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Será que a nossa mente por si só pode ser um argumento para a existência de Deus vamos descobrir Olá Malta e sejam bem-vindos a mais um episódio da rubrica zuga religião hoje vamos continuar esta série de vídeos sobre os vários argumentos para a existência de Deus e como eu disse anteriormente o objetivo destes argumentos não é defender uma religião em particular mas sim a ideia de um Deus como criador do universo que é omnipotente imaterial e intemporal ou seja uma visão teísta do universo o argumento de hoje não é tanto uma defesa do teísmo mas mais um contraargumento da visão materialista do universo Ou seja a visão que apenas usa circunstâncias concretas e materiais como meio de explicação da realidade e dos seus fenómenos sociais históricos e mentais Hoje vamos falar sobre a Consciência em primeiro lugar vamos a definições se consultarmos o dicionário provavelmente vão ver a consciência definida Como o estado do sistema nervoso central que permite pensar observar e interagir com o mundo exterior no entanto e esta definição é algo redutora porque aquilo que nos diferencia de qualquer outro organismo do planeta é a nossa capacidade de autoconsciência ou Ou seja a capacidade de refletir sobre a nossa própria consciência e existência O que significa que a consciência apenas é passível de ser definida por nós Porque nós já somos conscientes bem se estão um pouco confusos é porque efetivamente a definição da consciência é bastante complexa e até hoje um tema de debate Na Comunidade filosófica e também científica de certa forma é como tentar definir a cor laranja nós sabemos o que é mas se nos pedirem para explicarmos o que é cor laranja a um cego apercebemo-nos da dificuldade de a definir claramente no entanto para efeitos deste vídeo Vamos manter-nos com a definição do dicionário com o acrescento também do conceito da autoconsciência provavelmente muitos de vocês já ouviram que a nossa consciência é meramente resultado da atividade cerebral e que toda a nossa experiência Mental é facilmente explicada por processos neurológicos no entanto isto não é bem verdade David chalmers um filósofo australiano cunhou o conceito do grande problema da consciência este problema pretende perceber como é que processos materiais no nosso cérebro podem resultar em experiências subjetivas e conscientes e permanece uma das questões mais profundas e debatidas na filosofia da mente e na neurociência a verdade é que hoje temos conhecimento cimentado sobre correlações entre determinadas áreas do cérebro e as nossas experiências sensoriais no entanto correlação não é igual a causalidade ou seja o facto de uma parte do nosso cérebro se ativar quando vemos uma determinada cor não significa automaticamente que essa experiência sensorial foi causada por essa parte do cérebro para além disto ainda temos outro problema hoje conseguimos saber que parte do cérebro se ativa para identificar a cor de um objeto que parte identifica a forma de um objeto e que parte identifica o cheiro de um objeto no entanto não sabemos que parte do cérebro combina todas estas informações de forma a criar a nossa experiência consciente da realidade inclusive um estudo em 2013 de Jerome Feldman indicou que todo o sistema visual do nosso cérebro já foi mapeado e nunca foi encontrada uma área responsável por esta experiência unificada e subjetiva da realidade um outro problema da visão materialista é que ainda não foi encontrada Nenhuma forma física de forçar alguém a acreditar em algo ou a tomar voluntariamente uma decisão Hoje sabemos que determinados estímulos elétricos em determinadas partes do cérebro são capazes de fazermos ser uma mão fazer o sujeito vocalizar e até fazê-lo Recordar memórias no entanto não é possível fazê-lo tomar uma decisão consciente sobre algo ou seja nunca foi demonstrado um caso em que o cérebro influencia a consciência ou a vontade da pessoa mesmo casos como o famoso caso de Phineas Cage Um operário que sofreu um acidente gravíssimo eh e que teve uma parte do cérebro completamente destruída por uma barra de ferro ainda assim e Apesar dele ter sofrido algumas alterações de personalidade isso não fez com que ele deixasse de ter consciência e vontade própria Ok ou seja não é pelo facto de perdermos determinadas partes do cérebro que muito embora percamos algumas faculdades não nos retiram a nossa consciência mas oo contrário disto já foi demonstrado ser verdade um dos modelos de psicoterapia mais utilizados no tratamento de perturbações depressivas e de ansiedade é a terapia cognitiva comportamental este modelo utiliza treino cognitivo e comportamental tal como o nome diz para Tratar perturbações deste género alguns exemplos de exercícios deste modelo passam pela psicoeducação do paciente sobre os seus próprios processos mentais o debate socrático e também exercícios comportamentais como por exemplo A Hiper ventilação num ambiente controlado para que o paciente reconheça e lide com os sintomas físicos da ansiedade vários estudos sobre este modelo terapêutico demonstraram que os circuitos mentais e químicos do cérebro são alterados após estas práticas ou seja a nossa mente e a nossa vontade conseguem literalmente alterar a química do nosso cérebro isto sugere que na verdade a nossa consciência é muito mais do que a parte física do nosso cérebro existe algo mais algo que o materialismo puro ainda não conseguiu explicar e que mostra que a nossa consciência é irredutível a processos meramente físicos vou usar aqui uma analogia para terminar este vídeo e exemplificar esta questão Um cd não é a mesma coisa que música certo mas Se colocarmos um CD num leitor ele consegue ler a informação codificada lá e música começa a ouvir-se assim parece ser a Nossa consciência um CD que é lido por um leitor ou cérebro e que juntos criam música ou seja a nossa experiência da realidade Como já devem ter percebido numa visão puramente materialista e ateia do universo todos estes dados são algo difíceis de explicar mas numa visão teísta do universo que acredita na existência de Deus e do conceito de e Alma estas evidências apenas reforçam esta mesma [Música] visão como sempre deix na descrição algumas das referências que utilizei para fazer este vídeo e todos os estudos que eu referencie ao longo dele e já sabem se gostaram deste vídeo deixem o vosso like aqui embaixo e subscrevam no canal caso ainda não tenham feito um santo dia para todos e até o próximo vídeo Y