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[Música] [Aplausos] sejam bem-vindos a viajante desta semana andou sozinha pelo Sudeste Asiático 7 meses viajou fez voluntariado conheceu culturas e pessoas que talvez nunca imaginou existirem superou-se Afinal são s meses viveu aventuras expandiu horizontes experimentou coisas únicas quando saiu de Portugal tinha três certezas na cabeça queria muito muito mas mesmo muito viajar tinha alojamento marcado no Vietnam para duas noites e o festival das Lanternas à sua espera Matilde Mota Manuel TRE AMS bem-vinda olá olá João tudo bem então H festival das Lanternas o que é isto o festival das Lanternas é um festival que acontece em Shing mai no norte da Tailândia e que depende aqui aliá altura do ano pode diferir de ano para ano porque aquilo depende da das fases da lua e então também tem ali acontece durante três dias e os primeiros dois são dedicados à criação de um que eles chamam craton que é um género de um um vasito com umas flores todo decorado por nós eu cheguei a fazer o meu e ao final do segundo dia lançamos o nosso craton no rio me que para agradecer aos deuses da água eh toda a água que tiveram durante o ano e depois no terceiro dia então há o lançamento das Lanternas que eh por acaso eu pensava que era um bocadinho diferente antes de ir e quando lá cheguei eh foi foi diferente a minha expectativa porque quando eu lá cheguei lançar lanternas era proibido Ah e então eu fui para o Festival das Lanternas que não se podia lançar lanternas eu fiquei assim Ah então então porque é que eu vi a seguir percebi que isso só acontecia enquanto as polícias estavam realmente a prestar atenção porque a seguir toda a gente começava a vender lanternas nas banquinhas de comida e onde fosse eh assim um bocadinho por baixo da mesa escondido mas ao final de umas horas já toda a gente tinha lanterna já toda a gente estava a acender a sua lanterna na ponte e a lançar no meio da cidade eh aos olhos de toda a gente e portanto o festival continua a acontecer como acontecia há muitos anos eles apenas colocaram esta proibição porque acho que houve alguns acidentes aqui com as lanternas ok Porque é que só levavas isto no teu eh roadbook quando partiste para a só que inicialmente e foste só para o quer dizer Não foste só mas ias só com ela na cabeça não é com o Festival da das Lanternas só com esta exatamente eu era era mesmo essas duas certezas o sítio onde eu ia dormir as duas primeiras noites e que queria mesmo ir ao Festival das Lanternas porquê porquê Pois é porque toda esta viagem para mim foi assim um concretizado um sonho e aquele festival das lantas coincidia com o início da minha viagem e eu ao ler sobre ele eu pensei pá isto é uma excelente abertura para a minha viagem quase como que abençoar este período da minha vida por isso o início luminoso vamos lá iluminar exatamente os próximos meses pode ser que isto dê sorte e então foi foi daí que que veio essa ideia e as duas primeiras noites é porque eu não queria mesmo planear nada o meu objetivo era deixar ser levada pela viagem pel aquilo que Se colocasse à minha frente sem nenhuma certeza de nada abrindo a possibilidade a tudo muito bem portanto ias sem planos sem planos sim só sab sab que ia estar naquela zona do mundo tinha traçado uma rota e antes a pensar quais é que seri os países que eu gostaria de viajar e por onde é que eu podia ir Onde é que podia apanhar aviões barcos para que país é que podia visitar mas eh acabou por sair tudo ao contrário porque o meu plano era tudo exatamente ao contrário daquilo que eu acabei por fazer portanto nada se cumpriu do meu plano muito bem 7 meses é muito tempo não é passou no instante pois Imagino passou no estante a gente pensa que é muito tempo agora a olhar para trás sim e mas é um fósforo não é já foi quando abrimos os olhos já tá já já é altur já é a altura de voltar já estamos a apanhar o avião de volta para Lisboa e passa-nos tanto ainda que se viv ao mesmo tempo tenho a sensação de que Vivi 5 anos num eh ou em 7 meses vá porque Vivi tanta coisa que parece que foi cheio Foi mesmo um tempo que valeu por muito muito muito mais tempo do que aquilo que nós às vezes temos aqui eh porque às vezes os nossos dias aqui parecem iguais pare n quea mais passa tu és muito jovem sentiste que cresceste senti senti sem dúvida a nível muito a nível pessoal não é de tive muito mais confiança em mim quando voltei senti que estava muito mais apto a aceitar desafios eu própria não me sinto a mesma depois de ter voltado e acho que houve certas decisões que eu já tomei na minha vida que se eu não tivesse sido viagem não tinha tomado Ah é Então eh olha ter comprado uma mota eu comecei a andar de mota no semest as quando voltei para Portugal uma coisa que eu não queria voltar era para o meu carro porque estava a ter imensos problemas com o carro e então era era uma coisa que disse pá fogo isto é uma dor de cabeça o que é que eu vou fazer eu posso agora sempre comprar uma moto não é portanto abria essa possibilidade portant nunca tinhas conduzido uma mota até chegares ao ST asiático não já tinha andado muito tempo à pendura mas nunca a conduzir não ah Boa onde é que se deu a estreia e e no Vietname sim não foi uma est quer dizer eu conduzi algumas vezes no Vietname em correu tudo bem sim mas das primeiras vezes eu fiquei assim presa no topo de uma montanha com um nevoeiro Cerrado foi foi explica lá isso pois e eu queria ir visitar e as montanhas de sapa uhum e nos dias eu tinha lá quatro dias para lá Estar os primeiros três foi um noiro Cerrado ou quarto abriu e então quando eu acordei vi o noeirinha e eu disse Ahá vou lar uma mota vou eh fiz o primeiro a primeira metade do dia tipo aí a 1 2as da tarde explorei muito ali as montanhas estavam um tempo ótimo as minhas fotografias estão limpíssimas e depois passado quê em no espaço de 20 minutos eu estava a visitar umas Cascatas quando volto para a minha mota cerra se um noeirinha e agora tinha que descer tudo para voltar à vila e eu penso meu Deus como é que eu vou vou ficar aqui eu pensei é isso acho que tenho que esperar até daqui a três dias não é Quando vo se limpe e eu e eu possa sair e então Acabei por esperar um bocadinho Não foste ao telemóvel a perguntar ao Dr Google quanto tempo dura um olha por acaso não fiz mas se calhar era uma boa pergunta mas se calhar ainda lá estava porque eu não sei quanto tempo é que aquele novo Demorou aquilo era era mesmo mesmo Cerrado Mas depois tive as pessoas certas no momento certo bem portanto foi uma das coisas novas que fizeste no sudeste asiático foi conduzir uma mota sim e acho que conduzi sobre condições tão adversas s estou pronta para conduzir aqui e agora tenho a min moto há muito tempo já em Lisboa não é olha em contexto é que se dá esta tua viagem de sete meses foi um gaper não éis pode se chamar guier sim porque eu fiz uma pausa na minha carreira para decidir ir viajar portanto já tinhas o curso feito já trabalhava sim eh tinha terminado o meu mestrado de 5 anos na nova e depois trabalhei a em engenharia do ambiente exatamente na engenharia do ambiente e depois Trabalhei na área durante 9 meses e foi ao final do meu contrato que eu decidi eh pois isto é um sonho muito longo eu não vou renovar este contrato eu quero mesmo ir por isso vou deixar tudo e esta é o momento perfeito porque eu pensei eh bem se eu não não estou agarrada à empresa de maneira alguma não tenho ainda contas muito certas para pagar nem filhos nem nada aquelas responsabilidades deudo e tenho o curso feito Bora aí vamos nós muito bem Fantástico olha e então chegaste primeiro à Tailândia certo portanto atrase na Tailândia aterrei no Vietnam Ani anoi e depois Daí tive a explorar assim o norte do Vietname entretanto já era a altura de ir para o Festival das Lanternas porque já estava quase a acontecer e eu Aí como não tinha planos também achava que ia conseguir atravessar tudo de autocarro mas não aconteceu tive que apanhar um avião porque eu também queria apanhar o mínimo número de aviões possível eh queria tentar fazer tudo por terra nessa altura se eu tivesse feito tudo de autocarro eh não terha chegado a tempo do festival das Lanternas portanto apanhei esse esse avião fiquei eh na zona de xang Mai e do norte da Tailândia um tempo e a segui passei para Laus onde tive o tal primeiro projeto de voluntariado voluntariado onde é que fizeste voluntariado foi com cavalos não foi foi foi giríssimo fazer o quê ajudar com as aulas de equitação que eles tinham com as crianças mas tu montava e antes aqui em Portugal não não tenho experiência nenhuma com cavalos portanto motas e cavalos não faziam parte da tua vida e agora fazem É verdade deu-me muita coisa dá sempre é verdade é verdade mas conta-me o que é que fazias limpava a eh a minha rotina passava por tratar dos cavalos alimentá-los e quando tínhamos aulas então acompanhar as crianças era eu que colocava as celas e tudo em cima dos cavalos e depois fazia essa aula com eles durante uma hora mas sempre a acompanhar porque havia uma professora principal que tinha conhecimento nos sobre os cavalos e e a equitação e eu tava lá como backup Como suporte e depois grande vantagem de trabalhar nisto foi eu podia também montar quando não estava Ah e então Eh pá aprend aprendeste a montar a cavalo eu diria que sim porque eu tive lá um mês e meio e durante esse mês e meio acho que montei quase todos os dias e até montei sem cela e montei dentro de um rio eh em que fomos com os cavalos fazer um percurso mesmo dentro da água foi giríssimo e mesmo foi mesmo foi uma aventura e também me deu essas Skills de agora agora posso dizer que já monto um cavalo quer dizer mais ou menos é difícil porque é preciso criar uma relação muito próxima com o animal não é sim e aqueles cavalos não são como os nossos cavalos porque em Laos eles são a raça que eles têm lá é quase pá digamos assim eles são muito pequenos comparados com o nosso cavalo lusitano que são que são enormes mas H era mais fácil nesse sentido acho que se tivesse caído a queda seria menor mas não cair não caíto ainda bem porque já ouvi dizer que uma queda de cavalo é uma coisa também acho que simosa é também não sei mas não quero saber então só coisas novas no sudeste asiático portanto isiste uma moto pela primeira vez sim cal andaste a cavalo e mergulhasse também não foi e mergulhei pela primeira vez é verdade e o mergulho foi na Tailândia em colanta que é no sul uhum e fizeste um daqueles cursos e ou não não fiz o curso por acaso o curso não fiz porque eu não sabia se me ia dar bem quanta gente que faz cursos no C de mergulho no cesto asiático que é mais barato não é é mais barato é um dos sítios mais baratos no mundo para fazer e essa as pessoas que normalmente fazem o curso fazem em cotal porque é mais é onde é onde tem mais escolas e acaba por ser mais barato Ok eu não queria fazer o curso porque não sabia como é que era mergulhar portanto se eu se eu me alinhasse no curso tinha que fazer uma data de aulas seguidas e exames e tudo mais e eu quer dizer testes e eu não sabia se ia gostar ou não então decidi primeiro ter uma experiência de mergulho e quando cheg mas mergulhasse de garrafa ou garrafa garrafa e foram três mergulhos portanto fomos de barco e eu tinha que profundidade e 12 m 12 m bom é o máximo que se pode ir Sem Licença nenhuma sem nenhum tipo de formação e é incrível não é ai brutal eu pensei eu pensei assim ahi vou-me sentir um bocado ansiosa porque é assim não posso falar não posso sair dali Tou encurralada não mas não dá não dá vontade de falar vontade nada não é só de ficar a observar parece que estamos noutra realidade parece que já não estamos no planeta Terra e que entramos numa realidade eh diferente que não é Nossa e E tá lá ela ela existe tens histórias incríveis ou não tem Incríveis em que sentido qu incríveis umas que não se podem contar na rádio não é algumas não não tou brcar umas guardadas lá para mais lá mais para a frente na na nossa vida Sim não talvez na conversa e talvez na vida Nosa vida assim há coisas que se eu Contasse agora à minha mãe Acho que ela dier não não vamos fazer isso não vamos fazer isso olha pensavas que ias para um casamento Ah e afinal foste tão pedido sim ah essa história foi foi muito engraçada porque depois de sair da Tailândia eu saí da Tailândia e entrei na Malásia por terra desta vez apanhei um comboio e tinha também um que por si só deixa-me fazer o parênteses é também ela uma experiência uma é uma viagem que é uma toda ela é uma experiência não é sim passar uma fronteira de comboio é incrível e aqueles comboios também são Magníficos com aquela paisagem linda ainda tenho o sonho de ir ao sri Lanca fazer aquela viagem famosa de comboio ah h e então fiz essa passei essa Fronteira cheguei à Malásia no norte da Malásia tive ali com uma pessoa uma pessoa que conheci também durante a viagem uma família indiana que conheci e a seguir parti para o meu e para o meu projeto de voluntariado seguinte que foi para aí no meio da Malásia e aquele projeto de voluntariado tinha bastante tempo livre então eu durante esse durante esse tempo livre o dono do projeto vá eh tinha uns amigos que trabalhavam com umas comunidades indígenas que produziam mel e produziam arroz e então nós tivemos o privilégio de ir ver estas comunidades eu e a voluntária que que lá Estava à mesma altura que eu e então criou-se uma boa relação entre nós e essa família e essa família tinha uma prima que estava prestes a casar-se E então eles disseram ah Matilde eh já que a gente se conhece e tal a minha prima vai-se casar tu não queres vir e eu pensei que eu ia para o casamento que é assim há aqui uma barreira era linguística entre eh pronto uma vez que eles não falam tão bem inglês às vezes há aqui algumas coisas que se perdem na comunicação e então eu no próprio dia assim ah que fixe olha Bora lá vamos lá para o casamento muçulmano porque esta esta família era muçulmana Mas não foi nada disso pois não não depois quando eu lá cheguei eu assim então onde é que tá o noivo eu assim não está é mas como é que vamos casar alguém sem noivo ya não vamos casar Ela vai ser só pedida em casamento Ah e tudo isso envolve uma cerimónia é isso e tudo isto envolve uma cerimônia com a família da noiva a família do noivo mas o noivo não entre nada porque eles dizem que isto é uma cerimónia só dedicada à noiva então há um gênero de um altar na própria casa isto tudo acontece na casa deles ele um altar montado por eles e em que a noiva está lá sentada o tempo todo a ouvir as duas famílias falarem Não perguntam o que é que eles disseram porque eu não sei tudo mas percebi que eles rezaram em conjunto A certo ponto e antes de rez arem acordaram entre eles como é que ia ser o casamento como é que iria ser a dinâmica familiar que uma família aceitava a outra principalmente eles estavam ali por isso porque eh se queriam que as duas famílias se aceitassem mutuamente a história da humanidade tá cheia de famílias que não se dão não é pois então olha se calhar nós Devíamos começar a fazer cerimónias para pedidos de casamento e evitar-se algumas discussões familiares não mas aqui também conseguiste perceber se os noivos estavam de acordo com isso ou não consegui perceber sobretudo a noiv que é sempre a parte mais fraca da história não é é eu consegui perceber que aquilo já era uma relação que eles tinham antes não era nada forçado mas que eles eram muito novos para estar a casar portanto eles tinham à volta de 20 1920 sim maiores de idade mas 1920 e tavam a casar porque aquilo passando daquela idade já não já não não é idade para eles para casar tem que ser agora e vai e esse pedido de casamento bo da festa sim meteu um grande almoço sim ainda tive direito a um grande almoço por acaso A comida estava Espetacular já para não falar que eles cozinham para imensa gente não é porque são as duas famílias e aquelas duas de cada família eh acho que estava estava cada 50 pessoas de cada família e eles estavam a cozinhar na varanda com as bilhas de gás cá fora em panelas gigantes cheias de óleo fritar tudo lá para dentro ah e o que e o que é que foi o a boda O que é que comeram ainda ainda te recordas ou não sei que tinha tinha frango frito arroz tinham cenas misturadas com especiarias tipo karil e imensas sobremesas estranhas para mim era sempre tudo novo e portanto e estava sempre a provar coisas novas às vezes não sabia o que é que comia mas e mas pronto uma pessoa vai sempre um grande festim sim sim sem dúvida uma grande boda um grande pedido de casamento o noivo acabou por aparecer no final só para as fotografias e eles dizem que isso até até Isso já é uma modernice porque por norma o noivo Não apareceria de todo da cerimónia Sim Sim isto era tudo feito nas costas do noivo até quem põe o anel de pedido de casamento há um anel de pedido de casamento é a sogra ui auau é sogra e há dois dois Anéis um anel que é Vado pedido de casamento e outro anel que é oferecido como anel de família digamos assim e há um momento muito solene em que a sogra coloca os anéis na noiva isso fez um bocadinho confusão isso tudo na Malásia tudo na Malásia estamos a chegar ao final da primeira parte Vamos abrir o álbum de viagem [Música] Matilde guardas em casa Algum objeto ou tens contigo Algum objeto Tenhas trazido dessa viagem de S meses ou de outra que tenhas feito sim desta viagem trouxe bastantes coisas simbólicas aquela que para mim é mais assim que tem um simbolismo maior é uma pulseira que me foi oferecida por uma pessoa que eu conheci uma rapariga que para mim teve muita importância durante a viagem está no teu coração sem dúvida vejo que trazes um Chile com padrões asiáticos veio da Ásia também esse veio este veio da Sumatra ah da smatra sim sim do Lake toba ex eu gosto muito do padrão este por acaso não Considero que seja algo uma objeto para sorte mas gosto gosto muito do padrão muito bem estamos à conversa com Matilde Mota Manuel viajou S meses pelo sesto asiático fazemos aqui uma curta pausa regressamos já a seguir [Música] a faca Fi esta história do pad com infiltração do comunismo na igreja que tentou matar o pap em Fátima e do misterioso segredo fechado num cofre que assume-se como um protegido pela virgem de Fátima [Música] matar o papa é uma série para ouvir em seis episódios e faz parte dos podcast Plus do Observador pode acompanhar todas as semanas no site do Observador nas plataformas de Podcast e no YouTube [Música] [Música] estamos de regresso para a segunda parte das conversas do fim do mundo esta semana com Matilde Mota Manuel a Matilde viajou S meses pelo Sudeste Asiático sozinha viveu muitas aventuras já partilhou algumas delas na primeira parte das conversas do fim do mundo Matilda olhando para trás e agora que já estás instalada em Portugal Farias alguma coisa diferente nesta tua viagem S meses não porque senão não podia ter conhecido Estas pessoas todas magníficas que eu con vias tudo viveria tudo novamente sim sim até até as adversidades ah tiveste muitas não muitas Mas algumas sim acho que todas as viagens têm algumas adversidades pois são s meses de permanente descoberta Até de nós não é sim ouve tiveste assim algum momento de profunda solidão profunda e solidão não eh porque eu tinha sempre pessoa Às vezes eu tinha que pedir tempo para estar sozinha porque eu estava sempre com ou ou erem os não era de G Malta eu preciso de escrever no meu diário porque senão eu não vou conseguir porque eu adoro escrever e entãoo todas as minhas aventuras estão nos meus diários e então nos meus diários portanto são vários sim preenchi dois nesta viagem S meses dá para escrever muita coisa qu o que é que desabafava e no diário por não contava ao meu dia aquilo que me tinha acontecido e muitas das vezes a forma como tava a sentir em relação às situações que estava a passar o que é que eu sentia que tinha aprendido também mas a maior parte das vezes eram descrições daquilo que eu que eu estava a viver porque eu acho que um dos meus maiores medos é eu esquecer aquilo que eu já vivi então tenho tudo em papel para nunca me esquecer dos prores ah andavas sempre com papelinhos atrás de ti é isso mais mais ou menos mais ou menos muito bem mas mas uma viagem de 7 meses é um permanente confronto com o nosso ser não é sim um permanente desafio e e lá está há muita gente que pensa que viajar sozinha é Solitário eu não achei já não era a primeira vez que eu viajava sozinha mas ah achei que nesta viagem então eu não tive praticamente momento nenhum de Solidão Em que eu me sentisse efetivamente sozinha e nos hostes tinha sempre muita gente que também estava a viajar e entretanto ao fazer cou Surfing e ao andar sempre com as pessoas locais e a fazer amigos eu conheci tanta gente que eu realmente nunca estive sozinha és nova isso ajuda não é é não se digo eu talvez n também também ajuda querer saber e fazer conversa és uma pessoa curiosa sou muito sobretudo pergunto tudo uhum às vezes demais ai é faço perguntas incómodas incómodas pode podem ser incómodas é tiveste assim algum Choque Cultural e eh provocado pela tua curiosidade eu eu diria que sim tive porque onde e quando nessa nessa questão nesse dia em que eu fui para o tal pedido de casamento muçulmano na Malásia na Malásia eu apercebi-me pronto era a primeira vez que eu estava com a comunidade muçulmana então claro que nós todos sabemos que elas usam as mulheres Hi jaab não é mas eu reparei que as crianças não E então eu perguntei à à mãe dessas crianças que era a minha amiga olha aind porque é que a tua filha ainda não usa hijab ela diz ah ela ainda não não não usa porque ela ainda não atingiu ali a a maioridade para elas que é o primeiro período das meninas OK então e e quando ela atingir se ela se ela não quiser hijab se ela não quiser usar hijab como é que é Ah o que tu foste perguntar pois devia ter estado calada se calhar não é pois Mas eu queria mesmo saber eu pensei que aquele era o melhor momento porque estava com a comunidade fost pôr em causa um dogma mulher o que é que tu foste fazer isso isso não se questiona Claro que ela vai querer usar Foi o que ela me disse Claro que ela vai querer usar eu disse tá bem mas e se ela mesmo assim não quiser usar Ah não as amigas vão usar ela tem aulas de religião ela vai perceber a importância de usar eu disse tá bem mas ó ini mesmo assim se ela não quiser usar se ela não quiser usar leva três palmadas naquele rabo e que passa logo a querer usar Ok Isso mesmo assim ela não quiser usar Então nesse caso ela vai ter de responder perante alá eh no momento da sua morte eh sobre os pecados que cometeu um deles não não usar EJ durante a vida dela e então Acho que ali ficou um momento um bocadinho tenso mas é a curiosidade leva-nos a fazer perguntas se calhar um bocadinho menos menos diplomáticas não menos diplomáticas para estas comunidades mas a verdade mas crescer também é isso não é sim e aprender com os nossos erros e percebermos que se calhar alturas em que devemos falar e outras alturas É verdade não mas eles não levaram a mal só acharam que realmente era uma questão que não se colocava para eles porque eles vão usar e vão usar e pronto não se vão questionar tinha uma pessoa que por acaso na família tinha renegado isso e eles próprios fizeram gostão de dizer Pronto aquela pessoa na família não é tão bem acolhida como as outras H mas não é que tivessem V levada mal a mal mas era uma coisa que para eles não se questionava não não é uma questão olha H temos estado aqui a falar da Tua viagem de S meses pelo Sudeste Asiático porque é que escolheste esta região para viajar durante tanto tempo tanto tempo que também é pouco tempo também é pouco tempo exato eh Sabes eu quando quando pensei no sudeste asiático a verdade é que eu já pensava em fazer um gaper há muito tempo e a Ásia sempre me atraiu de alguma for entretanto isso era o exotismo não sei a cultura parece que há qualquer coisa que me chama na Ásia há qualquer e beleza que eles têm que que realmente me chamava a atenção e então em 2018 decidi pela primeira vez voar para a Ásia com dois amigos eh e fomos fazer um mês em Bali na altura dos exames da faculdade portanto não fomos aos exames e ah baste aos exames para ir para Bali não precisamos não precisamos é fi estudamos imenso durante o semestre então então não precisamos de fazer exames então fomos fomos pronto aplicamos noos muito não é isto fazer viagens também tem esforços então pnos muito para não endir aos exes e fomos passar o mesum mê em Bali e o mês de janeiro e esse foi o o perceber que realmente aquele feeling que eu tinha de casa ia ser o o meu sítio para fazer o guier tava correto porque a minha estadia em Bali também foi incrível cheia de aventuras e E foi exatamente o espírito que eu esperava e e que eu queria para o meu gapar então voltei lá e quis explorar aquela área Nessa altura olha qual foi o mais qual foi a a o o a coisa mais bonita que VTO nesses S meses pelo sudesta asiático Matilde pá se for se tivermos a falar de beleza de natural sim eh umas Cascatas que se par pareciam vindas de da tipo do cenário do Avatar uma coisa que eu não nem pelas fotos Dá para perceber a dimensão daquilo é umas Cascatas sim mas porque são muito muito altas são muito altas e e a água cai assim tipo em meio círculo ou seja H Cascatas à volta de toda a montanha e c como se fosse de todos os lados e Paisagem Bíblica sim quase isso cheio cheio de arbustos e vegetação e árvores nas montanhas e no no no fundo ainda há um vulcão há um vulcão que fica pronto como sim é tá ali tudo só falta ali um cum com neve Ah se calhar o vulcão não tinha Neve não tinha Neve ali é demasiado quente para a neve Ok e onde é que onde é que foi isso isso foi em em Java est um pac cuu que são são essas as cascatas que depois dá para descer até lá abaixo mas também a vista cá de cima também é muito boa descer lá abaixo é um desafio mas é mas é engraçado olha e tiveste momentos perigosos eh nestes S meses ou nem por isso momentos perigosos tive tive uma história aquelas coisas que não se contam às mães pois será que eu devo contar contar Claro não ela depois não vai ouvir vou dizer não oa este Episódio eh tive um momento que eu achei ou senti-me em perigo Hum mas naava pronto portanto eu quando cheguei à Sumatra Eu vim da Malásia para a Sumatra voei e eu fui para a Sumatra com objetivo também de me juntar a um projeto de voluntariado que tinha a ver com Conservação da vida selvagem e Reabilitação da vida animal eh e Então nesse no dia em que eu estava a aterrar eles tinham um projeto que não era na área de incidência deles então eles iam sair de poquito la oang onde eles costumam estar para ir para atch e que er mais no norte da Sumatra E então eu apanho um autocarro do aeroporto para um ponto de encontro encontrei-me com a organização e eles disseram-me eh ah olha Matilde pronto a gente vai fazer esta esta aventura vai esta missão no fundo temos que ir à decher porque ouvimos dizer que há lá uma uma atividade ilegal de desflorestação e por isso nós queremos ir lá para divulgar aquilo e para terminar com aquilo porque é uma floresta protegida eh e até onde há elefantes E então Eh eu fiquei assim muito entusiasmada com a ideia de ir ver elefantes a pensar que sim e e a desmantelar toda aquela atividade ilegal e nós e vou com eles no carro quando entro no carro eh começa a perguntar mais detalhes sobre a história e quando começa a perguntar mais detalhes começa a perceber que aquilo é uma vila em atch que tem uma uma uma tribo vá uma população muito complicada que não deixa entrar toda a gente porque também tê consciência do que é que se está lá a passar e todos eles estão meio que sobornados para estarem de acordo com aquilo e então toda a viagem Eles foram a contar estes pormenores e a dizer que podiam haver armas e que podíamos lá chegar e que podíamos não nos deixar entrar porque nós somos turistas e tudo mais então aquilo começou esperaste o pior esperei o pior sim mas depois cheguei lá e eles tinham um género de uma polícia no na entrada da Vila que não nos deixou entrar porque verificou os nossos passaportes e éramos turistas e então acabamos a a dormir fora da vila e a entrar só no dia seguinte e a explorar aquela zona já durante o dia Porque Nós já tínhamos chegado à tarde à noite mesmo já era já estava muito escuro e então aquilo ainda adicionava ali algum stresse ao momento só o facto de estar escuro e de noite e eu estar sozinha num carro com pessoas que não conheço era foi assim um bocado de stressante corou tudo bem correu tudo bem sim porque Depois acabamos porar pelo próximo dia e fomos com mais calma depois ver lá o que é que se estava a passar e acabamos a descobrir tal atividade Não vimos elefantes mas vios pegadas de elefantes que foi ah pronto mais ou menos foi fo chegaste a ver elefantes ao vivo ou não durante os S meses vi elefantes sim mas não nas melhores condições não eram selvagens ah aqueles elefantes usados para fazer passeios ou às vezes só em certos parques mas não é não é o melhor ambiente para ver por iso é que eu queria vê-los lá porque eles eram animais pronto ali ali elefantes selvagens mas acabei só por ver as pegadas mas não faz mal foi extraordinário na mesma uma pegada de um elefante é eh é enorme e meter lá a noss mão é como perceber e o quão pequeninos a gente somos viajar no sudeste asiático é uma aventura não é é uma aventura são muitas aventuras ao mesmo tempo pois onde tudo pode acontecer inclusivamente uma senhora decidir dar à luz num Autocarro foi isso que te aconteceu quer dizer tu não deste à luz não foi outra não não o que aconteceu foiar Calma foi a mulher do motorista do Autocarro que eu ia apanhar estava a dar à luz quando era suposto o nosso Autocarro partir ah ok então ele abandonou o posto e então o Autocarro Não partiu E então tivemos que esperar mais 7 horas pelo Autocarro mas é assim deixem-me dizer que eu acho que isso é eh balelas eu acho que é acho que foi uma mentira que eles inventaram porque o Autocarro não devia estar completamente cheio eles queriam fazer render não é os bilhetes E então H inventaram esta desculpa eu acho para nos meter todos num só Autocarro então tu tiveste que esperar 7 horas pelo próximo Autocarro onde é que foi isso em Laus em Laos mesmo no início da viagem eh eu decidi cruzar a fronteira por terra e tinha que apanhar sabia que o Autocarro já ia ser muito demorado iam ser 10 horas nas estradas de Laus que não são nada fáceis eh e acabaram por ser quase 24 com este tempo de espera sim e esta passagem de Fronteira meu Deus Se eu soubesse não tinha ido não mas também foi engraçado olha conta-me rapidamente H tu Já eras uma viajante antes de fazeres esta viagem de 7 meses qual era a tua experiência Matilde eu não diria que eu era uma viajante porque acho que para ser viajante é preciso ser outra coisa maior eu já tinha feito várias viagens inclusive é eh Sempre tentei nas minhas férias juntar quer dizer durante o ano juntar dinheiro com part times para depois gastar nas férias em viagens e então Eh já tinha feito uma viagem sozinha pelos balcãs na Europa tinha feito muitas viagens à Europa com os meus pais e com os meus amigos entretanto fiz at viagem a bal e já fui muitas vezes aos Açores Tendo sempre ir numa perspectiva de eh low Budget para poder aproveitar o máximo que a comunidade tem para me oferecer e para e para desfrutar ao máximo do sítio fui por exemplo às flores e acampei lá com a minha família inclusive arrastei a minha mãe para isto arrastei a minha mãe e meu irmão nas férias de verão para acampar nas Flores portanto estas viagem nas Flores aqui nos Açores não é nas flores na Indonésia Não essas não essa muito long poiser fois é não mas é as nossas flores exat muito bem olha Matilde quando e como é que se coloca um ponto final numa viagem de 7 meses Ah se eu pudesse é quando vais ao multibanco e percebes que estás a zeros pois não deixei chegar a esse ponto que eu precisava de algum dinheiro mas quando quando voltasse mas a verdade é que gastei as minhas poupanças nesta Aventura não é mas foi uma escolha Mas coloquei esse ponto final porque percebi a percebi que a viagem já estaria a chegar a a um fim e eram os anos da minha mãe e eu pensei Olha eu acho que é o momento perfeito para eu voltar e vou vou Celebrar os anos dela com ela e e vamos terminar a minha viagem certamente haverá mais para fazer hesitasse ainda pensaste agora vou continuar isto a correr bem ainda penso porque correu melhor que aquilo que eu alguma vez esperei e eu nunca pensei Eh que que me sentisse tão bem a fazer este tipo de viagem e por isso até me imaginei a ficar lá e a não a não voltar mas depois tenho as minhas pessoas cá e é só isso que me traz de volta na verdade as minhas pessoas a minha a minha não não é eu não gosto muito da rotina mas as as minhas pessoas que eu que eu realmente sentia falta e então precisei de voltar achei que aquela era a altura certa mas custou pôr este ponto final foi um ponto final assim posto quase à força foi por mim porque eu pronto Achei que tinha que voltar mas eu não queria mais o tempo estava ali dividida Mas sabia que tinha que voltar também as panças estavam a acabar pois e o regresso como é que é o regresso é um choque inverso é é muito difícil voltar depois para um sítio onde há tudo eh nós viemos num sítio onde não há nada eu tive em sítios mes mesmo sem nada até casas de pessoas em que não havia luz não havia água tinha que se esperar pela altura da água para encher os os bidons todos eh e para tomar banho e depois voltar é pensar bolas a gente é Tão sortudo e não sabe eh e tanta gente que se reclama de coisas tão pequenas e isso não é nada As outras pessoas que eu conheci no sudest asiático a maioria encarava a vida de uma forma tão feliz e tão simples que me fazia confusão se elas não tinham nada e encaravam a vida assim porque é que nós com tudo às vezes não o fazemos e não conseguimos ver esse lado é porque sabemos que podemos ter não é pois porque andamos sempre a procura demais é um defeito de ser humano procuramos sempre mais mas é é legítimo não é é legítimo isso que nos permite avançar exato agora foi um choque para mim Claro e ver isso e sentir isso na pele olha Matilde está a chegar ao fim Vamos fazer checkout vamos vamos [Música] lá vou pedir-te para completares as habituais frases então na minha mala vai sempre o meu diário sempre e a minha caneta é escrevias à noite nesta viagem de S meses ou durante o dia Sempre tinha tempo sempre que tinha tempo às vezes como ficavam dias para trás um ou outro dia acabava por preencher no dia seguinte gosto muito de colar alguns bilhetes que que vou coletando ou selos ou coisas assim o carimo do passaporte mais difícil de obter até hoje qual é que foi eu não ainda não fui a um país daqueles em que se diia assim bolas Foi mesmo difícil obter visto aqui mas por causa dessa peripécia que eu tive em Laus após a fronteira eu diria que essa foi a passagem de fronteira mais difícil a do Autocarro e do motorista que bateu em retirada sim que a mulher supostamente deu à luz mas é mentira e me fez estar 24 horas à espera para chegar longo para bem Olha a viagem com mais peripécias que realizei a da Sumatra nessa aventura de de ir para adch e depois outras coisas também lá est estradas muito difíceis de me deslocar de um lado para outro assim mas também é onde vivi grandes aventuras Opá sim sim boas muito bo portanto Teve muitas peripécias mas também Teve muitas coisas boas hum deixamos por outro programa deixa episódio númer dois tua cara a tua cara já me contas tudo não olha h a refeição mais estranha que comi larvas fritas larvas fritas larvas fritas eu diz isso com vergonha não não larvas fritas sim sim com muito orgulho que proi larvas fritas boa sabem bem não o primeiro o primeiro sabor foi tipo de batata frita pronto porque aquilo estava Frito Não é chips Ya mas depois aquele After Taste parte do Miolo daar não não a recordação de viagem mais cara é sim eu sou eu lá está viagem em low Budget Portanto o mais caro para mim foi 15 € Cal não é grande coisa mas Encontrei eh um casaco que não consegui dizer que não e ainda que tivesse muito pouco espaço na mochila disponível trouxe-o trouxe-o comigo e veio comigo sim onde é que compraste esse casaco eh na Tailândia em Bangkok acho eu sim Bangkok Ok ainda usas uso uso quando quando tá H bom tempo que não é um casaco e assim muito forte é mesmo cas desta asiática só para estilo não quece nada olha gostava de viajar com Olha se for se essa pergunta for com alguém eu gostava muito de viajar com a Marta doran a Marta doran É sim das viagens Sim já passou por aqui sim sim A Marta doran já passou por todo lado sim as boleias da Marta ela é assim a minha inspiração para fazer estas coisas e acho que é uma mulher com com muita garra e isso fascina-me nela é assim Senhor e tem uma alegria de viver muito contagiante não não é super super ouvi-la vê-la é dá vontade de sorrir para a vida sim é verdade é verdade e a vida tem sido Generosa com a Marta e a Marta também tem feito por isso há que reconhecer É verdade olha música Matilde mú que música é que escolheste ah escolhi a viagem do Tiago betancur por alguma razão especial uma sim eh uma uma razão muito especial porque quando eu ainda me debatia sobre seir de gepar era uma coisa que eu ia tomar essa decisão que eu ia mesmo fazer porque eu ia ter de terminar contrato onde eu estava e tinha que terminar a Minha tese e tudo mais fui a um concerto do Tiago pen cur em São João da talha ao pé de onde eu moro e ele tocou todo todo o reportório dele e há alguém que pede no final porque ele diz ah querem que eu toque mais alguma música e alguém que diz toca a viagem e ele tocou a viagem e desde aí essa música acompanhou-me na minha viagem eu não conhecia essa música conhecia nesse concerto e é uma é uma música que me diz muito e que me acompanhou durante mesmo todo este percurso e acho que também me ajudou a tomar esta decisão que realmente é para ir e era era para ir naquela altura parecia que era aquele sinal que eu precisava para dizer sim vamos agora olhei muito rapidamente já recebeste algum sinal eh para voltar a viajar Oi esse eue and à procura deles Tod a andas à procura não porque eu quero sempre ir de viagem sim portanto neste momento eu estou sempre a pensar na próxima viagem aí neste momento estou a trabalhar para poder ir de viagem muito bem boa sorte Obrigada matil foi um gosto obrigado obrigada já a viagem de Tiago beten cur no feixo da conversa do fim do mundo desta semana estamos de regresso deje oito dias ou seja na próxima semana já sabem sejam bons e boas viagens faz essa viagem meu bem que as tuas mãos livres venham chalas que teus os pés descalços ganhem vidas seren em no alívio dessa estrada faz essa viagem meu bem tudo o que se perde ganha asas anjos que caminham lado a lado vozes que nos guiam as palavras [Música] Sea vida seg tempo como folha na corrente vai meu B seg luta for ardente choro riso segue em frente [Música] voltarás um dia também como todos nós que um dia vamos procurando luzes que nos faltam encontrando espaços onde andamos tens essa coragem eu sei de largar as coisas mais amadas descobrir o sítio onde se lavam dores que se querem [Música] descansadas alá vida cha tempo como folha na corrente [Música] vai segue luta fogo ardente chor o riso segue em frente k [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] voltarás um dia eu sei com teus anjos fortes pelo ombro infinito amor em cada asa de braços abertos para casa [Música] [Música]