouco os aquelas pessoas agora o mais não parece que fique pouco dignificado é incómodo mas mas mas pronto Sim estamos a falar daqueles turistas ingleses que enfim NS e em barres de albe feira em explanadas H isso é um constitui um problema já no turismo algarvio ou não repar Hoje há pessoas que gostam de praticar no dismo essencialmente nas praias e eu acho que é bom que faz ess porque aquilo não era uma questão apenas de nudismo o nudismo em si SOS onde se pode fazer nudismo ex exatamente perfeitamente para catos aliás v-se é muito engada à prais em que se V várias gerações uns nos outros vestidos e não e ali não era apenas isso era uma situação de descontrolo o álcool não e reparo o Algarve tem duas ou três praias nudistas e eu cheguei a acompanhar este negócio e é uma atividade económica de pessoas pelo mundo inteiro que viajam para estes Destinos e perguntando a estes praticantes se eles não sentem não se sentem preocupados por passar transi untos eles dizem não os transi untes é que ficam preocupados Ao vermos este caso que se passou em alp feira que é um pouco exclusivamente da alp feira de dois sítios da alp feira alp feira tem das melhores dos melhores produtos turísticos do mundo tem os melhores grupos hoteleiros e grupos de empresas a querer se instalar em alp feira mas tem esta questão animação e Esta animação vive de exageros e hoje e o José Manuel Fernandes citou aqui um homem que na altura era daqueles que defendia o Algarve com um soco na mesa que era o Joaquim Manuel cabrit Nete existia um governo civil que infelizmente um governo eh mais tarde decidiu acabar e eh se hoje aquilo acontecesse nesse tempo do governo civil aquele estabelecimento era encerrado nesse mesmo dia e havia uma regra havia uma lei que que baliza a questão hoje não há hoje a GNR pode levantar um auto contraordenação que depois tem que ser bom tem um conjunto de situações e aquele bar continua aberto portanto alb feira tem dois focos de animação virados essencialmente para o mercado do Reino Unido virados para o consumo de álcool onde estes exiros se passam e o Algar voltamos à mesma questão o alp feira já teve um recurso policial muito superior ao que tem hoje pees embora Qualquer governo daqui a uns dias vir cá em baixo dizer que vai aumentar os recursos policiais e portanto albufeira já teve eu posso não est não ter os números exatos mas já teve 170 elementos da GNR terá 115 ou 120 portanto são 50 elementos a menos e isto é uma falta de policiamento é uma falta de ordem no meio daquilo e é uma falta de haver um regulamento Municipal que controle perfeitamente aquilo tivemos uma reunião no dia a seguir aquilo acontecer com a câmara munum com as associações empresariais com as forças policiais a câmara quer criar um código de conduta mas só para o próximo ano porque estes processos demoram o seu tempo e aquilo afasta famílias não é aquele produto nem é aquele tipo de cliente que nós queremos isso tem a ver com o produto turístico que nós temos enquanto tivermos um produto que joga pelo preço nós atraímos estes clientes que já foram para ibisa que já foram para outros sítios porque é que saíram de lá porque a qualidade Aumentou e o preço aumentou portanto e porque passaram a a existir regulamentos deacon anos em tronco não se pode exatamente e por exemplo se chegar um aeroporto de algum de algumas zonas das Baleares e se chegar alcoolizado é devolvido à origem aqui este problema destes clientes começa na origem no aeroporto de origem passa-se na viagem de vez em quando vemos notícias que o avião foi obrigado a aterrar porque um cliente estava a perturbar o avião e continua no aeroporto de Faro passa pelo hotel estes clientes chegam ao hotel essencialmente em despedidas de solteiro chegam ao hotel vão para a noite voltam às 910 da manhã incomodam toda a gente que está na unidade e a agência que os traz ou uma das agências que os traz que são as pessoas hoje são espertas já não reserva grupos reserva pequenos grupos de quartos e depois chega o grupo grande das pessoas portanto é isto temos que trabalhar reforçando o policiamento porque o policiamento de proximidade é muito importante nesta matéria evitando estas questões não é este tipo de Na minha opinião Claro não é este tipo de turismo que nós queremos para o Algarve nem é este tipo de turistas que nós queremos no Algarve portanto é preciso disciplinar exatamente Tem que haver ordem Tem que haver aqui lei que permita reparo o ano passado houve um caso Isto são casos pontuais mas houve um caso de agressão às Forças policiais o tribunal o que decidiu foi termo de identidade e residência e no dia seguinte esse cliente regressou ao seu país portanto não se passou nada e o agente da autoridade e eh levou o que levou sofreu o que sofreu foi hospitalizado e no dia seg se calhar tem medo de enfrentar um grupo daquele uhum Helder Martins vamos olhar um pouco para o futuro eh Há procura há investidores e a tentar entrar no Algarve a investir no Algarve ou o tempo de construir já acabou e agora há que manter as infraestruturas existentes o tempo eu creio que o tempo de crescer enquanto metros quadrados de betão está muito reduzido até porque hoje as ferramentas de planeamento que existem os pdms estão em revisão elas são muito restritivas nesta matéria o que é que isso está a provocar na área da hotelaria que eu representa está a provocar a compra de unidades antigas a sua requalificação total e aparecer com uma marca eh normalmente uma marca internacional de prestígio e com mais qualidade e isso melhora porque o cliente que vem para esse grupo é é completamente diferente hoje há um respeito muito maior e há uma obrigação muito maior pela questão do respeito das leis da questão do Ambiental de todas essas situações e portanto eu diria em resposta à sua pergunta não Prevejo um crescimento exponencial de novas construções é difícil hoje o tempo de aprovação de um hotel médio são 7 anos eh mas o que vai acontecendo é isto é mais ou menos do que no passado eh não continua a ser muito repare eu trabalhei num projeto que demorou 30 anos a ser aprovado Mas isso é um caso p há dois ou três casos no sotavento do Algarve projetos dessa ordem que até os próprios investidores suicidaram e mas isto tem a ver com o passado no presente creio que será um pouco diferente agora eu hoje tenho dificuldade se quiser vir instalar uma unidade num determinado sítio tenho dificuldade nisso o que está a ver são marcas e esse é outro tema que não discutiremos aqui porque não temos tempo estão a aparecer muitos Fundos Esse é também um problema do Algarve o Algarve não tem rosto na madeira nós conhecemos uma pessoa que se chama Dionísio Pestana uma pessoa que se chama António Trindade uma pessoa que chama e essas pessoas têm o coração na madeira os Fundos não têm coração ou se têm não sei onde é que ele está e esses Fundos força da crise os bancos começaram a entregar os produtos esses Fundos esses Fundos hoje estão a ir buscar marcas estão a requalificar Empreendimentos e estão a pô-los num valor mais alto provavelmente paraos comercializarem a seguir isso melhora a qualidade do produto E é isso que está a acontecer e o Algarve vai ter um conjunto de marcas dentro de 1 2 anos um conjunto de marcas internacionais porque nós Se quisermos ir para um turismo de luxo Ainda não temos marcas de luxo e esse é Talvez um uma alteração nós temos alguns produtos bons Mas precisamos de ter aqui algumas marcas de mais qualidade volto a dizer como há bocado mas tratando o espaço público na mesma qualidade e há possibilidade de tornar o Algarve Um Destino preferencial do mercado de luxo e por enquanto não há mas num futuro creio que há Mas isso também é que repar quando estamos a dizer que temos que preparar o produto para um mercado de luxo isso também nos toca a nós algarvios é que isso também vai melhorar a nossa qualidade e vai melhorar a nossa qualidade de vida eu não posso passar o hoje por uma 125 já foi aqui dita onde eu ando a 50 à hora onde eu estou cheio de outdors que são Ilegais mas que não saiam de lá onde eu tenho falta de qualidade de vida portanto este turismo melhorando e melhorando o espaço público melhora a qualidade de vida das pessoas Helder Martins agradece-lhe Sei que tem que ir para Lisboa Boa viagem e sei que vai tratar de coisas importantes para o setor do Turismo desejo-lhe boa sorte estamos em direto da Fortaleza de Santa Catarina a olhar para a região do para a região do Algarve e também para este para esta atividade económica muito importante não só no Algarve mas também no país o turismo isto numa altura em que o sol o céu já abriu a Helena Matos Já tirou o seu casaco e portanto já estamos a ficar com uma temperatura que dignifica e muito a região algarvia regressamos a uma curta pausa até já muito bom dia está com a rádio observador são 10:59 olhamos agora para as principais notícias desta manhã Carla Jorge de Carvalho horas depois do debate Que opôs Donald trump a Joe biden o partido Democrata norte-americano assumo que está preocupado com a prestação do atual presidente algumas vozes referem mesmo que o partido ficou em pânico e está a duvidar eh da e candidatura do eh atual chefe de estado de Joe biden o debate durou cerca de 2 horas foi marcado por várias trocas de acusações pessoais António Costa vai estar hoje em Bruxelas vai encontrar-se com Ursula Von Air liion e caia calas é o primeiro encontro entre os recém eleitos altos Cargos da União Europeia eh o antigo primeiro-ministro português foi ontem escolhido para liderar o conselho europeu Vonder Lian para repetir o mandato na comissão europeia e caia calas a primeiro ministra da Estónia vai ser a próxima alta representante da União estão previstas declarações de António Costa no final deste encontro a três Marcelo Rebelo de Sousa lembra Manuel Fernandes como um jogador que marcou uma geração numa nota na página da presidência o chefe de estado afirma que os golos e o compan de Manuel Fernandes dentro das quatro linhas marcaram uma geração e prestigiaram o futebol nacional o atual presidente do Sporting Frederico Varandas recorreu esta manhã às redes sociais para dizer que está com o coração em sofrimento as reações à morte do antigo Capitão do Sporting sucedem-se Humberto coalho dirigente da Federação Portuguesa de futebol que está na Alemanha com a seleção Nacional diz que perdeu um grande amigo Cristiano Ronaldo e José Mourinho também já reagiram José Mourinho recorda mesmo que deu os primeiros passos na carreira ao lado de Manuel Fernandes na atualidade política David Justino antigo vice-presidente do PSD diz que está incomodado com o silêncio dos sociais Democratas sobre a divulgação das escutas a António Costa numa entrevista à tsf e ao Diário de Notícias David Justino sugere ainda eh o apoio de todos para um final de Mandato com dignidade da procuradora Geral da República o social-democrata é um dos subscritores do Manifesto dos 50 e fala de um c ruidoso do PSD e alerta também para uma sobreposição de posições do sistema de justiça com as da Extrema direita a provedora de Justiça pede ao governo e ao Parlamento que se faça uma lei para compensar as pessoas que tenham passe de transporte em dias de greve O apelo é deixado em dia de greve nos combos da CP também a DECO explica que os títulos de Passes e de títulos sazonais devem ser Compensados pelos dias de serviço que já foi pago mas que não foi usado pede por isso uma lei transversal para todo do tipo de transportes de acordo com os sindicatos a greve de hoje da CP está a ser Total estão a ser apenas cumpridos os serviços mínimos Carla Jorge de Carvalho com as principais notícias desta manhã ao meio-dia voltamos a olhar para a atualidade rádio observador 98.7 11:2 a seguir a segunda parte do contracorrente Hoje em direto da Fortaleza de Santa Catarina junto à praia da Rocha em Portimão se estiver por perto passe por lá seja bem-vindo à segunda parte do contracorrente hoje a partir do da Fortaleza de Santa Catarina na praia da Rocha em Portimão Numa manhã um tanto ou quanto cinzenta já tivemos aqui períodos de céu muito azul e brilhante com muito sol na primeira parte do contracorrente tivemos a oportunidade de ouvir a posição dos hoteleiros algarvios sobre os desafios que o turismo do Algarve enfrenta nesta altura abrimos o espaço para o debate com Alexandra Rodrigues Gonçalves a diretora da escola superior de gestão hotelaria e turismo da Universidade do Algarve muito bom dia bem-vinda bom dia aqui à nossa Tenda na Fortaleza de Santa Catarina o nosso estúdio improvisado durante o dia de hoje não est os ouvintes se formos interrompidos por música aqui do festival afronation que decorre este fim de semana aqui na praia da Rocha professora Alexandra Rodrigues Gonçalves o curso de turismo e ou os cursos de turismo na Universidade do Algarve tem já cerca de 30 anos muita coisa mudou nestas últimas décadas aqui no Algarve no que H formação no que é o negócio e à formação diz respeito os seus alunos hoje são formados para responder a que desafios bem em primeiro lugar queria agradecer a oportunidade para estar convosco aqui neste espaço maravilhoso com esta brilhante paisagem ainda que hoje não esteja muito sorridente em termos de sol mas vai estar vai estar e está a meno e está-se muito bem eh dizer que a Universidade do Algarve eh criou esta oferta na área de ensino superior em turismo há mais de 30 anos precisamente para acompanhar uma necessidade sentida de uma oferta formativa qualificada de Recursos Humanos qualificados numa indústria que se começou a desenvolver transversalmente em toda a região criando novas oportunidades mas também tendo necessidades de pessoal qualificado sabemos hoje temos centenas milhares de alunos ex-alunos da Universidade do Algarve a trabalhar no setor do Turismo mas não só nos setores afim porque no Algarve Como sabe muitos trabalham em áreas complementares ao turismo desde a saúde aos Seguros à banca trabalha o turista em todas estas áreas portanto reduzir o turismo a turista é de facto bastante redutor portanto no mundo que é uma constelação de serviços como em tempos um grande Senhor disso H temos necessidade de ter formação em difos níveis Portanto o curso de turismo surge para dar resposta não só a uma dimensão da gestão mas também a uma dimensão do setor produtivo da oferta de serviços nestas áreas H É claro com uma componente forte na área das línguas porque é sempre estruturante para qualquer oferta formativa eh que trabalha com pessoas de todo o mundo ter uma base sustentada de línguas onde o inglês é claro que é a a língua mãe assim como também é em termos europeus é a língua Franca do Turismo Não exatamente mas também tendo a oportunidade de fazer formação numa segunda língua Ou até numa terceira porque também há são quem queira fazer outras línguas já agora qual é a preferência pela segunda língua é o alemão eh depois o francês também tem tido alturas em que há uma maior procura neste momento temos uma ascensão do mercado francófono não só de França mas do benelux e outras áreas e portanto há também neste momento uma carência de eh pessoas que dominem o francês mas para responder ao mercado turístico ou ao mercado dos residentes e ambos eh ambos também temos um mercado de Residente forte em termos alemães e porque temos uma segunda habitação que também conta bastante no nosso dia a dia nestas relações com todos os serviços porque hoje é muito comum nós termos o turista em todos os sítios onde está a comunidade residente e essa era uma coisa que eu gostava de dar aqui em relação à conversa anterior falamos muito da dimensão económica do Turismo há uma dimensão social que é esta onde está a do Emprego A de todo uma comunidade que vive em torno desta sazonalidade que ainda se sente e Continuará a sentir basta termos como um dado de acento que as férias escolares da maior parte dos países centra-se nestes meses de verão e portanto as férias familiares serão sempre mais concentradas neste mês e meio que tanto falamos eh temos todavia outros nichos outros segmentos que podemos eh trabalhar para que no resto do ano tinhamos procuras maiores vamos falar sobre isso deixa-me só perceber Qual é a taxa de empregabilidade de D que seja Alta ou não é acima dos 95% eh mas aí e a escola de facto para além do curso de turismo tem também gestão gestão hoteleira e marketing com licenciaturas tem também uma oferta ao nível de cetesp que são cursos técnicos superiores especializados em que tem várias Vertentes sendo o mais recente o marketing digital e estamos este ano com uma oferta nova precisamente em resposta a uma tendência que detetamos no mercado mas também a uma necessidade que é da Inovação alimentar e é o Gia gastronomia inovação alimentar nome que é uma parceria com o Instituto de Engenharia eh da Universidade do Algarve em que a escola e o Instituto estão a oferecer uma nova formação profissionalizante de 2 anos que depois pode dar acesso à gão hoteleira ou ao turismo eh em que os alunos ficou com uma formação ao nível da Gastronomia e da Inovação portanto a gastronomia como vetor fundamental Não só da alimentação Mas também da nossa cultura e como fator de inovação Para o Futuro até da qualificação do Turismo do Algar portanto associado muito à dieta mediterrânica que é outro valor fundamental que por acaso ainda não tinha sido referido apenas o mediterrâneo ouvio o José Manuel Fernandes falou na nossa proximidade ao Mediterrâneo em termos geográficos e mas de facto há aqui um trabalhar um olhar para uma qualificação não só dos recursos humanos Mas também da oferta da região e é nessa preocupação que também está a formação que oferecemos em turismo e ia continuando dizendo nestas competências necessárias aos alunos é claro que a questão da transição digital é fundamental e portanto uma base cada vez mais eh em softwares de apoio à decisão e à gestão mas também ao funcionamento à produção em termos de turismo que é uma produção de serviços Portanto o software a tecnologia tem vindo a crescer eh nos conteúdos programáticos das nossas unidades curriculares e os laboratórios de informática são cada vez mais uma necessidade da nossa oferta formativa Ah e portanto os alunos têm hoje competências digitais diferenciadoras mas não só também estamos hoje a introduzir a preocupação com os objetivos de desenvolvimento sustentado do dentro dos nossos conteúdos programáticos com a criação de opções que tem a ver com um turismo mais sustentável Claro e esta questão da Gastronomia da diga não não não ia ia deixá-lo a falar mas tenho aqui uma pergunta que é eh como como é que como é que se dirige uma universidade com cursos dirigidos ao turismo hum sendo que esta é uma atividade sazonal não é o que é que se diz aos aos jovens formandos eh estão a estudar para um curso que só vos vai empregar durante 2 meses e meio não não eh E isso não acontece já não isso já não acontece Ah o setor neste momento está a trabalhar todo o ano e em regra os períodos de menor afluxo são períodos de preparação do próximo é como nós nas escolas eh não fechamos todos no mês de agosto eh temos que preparar o próximo ano letivo é aqui é a mesma coisa o ano turístico prepara-se sempre com o ano de antecedência pelo menos até devia ser com mais assim como também noutras áreas na programação cultural no planeamento em si e o trabalho pode não ser tão intenso e isso até é desejável porque durante os períodos de época alta ninguém deseja estar a fazer planeamento queito e tem que serido portanto realmente há ainda um número mas cada vez mais curto de de servidores não é de produtores de serviços que encerram alguns meses mas são um número cada vez mais reduzido a professora Alexandra Rodrigues Gonzales fique connosco até ao final do contracorrente vamos ter a oportunidade de ouvi-la mais à frente Helena Matos és uma frequentadora do Algar há muitos anos ouem por isso eh para já quero dizer que já voltei a pôr o casaco Tá bem tá bem olha olha sobre esta questão do Turismo onde é que ficam os limites para a expansão desta atividade económica se é que há limites bem o Um dos problemas e um do grande maltar já agora responder à tua pergunta Inicial Eu quero dizer-te que por influência do eu nasci nos anos 60 e por influência dos pediatras da época eh nós fazíamos sempre férias a norte porque havia uma escola de Pediatria em Portugal que defendia que as crianças precisavam de praios com muito iodo e água e água que os enrj asse não é porque er isso dizer o que queira e portanto quando se deu e nesse sentido Onde é que tu ias tudo tudo tudo que tu possas pensar como Areia Branca São Pedro de moel H Nazaré que já estava quente na Nazaré e Santa Cruz portanto ques mais tudo penist tudo isso não é portanto enrad dinhos por ali acima quando se dá o 25 de Abril não é portanto numa espécie de processo revolucionário doméstico exigimos vir ao Algarve em 1975 e tivemos eh exatamente aqui muito próximo uma experiência de fazer férias numa unidade de hoteleira ocupada que é uma coisa que pronto também fica para a história de uma pessoa como é que se faz eh um férias numa unidade de hoteleira em luta contra o capitalismo o imperialismo e tudo e tudo em geral pronto e portanto eh foi foi muito portanto posso dizer que o turismo no Algar o turismo no Algar o e o e os restaurantes não estava em Melhor estado eh e que melhor estado de de de de quer dizer em estado diferente de luta portanto eh posso dizer que o turismo no Algar tem mudado muito eu tem desde essa minha primeira experiência inicial até hoje mudou substancialmente pronto mas que quer dizer eh apesar de tudo uma pessoa fica enrijar para a vida com aquelas águas do Norte mas percebe Exatamente porque é que o Algarve é um exelente cartaz eh a a temperatura da água sim sim pronto voltando agora aqui a isto eh Há uma expressão que tem aqui sido usada e que é fundamental que é a questão da atividade económica hoje boa parte do discurso que nós ouvimos sobre o turismo ou sobre os males do Turismo passam também em boa parte pelo Ódio a qualquer atividade económica seja ela qual for não é por acaso agora é o turismo Mas curiosamente há alguns anos décadas até exatamente na altura em que eu aqui tive essa experiência da da unidade hoteleira ocupada eh Há Era exatamente a atividade industrial e quando nós hoje vamos ver muitos discursos sobre a gentrificação e os problemas trazidos pelo turismo eh dá-se eh eh cria-se a ideia de que o turismo veio afastar atividades ora não é assim não é assim exatamente o que acontece é que eh se tirarmos o turismo do espaço as pessoas eh em olhão a Vila Real de Santo António Monte go porque agora aqui Falar do Algar não é nós podemos falar do bairro da Mouraria ou em ou ou em Lisboa ou Alfama ou seja se nós tirarmos os turistas desses bairros em Lisboa não voltam as varinas e os marujos porque já não estavam lá quando os turistas chegaram não é essa ideia de que havia umas comunidades que viviam ou que aqui as fábricas voltariam a chamar as er para a indústria conserveira e Ou que os pescadores voltariam a coer redes na porta das casas quer dizer quando o turismo este turismo que estamos a falar agora chegou ele já não estava lá porque os pessoas já não queriam viver daquele modo não interessa porquê porque é que era assim não viviam portanto muitas vezes ou no campo isso percebe-se muito bem na agricultura e isso acontece por exemplo aliás eh se nós virmos a nossa imprensa e mais a de Espanha porque ali tudo tem tem uma dimensão um bocadinho superior e e mais histónicas que não falam um com o outro ou seja temos por um lado os autarcas de muitas localidades em Portugal e Espanha a fazerem tudo para conseguirem ter turistas e turismo do chamado país que está sem gente o país vazio e agora até para uma atividade que não sei se talvez te interesse que é no eu estava aqui a ver no durante o programa uma autarquia do do interior começa agora com um programa para atrair turistas que é ver no escuro que é para aí ver h pronto as estrelas à noite não é que é uma coisa que é difícil em muitos em muitos locais Sky conseguir ver mas o programa chama-se mesmo Verde no escuro este Dark Sky Dark Sky exatamente Obrigado professora e E este aqui é uma al parece que o alqueva é líder Mundial não é exatamente pronto e não tem poluição Luminosa nãoé e portanto é possível ver que eu estava agora aqui o tal ver no escuro parece mesmo que que é lá para cima para lousan qualquer coisa assim pronto tu estás a convidar pois não não mas mas vos pedimos lá fazer uma bela emissão podamos Sim senhora não é e e com as horas das pessoas da Rádio quando começássemos a preparar isto ainda ainda havia muito Estelinha no céu e agora não me peçam é para identificar não me peças Porque além da lua que não é uma estrela sim não não não identifico nada para mim aquil é só P hoje dia há aplicações no telemóvel apontas para o céu e ele dizas constelações todas Portanto o que é que nós temos temos por um lado e vemos e aqui autarcas entidades eh eh associações a procurarem captar turistas não é porque sabem que pode trazer desenvolvimento e aqui os nossos dois convidados já explicaram anteriormente que o turismo não é apenas o turismo e o restaurante há Depois todo um conjunto de serviços Associados e alguns deles que podem ser bastante diferenciados e depois temos uma outra parte do país isto em Espanha pode chegar a coisas particular na minha opinião polí muito questionáveis até do ponto de vista político com o tipo de slogans que usam quando nós escrevemos e turistas fora ou quando se mudam placas para as pessoas não poderem chegar aos sítios ou quando se Barra mesmo o acesso barra metem-se coisas nas estradas eh eu quero dizer se os protagonistas fossem outros eu diria que isso era xenofobia ou ou uma política de ódio não é portanto nós temos estes dois tipos de discurso em simultâneo na num e num mesmo e pode ser num mesmo país eh por um lado procurar captar-se turistas por outro lado adotar mesmo processos que são do ponto de vista das nossas sociedades Ilegais e e muito questionáveis para os eh para os afastar portanto temos estas duas questões depois isso passa na minha opinião também também muito por uma coisa que eu chamo o Imaginário bilhete postal que está associado ao turismo eh nós temos todo aquele Imaginário da olha daqueles postais do tempo em que eu vim pela primeira vez ao Algar não é que era o Algar Claro quando chegávamos cá percebemos mas já não havia nada daquilo não é que era as pessoas com as carroças os burrinhos e to a gente andava nas carroças e nos burrinhos vestidos ali com os trajes regionais e pronto isto aplicado também outros locais é uma coisa que se multiplica e hoje temos o tal de Imaginário o bilhete postal já não propriamente do da pessoa do do traj regional que é uma coisa muito associada ali uma fixação de certas coisas ao secretariado da propaganda do António ferro está de novo e agora temos este Imaginário bilhete postal des comunidades que viviam nas zonas tradicionais as vizinhas todas falavam umas com as outras as pessoas todas os homens saíam de manhã para as suas fábricas as mulheres ficavam em casa sabe-se lá a cantar fado ou a corridinho portanto um bocadinho estes imaginários não as vidas mudam mudam e e e aqui é assim se nós tirarmos o turismo da equação a vida não volta a ser como era e portanto Talvez seja mais inteligente procurar usar o turismo para que ela seja algo seja mais aquilo que nós queremos que ela seja sendo certo que em Portugal basta olhar para dois ou três momentos históricos para se perceber que o turismo é eh aquilo que está lá quando a nossa vida se complica muito explica isso olha em 1976 Portugal portanto tivemos de abil depois o processo revolucionário em 1976 da normalização da nossa vida faz parte da nossa adesão à Organização Mundial do Turismo ou seja nós tínhamos tido E estávamos com com os hotéis tinham sido onde tinham sido instalados os chamados retornados o país estava com as Finanças em desespero era preciso dinheiro era preciso dinheiro para voltar a pôr quer dizer não bastava apenas ter consolidada a democracia era preciso ter dinheiro e portanto o turismo era aquilo que estava ali em que quase de um verão para o outro se conseguia obter as então chamadas divisas nós tivemos em Portugal uma coisa que é muito importante em 1911 que é o chamado congresso do Turismo que os países tinham sociedades de propaganda e nós vimos como o país olhou ali em 1911 para a questão do Turismo que podia ser uma importante fonte de divisas numa história muito mais recente e como José Manuel aqui referiu não é depois desta nossa última quase falência olhamos para o turismo e para os turistas com os olhos do costume são eles trazem dinheiro de um momento para o outro não precisamos de criar aqui um grande investimento não temos que estar a pensar nas autoe europas no novo Aeroporto eles chegam com as suas rodinhas as suas o suas malinhas e e vão por aí fora não é portanto nós acabamos por ter essa tal ambivalência em relação ao turismo que e espelha mais Às vezes as nossas fragilidades do que propriamente as dos do Turismo e e dos turistas que como eu Óbvio se comportam e adecam em boa parte também àquilo que lhes é permitido fazer se as pessoas andam naquelas turbulências por assim dizer em albufeira é porque o país acaba por ter lhes ter permitido não é porque se eles fossem experimentar fazer isso não sei por exemplo nas Maldivas é uma coisa que não tá assim agora a correr a ocorrer talvez tivessem tido ali umas horas bastante difíceis a seguir muito bem Helena Matos olhar aqui para o turismo no Algarve temos falado da sazonalidade da do aparecimento de outros produtos turísticos para captar outros mercados e outro tipo de turistas ora um dos produtos que surgiu aqui no Algarve nos últimos anos foi a via algarvia junta-se a nós Anabela Santos que é coordenadora desta via pedonal e ciclável de 300 km que atravessa o Algarve de uma ponta à outra de alco até ao capo de São Vicente ou dito ao contrário do capo de São Vicente até alco bom dia Anabela bem-vinda Bom dia muito obrigada pelo convite ora é essa Anabela é possível quantificar quantas pessoas já percorreram a via Algar Viana desde 2009 bom eh Essa é sempre a pergunta mais complicada eh Porque nós não é como na autoestrada é mas eu começaria até aqui por outra questão que é de facto nós estarmos em 2024 e continuarmos apenas e só a falar em números Não é quantas pessoas esperamos e eu acho que neste caso temos que ir mais além eu tenho estado a acompanhar aqui a emissão embora longe eh eh e de facto o A questão aqui tem que ir mais além e o o Elder Martins e a professora Alexandra também falaram nisso de facto o Algarve não parou no tempo felizmente para nós a Universidade do Algarve tem tem sido aqui incansável eh porque de facto tem formado aqui eh bastantes pessoas eu sou uma ex aluna o alga com muito orgulho e de facto eh neste momento o algaz não é apenas Solimar embora nós sejamos conhecidos pelo belíssimo Solimar que temos eh eu até desafiava o José Manuel Fernandes a vir ao Algar eu trei todo o gosto em acompanhá-lo e a mostrar que o Algarve tem uma natureza Lindíssima é preciso é ter coragem para sair da Costa ele tem eu tenho eu tenho já fiz muito Eu já fiz muito Eu já fiz muito só que eu acho que próxima vez da próxima vez eu convido contacto e vou-lhe mostrar a a nossa natureza exuberante que temos no Algar nós temos aliás dizia que eu até notei aqui mas eu eu quero também ir e eu também quero ir se puder se puder pend se me puder pendurar eu penduro Conce estão todos convidados eh deixar só aqui algumas notas porque de facto o Algarve não são não são só eles que têm acontecido no Algarve embora tenham acontecido aqui muitos ligados à ao desenvolvimento turisto Uhum mas nós temos uma grande faixa do território que é protegido nós temos eh uma reserva natural de âmbito nacional nós temos um parque natural de âmbito nacional nós temos o parque natural Marinho que foi eh recentemente classificado temos três paisagens protegidas locais temos uma grande faixa de Rede Natura 2000 portanto não podemos dizer ou generalizar digamos assim que não existem aqui pérolas no Algar porque isso não é de todo verdade não é Aproveite que está na rádio em direto a falar sobre o Algarve para nos dar a conhecer essas pérolas vamos lá bom então começo por dizer que na verdade nós já nem falamos propriamente em vi algarviana mas falamos no território vi algarviana porque a Vial garven começou de facto como uma grande rota pedestre que aqui a ousadia era mostrar que o Algar via além do do do litoral e esta grande rota pedestre o que faz é realmente levar o a pessoa a caminhar por serra barrocal e Beira Serra portanto é tudo no interior do Algar nos maioritariamente nos chamados territórios de baixa densidade Mas neste momento nós já temos um uma uma estrutura montada de cerca de 1000 km pedestres e cicláveis portanto Já não são propriamente só os 300 km que temos aqui o que tentamos de facto é continu há uma há uma espécie de uma teia não é que se vai abrindo ao longo do território um polvo eu dizer que é como se fosse um povo que obviamente nós nós neste momento temos como parceiros 13 municípios do Algarve no Algar existem 16 nós temos 13 portanto A grande maioria já são nossos parceiros e temos infraestruturas instaladas nestes municípios mas de facto a nossa preocupação é sempre mostrar além do património natural todo o património cultural tudo aquilo que existe porque ainda existe artesanato existe gastronomia típica quem encaminhar quem vem já com a pré-disposição para este tipo de turismo e eu até até tento sempre salientar que via a via Algar venda nós trabalhamos diariamente no foco com o ecoturismo Um turista e aí falou-se por exemplo no caso dos turistas de al feira o turista que vem com eh o foco neste tipo de de turismo é um turista completamente diferente eh por norma são pessoas com muito maior poder económico são pessoas com um elevado grau académico São pessoas que sabem perfeitamente aquilo que vê pesquisam aou mínimo detalhe eh a sua viagem planific eh por vezes com mais de um ano de antecedência São pessoas que querem mesmo saber aquilo que vê e v precisamente gastam mais e gastam mais obviamente Eu costumo dizer que são pessoas que não se importam de pagar mas não se querem sentir de fraudar com aquilo que depois encontram cá a pandemia veio também a aumentar aqui a procura por este tipo de turismo porque nós oer mar há bocadinho dizia muito bem nós não vivemos numa bolha estamos não é todos ligad neste momento e existem pessoas especialmente os nórdicos que são aqui maioritariamente o nosso mercado alvo vivem em cidades muito com muita população e procuram precisamente sítios de tranquilidade onde ainda se possa ouvir o silêncio onde se possa ouvir o canto das aves onde se possa ouvir o vento que se calhar é uma coisa que nós não valorizamos tanto quanto estas pessoas eu eh lembro-me no início quando comecei a desempenhar estas funções perguntava sempre porque eles costumam depois enviar-nos feedback de como é que correu a sua experiência eh e muitos destes sítios as pessoas não falavam inglês uma coisa tão básica não é quando digo as pessoas falo na população local eh e perguntava Então como é que comunicaram e todos diziam as pessoas são extremamente simpáticas eh bastou um sorriso e se as pessoas estavam nas hortas bastava oferecer uma laranja portanto Isto às vezes diz tudo do território em que nós nos encontramos indo de encontro também oo que a professora Alexandra disse porque é extremamente importante de facto nós temos temos maioritariamente diria eu alemães Países Baixos também imensos turistas dos Países Baixos mas temos crescendo o francês o mercado francês e de facto uma das lacunas que ainda estamos aqui também nós a trabalhar são os guias que falem francês porque o francês é um turista com uma com um perfil muito específico porque gosta de ter tudo em francês gosta de teroso não é da da sua língua S Sim reier daí nós também temos a é nós temos a o todos os nossos materiais estão em francês também precisamente por por uma dessas especificidades deste deste turista mas H mas pronto estamos aqui a falar eu diria mesmo que o paradigma tem que mudar e aliás o Hélder Martins também falou nisso que é qualidade versos quantidade se calhar temos que deixar nós também de nos focar tanto na quantidade mas mais na qualidade nós Desde o ano passado instalamos contadores para contar as pessoas que passam nos nossos percursos Uhum E até para aferir se de facto só temos pessoas a caminhar no outono na primavera não é sim e surpreendentemente no verão temos também pessoas a caminhar Baixa porque não é de todo a melhor altura a paisagem está se seca Há muito calor há o risco de elevado de incêndio mas não para Então e o que é que levaram esses contadores Anabela até agora levar sei que não gosta de números já o disse aqui mas gostava de perceber quem é que frequenta a Vial Viana e e Com que frequência sim eh não obviamente Chegamos aqui às conclusões que já sabíamos pelo feedback que nos chega sempre eh que a altura da primavera é aquela que tem mais pessoas portanto a partir de Fevereiro Até final de Maio é quando temos aqui sempre o pico de mais pessoas a percorrer estes percursos eh Depois temos aqui a partir de setembro até Novembro também números muito interessantes e depois cai aqui um bocadinho no inverno mas ainda continuamos aqui a ter pessoas se bem que infelizmente para nós algarvios eh nós não temos um inverno propriamente inverno não é porque chove pouco as temperaturas são amenas para quem vem do de países como Alemanha Países Baixos mesmo Inglaterra eles vêm para cá e continuam a caminhar eh esteja a chover ou não porque para eles é uma coisa natural se eles não for sair de casa nos países deles quando chovesse não saíam de casa uhum não é e portanto mesmo no inverno nós temos todas as condições para continuar aqui a ter turistas mas muito focados nesta vertente do Turismo de natureza eu acho é que é preciso um bocadinho mais de investirmos embora a associação de turismo do Algar e o próprio turismo de Portugal tenham eh dá uns anos para cá feito essa aposta mas é necessário aprestar um bocadinho mais de levar a marca Algarve para eh com esta vertente de turismo de natureza até mesmo desmistificar os portugueses em que o Algar também tem natureza para oferecer muito bem professora Alexandra Rodrigues Gonçalves queria complementar queria pedindo já à Anabela que não se vai embora não a Anabela sabe mas os números ajudam a tirar a fotografia 70% do Algar são áreas naturais e 37% do território áreas de reserva natural portanto há uma enorme biodiversidade por explorar e havia garvi é um é é uma referência Internacional e o trabalho tem vindo a ser feito pela Anabel e pelo pela associação É extraordinário eh e de facto nós temos também ao nível não só da natureza mas do complemento neste caso cultura eh um trabalho que também tem vindo a ser construído pela dinamização de rotas temáticas de passeios que incluem workshops de turismo criativo e outras ofertas que resultam de um trabalho também conjunto ao nível da investigação que a própria Universidade faz não só o terceiro setor está bastante próximo do terceiro setor falo das associações em geral todas natureza ambiente cultura estão muito próximas da universidade e dos seus investigadores nestas áreas mas também os municípios e a entidade Regional de turismo as outras associações empresariais como é o caso da eta o Hélder inclusive é deu-nos a honra de ser o nosso aluno também ele não falou nisso mas normalmente fala sim Portanto tem havido um trabalho extraordinário conjunto E eu acho que esta é uma das questões conção de massa crítica é uma das questões essenciais do do papel da missão de uma universidade uma universidade está muito fixada no seu território mas que também tem dado contributos de formação e qualificação de pessoas internacionalmente Isto para introduzir o quê a questão nós temos também oferta formativa noutros níveis de ensino mestrados e doutoramento em turismo temos um centro de investigação dedicado ao turismo que está avaliado como muito bom eh pela FCT pela Fundação para a ciência e tecnologia há um número eh todos os anos grande de projetos de investigação dedicados ao turismo à hotelaria e à áreas afim que têm vindo a ajudar a construir precisamente não só a Inovação do setor mas também este combate à sazonalidade inovação produtiva e até sistemas de apoio à decisão esta semana tivemos mesmo uma reunião conjunta com a Faculdade de Economia à nossa escola tem um que é apoiado pelo turismo do Algarve pelo turismo de Portugal e pela ccdr um Observatório do turismo sustentável onde regularmente se faz em questionários quer aos turistas quer aos residentes para perceber o impacto positivo e negativo do Turismo nas suas várias Vertentes e portanto estas questões são essenciais e de facto há já alguma sensibilidade na comunidade de Residente também em relação a esta intensidade e pressão turística em determinados períodos do ano e determinadas zonas porque nós outra coisa que o Orlando Riber costumava dizer é que o Algarve é o Portugal deitado portanto as características que o Portugal tem Portugal tem no seu conjunto tem na sua região e portanto essa diversidade mas também a centralização em algumas cidades de alguma oferta e na Zona Costeira tem a necessidade de uma intervenção diferenciada noutras zonas do território e portanto uma questão essencial para além da água que gostava de referir é da mobilidade porque interfere bastante com esta questão do interior e interior que é relativo pensar no comboio não só no comboio mas tudo que são ciclovias percursos pedestres necessitam de requalificações constantes e esse investimento é não só municipal mas também tem que ter o apoio do governo Central muito bem Anabela Santos na qualidade de coordenadora da da da Via algarviana e assumindo já publicamente que tanto eu como a Helena Matos e o José Manuel Fernandes aceitamos o convite para fazer a via algarviana a pé Elena diz que não não eu farei a pé nem no inverno ou na primavera porque eu não faço parte daqueles port que acham que a chuva os encolhe agora desculpem lá mas não se importa no verão fica a tomar banho tá bem assumindo já Anabela quantos faz mal todos na primavera vamos todos na primavera quantos dias Anabela é que precisamos para percorrer estes 300 km de uma ponta à outra do Algarve sim eu se calhar para começarmos eu levava-os a uma pequena Rota e não se calhar pela V algarviana que são 300 km e são precisos 14 dias para percorrer na TO pronto mas temos aqui uma eh ou seja nós temos vindo ao longo destes anos a diversificar a oferta eh precisamente para chegar a outro tipo de público portanto a grande rota é precisa realmente uma preparação Física não é para para a fazer mas nós temos neste momento 18 pequenas rotas circulares que essas sim temos algumas mais fáceis e acessíveis nomeadamente para Famílias eh temos ligações que são lineares que neste momento temos 12 temos como aa encontro aqui um bocadinho o que a professora Alexandra dizia temos quatro rotas temáticas eh que são aqui com temas diversos desde a geologia às árvores monumentais o contrabando e à própria água eh e temos percursos Audi guiados que são percursos mais pequeninos e o que fazemos é como que emprestar o conhecimento do território para que as pessoas possam descarregar o audio guia e fazer a sua interpretação daquilo que estão a ver portanto temos muita oferta portanto ninguém vai ninguém vai desacompanhar ninguém vai desacompanhar examente ninguém vai desacompanhar sim sim exatamente eu já agora Queria só dizer aqui uma nota à Helena diga Helena H temos aqui dois dois dois exemplos de de trabalho entre as duas margens eh a Câmara Municipal de alcoin tem feito aqui um trabalho fenomenal até porque os problemas que o munícípio de ALC enfrenta não são diferentes do vizinho de São e criaram há relativamente pouco tempo uma marca que os une que é o turismo de fronteira e que fazem alguns eventos precisamente alguns eventos e têm ali uma estratégia que estão neste momento a criar para unir os dois lados da Fronteira nomeadamente o festival do contrabando que é um sucesso enorme o festival de caminhadas portanto Eles já há muitos anos que trabalham em conjunto e depois temos aqui para o lado juntando o município de Castro Marim e o de Vila Real de Santo António com aiam Monte a eurocidade do guadiana portanto já aqui também trabalho eu sou algarvia e sou do nasci cresci durante 20 anos na no município de Castro Marim e sempre durante toda a minha vida escolar eh fizemos intercâmbio com os nossos eh amigos de do lado espanhol era recorrente nós fazemos sempre ou eles nos vinham visitar ou nós iros visitar eles portanto não considero todo que exista ali rivalidade Antes pelo contrário h a minha mãe tem sempre a televisão normalmente ligada nos canais espanhóis portanto Há uma grande proximidade com o outro lado da Fronteira poderá haver rivalidade noutros sítios mas aqui Considero que até não temos essa rivalidade di digamos assim porque temos aqui muitas semelhanças ao fim e ao cabo h partilhamos partilhamos o mesmo território e provavelmente território é a palavra chave quando olhamos para eu estava a referir-me só para explicar uma de rivalidade dentro de cada país ou seja cada país isso é muito Evidente em Espanha tens por um lado a a questão da da daquilo que eles cham a Espanha vaciada não é uma Espanha que está vazia que faz tudo para atrair turistas e depois tens noutros locais e em Espanha as medidas tomadas contra turistas E estamos mesmo a falar por por por por entidades associações por rações políticas são medidas na minha opinião profundamente questionáveis não é eh e e xenófobas até uma espécie de de xenofobia sancionada pela pela por pela política eh e isso parece-me ser particularmente grave e eh em Portugal notamos temos sempre temos sempre estes fenómenos miméticos também esta ideia que também havemos estar como os outros e tal e dizer pnos a falar como se o turismo fosse um um uma coisa que é é claro basta basta estar em Lisboa para uma pessoa perceber que há ali uma enorme pressão eu vou eu vamos ao chiado e percebemos a enorme pressão só que e é uma pressão que que que me desagrada mas agora é assim eu trabalhei naquela zona antes de ter começado a onda do Turismo e sei como é que o chiad estava não é estamos a falar de prédios e que agora são de facto inacessíveis à bolsa penso eu dos portugueses comuns pelo menos à minha são certamente mas quero dizer mas antes agora são inacessíveis mas antes estavam de janelas abertas e Desocupados ou entravam e saíam pombos um paraíso para as pombos não é portanto do que é que nós estamos a falar sim e e janelas abertas também para entrar chuva e aquilo cair de podre exatamente também não é portanto e a pessoa pensar que se quisesse comprar o o Bem Mais Simples não tinha e estamos a falar do centro de Lisboa me parecia para já não falar do centro do porto que parecia uma coisa que tinha havido uma guerra naqu referes à compras É engraçado porque se nota isso no centro de Lisboa há há muito há cadeias de supermercado que apostam já em minimercados e mercerias de pequena dimensão significa que Claro São zonas muito é muito bonito fazer discursos contra as lojas de quinquilharias realmente também me parece que até tenho dúvidas quem é que comprará tanta quinquilharia Mas a questão é que agora se eu quiser comprar uma alface no centro de Lisboa eu consigo comprar uma alface no centro de Lisboa e se eu me perguntares há 25 anos onde é que se podia comprar uma alface no centro de Lisboa eu eu sei mas dificilmente eh se o perguntasse conseguia que me respondesse Prof Alexandra Rodrigues Gonçalves não queria dar aí uma nota porque de facto como investigadora de turismo doutorada em turismo tenho trabalhado turismo cultural e estas áreas e de facto há um conceito a emergir de turismo regenerativo o turismo colocar-se ao serviço das Comunidades para as melhorar portanto este conceito de olhar o turismo sempre como ou muito bom ou muito mau hh é um pouco também polarização que Acontece isto moderação é é a resposta não é às vezes é difícil mod as pessoas não gostam dos moderados mas acho que aqui é o caminho é o caminho é isso é por aí o é o caminho porque de facto o turismo tem que contribuir de forma positiva para as comunidades e só faz sentido dessa forma e portanto do lado da academia da investigação dos profissionais creio que é isso que todos nós desejamos é que ter um turismo cada vez contribua mais não só em termos económicos mas também sociais e ambientais para o a comunidade onde nós vivemos será o turismo focado no território como um todo é isso não é é turismo a servir como alavanca para outros setores porque uma das pessoas que já se falou aqui o Dr Vitor Neto foi secretário de estado do Governo do PS disse há uns anos e Eu repito muitas vezes esta frase dele nós não temos turismo a mais Isto em relação ao Algarve temos é de outras de outras atividades a menos e portanto é ver de que formas e nós conseguimos trabalhar ISO o turismo pode alavancar outras eh eh economias pequenas de escala e dar-lhes escala dar-lhes valor uma das questões que o Welder referiu que não sei se ficou Claro é que quantidade de dormidas quantidade de turistas continuam a ser sempre os dois indicadores utilizados se formos utilizar o valor de receita média por quarto disponível aí nós crescemos bastante portanto a receita que tá a ser gerada por cada quarto vendido hoje é muito maior do que era portanto para que é que queremos mais que com a venda de 1 quarto estamos a agarar mais valor portanto é por aqui e depois estas taxas que são eh resultam da utilização destas D como é que se faz isso como é que se potencia essa receita por alojamento tem é que se encontrar mecanismos que façam com que as taxas que os turistas pagam por cá estarem sejam revertidas para beneficiar por exemplo o espaço público nós todos hoje olhamos à nossa volta e vemos que há uma um conjunto de obras no espaço público que são carentes que às vezes não há capacidade dos Municípios fazer essa intervenção porque não alavancar essa taxa que é aferida para essas obras Portanto tem que ser mexida provavelmente eu aí não consigo chegar ao nível da tecnicidade legal necessária para dizer porque é que não se está a utilizar esta taxa para reverterem investimentos diretos na nas infraestruturas púas mas essa taxa tem estado a ser utilizada em quê para o bolo timento Municipal Sim eu creio que em Lisboa em Lisboa o museu associado ao palácio da Ajuda terá sido feito com verbas provenientes dessa taxa turística portanto estudar mecanismos que possam de facto afetar e tem que ha um atendimento um atendimento entre os municípios de dos investimentos prioritários que há a fazer em cada região que decorre dessas taxas turísticas Isto é discutível porque há quem seja contra a associações empresariais que são contra taxa turística não é mas eu creio que estaão que o turismo acha que a verba deve ser mais ou menos afetada sim para investimento público na infraestruturação que é necessária para benefício da comunidade em geral nomeadamente de alguma forma A grande questão no Algarve é que começa começou não é e tem um turismo de com muitas pessoas com muito turista numa zona onde a criação de infraestruturas públicas era muitíssimo baixa e portanto seja em saneamentos redes Jardins parques públicos portanto eh de repente houve O que se criou foi infraestrutura turística mas não se criou correspondente infraestrutura de serviços e está subdimensionada porque está para resposta à comunidade de residentes quando nós temos uma pressão durante muitos dias no ano muito superior que depois cria o tal lixo a céu aberto a a dificuldade em recolha dos resíduos mesmo no por exemplo mesmo em questões que Nós pensamos questão dos serviços de saúde não é porque está pensado para uma população residente não para uma população Isto é comum a muitos destinos todos os da Bacia do Mediterrâneo tem este tipo de questões não é não somos só nós porque de facto a gestão de um destino que tem uma concentração de procura em determinados meses do ano cria questões de gestão di área diferenciada e portanto tem que se estudar em termos da gestão e planeamento mecanismos de resposta que facilitem de facto o investimento à dimensão do necessário professora Alexandra Rodrigues Gonçalves agradeço-lhe imenso ter estado aqui connosco hoje no contracorrente a partir da Fortaleza de Santa Catarina na praia da Rocha o tempo voa É verdade voa literalmente cima voa aqui em cima voa literalmente Muito obrigado ótimas reflexões sobre o Algarve sobre o futuro do Algarve Agradeço também a Anabela Santos coordenadora da Via algarviana e dizendo que eu sim eu vou eu irei até ao Algarve do barrocal para percorrer então uma parte dessa via algarviana vou arrastar comigo a Helena Matos e também o José Manuel Fernandes fica prometido pelo menos para uma pequena rota obrigado Ana vela a mim não precisas de arrestar não precis de arrar obrigado obrigado temos alguns Obrigado temos alguns minutos até ao final do contracorrente Elena começava por ti o que é que fica desta discussão sobre o destino Algarve ou Algarve agora já é agora agora é Algar já foi a Algarve agora é Algarve olha isto muda muito quando o o António ferre cria o secretariado da propaganda nacional e ele tem aquela política de trazer a Portugal jornalistas estrangeiros portanto estamos a falar do ano 32 33 portanto em 34 ele já consegue trazer grandes delegações eles faziam assim levavam noos a alcobas à Batalha A Coimbra não é e depois traziam noos a Évora e mas para Sul só os traziam até até à primavera porque depois achava-se que o sítio eraa muito inóspito e muito estamos a falar dos anos 30 depois as coisas mudaram os é Manuel refer aqui já aos anos 50 eh portanto há uma uma uma ideia porque as pessoas usufruem os espaços de forma completamente diferente nós não também quando falamos do Turismo ai porque o turismo nos anos 40 nos anos 50 nos anos 60 não não era assim eh quer dizer não era assim mas as pessoas usufruíam os espaços de forma completamente diferente não é e e e É das das memórias mais interessantes há livros de memórias muito interessantes e de pessoas improváveis não é portanto nós vemos As Memórias associadas aos grandes lavradores do alentos e às suas famílias que vinham para Monte Gordo a forma como eles usufruíam a praia não tem nada a ver com a forma como os seus bisnetos e trinetos que ainda hoje lá têm em casas usufrui essa praia Até nós não é quer dizer não vamos voltar aqui à aquela célebre drama do adesivo que a minha geração que nos punham nas costas antes de irmos para a praia nunca Ninguém percebeu rigorosamente para quê não é para lá daquela coisa Mir ambulante que era no primeiro dia estavam salid de C minutos depois no segundo dia 10 minutos depois 15 minutos tudo isto são formas diferentes de usufruir os espaços Depois temos e E isso nós muitas vezes vivemos destas nostalgias de de um passado que também vamos recriando a cada momento isso é muito muito a questão das férias prende-se muito com isso depois em Portugal a melhor forma de definir o turismo é é quando ali em 70 já havia guerra a e e o facto de ver Guerra Não é irrelevante para o caso que é quando se resolvem fazer os grandes investimentos em Troia e Portugal abre-se muito ao turismo até porque precisa das chamadas divisas aí para sustentar também um esforço de guerra e não apenas de guerra também um esforço de investimento material e humano nos nos chamados então territórios ultramarinos que também depois começam a desenvolver como como como destino turístico que há um Industrial do Turismo está-se a discutir Troia o que é que é Troia e aquilo tudo eles chama-lhe a indústria patriótica e por é que lhe chama a indústria patriótica chama-lhe a indústria patriótica porque permitia gerir obter receita muito rapidamente sem ter aquilo que à época era visto como um drama que era o grande que era o impacto ambiental da indústria porque se considerava que a indústria tinha destruído boa parte dos rios de Portugal daquilo que nós hoje apreciamos muito que é a indústria do tomate à época tinha um impacto ambiental terrível portanto eu acho que as pessoas sobretudo têm ter uma coisa que é a noção de que o tempo passa e o turismo está aí também para mostrar isso portanto agora esta definição da chamada indústria patriótica eu acho que continua a a ser possível e atual na medida em que é aquela que de um momento para o outro permite aos países obter terem as verbas de que muito rapidamente precisam o reverso disse é aquilo chamado a galinha dos ovos de ouro diz sempre com Algar matou a galinha dos ovos de ourouro Eu acho que o a a galinha do dos ovos de ourouro existe no Algar Ah tem tem melhores dias já teve portanto já teve aqui uns dias um bocadinho em que galinhas teve um bocado afanada mas parece-me que por aquilo que se ouviu aqui no programa se pode dizer que a galinha eh a galinha cacareja e está e está bem galha Manel Fernandes em 3 minutos olha e eu acho que apesar de tudo nós temos que procurar perceber que turismo vamos ter eu eu acho eu gosto imenso por exemplo de fazer passeios a pé como tu sabes eh faço caminhadas faç essas coisas todas e sei que há um há clientes para isso e temos tem que se multiplicar isso mas mas eh continuarem uma procura brutal por e um turismo mais pá é bho de marho de mar que é a melhor coisa do mundo um belo banho de mar ó ó ó Helena Tens que considerad a falar com alguém que gosta de mar com ondas coisa que no al garf Só existe na costa na costa Vicentina portanto existe no Algar mas na costa Vicentina não não não aí na praia da Rocha ou n outras praias viradas a sul mar de emoções fortes Claro Claro agora eh o caminho para digamos para chegar nós estamos estamos ao lado de Espanha como foi dito várias vezes Espanha tem e nós temos 30 milhões de turistas a Espanha o ano passado teve sensivelmente três vezes mais portanto e é uma uma uma diferença ainda significativa nós temos em Lisboa perdão no alarve 5 milhões de turistas fo 5 milhões de de e turistas é o número que eu tenho aqui eh só Benny dorm só Benny dorm que é outro destino enfim não é tor não sei qual Não tenho não encontrei os números para torre de molinos mas só Beny dorn teve o ano passado 3 milhões uau portanto agora quando nós vemos as fotografias de benidorm a mim pessoalmente assusta-me quer dizer ver edifícios de 20 e 30 andares à frente do do do mar quer dizer não tem a dimensão de Copacabana por exemplo que é aquela dimensão gigante eh é é é uma é é há Ribas parecidas com essas que em que vocês estão agora com eh Torres em cima que t para aí 20 ou 30 andares uh eh mas também há quem goste porque depois isto permite eh ter uma oferta variada completa em B do armado tudo até boas livrarias que é uma coisa que eu não sei se se abunda no Algarve neste neste neste momento enfim mas há seguramente algumas pelo menos nos espaços comerciais eh portanto há um caminho que pode ser seguido um caminho eh de turismo mais de massas e outro caminho que tem que existir porque tem que ser no mínimo complementar porque de facto há características que o Algar ainda não perdeu e que permitem ir buscar como hoje aqui vários dos nossos convidados disseram ir buscar e um turismo que porventura até pode gerar as mesmas receitas sem gerar a mesma sobrecarga eh dizer que isto é fácil não sei se é não sei se é porque de facto a procura do Turismo de massas não vai diminuir na minha eu estou mesmo tenho quase certeza que vai aumentar e aquilo pois as massas existem aquilo é é é cartazes como aqueles que estão a ser exibidos aos turistas em em Palma de mallorca ou em Alicante ou nas Canárias porque bem as Canárias são tem números impressionantes estamos a falar aí das Canárias as Canárias sozinhas são 15 milhões de turistas é uma coisa que nos deixa e compreender que não sei que espaço é que S Para os habitantes Mas enfim pronto e dito isto eu acho que que aquilo que o trabalho que apesar de tdo estar ser feito para enquadrar e melhorar as condições do alá é importante agora não nos esqueçamos que aquilo por exemplo que tu há pouco lembraste Elena das infraestruturas de saúde que têm que ser dimensionadas para poder ter épocas Apas e épocas baixas é fundamental para as pessoas não se sentirem abandonadas e eu acho que h no Algar às vezes também há da parte dos seus habitantes uma sensação de abandono é verdade fica por aqui o contracorrente de hoje em direto da Fortaleza de Santa Catarina na praia da Rocha a olhar para o farol da ponta do altar Espero não me ter enganado num dia Cinzento bom fim de semana a todos a emissão da da Rádio observador regressa aqui à Fortaleza de Santa Catarina às 3 da tarde até já Obrigada rádio n