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viva e bem-vindo a mais um dúvidas públicas a entrevista de economia de renascença Que também está sempre disponível em podcast e em rr.pt Hoje vamos falar de talento fiscalidade e das medidas económicas que o governo apresentou esta semana o nosso convidado passou pela Vodafone até 2018 foi diretor de estratégia e comunicação externa em Portugal mais tarde mudou-se para Londres continuando a trabalhar na mesma empresa na sua carreira está também inscrita à passagem pelo conselho de administração da SporTV em Lisboa antes disso e ao longo de 7 anos trabalhou para três governos de diferentes cores políticas no Ministério dos transportes nas Finanças mas também no gabinete do primeiro-ministro exerceu funções durante a crise financeira a crise Soberana e o período em que Portugal recebeu ajuda externa empreendedor trabalhou em empresas de internet e startups tendo iniciado o percurso profissional na área da Consultoria estratégica exercendo funções em Portugal e no Brasil em qualquer uma das geografias Suponho foi mantendo o gosto de cozinhar com a mulher e os filhos é licenciado em economia pela Nova School of Business os seus próximos descrevem como alguém extremamente focado pragmático e com um enorme sentido de urgência para ação Pedro gingeira do Nascimento O secretário-geral da associação Business round table Portugal é o convidado de hoje deste dúvidas públicas numa entrevista que também é conduzida por Sandra Afonso e por arseno Reis eh Obrigada desde já por ter aceitado o nosso convite se a redução de irc agora apresentada pelo executivo juntarmos as alterações já anunciadas ao IRS O governo acaba por cumprir o choque fiscal que diz não ter prometido Obrigado Sandro Obrigado arseno antes de mais pelo convite para aqui estarmos bem eh Portugal de facto precisa de crescer muito mais precisamos de criar muito mais riqueza precisamos de alterar a nossa cultura para uma cultura que promova o o sucesso que promove e que Celebre o sucesso que é o contrário daquilo que temos tido e que é o que tem levado tantos jovens a deixar o país esta em busca de não só de novas experiências isso é fantástico porque sair é muito bom traz mais mais experiência mais conhecimento mais mundo o problema é quando saem e desiludidos com o país desiludidos com as oportunidades que têm e e portanto não querem regressar nós temos um sistema fiscal costumamos dizer na associação Business Portugal que tem três pecados capitais O primeiro é precisamente este que eu acabei de referir o da penalização do Sucesso quer nas empresas quer nas pessoas nós temos um sistema de IRS que é muito progressivo mas que começa muito cedo começa logo a seguir ao salário mínimo a crescer muito rapidamente um exemplo muito concreto salário mínimo 820 € se o empregado se esforçou merece e o patrão quer reconhecer dá-lhe um aumento de 150 € são 186 € Afinal que custa para a empresa não 150 de salário bruto mas desses 186 chega 1/3 ao empregado e isto é logo a seguir ao salário mínimo portanto Imaginem O que é mais para cima Qual é que é o incentivo que existe para as pessoas para as empresas de se esforçarem de promoverem este crescimento e este sucesso no limite num outro país com o mesmo salário ganha bastante mais é isso que me está a dizer não é só a questão do agora é a questão da Promessa o que nos faz sair da cama todos os dias e querer fazer mais coisas é o sonho é a promessa e se nós olhamos para onde estamos agora e pensarmos bem mas eu não quero estar aqui Não estou confortável com os 820 € ou com os 1500 ou com os 3.000 depois Depende das situações de partida até de cada um e vou m forçar estou disponível para fazer muito mais tenho essa ambição tenho essa essa garra não é agora se eu tenho tudo isso mas depois veja então e qual é que é o retorno a compensação que eu vou ter para mim bem eu voume esforçar aqui imenso eu vou ganhar mais de 60 € o meu patrão coitado até até reconheceu quase que me deu mais de 200 € mas não me chega nada fica tudo para o estado cá não compensa e depois aí temos dois tipos de pessoas temos aquelas que se resignam e ficam e temos aquelas que dizem isto não é para mim e tivemos 1.5 milhões de portugueses que nos deixaram nos últimos 20 anos é avasaladora e muitos deixaram-nos por isso e e nesse sentido esta redução que já foi apresentada no IRS neste momento estamos a falar do dos Trabalhadores no IRS é suficiente não é aquela que o governo queria ter aprovado é aquela que conseguiu aprovar no Parlamento temos duas questões diferentes H ou três até temos uma primeira questão que falando do IRS dois aspectos e eu falava sobre os três pecados capitais a promoção do Sucesso o ser muito caro e o ser muito complexo nesta promoção do Sucesso esta alteração do RS todas as alterações do RS têm acontecido nada fizeram não é porque nós continuamos com a mesma progressividade não tiveram Impacto não tiveram até tem um tem um aspecto mais negativo Se quisermos que é o nono Escalão continua de fora e isso significa que eu baixei todos os outros escalões e isso foi bom na segunda no segundo pecado o o ser caro portanto resolveu ou endereçou essa questão Mas resolveu até o oitavo Escalão e portanto alguém que tenha sucesso e de repente passa para o nono Escalão de repente leva uma pancada brutal e portanto o incentivo para quem está aí e seguramente se passou do oitavo para nono Escalão é alguém com sucesso é alguém que nós gostaria que continuasse em Portugal o incentivo para se ir embora vai ser gigante segundo aspecto o da idade de facto nós queramos dois sistemas queremos um sistema para uns e um sistema para outros e a própria progressão das pessoas nós todos envelhecemos não é esperemos nós é um bom sinal que vão passando os anos quando chegamos aos 35 anos também nos acontece a mesma coisa de repente temos aqui um salto que é gigante terceiro estes são os primeiros dois aspectos terceiro aspecto o que importa sobre o trabalho sobre a penalização do fator trabalho e nós temos a oitava pior penalização do fator de trabalho de toda a ocde é aquilo que se chama o tax pads que é um um termo mais técnico mas é um aperto fiscal que significa de dos Tais do tal montante que a empresa paga portanto não é o salário bruto é o montante que a empresa paga pela hora de trabalho pelo dia de trabalho pelo ano de trabalho quanto é que chega ao trabalhador e quanto é que fica capturado pelo Estado e nós temos a oitava pior da ocde portanto somos os que mais penalizam somos dos que mais penalizam o trabalho e e nesse não é só o IRS há uma componente muito forte em Portugal que é da Segurança Social 34 75 nós não podemos olhar só para os 11% porque de facto os outros 2375 também estão a ser pagos e estão a ser deduzidos àquilo que a empresa que o empresário está disponível a pagar pelo esforço pelo trabalho e esses 65 São muito é uma parte muito significativa é muito mais do que o RS aliás basta olhar para o orçamento de estado e nós vemos que as receitas de Segurança Social pesam muito mais do que as receitas de IRS e portanto nós não podemos tendo um problema de competitividade tão grande são somos o oitavo pior e hoje já vou dar um exemplo concreto com n para nós percebermos O que é que isto para toda a gente é mais fácil percebermos o que é que isto quer dizer h não podemos olhar só para o ir que é parte mais pequena da componente e tentar resolver sendo que dentro do IRS Como eu disse endereçamos o tema do custo não endereçamos o tema da promoção do Sucesso E como eu explicava há pouco é muito mais importante esta componente do sonho porque é esta que nos faz sair da cama esta que nos faz fazer todos os dias algo mais que não fizemos não discordando em relação ao sonho mas como é que resolvemos esta questão da das contribuições para a Segurança Social que precisamos eh de de rechear entregar dinheiro à Segurança Social hh sem eh mantendo alguma atratividade e competitividade e aliviando as empresas Sandra não tenho não tenho a resposta para partilhar já porque é um tema de facto muito complexo estamos a trabalhar nisso dentro da associação com pessoas dos nossos Associados como de costume das mais diversas áreas tínhamos o tido a abertura do anterior governo da anterior ministra do trabalho e da Segurança Social que tinha eh de facto concordado que tínhamos aqui uma questão relevante para olhar e portanto íamos trabalhar com eles entretanto o governo mudou e estamos a iniciar esses trabalhos agora aquilo que eu posso dizer é há aqui três componentes Nós pensamos na Segurança Social sempre como a componente dos das pensões portanto nós temos que dar este contributo para a Segurança Social porque tem a ver com as nossas pensões e com as pensões mais diretamente até de quem já está reformado agora e elas têm que ser pagas agora as pensões o sistema de pensões como um todo são 18 pontos dos 34.75 não são os 3475 em cima desses 18 pontos das pensões há um conjunto de outros chamemos-lhe Seguros que nós estamos a contribuir seguro desemprego seguro de invalidez segos apoios sociais os restantes para além de vos apoios sociais as creches etc o subsídio de morte o subsídio de funeral tudo isso são escolhas que nós fizemos e muitos e são seguros efetivamente só quem descontou é que tem direito a isso se acontecer isto então a pessoa tem direito a uma certa prestação esses devem ser universais não devem ser universais estão a ser bem geridos isto mesmo antes de chegarmos à parte das pensões terceiro aspecto há o custo da gestão do sistema E se nós vemos enfim qualquer um de nós se quiser fazer uma um plano de poupanças a reforma ou algum investimento num Fundo de Investimento um dos aspectos que nós olhamos sempre é qual é que é o retorno que nos dá e quanto é que são as comissões de gestão as comissões de gestão da Segurança Social são significativas são uma parte ainda relevante não estamos a falar de um ponto percentual estamos a falar de mais mas como na banca por isso temos que olhar temos que olhar para todas essas três comp agora como L digo não tenho Ainda não temos ainda à associação um conjunto de propostas concretas para fazer sabemos que existem estas três áreas estamos a olhar para o que é que outros países têm feito sabemos por exemplo que a Suécia que não é propriamente um país com um Sistema de Segurança Social eh Liberal se quiser eh fez portanto passou por este processo há há bastantes anos já há cerca de 30 anos e iniciaram um conjunto de formas há cerca de 30 anos e conseguiram corrigir e ter impactos bastante significativos na sua economia na competitividade da economia e muito positivos eles ao longo destes últimos 30 anos tem sar este este tema Porque é importante e a solução passará pela pela abertura aos privados como lhe digo ainda não estamos na fase das soluções estamos na fase de compreender bem qual é verdadeiramente o problema porque quando nós saltamos rapidamente para para a solução sem compreender bem qual é o problema corremos muitas vezes o risco de estar a resolver o problema errado portanto não lhe sei dizer isso agora voltando à sua questão à vossa questão sobre os impostos falamos sobre o IRS o irc é igual deixa-me só ainda para fazer-lhe uma pergunta e sente preocupação política para para e empenho político para resolver a questão da Segurança Social porque nós falamos num país em que a demografia é aquela que é nós quer dizer a a Tentamos combatê-la com a questão da imigração mas mas ela é o que é e onde não há muitas fontes alternativas que eu saiba para a Segurança Social neste momento o que lhe pergunto é se nota que há uma preocupação Clara da parte política sobre esta questão a sustentabilidade da Segurança Social exat basicamente não é só a sustentabilidade da Segurança Social e lá está quando nós se não fizemos a pergunta certa se não soubermos qual é o problema certo arriscamos a ter a proposta errada nós temos passado os últimos anos a discutir a sustentabilidade da Segurança Social e portanto a resposta mais natural tem sido temos que encontrar mais fontes de financiamento é preciso mais dinheiro para a Segurança Social agora mais dinheiro para a Segurança Social sobre o PIB cria mais encargos para o estado não é só para o estado é queria mais encargos para quem paga para todos os pagam quem financia Ora se nós já temos um problema de competitividade fiscal faça a outros países eh Se nós formos sempre criar mais encargos sem pensar como eu dizia há pouco como eu referia há pouco se os 18% que pagamos para as pensões devem ser 18% deviam ser 17 deviam precisam de ser 19 segundo aspecto o que pagamos acima dos 18% para todas as outras componentes Está correto queremos mesmo ter todos aqueles Seguros ou há alguns que talvez nós possamos prescindir para todos ou para alguns da população e terceiro aspecto que as comissões de gestão do sistema estão adequadas Ou foram engordando porque nunca houve essa preocupação nunca se olhou para se estava a ser bem gerido e hoje enfim todas as empresas o Estado tem passado por isso temos muito mais tecnologia e e isso leva-nos a ser mais eficientes se nos leva a ser mais eficientes então não devemos continuar a custar mais Devíamos custar menos portanto nós temos que olhar para essas três questões e temos que olhar para a questão fundamental que é não há sustentabilidade da Segurança Social se o país não for sustentável se o país continuar a crescer pouco porque temos uma fiscalidade que não promove o sucesso das pessoas e das empresas e porque por causa disso também perdemos 1.5 milhões de de pessoas 1/3 dos nossos dos portugueses entre os 15 e os 39 anos está a viver fora de Portugal 1/3 como é que o país pode ser sustentável se 1 terço daqueles que vão estar ativos para pagar as pensões dos outros nos dizem pelos seus atos isto não é para mim este país assim não é para mim eu vou-me embora quema por cima são são muito qualificados eu prometi que punha uns números sobre esta questão do taxed só para tornar as as a perceção mais fácil imaginar uma uma empresa que tivesse um empregado que tivesse uma fábrica em Portugal ou um escritório quisermos e outra na Holanda dois países da União Europeia nós e um país significativamente mais rico e vamos imaginar que essa empresa quer contratar dois empregados para fazer exatamente a mesma função um pode ser o escritório português outro pode ser o escritório Holandês e até tem esta política que nós ouvimos muitas vezes e vários setores da economia pedirem que temos que pagar salários europeus aos portugueses muito bem esta empresa está muito alinhada e diz eu quero pagar o mesmo salário aos meus dois funcionários são da mesma empresa vão fazer a mesma coisa eu quero pagar o mesmo 32.000 € por ano porquê 32.000 e não outro porque os números da ocde que nos permitem fazer estas comparações cada sistema é complexo e e e portanto é muito difícil fazer as comparações exatamente mas ocd tenta normalizar isto e faz um conjunto de pressupostos não nos permitem ir abaixo de 50% do salário médio do de cada país e 50% do salário médio na Holanda são 32.000 € por ano 2.300 € mais ou menos por mês 32.000 € por ano para cada um destes funcionários a empresa holandesa em vez de 32 paga 35,9 a empresa portuguesa tem que pagar 39,6 são mais 3.700 € agora o empregado Holandês dos 32 brutos leva 28.100 para casa o empregado português dos mesmos 32 brutos leva 21.400 para casa Portanto ele leva menos 6.700 € entre o que a empresa portuguesa deixa-me só terminar deixa-me só terminar isto depois já já respondo entre o que a empresa portuguesa tem que pagar a mais 3.700 € e o que o empregado português leva a menos 6700 são 10.400 € a menos para um empregado que leva em Portugal 21.400 € para casa portanto são 24% de desvantagem fiscal que nós não conseguimos pedir a um empregado e a um empregador que compensem com produtividade nós não conseguimos ser 24% mais produtivos que os holandeses não conseguimos a diferença é brutal mas ainda assim deix só colocar mes que a Holanda é um dos países neste momento fiscalmente mais atrativos na na Europa portanto correto só só incluir esta informação Claro mas também se calhar por causa disso é um dos países que mais cresce na Europa é um dos países mais ricos da Europa e portanto Nós só temos que fazer esse tipo de escolhas que é Ah mas isso não é muito justo porque eles são fiscalmente atrativos sim mas talvez por serem fiscalmente atrativos T uma vida melhor e talvez por isso talvez por isso tantos portugueses tantos dos Tais jovens o tal terço que está a viver dos jovens entre os 15 e os 39% estejam a ir para a Holanda no pasado então deix fazer a pergunta ao contrário isso significa por outro lado que todas estas alterações que ouvimos falar de IRS irc de pouco pouco resolvem eh naquilo que é o problema de fundo que tem estado a elencar ou não mostram uma boa vontade de querer fazer e de querer e h acredito aliás que esse é o uma das primeiras conclusões que podemos tirar sobre o famoso pacotão chamado pacotão e ele mostra que há uma vontade do atual executivo de pôr a economia no centro e portanto nós tivemos ao longo emar das últimas duas décadas uma primasia muito grande do ministério das Finanças e dos temas mais financeiros e mais contabilísticos do défice da dívida etc e agora talvez também porque depois de tudo isso conseguimos reduzir o peso da dívida e conseguimos equilibrar melhor as contas mas eh este executivo de facto este pacote parece mostrar isso mesmo uma intenção de ter mais política económica mais política de crescimento que permita fazer esse crescimento Vamos só fatiar aqui uma uma outra coisa eh no caso do corte do irc estamos a falar de alguma coisa de diminuir em 3 anos de 21 para 15 e uma descida para as PME eh pesar tudo que eu também acho significativa para 12 E5 por eh tenho várias perguntas sobre isso mas e o que é que este caminho aponta poderia ser a primeira e segundo se há depois condições políticas ou não na sua opinião para que estas medidas passem no Parlamento então primeiro aspeto o o o irc e já cobrimos então o tema do IRS e o tema da Segurança Social o tema do irc ele tem os mesmos três pecados capitais e do IRS isto está prevalente em todo o nosso sistema penaliza o sucesso é muito caro e é muito complexo o o o a descida como está prevista endereça ao segundo mais uma vez que é e que tem sido vamos vamos eu volto sempre à questão do é muito importante fazermos as perguntas certas e termos certeza que compreendemos o problema para podermos fazer as perguntas certas e depois procurarmos as soluções a verdade é que nos últimos anos a discussão sobre impostos em Portugal tem sido sempre centrada no é muito caro e portanto também é natural que o governo esteja a olhar para uma solução do é muito caro nós temos procurado partir este elefante nas suas várias postas para compreendermos as diferentes implicações e as diferentes ramificações que tem o é muito caro É verdade 31,5 taxa Marginal é só a taxa mais elevada da ocde portanto não é que seja alta é mais elevada É mesmo muito alta depois costumam dizer-nos no ministério das Finanças no banco Portugal Na Autoridade tributária que ah mas essa taxa Não interessa para nada o que interessa é a taxa efetiva e na taxa efetiva nós não temos a taxa mais elevada mas depois surpresa das surpresas a comissão europeia diz que a taxa efetiva é 21 V qualquer coisa a at diz que a taxa efetiva é 18 V qualquer coisa e o banco de Portugal diz que a taxa efetiva é 25,9 sei quantos Ora se nem estas três entidades conseguem entender sobre o que é a taxa efetiva só pode querer faz só pode querer dizer uma coisa é que de facto o sistema é hiper complexo o que é que acontece com um sistema que é complexo quem é que beneficia olhe provavelmente os meus Associados são empresas grandes que estão cá em Portugal há muito tempo conhecem o sistema têm dimensão suficiente para contratar fiscalistas e portanto conseguem Navegar por todas estas vantagens que existem agora o que será um inferno para uma pequena e média empresa não é e para um investidor e para um investidor quer seja estrangeiro quer seja nacional que esteja a chegar que não conhece e assusta muita gente de facto porque o que se vê em tudo é a taxa é a taxa mais elevada agora voltando ao primeiro pecado de Capital que é o de penalizar o sucesso nós temos já desde o último orçamento de estado uma taxa para startups de 12,5% portanto agora o que estamos a fazer ou a querer fazer o que o Governo está a querer fazer é baixar essa taxa de 12,5% para as PME M mas também até 50.000 € de lucro a partir de 50.000 € de lucro volta para outro a aí não conhecemos o talho temos que ficar à espera que nos que nos expliquem vai voltar para quê volta para 15 vai para 1 vai para 21 qual é que é a taxa é uma das críticas este pacote muitas das medidas não estão ainda não estão regulamentadas sim é cedo mas ele também foi apresentado agora valerá pela intenção n esta fase agora tem que ser concretizado mas portanto para as pmes vamos fazer isto até aos 50.000 € mas depois entram as derramas estaduais e portanto se nada for feito nas derramas estaduais nós arriscamo-nos a ter 15% para as grandes multinacionais que estão ao abrigo do do acordo internacional de taxação mínima mas depois para as Grand mais elevadas para todas as para as grandes empresas que forem nacionais e para as pmes para as pmes enfim não não vão ser impactadas em princípio a maior parte delas por esta questão do da da derrama Estadual mas as as grandes empresas nacionais e é preciso não esquecer o que é que é uma grande empresa porque nós Normalmente também não concretizamos no nosso Imaginário o que é quer dizer uma empresa que tenha 50 milhões e 1 € de volume de negócios é uma grande empresa ora isso dava para cerca de um ter das cidades dos Municípios com os orçamentos que TM a serem classificados como grandes empresas não estamos a falar nem de Lisboa que tem 1000 milhões de euros nem do porto que tem 300 e tal milhões de euros de de de receitas mas estamos a falar de cidades mais pequenas cidade de Faro onde eu cresci e que é uma cidade significativamente mais pequena é uma grande empresa se fosse classificada como como empresa não é assim tão grande 50 milhões de euros no mundo global numa empresa dentro do espaço comunitário não é nada portanto essas já estão expostas a esse tipo de não quero interrompê-lo mas não respondeu à pergunta do Arsénio que é se este se este corte de irc tem possibilidade de passar no no Parlamento ser aprovado no Parlamento tem razão não tinha chegado ainda a essa parte da pergunta se tem eu acho que era importante de facto que que o o Parlamento o Parlamento tem tem um este novo Parlamento tem um equilíbrio e o desequilíbrio de forças bastante grande não é muito Claro porque tem um tem um conjunto de e deputados e que não tem uma ideologia muito vincada não é e nesse sentido é mais difícil descobrir quais são os sentidos de voto ou de antecipar Quais são os sentidos de voto que possam ocorrer H é o que acontece com com sempr posições do do maior partido da oposição são enfim não são não serão muito favoráveis às descidas dec Ficou claro durante a campanha pelo menos isso não sei até que ponto é negociável mas claro mas esse esse esse é a lógica de um de um Parlamento ou de um governo de minoria que precisa mais do Parlamento e que tem que negociar isso é a democracia a funcionar e portanto temos todos que nos habituar e isso já foi assim no passado já é assim noutros países e nós também acabamos Por acreditar que apesar de tudo é um modelo que melhor funciona exige mais negociação portanto compete a quem está compete às várias áreas não é e há aqui trabalho para todos compete a quem está no governo procurar construir as pontes compete a quem está na oposição também procurar estabelecer e que deixa estabelecer essas Pontes mas compete também às aos empresários e às empresas nesse sentido a pronunciarem sobre aquilo que acham que é importante para o país para tentarem influenciar Quem são os representantes no Parlamento e nesse sentido compete também à população esta conferência que nós fizemos agora recentemente também tem esse objetivo que não só mostrar o que é que a associação Business Portugal pensa sobre estes temas mas também convocar uma uma parte maior da população para que para perceber implicações que certas decisões têm sobre a nossa capacidade de crescer de criar riqueza e portanto de criar condições para que os nossos jovens os filhos os netos fiquem cá e não deixem o país por isso também há aqui um espaço que é as as próprias pessoas e as famílias também dizerem aos seus representantes na Assembleia da República que preferem um caminho ou outro e este este pacote de medidas das 60 medidas h no fundo responde a muito das questões que a associação tem vindo a levantar em relação à competitividade à sustentabilidade eh à necessidade de crescimento eh e também pequenas questões como eh Há há várias iniciativas Eh que que fomentam a escala da das empresas eh eh ou o acelerar os pagamentos das empresas para 30 dias o máximo de 30 dias H também em capitalização já disse que isto e representa a boa vontade do executivo quer dizer que na prática eh dovida da implementação ou ainda aguarda para ver como é que vão ser concretizadas quero dizer que o pacote foi apresentado recentemente que nós ainda o estamos a estudar que parece Evidente a leitura do pacote que existem várias medidas que não estão ainda com concretizadas o suficiente umas Porque precisamos de mais detalhes para perceber exatamente qual é o alcance e como é que vão ser executadas outras porque as próprias medidas significam lançar uma iniciativa para sei lá revisão da definição de mid Caps eh está lá que vai ser criado um grupo para estudar os critérios da revisão das me Caps O que é que vai acontecer pode ser bom ou pode ser mau e não podemos já ter uma opinião agora que é importante que haja a revisão das midcaps sim é um caminho nós precisamos de facto esta ideia de que uma empresa de 50 milhões de de faturação é uma grande empresa se calhar em 2005 no mundo muito menos globalizado e de 2005 a 2024 o valor do dinheiro também mudou muito mas a escala das economias também mudou muito porque em 2005 nós não tínhamos empresas de 1000 enfim como é que é 1000 eu nem consigo dizer em português mas as empresas de trilhão de dólares na bolsa americana eh estávamos longíssimo disso agora não tenho aqui Decor quanto é que valeria uma Apple ou quanto é que valeria um Google ou um Facebook Nessa altura mas valia significativamente a maior empresa do mundo valia significativamente menos do que rivos isso dá conta do crescimento da globalização nós continuarmos agarrados a 50 milhões é de facto algo que precisa mas é uma definição Comunitária já a definição do que é uma small and mid cap é uma definição que cada país tem mais ou menos gerir e portanto vemos com bons olhos que isso que essa alteração da definição e que dar mais incentivos para que as empresas as pmes que ainda não são grandes eh e que as grandes que são pequenas possam crescer com bons olhos como é que isso vai ser feito vamos ver nós tínhamos uma proposta muito concreta que a definição de grande empresa alinhasse com a definição de grande empresa para o irc Global mínimo de 15% que são 750 milhões ora entre 50 milhões e 750 milhões é muito diferente Sandra só para concretizar nós Portugal estatisticamente tem cerca de 1300 grandes empresas destas 50 milhões mais de 50 milhões Se nós formos para o critério dos 750 milhões quantas ficam talvez 60 e portanto este e a minha questão é e um país com a nossa dimensão tem condições para ter mais empresas dessas de 750 milhões ar sério essa é uma pergunta Espetacular Muito obrigado não Espetacular por dois não é por ser Espetacular é mesmo curiosidade e acho que é nos pode ter interesse em em ouvir a sua resposta mas por isso mesmo é que é espetacular porque tem aí duas questões essenciais a primeira questão que é uma questão de mentalidade E que nos está a atrasar enquanto país e que aliás Paul Morim na quarta-feira fez essa referência sobre a necessidade de maior Audácia dos nossos empresários são aborrecidos não é mas que ela usa uma expressão assim sim sim mas mas mas é a questão da Audácia é a questão da capacidade de facto sonhar e de onde é que se vê nós temos de facto esta ideia que não sei de onde é que vem de que somos um país pequeno e periférico aqui nos confins da Europa essa coisa pequena de alguma forma o sentimos não é mas é uma limitação é uma autolimitação que nós nos colocamos e que faz com que nós todos os dias façamos muito menos do que aquilo que podíamos fazer eu vou deixa-me concretizar isto Nós não somos um país pequeno não somos somos um país de média dimensão temos 27 países na União Europeia 27 A nossa o nosso ranking só é pequeno em termos de PIB só em termos de PIB mas PIB é aquilo que nós fazemos com o que nos saiu no jogo porque o que nos saiu no jogo foram 10 milhões de de habitantes 10 milhões de habitantes somos o 12º país da União Europeia 12º em 27 ora 12 em 27 tá acima da média não tá abaixo estamos de acordo certo depois o território que temos as fronteiras enfim sal aquele aquele Episódio ali de Valença temos as fronteiras mais estáveis da União Europeia há mais anos não é são 92.000 km qu salvo Erro estou a citado de cor posso me enganar aqui por 1000 ou 2000 km qu somos o 12º outra vez 12em 27 economicamente não somos o 12º é isso que est a dizer CTO Mas isso foi os Isso é o que nós fazemos com o jogo que nos saiu com o jogo que nós herdamos os nossos bisavós e portanto nós Esse é o primeiro ponto não somos um país pequeno segundo ponto os dados também são muito claros nós percentualmente temos menos 41% de grandes empresas no emprego Nacional do que a média da União Europeia e aliás o Pedro brinca o professor Pedro brinca da nova sbe apresentou aquilo que nós nas empresas normalmente chamamos um back of the envelope calculation e portanto é uma uma folha de guardanapo umas contas rápidas que se fazem para para nos ajudar muitas vezes a acertar Qual é a ambição Qual é o caminho isto vale a pena explorar ou não vale a pena explorar e ele fez essa fez assim um back of the envelope para dois aspectos que é nós desafiá-lo a ajudar-nos a pensar nisso se nós conseguíssemos convencer os jovens qualificados a regressar E para isso temos que endereçar as razões que os levaram a sair a falta de promoção de Cultura de sucesso a falta de oportunidade tínhamos uma pergunta sobre isso adiante precisamente O que é que o que é que acontecia ao país e a resposta pergunta ess deix já agora dizer quê no estudo que apresentaram fizeram as contas o país perdeu com a saída de jovens diga-me se eu estou aer bem o que o que o que eram os resultados do estudo poderá chegar aos 20.000 milhões em 10 anos a perda do país digamos assim é o investimento que o país fez e perdeu porque os jovens saíram do país e era a pergunta era essa era tem ideia do impacto de um eventual regresso Total ou parcial desses jovens essa parte não é o que nós perdemos Isso é só o investimento na educação dos licenciados que sa investimos para alguém que para alguém que obviamente saiu né só dos licenciados porque saíram muitos outros que não são licenciados mas que também beneficiaram atéo obrigatório que que já no 12º ano aquilo que o professor Pedro brinca mostrou foi de acordo com as últimas projeções até do FMI do eurostat ETC se nós e este o atual executivo reviu aliás em alta fizeram o seu programa de governo tem um cenário macroeconómico que é mais ambicioso do que o que existia antes pegando nisso nós eventualmente Vamos convergir com a zona Euro em 2056 tudo o resto se mantiver constante e com a zona Euro em 2060 não é isto é só para chegar à média quando nós já Vimos que o nosso jogo de partida é que somos o 12º em 27 e portanto estamos Acima da Média só para título de comparação a Polónia que está mais ou menos no mesmo nível de rendimento per cápita que nós temos hoje ajustado paridade poder de compra ao ritmo aquele estão a crescer eles vão convergir com a zona euro e com a união europeia em 2039 nós é 56 e 60 e portanto que o professor Pedro brinca viu foi se nós conseguimos convencer os jovens licenciados que saíram a regressar nós Antecipamos a nossa convergência com a união europeia em 10 a 14 anos para 2046 já tá melhor mas ainda assim bastante pior que a Polónia se nós conseguirmos que o nosso peso das grandes empresas no emprego em Portugal Vá para a média da União Europeia nós conseguimos que essa convergência AC consiga aconteça em 2033 e portanto como diria a Helena Sacadura Cabral como Aliás ela disse na nossa conferência eh isto já não é paraos netos nem para os filhos é para nós para 2033 portanto este tipo de transformações estão aoo nosso nosso alcance basta nós querermos de facto fazer o que é que temos que fazer para que isso aconteça bem temos que de facto ter uma cultura que privilegia o sucesso e e o Premio ninguém põe em causa que o Cristiano Ronaldo esteja na Arábia Saudita a ganhar 500 milhões num contrato de 2 anos e meio tá em fim de carre fim tomar a nós ter essa oportunidade não é não Enfim no início o que fosse não é 500 milhões em 2 anos e meio são 200 milhões por ano fora tudo o resto mas toda a gente acha que um um qualquer profissional de Outra área quer seja o CEO de uma empresa quer seja um especialista de uma área qualquer concreta Se ganhar eu nem digo 500 milhões não é se ganhar 500.000 € ou 1 milhão ou 2 milhões Que é imenso e que não pode ser portanto essa cultura tem que mudar nós temos é que querer muita gente queremos ter muitos o retorno do Cristiano Ronaldo não sei exatamente qual é o retorno de um co de uma empresa e portanto essas contas são mais difíceis de fazer não é com certeza mas o ponto o ponto é o meu ponto é só este ponto da celebração de sucesso que é nós de facto relativamente ao Cristiano Ronaldo temos essa celebração e ainda bem ainda bem é ótimo agora nós temos temos outros exemplos na área empresarial onde temos vários portugueses destacados Empresarial mas como como até até Nem digo como empresários digo como profissionais não é nós temos vários profissionais portugueses que se destacaram no estrangeiro certo várias áreas em várias áreas Mas também precisaram de ir para fora Não é para ter esse destaque para conseguir crescer para ter tudo mais nós precisamos aqueles que queiram regressar a Portugal e que façam em Portugal Deixa perguntar o que que as empresas podem fazer para reter este talento qual é o papel das empresas nesta retenção de talento sim Sandra também outro outro excelente ponto nós não queremos reter ninguém reter parece uma coisa muito negativa vamos aqui prendê-los que é para não os deixar sair quiser captar não nós queremos mesmo que as pessoas saiam que aprendam que cresçam Mas queremos que eles em vez de terem desistido do país que sintam que enquanto estão fora estão a ganhar essas coisas todas mas estão a perder imenso Porque estão coisas a acontecer cá isto não não ficou esquecido para trás e Portugal mudou muito nos últimos 10 15 20 anos mudou imenso não é todos nós que estamos cá sentimos isso quem está fora às vezes e tá mais longe e não sente tanto mas portanto esse esse é o primeiro aspecto nós queremos é que eles voltem e queremos que voltem com a mesma garra com que saíram para fazer coisas vou dar um exemplo o o Professor Pedro Santa Clara e ele saiu do país e saiu do país sem pensar porque ia fazer o doutoramento nunca pensou em emigrar depois foi ficando nos Estados Unidos e às tantas já tinha a família lá e já lá estava mais de 10 anos já não pensava regressar a Portugal porque estava timamente lá mas acabou por por voltar porque decidiu fazer uma sabática até para os filhos passarem algum tempo com os avós etc quando chegou cá já não saiu mas desde que regressou ele foi uma pedra super relevante em fazer a nova sbe e que entretanto ajudou a chegar onde onde chegou a sétima melhor escola de Finanças do mundo não é esse tipo de ambição que nós temos que ter criou a escola 42 que vai revolucionar a forma como os Miúdos podem aprender informática e agora tem mais uma iniciativa se nós tivermos mais é isso que o estudo do Pedro brinca diz não é se nós tivermos mais 20.000 Pedros santas Claras a regressarem com esse dinamismo com essa vontade com o que aprenderam lá fora e com a mesma garra com que saíram a fazer coisas cá H como é nós vamos ter o Mas isso é iniciativa pessoal eu queria saber o que as empresas podem fazer o que as empresas podem fazer e ficou muito claro isso da da conversa da conversas que nós tivemos na conferência na n da quarta-feira e onde tivemos muitos jovens presentes e tivemos vários jovens em palco quer fossem enfim Jovens imigrados jovens que já foram imigrantes e que já regressaram tivemos aliás dois que estão emigrados a falar com o com o primeiro-ministro e a contar-lhes da sua experiência e aquilo que ficou muito claro foi os os jovens estes jovens de sucesso só voltam se nós Se tiverem coisas interessantes para fazer cá e portanto eles não vão voltar para trabalhar neste Portugal Que nós conhecemos mais parado não vão voltar para querer trabalhar nas PMs que querem Continuar a ser PMs e nas microempresas que querem Continuar a ser microempresas vêm para voltar para trabalhar se calhar em microempresas que são startups porque o que é que é uma Startup é uma microempresa que quer crescer imensa e que tem mentalidade que vai ser Mega grande empresa eh e querem trabalhar em empresas que sejam grandes e globais uma das coisas que eles nos diziam e e que enfim tem-se falado muito nas novas gerações que é a questão do propósito é a questão do orgulho do trabalho que se tem não É só uma questão de salário é também uma questão de isto serve para quê E até onde é que nós vamos chegar portanto nós e até nesse sentido que eu vejo as palavras da Paula Amorim que é os jovens não querem vir trabalhar para uma empresa que que é um um trabalho das novas C só para fazer só para picar o ponto eles querem fazer com coisas dos quais se orgulhem as quais ajudem a crescer mais portanto eles querem voltar para ser o exemplo da viseira agora com a ambição que a visabeira mostrou ao fazer este acordo com com o Cristiano Ronaldo para não nós queremos reposicionar duas marcas de luxo já agora Vista Alegre e abordá-lo eram duas marcas de luxo portugas com uma enorme história mas nãoc deixaram sim Simas e portanto a visabeira comprou só tinham históriaa digamos assim só tinam já só tinham história e tinham se não tivessem sido reavivadas teriam tido mau fim não é eles compraram reavivaram rejuvenescer trouxeram artistas novos Portugueses e estrangeiros e portanto não foi só o português trouxeram também mantiveram a história portuguesa mantiveram a alma portuguesa mas trouxeram artistas também estrangeiros Para quê Para que não sejam marcas apenas portuguesas mas sejam marcas de luxo globais e é nesta perspectiva que eles agora disseram bem nós já Arrumamos a casa mas agora falta-nos crescer o que é que são duas boas marcas portuguesas Vista Alegre e Cristiano Ronaldo juntamos os dois e portanto hoje Aliás o Nuno Marques também dizia isto eu hoje se dav zabira tenho muito mais facilidade em contratar talento do que tinha há 10 anos atrás porque hoje dizer tem um projeto tem um desafio quando quando eu chego quando eu tenho uma entrevista quando eu tenho uma entrevista estou a tentar contratar trazer um português que esteja fora e estou a tentar trazê-lo para para casa tenho duas marcas altamente conhecidas que posso apresentar Não é só isso eu Agora digo olha nos meus acionistas Eu tenho a Goldman saxs e o português est à Foz e lá então tem uma empresa portuguesa tem Goldman Sacks como acionista sim sim e segundo Olha também tenho aqui o Cristiano Ronaldo como acionista e esta é a minha ambição Isto é onde eu querer chegar ambição lê sonho porque lá está nós como temos uma cultura que não por meio ao sucesso quando ouvimos ambição ouvimos uma coisa negativa panto sonho eu tenho este sonho quero tornar-me numa marca de luxo Global relevante que as pessoas e paguem por isso e que se calhar em vez de pagarem 500 € para comprar uma taça que nós já achamos que é imenso se calhar vão pagar 5000 € Isso é que é valor acrescentado e esse valor acrescentado depois permite pagar melhores salários e que permite trazer as pessoas do is é o papel das empresas do lado do governo enfim temos ouvido que os incentivos fiscais quando destaque para o IRS jovem não são suficientes para reter o talento no país o que lhe pergunto é é o que é que falta ou seja Houve aqui um caminho e já e já já já Tentarei perceber se se acha certo esse caminho mas para além desta questão fiscal O que é que o que é que falta percebi do lado das empresas mas o que é que falta do lado do país do Estado este aspecto cultural que eu tenho procurado sublinhar é muito relevante nós e porque ele vai a todas as todas as áreas da da sociedade começa nas famílias chega às aos políticos e portanto às propostas que fazem e às decisões que tomam mas depois passa para o legislador a forma como é escrita a legislação e depois chega ao funcionário público que interpreta e que aplica a legislação e portanto é super crítico que o estado também que tem os seus 750.000 funcionários ou 768.000 funcionários também estejam imbuídos deste espírito de nós não estamos cá para travar os os empresários os empregados e nós estamos cá para servir a economia para servir o país a economia e as pessoas claramente não há essa lógica na função pública claramente não há exceções sempre mas claramente vou contar uma história muito rápida eu sei que estamos já com com longo tempo de conversa com o tempo a correr contra nós sim mas uma história muito rápida um dos nossos Associados eh contava-me que estava a visitar um parceiro eh na Holanda lá voltamos nós à Holanda e h e estava sendo ele o CEO estava a ser recebido pelo ce desse dessa empresa holandesa e o CEO páginas tantas pediu desculpa que tinha que se ausentar porque tinha a autoridade tributária local lá e o nosso se disse bem claro que sim então tem uma inspeção da autoridade tributária por quem sois é melhor vá lá resolver que isso é um tema é seguramente um tema que tem prioridade e a resposta do ce Holandês foi Não não eh eles pediram para vir cá porque querem conhecer melhor o nosso negócio para perceber como é que nos podem ajudar a nós crescermos mais porque isso traz-lhe mais negócio para eles nós fazemos muito importação e exportações e se quera aqui receitas fisca Gais para para eles recolherem e eles querem ver como é que nos podem ajudar não conhecemos esse tipo de atitude cá já já que fala em Comércio externo e por estes dias vivemos uma guerra tarifária ou um possível início de guerra tarifária entre a união europeia e a China eh começou com os carros elétricos e ameaça a chegar agora às compras abaixo 150 € Que efeito é que pode ter esta escalada eh nas empresas europeias e em particular nas nacionais bem aqui é relevante antes deais perceber que este este é um tema a geopolítica Global Estamos numa fase de de grandes mudanças há claramente uma pressão muito forte dos Estados Unidos que é um aliado tradicional da Europa dos países europeus e da China ou contra a China h e é é relevante se nós eh termos sempre bem claro que a Europa é a Europa Os Estados Unidos são os Estados Unidos e a China são a China cada um tem os seus interesses e nem sempre os nossos interesses estão alinhados com uns ou estão mais alinhados com uns e ou mais alinhados com outros por exemplo hã nós eh na Europa temos algumas situações que nos caracterizam de forma diferente uma delas é a preocupação são as preocupações ambientais e a Europa escolheu ter uma liderança desta transição energética em nome da do clima agora isto é algo que não pode não vai ter resultado se só a Europa o fizer não é Portanto o resto do mundo também tem que fazer alguma coisa e aqui quer os Estados Unidos quer a China têm posições enfim muito menos PR ambiente do que aquilo que a Europa tem e por isso de facto e isto significa que nós temos na Europa uma perda de competitividade Face às outras áreas e portanto Face aos Estados Unidos e faç à China eh e que tem que ser de alguma forma equilibrado não faz sentido que as importações que chegam desses países que não têm os mesmos tipos de sobre custos possam entrar no nosso mercado para consumo e mais mais baratas porque senão Então nós não também não estamos a ser consistentes com essa política essa decisão política de vamos fazer a transição porque se nós estamos a dizer não nós aqui para produzir na Europa tem que só usar energia verde e a energia verde é mais cara porque isto e aquilo eh mas depois vamos querer comprar os carros que são fabricados na China ou nos Estados Unidos ou no México onde forem onde não têm essas preocupações e porque não terem essas preocupações saem mais baratos Ainda não estou a falar dos subsídios que possam receber não é mas só esse efeito Então nós não estamos a ser consistentes até nós enquanto consumidores não estamos a ser consistentes com aquilo que queremos e portanto Tem que haver algum equilíbrio e daí o o border border adjustment tax para para a parte do do do carbono agora é claro que tarifas eh alfa deáreas e é é uma coisa do passado não é e estas guerras alfandegárias são coisas do passado vão gerar bens que vão ser mais caros para todos nós e e se há coisa que que é muito certa é que a globalização e o fim dessas tarifas das Guerras dos anos 80 e dos anos 90 levaram um crescimento que o mundo nunca tinha tido antes e isso tirou centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro da pobresa foi o maior Episódio de crescimento Aumentou a produção Aumentou a riqueza do mundo inteiro e portanto eh aqui temos que ter certeza de não embarcar em só guerras de tarifas temos que saber que existem interesses que são nossos e portanto não devemos seguir cegamente apenas o que outros estão a fazer porque estão a seguir os interesses deles eh e temos que ter atenção no que é eh ser consistentes com as políticas que estamos a seguir e garantir que os outros nestes temas Como o clima se acreditamos de facto que eles são importantes temos que conseguir Olhe como há pouco discutíamos sobre o irc e o IRS no Parlamento também aqui a Europa vai ter que conseguir convencer os outros a vir atrás ou então não serve de nada estes custos que nós estamos a impor nós próprios e é a mesma coisa com o IRS e com o RC se se não conseguimos convencer os outros também não serve de nada só só uma última pergunta e estou curiosa em saber a sua opinião sobre os resultados eleitorais eh que estamos a assistir com a viragem já confirmada em no Reino Unido e e e esperada em França este fim de semana eh E também ainda de olhos expostos nos Estados Unidos onde trump está cada vez mais sólido h e que que Impacto é que isto pode ter nas empresas com forte presença externa eh se estão preocupadas como é que vem esta estas eleições são tudo repar nós na associação Business round table de Portugal dedicamos e só o tempo necessário a recolher informações das nossas associadas não é sobre os problemas que eles têm específicos não é só dedicamos aos problemas do país e portanto eu tenho sempre muita dificuldade em responder a perguntas sobre problemas concretos das empresas porque isso não é um tema das nossas discussões da nossa ordem de trabalhos agora estes temas da geopolítica S tem e portanto estes temas da geopolítica São Sem dúvida temas que são relevantes agora e é um fenómeno que tem estado a acontecer em todo lado e que é é muito fruto da insatisfação que existe das faltas da falta de oportunidades também que muitos sentem que estão a ter porque este este fenómeno da globalização foi foi muito rápido levou uma deslocalização também muito grande de postos de trabalho mais clássicos para para outras zonas do mundo que estavam a crescer e que cresceram muito à custa disso e há aqui alguns equilíbrios que são precisos fazer e é muito fácil nestas alturas estes populismos todos de esquerda de direita surgirem e e creio que é isso que temos visto noutras geografias no caso o caso inglês é um caso especial porque esses mesmos populismos tiveram uma consequência que foi que foi o brexit Eh que que que de facto quer dizer como é que um país e como é que as pessoas podem acreditar que um país que que já foi muito grande na economia global não é foi foi foi gigante mas que perdeu dimensão enquanto os outros foram crescendo como é que as pessoas podem acreditar que esse país fica melhor a conseguir impactar e toda a economia Global sozinho versus ser um dos grandes do maior bloco económico do mundo porque é isso que nós temos na Europa não é não deixamos de ser o maior bloco económico do mundo agora somos um bloco especial porque estamos todos partidos e não nos comportamos como um bloco no Esse é um dos problemas aliás que a Europa tem eh e precisamos de nos comportar como um bloco e seguramente teremos muito mais oportunidades e Portugal e os portugueses e Voltando às empresas e aos empresários portugueses Nós temos que nos ver como não como aqui um pequeno país no canto da Europa mas como um país de média dimensão no maior bloco económico do mundo e haveria outros e muitos outros temas para conversarmos mas estamos mesmo quase a terminar como sempre tentamos conhecer melhor os nossos convidados também à conta do seu gosto musical por isso pedia-lhe que escolhesse então enfim Suponho que já terá Escolhido um tema que eu tenha que tenha marcado a sua vida de alguma forma e que explicasse ou partilhasse com os nossos ouvintes a sua escolha e o porquê e o porquê dela muito bem Olha então eu eu esi o o Calvin Harris h o so close I feel so close to you h e que foi a música de da abertura da pista dança do do nosso casamento e portanto essa a razão ok muito bem a escolha Musical de Pedro gingira do Nascimento secretário geral da associação Business round table Portugal convidado de hoje deste dúvidas públicas programa contou com o cuidado técnico de Rui Glória sonoplastia de João Campelo a imagem da Beatriz Lopes estamos de regresso na próxima semana até pró semana