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[Música] [Aplausos] sejam bem-vindos O Viajante desta semana é um lobo do mar está ligado à vela Oceânica trabalhou ano desafio como despachante oficial foi o comandante das caravelas Boa Esperança e Vera Cruz as réplicas das embarcações usadas pelos portugueses no século XV criadas pela associação AP com a Boa Esperança fez a rota de Colombo e do Pedro Álvares Cabral com a Vera Cruz tem navegado pela Europa e Mediterrâneo e também Atlântico português ao todo o nosso viajante tomem nota já atravessou 24 vezes o Oceano Atlântico João Lúcio bem-vindo às conversas do fim do mundo muito obrigado pelo convite ora essa se é que o fim do mundo existe Pois é uma metáfora também pode ser uma metáfora não é exatamente faz parte do ex as terras do fim do mundo Ah pois hum faz parte já agora do seu objetivo de vida conhecer o fim do mundo faz-me parte conhecer tudo quanto exista não só no fim do mundo mas em todos os campos sempre procuro novos horizontes seja no mar seja onde for acho que temos que procurar sempre para nosso enriquecimento novas facetas na nossa vida não há limites não é exatamente não devemos estabelecer limites a nós próprios Claro que não ó João comparado com os barcos modernos aquelas Caravelas centistas aquilo era para homens bravos não é era homens e mulheres porque também ham mulheres a Bordo não antigamente não eh as mulheres são muito mais tarde é que começaram a entrar de bording mas muitas entraram clandestinas Mas isso é outra história mas a história das caravelas como é que começou pelas Caravelas como é que como é que era possível isso isso isso recordo uma uma travessia que eu fiz hum na verdade foi uma regata transatlântica que saiu da Bélgica e acabou nos Estados Unidos para Filadélfia que se comemorava Nessa altura 200 anos da constituição dos Estados Unidos e os 30 anos de Tratado de Roma e e a comissão europeia decidiu e organizar uma regata em que cada país fosse representado nessa regata e a Federação Portuguesa de vela nomeou para skiper no bar que se chamava evidentemente Portugal e lá fomos nós Simos da Bélgica depois muitas aventuras já tínhamos passado já tínhamos passado bem a Norte dos assessor já estamos 400 milhas para lá e eu e eu em segundo lugar um um amigo meu americano já nos tínhamos conhecido Anos Antes em primeiro estamos a 60 milhas quase à vista chegamos a estar à vista um do outro Uhum E quando uma grande enorme tempestade se aproximou e onde onde é que estavam Nessa altura estávamos a não sei para aí 900 milhas da Costa dos Estados Unidos Uhum E então que realmente fomos apanhados uma tempestade H muito grande na altura considerada a última dos 15 anos no est no norte da Atlântico Uhum E eu via aquele Mar Grosso com ondas de 15 m e perguntava-me como é que é possível as nossas Caravelas terem vindo para estes mares e aguentar isto Pois é mal sonhava eu que Anes mais tarde com materiais que hoje podemos dizer que são materiais toscos não é madeira só madeira madeira é um material Nobre de seja verdade eu dig eu digo Tosco porque hoje em dia H os carbonos e os alumínios e essas coisas todas tambm lá vamos também já atravessei com bar sem carbono mas mas as nossas Caravelas são totalmente construídas em madeira não fo no processo antigo mas eu perguntei GPS não é nação através das estrelas o GPS é uma coisa muito recente para mim as primeiras travessias que eu fiz e que eu fiz não havia GPS nem se próxim E continuo hoje a fazer navegação astronómica clássica sempre sempre que atravesso o Atlântico leva-me cestante não sou capaz sinto N sem isso sem isso mas e eu perguntei-me naquela altura naqueles mares que eu perguntei-me como é que As Caravelas sobreviviam aqui assim nestes Mares mas nunca sonhei que poucos anos depois meia dar ser dada a possibilidade de Navegar eu próprio com uma Caravela é um sonho daqueles sonhos que realmente se tornam realidade teve a oportunidade de de de comandar duas Caravelas a Vera Cruz e a boa esperança é muito diferente comandar uma Caravela que é um barco específico muito tem um enfim tem uma construção única em em relação a outros navios com outros calados outros comprimentos outras velas Ah sim é completamente completamente diferente é uma armação em vela Latina uma vela triangular e E além disso As As Caravelas tinham desaparecido todas e praticamente as as primeiras Caravelas a sério eh construídas foram feit construídas pela aporvela e claro quando tínhamos o navio na mão não sabíamos como é que aquilo ia se ia a andar de resto quando foi entregue eu tinha por compromisso levar a caravela na rota Colombo Eu lembro que as primeiras vezes que eu saí com a caravela ela era um prego não seia da mesma do mesmo sítio porque a afinação não dava até que começamos a a descobrir os segredos quer dizer foi a altura dos portugueses redescobrirem as suas Caravelas que hoje navegam inclusivamente este ano a nossa Caravela até ganhou uma regata das to chips daqui até cádis mas já veio o perfeiç momento a que nós chegamos incrível não é 500 anos ali a dar é verdade a a bater em barcos modernos Né verdade é verdade mas os gênes estavam cá e a gente descobriu tudo muito bem João Lúcio Como dizia na introdução do programa é um lobo do mar como é que começa a sua relação com o mar Olhe come sou muito jovem criança o meu avô tinha uma fábrica de conservas na trafaria e resolu conselho de Almada na trafaria conselho de Almada uhum e um dia decidiu construir para o Netinho um barquinho à vela lá para o carpinteiro da fábrica e eu lembro que a minha minha primeira aventura Claro meti-me no meio do rio com a vela em cima não entendia nada daquilo a maré estava a vazar tiveram que me ir apanhar na Barra que eu já ia pela barra fora não era que foi a minha primeira experiência Oceânica mas não me Serviu de exemplo continua a achar a achar uma a a ser muito atraído pelo mar e pelas as aventuras mas há uma mensagem que eu quero deixar ficar aqui que as aventuras têm que ser bem programadas a sorte não existe e é preciso ter muito cuidado com as aventuras para não para não se transformar uma aventura numa tragédia como é que costuma dizer em português quem e quem vai para o mar a viia sem terra não é com certeza com certeza porque ali não há ninguém que nos ajude não é É verdade não só não só entre nós Mas inclusivamente entre a tripulação quando são tripulações grandes como é o caso da caravela que leva sempre cerca de 20 tripulantes eles podemse sangar uns com os outros mas não podem abrir a porta e ir ao café para desanuviar no dia no dia seguinte ou no próprio dia ao jantar ou a almoço voltam a olhar para a cara do do próprio não é portanto tem que saber resistir à aquele ambiente fechado que é uma embarcação e às vezes há momentos de grande tensão não há Eu normalmente corto estou sempre muito atento a isso isso é muito importante Estar atento a evitar conflitos e cortá-los logo que eles a gente pense que eles vão surgir e conhecer bem a tripulação eu nunca tive problemas nenhuns com a minha tripulação de resto continua há não sei 30 anos a Navegar com tripulações e Eles continuam a ser a minha família e a família deles quer dizer há uma relação extraordinária mas mas é preciso estar muito atento a a esse tipo de tensão que se naturalmente cria sobretudo a partir do 15º dia no mar sobretudo a partir do 15º dia Porquê o 15º dia porque as pessoas não se conhecem elas próprias e uma travessia Atlântica qualquer homem que nunca tenha atravessado o Atlântico sai uma figura e termina outra ele vai se conhecer como nunca porque aquele isolamento aquele espaço Oceânico quem vive em terra nunca tem Nunca experimentou não faz ideia a dimensão do nosso oceano e as pessoas vão se moldando àquele silêncio a ao dia que passa às noites que seguem e até um certo limite conseguem controlar aquilo que são Mas a partir do 15º dia para mim é o limite elas revelam-se é elas próprios e aos outros o que realmente são a bolha quebra a bolha quebra absolutamente e às vezes para bem porque as pessoas voltam muito mais felizes é é é porque tiveram a oportunidade de se conhecerem como nunca hum revelam-se há pessoas que se revelam não é no mar absolutamente revelam-se para os outros e para eles próprios eu acho que a experiência para eles próprios é é melhor talvez mais frutificando do que para os outros Fantástico Neto de de de avô conserveira consir sim sim com um mau início de de carreira marítima num Pequenino barc vela e depois João Lúcio e depois Segui a minha carreira no início também Atraia muito mergulho fiz muitos anos mergulho participei muitos anos em campeonatos nacionais de mergulho fui fui até cheguei a ser dirigente da equipa do Benfica de mergulho a certa altura o Benfica teve mergulho teve mergulho e não sei se ainda não tem tinha mergulho na rua na Jardim do regedor havia lá uma sala que nós tínhamos e da equipa de caça suina do Benfica eu tinha eu tinha cartão cartão do Benfica e tudo mas como não gosto de futebol nunca utilizei para ver futebol gosto dizer não não gostar mas nunca nunca fui sim aficionado aficionado de futebol mas o Benfica tinha uma boa equipa de cá submarina assim na altura eh comecei Claro a fazer vela também embarcações de competição pequenas aqui e eu acho muito jovem comprei o meu primeiro mini veleiro com 6 m e comprei até um amigo meu que se chamava stranger era uma pequena embarcação construída em ovar e com ele Viajei a primeiras viagens para sesimbra eh e volta um dia até parti a cana do Lemo numa nortada Rija de volta hum e depois para lá é fácil não é é descer como se costuma dizer ex qu nortada é toda ajuda não é exatamente para cá é que é mais difícil sei se já a nossa Costa a nossa Costa é extremamente dura o nosso mar é Rijo Hum e o que é isso mar Rijo é uma vaga dura uma vaga e quase sem costas por vezes quando à nortada que é difícil Vencer não é ondulante não é não é oidal digamos é uma não não embala Não emb simétrica exatamente não é simétrica de um lado é curva do outro lado é piic e com uma frequência curta e funda uma nora eu olho que eu já apanhei muito mar e uma das maiores tempestades que eu apanhei na minha vida foi aqui na costa Portuguesa no dia 24 de agosto quem diria e isso eu acho que esta Nossa Costa a nossa nortada eh e este tipo de mar que nós temos eh justifica a facilidade com que a gente foi por esse mundo fora porque a gente vai lá para fora e tudo é muito melhor ah Portanto o estágio é logo assim difícil p é aqui a nossa Costa é muito violenta e a gente vai para para o Algarve e naquela Costa algarvia às vezes cansam-se do mar e não é nada não é comparado com que a gente apanha em peniche Ou var ou Nazaré portanto é um mar Nossa Costa é um mar duro que proporciona a formação de bons marinheiros também muito bem então depois comprou esse barco de 6 m que já é qualquer coisa Depois comprei um barco ah francês também e com esse já me aventurei mais claro já fui já fui para a berlenga já fiz a costa portuguesa já F já me Aventura mais Depois comprei outro maior já esse já comprei em França que se chamava marujo uhum marujo em honra a um tio meu que era conhecido pelo marujo embora Nunca tivesse andado no mar mas ele era pel idade do marujo e eu te resto Esse barco que está atualmente na na Ilha da Madeira tenho dois barcos que foram o mesmo que estão na Ilha da Madeira o até é o canção do vento que também está na Ilha da Madeira É engraçado porque eu já percebi que os marinheiros seguem eh seguem o rasto aos barcos que já tiveram não é ah uma paixão fica sempre no coração até porque os barcos duram muito tempo quer dizer alguns duram alguns é não há uma ligação mas os que duram duram muito tempo não é não é como um carro não é diferente porque nós dormimos a Bordo eh recebemos os abigos a Bordo alimentamos a Bordo há ali uma uma ligação muito forte e aos barcos hum minha filha por exemplo continua apaixonada paraos barcos que navegou comigo não é isso fica para o resto da vida Muito bem João Luci quando é que se está a sua primeira Grande Viagem de barco foi justamente com este marujo era aí que eu queria chegar com este marujo eu fiz umas regatas e na Bretanha fiz a nant a SAS Lisboa uma ou duas vezes depois apareceu a oportunidade de fazer uma regata que era organizada pelos franceses chamada tran de aliz e que saía de de Casablanca e íamos para para o Caribe para Ponta pitre em Guadalupe então inscrevi-me nessa regata fui daqui para casa blanca foi a sua primeira travessia Atlântica foi a primeira travessia Atlântica E então como é que foi Foi emocionante foi absolutamente fez Atlântico Sul ou Atlântico Norte não Atlântico Norte Casablanca Norte e e pont apir também tá no Norte há diferenças entre os mares Atlântico do Atlântico Norte e do Atlântico Sul dif uma enorme diferença lá lá para cima cá em cima é mais bravo n o regime dos alizes é é é semelhante mas eu eu sempre digo que os nossos hemisférios não são simétricos esta estes Alício que nós apanhamos para ir para o outro lado eh sobem sempre 7º a norte às vezes mais Digamos que em termos climáticos o hemisfério sul é maior que o hemisfério norte porque ele entra para o norte do Equador curiosamente portanto quando se faz as travessias eh sempre se procura subir um pouco bem acima bem acima acima dos 8 ou 9 ou 10 ou 13 graus acima do Equador para apanhar ventos que nos transportem para outro lado porque se nos fizéssemos sobre o Equador não chegávamos lá não há vento zona de convergência intertropical portanto ainda lá estaria na linha do Equador ainda lá e alguns nossos antigos navegadores muitos lá muitos desapareceram por lá que ficavam lá par Pois porque aquilo é ali na orla do do do planeta não é portanto não há ventos ficas ali parado não é nem para cima nem para baixo examente exatamente ficam ali nem para cima nem para baixo zona de calmarias os doldrums como dizem os ingleses os ingleses de resto tem uma expressão muito interessante que para ensinar os navegadores como é que se sa para o Caribe eles dizem You Go South when Butter start melting Turn right quer dizer e é um pouco isso você vai assim que começa a man ter você vira para a direita e vai ter ao Caribe Ia sempre a subir então e essa primeira viagem correu bem correu bem Ficamos muito bem Class quant tempo é Demorou atravessar o o Atlântico eu acho que nessa vez foi 18 dias 18 dias uau mas a travia que eu fiz I sozinho não não mais três amigos ok três amigos mas a travesia mais rápida que eu fiz também foi do sal para para antígua Uhum E foi nove dias essa foi muito rápida num barco montal barco de carbono falou há pouco pesa uma uma pena Aquilo não é é assim isso são muito são muito rápidos e muito exigentes e o mais lenta foi justamente na rota da do Colombo com a Caravelas o que levei 26 dias a atravessar de Saímos da das Canárias e fomos para Porto Rico onde fomos muito bem recebidos resto As Caravelas são barcos rápidos ou ou não aquilo tá está carregado de velas eh quando s paraa o vento ela não tá carregada de velas porque As Caravelas só têm velas Pan Latino portant tem velas triangulares quando muito duas algumas tinham três velas algumas Ok Hã mas Aparentemente o que é que não tem muita vela em cima não tem muita área vélica tinha era um formato de casco que permitia bolinar permitia andar contra o vento tipo faca não era um bojo arredondado mas era um bojo e gosado que permitia algumas velocidades o meu Record na Caravela foram 10 nós que é considerável que é bastante rápido e 10 nós para São para aqui quase 20 20 km/h que num barco é muito rápido em qualquer barco é é mesmo barcos de Cruzeiro normais de Cruzeiro Claro hoje a vela tem evoluído astronomicamente e as velocidades são outras mas mesmo assim para um bar de Cruzeiro é uma boa velocidade muito bem João vamos continuar a conversar sobre o Atlântico Norte e o Atlântico Sul e as suas grandes viagens de barco mas para já e uma vez que estamos já na reta final da primeira parte Vamos abrir o álbum de viagem João Lúcio Qual é o objeto que tem em casa que tenha trazido as suas viagens e que seja assim uma espécie de ttem ou de troféu eu tenho sempre trazido algumas recordações algumas recordações de vários pontos hum lembro por exemplo coisas das british Virgin islands um dia estava a mergulhar no meio doss corais e vi uma cabeça de uma toda perfeita uma cabeça de uma Cabrinha porque aquelas Ilhas têm cabras alguma terá cair da água e no meio dos Corais o que é que eu vou descobrir a última coisa que eu pensava na e num estado de perfeição enorme eu est lá toda eu trouxe isso que achei um piadão guardo e guardo até hoje e também trouxe por exemplo da das das desertas lá em expedição quase um mês e lá num num dos mergulhos também Descobri um ferro que devia lá Estar h não sei há 100 anos ou mais ou mais e conseguir eh tirar o o ferro encravado já na pedra quando diz Ferro para um marinheiro um ferro é uma Ancora não é É engraçado porque os marinheiros têm um tem um tem um um linguajar próprio não é é é é assim como os termos abordo isso é uma coisa interessante A nomenclatura da do de toda a o ma Sama bordo da caravela é completamente diferente eh da usada no em qualquer outro iate não é ost tagas guardin e orç coisas que não não existem no noutros noutros barcos É verdade depois há aquele clássico entre o cabo e a corda não é sim porque naos não há cordas pois não há alguma algumas exceções nós som para tudo para tudo para nós é cabos Mas algumas exceções que é a corda a corda do Sino Ah sim a corda do relógio acorda muito bem estamos à conversa com o lobo do mar João Lúcio fazemos aqui uma curta pausa regressamos já a [Música] [Aplausos] [Música] seguir em 1980 um avião Da TAP com 83 passageiros a Bordo é desviado para Madrid ali dentro e apontou noos a arma mas o sequestrador que tem uma arma carregada apontado aos pilotos não é um pirata do ar comum chama-se Rui vive no Feijó e só tem 16 anos pá levo uma pistola que o meu pai tem então mas a pistola ele de facto mostrou-nos a pistola Este é o piratinha do ar uma série para ouvir em seis episódios que faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim Margarida Vila Nova e a banda sonora original é de David Fonseca pode acompanhar todas as semanas no site do Observador nas plataformas de Podcast e no YouTube [Música] [Aplausos] segunda parte das conversas do fim do mundo esta semana com o lobo do mar João Lúcio o João Lúcio já atravessou 24 vezes o Oceano Atlântico na primeira parte contou-nos aqui um pouco da sua primeira travessia que durou recordo-me João cerca 18 dias 18 dias também já nos falou da travessia que fez a bordo da Veracruz ou Boa Esperança Caravela eu atravessei não não só atravessei com a Boa Esperança Vera Cruz até agora ainda não atravessou o Atlântico Embora tenha feito muitas viagens Hum muito bem e vamos continuar a falar do seu percurso como viajante João Ah já navegou em todos os mares ou não Ah sim mal naveguei no Mar Negro naveguei no Mediterrâneo naveguei no mar vermelho naveguei no mar de adaman na Tailândia e península arábica Mar Mar Mar pérsico também entrei no Estreito ormu levei um barco de Veneza para o Dubai portanto é um pouco por toda a parte de Veneza para o Dubai sair de Veneza é é é de barco deve ser Espetacular é é é porque é e anda-se no Adriático e e toda aquela Costa da Croácia é absolutamente maravilhosa Uhum E qual foi paraci o mar mais bonito que viu até hoje João Olha o mar mais bonito h o mar nunca é igual não é apresenta sempre configurações diferentes mas eu lembro que H ainda não foi há muitos anos que eu estava de regresso da tortola eh para osores é na é na Brit Virgin islands é uma uma das ilhas Ok e estava a caminho dos Açores e is É uma longa viagem sim o João Lúcio encolhe os ombros como quem diz sim já estou habituado a isso e sabe que sabe que o o problema das das travessias atlânticas para lá é sempre muito mais fácil fácil é uma viagem normalmente tranquila o regresso é uma viagem mais técnica que é preciso ter mais cuidado porque tem que subir mais devido aos Ventos tem que subir mais a norte subindo mais a Norte tem mais possibilidade de apanhar aquelas tempestades do Norte Atlântico são muito violentas portanto é sempre uma um regresso muito mais técnico é preciso ter mais cuidado e eu lembro que nessa viagem a propósito mar Bonito não é Uhum que a cair num uma noite de de de lua absolutamente ordinária com mar estanhado absolutamente estanhado mar estanhado é mar estanhado é como se fosse um fica tipo prata tipo prata completamente como se fosse um lago suíço como se fosse um lago suíço fica mais bonito que o lago suíço Lago suíço nunca consegue ter aquele onelar aquela belesa aquela belesa feminina ver e e e e eu apanhei uma coisa que extraordinária que era o o reflexo não era só de Venos mas de Júpiter na água uau não é o loar não é o luar da lua não é o luar de venus é o luar de Júpiter que foi uma coisa amente fantástica inesquecível e como o mar estava tão estanhado permitia o reflexo daquela luz no no oceano boa não há nada como uma noite estrelada no oceano não é é bem bonito é bem bonito embora embora quem anda à vela fica um pouco tenso porque não vendo vendo nós não deslocamos eu acho que a pior coisa é que está num alto mar sem vento cria um stress enorme cria um stresso enorme porque nós estamos permanentemente a olhar com o nariz no ar a ver quando é que veem o vento de onde é que ele vai chegar quando é que chega e e sem deslocamento sentimos absolutamente indefesos mas também é muito bom quando a gente vai para o outro lado a caminho do Caribe e chegando ali a 40º Oeste sentir aquele poder Bom eu agora se quisesse ia para Cape Town Se eu quisesse ia para o Rio de Janeiro Se eu quisesse vou para Nova York este Atlântico é todo meu não preciso não preciso de gasolina só só que é vento panto É só escolher É só escolher incrível quando dizia eh que queria alguma ansiedade Aos aos aos velejadores estar ali parado a olhar para o céu à espera que o vento chegue e a ver de onde vem o vento gostei desse verbo ver de onde vem porque se vê de onde vem o vento ou ou não sim vê-se como vê-se vê-se na brisa que aparece na água a água começa a ficar ligeiramente enrugada hã em vez de ficar Lisa começa a ficar como se fosse uma pele de um velhote não é o meu caso que eu só tenho 77 mas tá novo mas mas e o o mar começa a ficar enrugado sabe e a gente sente depois nas orelhas no nariz começa a ficar atento Porque sem vento o barco começa a girar chega a dar andar à volta a fazer 360º como se fosse um peão porque não havem deslocamento o Leme não controla a embarcação e ela anda para onde ela quer nós hoje temos informação meteorológica absolutamente extraordinária portanto nós hoje quando vamos fazer viagens grandes eu sei perfeitamente de que lado é que o vento vai entrar e qual é a força que vai ter e qual é a evolução os meios técnicos hoje disponíveis a qualquer vador são absolutamente extraordinários p não há não há surpresas não deve haver embora haja situações pontuais não m de Trombas de água na zona do Caribe contece isso o João já se viu assim n algum momento de aflição de surpresa meteorológica já eh já fui apan vulgo grande tempestade já não já já já já clar que já foi apanhado na as zonas perigosas aquela zona da Gibraltar por exemplo é uma zona que tarifa gibral é uma zona que num minuto para o outro aquilo pode mudar radicalmente A é então aquil não é a porta do Mediterrâneo não é o mar calmo é a porta é Ah é a porta Mediterrâneo mas tem ali aquela zona de tarifa aquelas falésias e ali o vento cai num minuto não é em 2 ou TR minutos tá-se num mar calmo num minuto aquilo fica Numa tempestade parece catabáticos terríveis e no no quando diz tempestade é tempestade de só de vento ou tempestade de chuva não de Vento sobretudo de Vento sobretudo vento e no Caribe também é preciso cuidado porque se geram muitas Trombas de água hã são mini ciclones digamos né e e e no no centro aquilo há ventos de 50 nós Aquilo é muito violento os e há aquelas nuvens negras também que os franceses chamam legeren aí vem assim vem com chuva e parecem autênticos H bombas atómicas cogumelos brutais e que nascem da superfície da água e se espalham como se fosse um efeito bigorna eh e aí é preciso é preciso muito cuidado Aquilo é tão denso e tanta humidade e tanta chuva no meio que reflete no radar o radar não passa bate e faz um vê-se no radar como se fosse um muro uau ó João diga-me aqui uma coisa os marinheiros as pessoas que passam muitos dias no mar quando vem até a terra ressac do mar sim eh isso é é é um paradoxo é um paradoxo que com sempre que sempre eu me debati é preparar uma viagem leva meses uma aventura com também e e quando se aproxima a data sobretudo nas vésperas eu começo a dizer m a mim próprio Será que eu fiz tudo bem será que eu devo ir será que falta alguma coisa e é um uma tensão enorme mas não consigo resistir claro que vou sempre não éum depois quando se me aproxima do outro lado ou do do destino final é é Aquela ansiedade de chegar a a a ao não não faz sentido por um lado não queremos embarcar e por outro lado chegar lá e estamos ansiosos por e encontrar eh o nosso o nosso destino Hum mas em terra e há há ressaca sendo saudados do mar sim H Pass C dias tenho que vontade de Partir novamente Ah com certeza com certeza ao fim do quinto dia já não aguento mais quero ir para o mar não faz sentido mas a terra depois começa a ficar monótono o dia a dia não é o mar não é bem assim talvez porque seja diferente Hum porque todos os dias são diferentes no mar é isso são Mas é uma vida muito rotineira ou não a vida de de Comandante de uma de um ou de um voiro ou de um barco de um navio enfim não interessa há muita coisa todos os dias eh Há avarias há tripulantes precisam de mais atenção H cuidado da navegação a estudar a meteorologia H ver se a cozinha e os mantimentos está tudo em condições ver se a água não tá a ser consumida demais está controle sobre isso h o mundo aqu é uma cidade flutuante no fundo em que tem que se cuidar tudo das Farmácias se a farmácia tá enfim tudo qual qual foi o maior navio que já comandou até hoje maior navio com maior tripulação eu eu não foi maior tripulação a maior embarcação há uns anos fui convidado por um amigo meu para lhe lecionar um iat que ele queria dar duas voltas ao mundo e acabei por encontrar na Itália um barco lindíssimo uma escuna Lindíssima mais de 40 m que depois a equipei e essa viagem foi muito marcante é o barc uma embarcação toda construída em madeira por um Estaleiro italiano extraordinário e não éramos muitos a Bordo éramos oito uhum portanto mas foi a maior embarcação já uma embarcação muito porte mais de 50 toneladas embora a caravela pesa muito pesa muito mais mais de 100 toneladas uma Caravela pesa mais de 100 Tonel tem mais de 100 toneladas com o lastro com tudo tem mais de 100 toneladas isso é um pesadelo Navegar um manobrar um navio desses não não tem um pisar tem um pisar diferente tem um pisar suave tem um pisar suave tem um pisar suave e é muito bonito na na vaga comporta-se muito bem e estas Caravelas estão abertas para todos os jovens portugueses que queiram navegar Como disse aor vela é uma associação de trem de vela que do qual eu fui diretor durante 20 tal anos quando diz estas escra velas é a Vera Cruz e a Boa Esperança a Vera Cruz tradicionalmente está em Alcantara Alais Essa é nossa efetivamente presente está sempr boça lá embaixo em Lagos não é Lagos Tá Na altura foi vendida por nós para promoção de sages a património mundial e ficou lá até hoje é do da região turismo do Algar que cuida dela também terra de grandes e navegadores agora transformar está aberta com Museu para visitas Mas a nossa não a nossa está ativa portanto nós formamos jovens no mar levamos os jovens para o mar mesmo não percebam nada de vela vão para o mar connosco todos os anos todos os anos temos programas grandes de navegação muito bem João estamos aqui a chegar ao fim vamos fazer [Música] checkout vou pedir-lhe para completar as habituais frases na minha mal vai O que é que não falha na minha mala vai ser a minha farmácia Ah é sempre sempre é um hipocondríaco do mar ou pelo contrário não pelo contrário pelo contrário fiquei e absolutamente fanático por essa com essa preocupação ter a farmácia comigo um dia que eu tinha acabado uma travessia Atlântica tinha chegado a ponta pitre e nessa noite tive uma cólica renal horrorosa e eu não tinha nada para tomar e eu foi Fi uma um momento horroroso assim nunca mais eu tenho vou para o mar sem ter Claro sem ter de farmácia mas Semar bem equipado uma coisa pequenina mas suficiente cada um sabe cuidar da sua farmácia eu acho cada um sente a sua necessidade SAS de cabeça se pois Claro conhece o seu corpo não é seu corpo eu tenho sempre um necess Pequenino com as coisas fundamentais Não muito mas os tenho já uma viagem com mais peripécias que realizei até hoje qual foi olha um dia fui fui daqui para o Panamá e fiquei numa numa numa num espece no Resort não é res mas espce no Resort chama-se bocas del touro Uhum E estava lá num coisa de com americano um espaço muito cheiro e tinha lá de um casamento de um amigo meu de um amigo meu Holandês e que às 6 da manhã me telefona a avisar João Lúcio foge daí a terceira guerra mundial começou as torres estavam a ser atacadas em Nova Iorque ele estava-me a avisar para eu fugir Ah era o 11 de setembro 11 de setembro e eu vim fora fui até à à à à à Cabana do do proprietário que era americano e perguntei-lhe oh o que é que está a passar e ele disse não lá não se está a passar nada sim Nova Yorque está a ser atacado e tu não sabes e ele fez-me sinal para eu subir e quando eu subir ele tinha a televisão ligada sabia de tudo não queria alertar os hóspedes e euv o segundo avião entrar na torre e eu tava com a família era uma ilh Uhum E assim agora como é que eu vou sair daqui porque eu tinha que regressar a Panamá City que ainda era longe é claro ainda fiquei mais uns três ou quatro dias porque achei que ali ninguém me ia atacar mas como o vov era via Miami Miami estava fechado eu tinha que arranjar alternativas Sea Resumindo uma longa história Acabei por voltar a Panamá e apanhei o primeiro avião que havia para o chil portanto saí do do Caribe para ir para o chil e eu lembro quando estava a abriu a porta olhei lá para cima estava tudo cheio de Neve e E claro o o meu filho que era pequenito rolando de cobertores Nós também naquela contingência fui fui para o Chile depois no Chile tive uns dias e depois só depois é que eu regressei a Madrid mas foi uma viagem B atribulada Pois porque toda a gente seou a fechar o espao aério e havia restrições não é ex passava que ia para o Caribe e acabei no Chile D hemisfério sul depois recei para cá mas chegou cheguei lá mas foi atribulada foi atribulada mas assim é que é bom quer dizer é bom as circunstâncias podiam ser outras mas há sempre uma história para contar o carimo de passaporte ou visto mais difícil de obter até hoje qual foi João olha teve uma situação muito interessante on é que lhe fizeram vida Negra teve uma situação incrível uma situação incrível e fui buscar um barco h a Sarto elemi no meu Catamarã grande e levei comigo dois amigos e a viagem daqui por estes low cost estas jogadas que se fazem fui daqui para Londres depois de Londres ia para Boston depois de Boston é que tinha um avião para São bemi nas Caribas e quando chegamos a Londres tudo bem tínhamos tempo Fomos até comer uma coisa Qualquer cá fora voltamos fizemos o checkin e ele distribuiu os passaportes e quando cheguei a Boston eu fui Entrei numa fila para embarcar para entrar e dei o passaporte a ao Polícia Federal Não é Federal lá tou e o homem olhou para mim deixam-me pô o dedo o olho aquelas coisas todas que eles fazem e depois olhou muito sério disse o senhor emagreceu muito nos últimos anos não eu tenho uma pensar há anos nunca ele virou o passaporte e eu quando olhei para o passaporte era o passaporte do meu amigo quando eu destruí os passaportes eu troquei tudo e quando eu quis justificar não me deixaram nem falar para ser uma mulher polícia com 2 m agarrou-me levou-me para uma sala Hum eu queria justificar nada quando eu chego lá já estava o meu amigo também estava preso porque também lhe aconteceu a mesma coisa confundiram também claro ele tava com o meu passaporte não é então e como é que sai dis depois eles eles depois verificaram que Claro não ba bota eramos os dois da mesma nacionalidade com os passaportes trocados que eria mais que mas não nos deixaram falar sequer nem nem justificar eles não brincam não é não Não sei porquê não custava nada ter justificado era e foi a maneira que foi não precisa ver daquela ah violência toda diria eu não é era o fim do turno já estavam fartos de estar ali se el S um pouco assim Embora tenha sido muito bem recebido nos Estados Unidos inclusivamente sou dos poucos portugueses que tem a chave de uma cidade americana Ah é de qual porque de per boy quando é é por trás de setan island em Nova York uhum porque eu quando lá cheguei cheguei lá com a caravela na regata na regata de Colombo eu depois subi a costa Americana e entrei em Nova York e o Mayor convidou-me para ir para uma base naval depois claro eles ficaram radiantes tem lá uma caravela portuguesa e e e e decidiram homenagear me deram uma chado da cidade muito bem não é a única distinção que que que recebeu até agora or a Marinha portuguesa também já o distinguiu não foi João lúci é verdade tenho honra disso a Marinha portuguesa distingui com a medalha Naval de vasto da Gama que é mais importante que é para mim é mais sim é mais importante para um civil É com certeza uau é um grande reconhecimento Tenho muito orgulho Tenho muito orgulho quando é que foi isso uh já uns anos B bons anos são bons anos um bom par de anos anos tá lá guardada Ah claro com certeza e raramente a uso mas quando uso uso como muito orgulho faz muito bem a recordação mais de viagem mais cara qual foi João quando quando eu eu selecionei este at grande 40 m pel para para dar a volta ao mundo depois tudo est completo o proprietário disse não agora Tens que levar o barco para para a antígua e coisa que eu não estava à espera sim mas olha eu já estou aqui tinha lá ido muitas vezes a Itália acompanhar a obra mas já and aqui há muito tempo fora de casa eu não posso ir estás a ver a esposa e TS ter compromisso e ele disse não não leva a tua esposa leva a tua esposa vai leva também tin um camarote enorme com banheira com tudo e Tá bom então ela vem o pior é que ela voltou estava grávida foi uma viagem muito muito cara boa história a refeição mais estranha Qual foi a reflexão em que termos de de ingrediente ou de circunstância não sei diga Olha Há Há um momento de reflexão muito interessante na ilha de Cabo Verde há um há uns anos eu descobri na Ilha de São Nicolau uma um forte português que está lá até hoje e que defende defendia a ponto da goada da abastecimento a goada é abastecimento de água às às frotas portuguesas inclusivamente estão lá oito canhões e que ninguém conhecia agora já tá mais divulgado e quando eu saí fui lá várias vezes a Cabo Verde resto eu conheço todas as ilhas de Cabo Verde e quando regressei quando regressei com a caravela decidi no na rota de Pedro Alves Cabral decidi que nós íamos cumprir o Rigor histórico e queríamos primeiro este sítio chama-se Aldeia da preguiça que giro em Cabo Verde e ele já me conheciam tinha lá ido várias vezes tinha oferecido muita coisa à aquela gente enfim e quando eu cheguei lá h a tripulação foi à frente e sem eu saber eles prepararam uma espécie de canção para me receber as crianças todas e eu quando desembarquei tinha um grupo de crianças no caixo todas a cantar para mim foi uma coisa arrepiante Me tocou muito muito bem gostava de viajar com gostava de viajar gostava de viajar olha gostava de viajar com ou primeiro-ministro ou com o Presidente da República Os Atuais ou Os Atuais ou outros quaisquer para lhe mostrar eles conhecem Portugal de norte a sul aqui Continental mas não conhecem o nosso mar Hum que é muito maior Pois é gostava lhes mostrar o mar Portugal gostava lhes os levar para Norte numa boa nortada eles perceberem o que é que era os Marcos portugues sério pois gostava gostava deos levar à ilha das berlengas não sei qual foi o último presidente que foi à ilha das berlengas está aqui ao lado fala-se muito sobre o mar mas vive-se pouco o mar não é e Há muitas palestras do mar todas em quatro paredes ninguém leva os portugueses para o mar ninguém leva as crianças portuguesas para o mar é sempre entre quatro paredes muita gente a falar de mar dentre quatro paredes mas por é que não vão para o mar fica feito o desafio de João Lúcio senhores ouvintes aceitem João chegamos ao fim Qual foi a música que escolheu para fechar a conversa do fim do mundo esta semana não pensei muito nisso mas escolhi aquela música da Dulce Pontes uhum ah canção do mar canção do mar Exatamente é canção do mar canção do mar e há outra que eu que eu tenho especial carinho que é do buen Vista social club aham ah duas Gardenias para ti e tem uma história quando eu ia na rota de de de Cabral havia um tripulante a Bordo que tinha um um grupo de um de um álbum cheio de CDs e que tocava aquilo todos os dias um dia já estava farto a ouvir aquela duas Gardenias para ti e decidi fazer uma malandrice peguei num CD que eu tinha lá já estragado e cheguei lá tirei tirei o CD sem ele ver e fui à Borda Estou fte a ouvir esta música e atirei com o CD para água O homem ficou em pânico o rapaz ficou em pânico e passado um pedaço Pass mim o debaixo do braço estes não vão para o mar não est não vão para o mar as gardas Para ti também ficaram sempre na memória muito bem então canção do mar ou canção do mar Dulce pon muito bem Comandante João Lúcio Muito obrigado foi um gosto adorei cá nas conversas do fim do mundo desta semana Obrigado Eu que agradeço canção do mar 12 pontos a fechar a conversa do fim do mundo desta semana estamos de regresso de 8 dias sejam bons e boas viagens fu V num AL mar cruel e o mar bramindo diz que eu fui roubar a luz sem p do teu olhar tão lindo vem saber se o mar terá razão vem a ver bailar meu coração se eu bailar no meu bater não fo alma cruel e nem lhe digo a onde fui cantar sorrir bem viv sonhar contigo [Música] [Aplausos] [Música] sa Se um manur vai C ver baar meu coração [Música] se eu bailar no meu bater não vou amar cruel e nem di on eu V cantar sorrir bailar Viver sonhar contigo [Música] do [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] e [Música]