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Esta é a história do dia da Rádio observador Cavaco Silva tem razão sobre o orçamento do estado parece-me que é muito provável que venha a ser aprovado mas não há nenhum drama se não for aprovado são duas as visões do antigo Presidente da República sobre o que pode acontecer quando o governo apresentar o orçamento do estado para o próximo ano sabe não aprovar o orçamentos é banal n alguns países da Europa se a oposição chumbar não há problema nenhum mas Aníbal Cavaco Silva nesta entrevista ao observador diz que acha pouco provável que a oposição chumbe de facto o documento o senhor tem alguma certeza que por exemplo o partido socialista iniciativa Liberal o livro O Pan e outros não vão ter uma atitude positiva eu não tenho e penso que está pessimista O que é mais provável que aconteça como é que o governo olha para o tema da aprovação do oramento do estado e há afaz para estar mais otima pessimista como diz o expresidente quanto ao queo socialist vai fazer conversar com Rui PED Antunes Edit de polític do observad eu sou a sar Antunes de Olive e esta é a história do dia quinta-feira 11 de julho bem-vindo Rui Olá Sara a apresentação do orçamento do estado para o próximo ano Rui Ainda demora alguns meses é só lá para o outono por é que andamos a falar disto praticamente desde as eleições de Março é um é um mês chave o mês de outubro vai ser um mês chave que é se houver orçamento do Estado aprovado não há um problema de estabilidade política provavelmente até às presidenciais de 2026 ou seja um momento de charneira se no caso do orçamento ser aprovado no ano seguinte volta a existir outro orçamento e mas nesse caso caso ele seja chumbado o presidente já não pode dissolver à Assembleia pela que a probabilidade de haver e uma uma uma crise política provocada por uma dissolução da Assembleia passa a não existir durante quase mais de dois anos e portant portanto se passar neste passa no próximo passa no próximo e isso é uma das razões que tem colocado este como um momento decisivo para perceber se vai haver eleições no imediato ou não E desde até antes ainda das eleições a questão era colocada Com estes timings daí essa importância a razão de agora voltar é porque está-se a encerrar um ciclo H vem o estado da Nação a seguir vai o país político vai para férias O parlamento para e quando voltar já é em meio de uma grande negociação orçamental e portanto começamos a entrar naquilo que é chamado o período orçamental apesar de ainda hav aí um período de férias qual tem sido a posição do governo bom de Luís Montenegro ainda candidato porque de facto foi debatida ainda nas na campanha eleitoral e depois Luís Montenegro eh primeiro-ministro está preocupado com o eventual chumbo eu creio que ele luí Montenegro uma das pelo menos publicamente mostra que não está muito preocupado com nada eh ele diz que não é arrogância mas mostra uma confiança absolutamente inabalável eh mas na verdade eh o o governo tem tido uma postura eh de eh h não é desafiante mas é eh tá absolutamente convicto que a por si as coisas acabaram por se resolver ou de uma maneira ou de outra para tentar explicar isto h o governo terá aqui duas fases uma primeira em quererá levar as coisas a bem portanto no caminho de uma negociação e já falaremos disto mais à frente certamente e e depois se não der então tem então uma segunda ou ou Se quisermos um plano b que pode passar também por essa capacidade de resistência se por um acaso tudo isto não passar de um jogo então tenham a coragem de deitar abaixo o governo Luís Montenegro pareceu falar sobre isso eventualmente sobre esse plano b na na segunda-feira no Conselho Nacional e pareceu mesmo mesmo que estava a dizer que só saía com uma Moção de censura Ou seja que não bastaria não aprovar o orçamento para derrubar o governo é uma interpretação errada bom ele o o luí Montenegro eh nesse dia eh e eh ele já tinha dito foi recuperar uma declaração que tinha dito eh na tomada de posse que era a única razão que eh fará este governo cessar funções ir embora é uma Moção de censura eh dos outros partidos há uma outra opção que ele não o disse textualmente que é a dissolução da Assembleia por parte do Presidente da República Mas mesmo não dizendo isso aos conselheiros nacionais Luís Montenegro disse eu avisei o Presidente da República disto Ou seja quando eu defini as minhas condições para para governar disse é bom que me deixem governar e é bom e que se não quiserem que tenham coragem para me deitar abaixo portanto a imagem que luí Monte Negro tem dado até como uma forma estratégica E aí também de estratégia política e de comunicação é de dizer que ele é o resiliente ele é o que não sai ele é o que não se demite ele é o que não vai embora pelo próprio pé se querem que ele se vá embora provoquem essa saída portanto esta tem sido um bocadinho a postura há um ponto em que ele é um pouco contraditório que é que diz que se prefere ir embora eh do que ficar a governar com as políticas doss outros H mas eu diria que a primeira hipótese de tal luí Montenegro resiliente prevalece sobre as outras Ou seja parece-me que dentro da Ad a imagem da resistência a ideia de ficar é muito mais forte do que essa hipótese do luí Montenegro que quer mostrar desapego ao Lugar Ao mesmo tempo essa segunda hipótese que ele próprio colocou gerindo eventualmente uma possível imagem de temus que é o outro lado dessa moeda sim e eh o nós o Presidente da República impôs uma uma espécie de jurisprudência política se lhe podemos chamar assim sem que os juristas exato que é eh quando não há o orçamento provoca e eleições antecipadas no sentido de dissolver o Parlamento h o na altura sobe-se mais tarde em 2021 que António Costa até concordou com aquilo Aliás ele foi um grande eh beneficiado dessas eleições antecipadas concordou na altura o que me parece neste momento existe é que Luís Montenegro não irá publicamente dizer que concorda com essa dissolução e portanto sim vai ter essa eh mas ao mesmo tempo como eu dizia é estratégico essa imagem que ele tem eh eh para fora que é uma imagem de eh resiliência de resistência o que Nas condições que ele tem no Parlamento com o quadro político completamente fragmentado a única maneira que ele tem de impor a autoridade a e mostrar daí a importância dele dizer que só governava com mais um voto ele não sendo maioritário tem a maior fatia de pessoas que votaram no programa dele e vai insistir nisso ora dizer que se embora perante à adversidade podia de alguma forma danificar essa imagem de resiliência que ele quer passar o governo parece então apostado nesta imagem de um eh Montenegro resiliente Se pudermos dizer assim mas ainda espaço para não só esperar mas também promover e eh uma aproximação ao PS à iniciativa Liberal por exemplo para deixar o orçamento passar sim eh muitas vezes o governo tem dito isso publicamente e às vezes há uma imagem pública para ficar bem para para as pessoas que é nós estamos disponíveis para dialogar o PS é que não quer Eh nós estamos aqui que são as Tais simulações que Luís Montenegro acusa a oposição mas que muitas vezes também faz que é a política funciona assim que era mesmo que eles não quisessem de todo negociar com o PS estariam a dizer neste momento que estão disponíveis para negociar e pelos contactos que vamos fazendo junto o governo da bancada parlamentar o que me parece é que é Genuíno há uma genuína vontade é mais fácil para o governo desde logo porque tem orçamento H que o PS viabilize Não há aqui Uma Jogada que seja bom para nenhum dos lados porque haveria eleições de novo Provavelmente o resultado era muito parecido e e e só se ia perder tempo Portanto o Governo está genuinamente a querer negociar com o PS resta saber depois como é que o fará se vai vai ter uma um uma uma uma equipa negocial na altura o ministro Teixeira dos Santos H negociou eh com o PSD quando o governo era minoritário e o PS indicou Eduardo catroga não sei se o PS terá uma figura se haverá equipas negociais sentados frente a frente não se se haverá essa imagem pública Mas é uma possibilidade e portanto parece-me que genuinamente o o PS acredita a AD Acredita que ainda é possível chegar a esse acordo já voltamos à conversa com Rui Pedro Antunes editor de política do Observador vamos olhar para os outros partidos e tentar perceber se há mais razões para otimismo ou pessimismo Esta é uma história de Guerra dada aqui naab 7 anos e meio diz-me assim dá faca e eu ass vem buscá e não dá faca eu levantei-me assim V buscá é também uma história de amor a carta era muito simples querida estou vivo eu voltarei e é também a história da operação secreta para o resgatar em plena Ditadura do estado novo agora vamos para medo com acred acabo destes gajos todos que estão Este é o sargento cela 7 uma série para ouvir em seis episódios faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim PP rapazote com banda sonora original de Noise up pode acompanhar no site do Observador ou nas plataformas de Podcast estamos de regresso à conversa com Rui Pedro Antunes jornalista E editor de política do Observador Rui claro que são precisos dois ou mais para dançar o o tango já sabemos na oposição naquela oposição que poderia eventualmente ou poderá eventualmente viabilizar o orçamento há portas fechadas a essa negociação Sara deixa-me Logo desde logo dizer que a tua metáfora É engraçado porque na altura em que houve um governo minoritário ao contrário da negociação que falávamos há pouco H José Sócrates disse a el país eh que para dançar o Tang eram precisos dois relativamente à entrada de Pedro passos coelho que ele achava que era mais fácil negociar do que com Manuela Ferreira Leite e portanto é perfeita a a a metáfora relativamente aos outros partidos eh parece-me que a esquerda nunca irá alinhar a esquerda do Ps nunca irá alinhar na viabilização de um orçamento a iniciativa Liberal hh terá provavelmente ganhos e irá ser muito importante a negociação na especialidade para aprovar matérias mais liberais e pode até eh é possível uma abstenção não creio que vote a favor Só Por uma questão de marcar politicamente se fosse era mais fácil a iniciativa Liberal votar a favor H se fosse necessário para a aprovação do orçamento o facto de não ser fundamental dá-lhe mais liberdade para fotar de outra maneira mas não há nada que exclua e mesmo o o pan tem uma abertura para para isso Provavelmente por via da abstenção mais difícil o livre e retirava o aí porque é um bocadinho diferente mas não totalmente impossível de haver qualquer tipo de negociação para aprovar Creio que não e para já ninguém se retirou daqueles que têm eh força que é o PS e o chega qualquer um dos os dois eh seria fácil sendo que o PS só tem que optar pela abstenção Para viabilizar e o chega tem que votar a favor o que é um um passe político muito grande nenhum desses se afastou mas parece-me que há uns que à partida já estão excluídos o bloco de esquerda nunca entrará Neste jogo o Partido Comunista também não nem sequer vale a pena pensar nisso e também não seriam fundamentais a iniciativa Liberal tem que jogar ali um bocadinho com esse lado mais político e estratégico relativamente à posição que vai tomar e esse praticamente IMP só é superável na medida em que o governo estiver na disposição de não ignorar o maior partido da da oposição Pedro nun Santos dizia na semana passada numa entrevista RTP que aprovar o orçamento Deixa de ser praticamente impossível se o PS não for ignorado pelo governo Isto é manter a porta aberta sim El ele tinha colocado o advérbio de modo praticamente precisamente para dizer que não era impossível ainda durante a campanha estou logo a seguir sim eh e e mesmo é mas parecia estar muito mais próximo do impossível do eh do que do praticamente h e mas mas isso foi mudando eh desde logo e as últimas declarações públicas quer numa entrevista que deu à RTP quer também e no encerramento das Jornadas parlamentares do PS tem mostrado alguma aproximação por parte do partido socialista eh e do seu próprio Líder para eh eh eh poder pelo menos sentar-se à mesma mesa com a AD depois o desfecho dessa negociação acho que dependerá ainda de muita coisa se Nessa altura aparecer uma sondagem a dizer que o PS eh Afinal está à frente e que há uma maioria à esquerda e não será muito difícil de antecipar que poderá haver uma revira volta e e portanto tudo isso é é muito imprevisível por aquilo que começávamos no início desta conversa que ainda falta muito tempo e até lá podem existir vários acontecimentos políticos que mudem e tudo isto vamos supor que as coisas se TM tal como estão qual pode ser o ponto decisivo para o PS as chamadas linhas vermelhas o IRS jovem o irc o que é que pode causar aqui maiores dificuldades e esse entendimento o o Ps nunca vai concordar com estas duas medidas mas houve aqui uma aproximação inteligente que é parece-me que o governo tá a tentar e colocar algumas das medidas eh mais difíceis fora do plano orçamental e da discussão orçamental Ou seja quando acontecer esta estes encontros que nós falávamos estes dois não vão estar em cima da mesa Mas mesmo que estivessem mesmo que venham a estar no no documento orçamental H Pedro nundo Santos já disse claramente que isso não era impeditivo não exige que o governo abedi dessas Bandeiras para vir a viabilizar o orçamento de estádio portanto até aí parece ter houve um desbravar de caminho no sentido dos dois chegarem ao entendimento e esse desbravar de caminho aconteceu mais nos Bastidores fora dos holofotes ou eventualmente até em público é porque eu não dei por nada confesso sim tirando essas eh essas declarações públicas de Pedro nundo Santos que a AD leu como uma aproximação tem existido alguns eh contactos informais é assim que se referiram a nós hh entre H dirigentes do PS e dirigentes da AD para tentar conciliar e de alguma forma preparar o caminho no fundo são eh São reuniões preparatórias vão medir na temperatura de um lado e do outro isso e sem envolver os líderes ou seja Pedro nundo Santos e Luís Montenegro não estão a conversar sendo que da parte da Ad há uma perspectiva de que a liderança do PS ainda não tem um caminho bem claro tanto pode ir para um lado e para o outro uma fonte e dizia-me há pouco um alto dirigente da Ad eh que está 50 50 neste momento é este o grau eh de de probabilidade que o governo dá para a aprovação o que tem alguma base de confiança e não é um pessimismo absoluto pode dar para um lado ou para outro e como é que os outros partidos se vão posicionar sobretudo na questão política há pouco dizias que o posicionamento do ch ou da iniciativa Liberal não tinha tanto a ver com as contas Porque se o PS viabilizar eles também não são precisos para nada tinha mais a ver com calco político e relacionamento político futuro com o governo como é que essas outras contas estão a ser feitas o o chega parece-me que o a própria AD está a afastá-lo para longe está a empurrá-lo para longe está a ser luí Montenegro muito duro com o André Ventura e a tentar que o chega não seja sequer uma opção Eu Creio que isto é feito para colocar pressão no partido socialista porque a AD prefere estar do lado do partido socialista Isso só vai levar da parte do chega a um afastamento Total a uma crítica absoluta do orçamento do Estado podem continuar a tentar aprovar algumas medidas na especialidade eh mas esperam um André Ventura muito Vocal em todo esse processo de orçamento Então se houver a tal foto eh da comissão catroga do Pedro nundo Santos com o governo eh and aventur usará isso politicamente para dizer eh nós somos a verdadeira oposição ali está um bloco central e comunicar dessa forma a iniciativa Liberal tentará o sentido contrário que é tentar dar a imagem que é o o partido que se pode juntar aos outros dois que estão no governo o PSD e o CDs e que se crescer e que se houver movimentação de voto eh dos De pesso do eleitorado do chega para a iniciativa Liberal que um dia eles podem contar e tornar Portugal mais liberal e todas as lenga lengas que que a iniciativa Liberal tem nessa matéria h e posicionar-se dessa forma no na convenção da iniciativa Liberal do último fim de semana onde O Observador e a rádio observador estiveram eh Foi bastante claro essa ideia da iniciativa liberal de ser construtiva h e de procurar negociar com o governo para aprovarem medidas que possam ir ao encontro do tal Portugal mais liberal que defendem e continuar a mostrar que que e são uma oposição mas ao mesmo tempo parceiros do governo em algumas matérias não será de estran que se posicionem dessa forma e que negociem também à série e peito aberto com o governo Obrigada Rui Obrigado S Rui Pedro Antunes é jornalista E editor de política do Observador esta foi a história do dia a sonoplastia é do Artur Costa a música do genérico É do João Ribeiro Eu sou a Sara antes de Oliveira até amanhã l