Vídeo: “O nascer do sol em Varanasi é mágico”

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[Música] [Aplausos] sejam bem-vindos O Viajante desta semana começou a viajar aos 30 anos e hoje aos 68 reformado da indústria petroquímica soma uma bela conta já esteve em quase 50 países viveu em Moçambique durante a infância e adolescência e aqui regressou já duas vezes já andou por todos os continentes excepto a Oceania maravilhou-se com a Muralha da China sentiu-se pequeno em Nova York e acaba de chegar dos balcãs mais concretamente da Albânia e kosovo Olá Carlos Alberto Pereira Olá boa tarde vamos começar por aqui e com que impressão é que ficou de um dos países mais jovens do mundo o kosovo kosovo e surpreendeu-me tranquilo é um país novo supostamente artificial em minha opinião não há muit não há muito consenso diplomático sobre aquele país não é ten ten tem um vizinho a norte complicado sim que não os aceita muito bem a Sérvia a Sérvia e Mas penso que estão fazendo o seu caminho uhum a a viverem essencialmente da da agricultura e do Turismo basicamente foi isso que me que me transpareceu foi é um país apesar de em minha opinião ser artificial sim hã a eh tem tem tem bons ingredientes para atrair um um um turista ou um viajante turista se for pela pelo passado histórico sim se for pelo passado histórico eh porque há uma história de de de passagem de vários impérios e muito sangue não é pronto e depois o o problema anda sempre à volta da da religião a religião a qualquer momento pode espoletar atritos confusões porque aquilo é um caldeirão de de de religiões como são muitos países e entre da Europa de Leste não é enfim e e também por essa Ásia fora o que é que viu no coov cas Alberto O que é que eu vi eu vi um já já agora Quanto quanto tempo esteve no kovo três dias três dias no conjunto de 12 dias e divididos pela Albânia macedónia do Norte eh mas dos três dos três o kovo foi aquele que me chamou mais a atenção h não vi nada de especial vi gente tranquila vi gente tranquila gente disponível gente que quer atrair turistas uhum e que que que procuram seguir o seu caminho essencialmente procuram seguir o seu caminho o seu caminho mas o que o pristina por exemplo é uma é a capital do kosovo é uma diria que é uma cidade europeia de traços europeus ou é uma cidade não tem muitos traços eh eh orientais mas da zona oriental da Europa eh vê-se muita construção ainda do tempo da União Soviética soviético ver se aquelas largas Avenidas não é Muitas igrejas ortodoxas eh essencialmente é um país que salvo erro tem 10 15 anos por aí eh pouco ainda mudou pouco ainda mudou eh mas é como eu digo estão estão a seguir o seu caminho e Albânia gostou gostei pela história dizem que é um país muito jovem é um país jovem jovem na sua demografia Tirana diz que tem uma vida muito intensa Tem sim e Tirana é uma cidade média europeia uma uma uma capital média europeia Uhum que provavelmente entre os fins do governo enver oxa e o e o momento atual deu uma viragem 360º por aí portanto puseram uma uma pedra sim e par e viraram viraram o país do avesso o país do Avesso aham é um país diria que é um país em transição já um país consolidado eu penso que sim penso que é que está consolidado eh Não direi que esqueceram que pequenas conversas e as pessoas não Se Esqueceram Principalmente as que passaram por essa fase Não Se Esqueceram desse período negro e há memórias e eu tenho presente de duas memórias uma delas é o o monumento no ministério da do interior do que era a polícia da época uhum das das malfeitorias que faziam aos cidadãos do controle que exerciam nos cidadãos eh dos castigos que impunham aos cidadãos houve um guia que fez um comentário do género vamos imaginar o pai era preso mas mulher filhos e restante família também eram castigados e também eram deportados aham e depois e perceber e ver observar peças de Museu e imagens e reconstruções de prisões em que aquilo era assustador ou terá sido assustador para para os dias de hoje ou para para a ideia que nós temos de de viver em sociedade nos dias de hoje no fundo uma sociedade livre não é sim no fundo uma cedade livre que não era na altura do do enver roxa e portanto eles fazem têm esse trabalho de reconstituição da memória e de perpetuação da memória para que não se esqueça é um crime que apesar de ser um crime de estado era um crime não é que era atentar contra a liberdade dos dos dos cidadãos não é no fundo sim e e portanto isto isto é na no no museu do Ministério do interior uhum Depois tem é em Tirana não é capital da Albânia Tirana e e depois tem a a praça uhum de a praça principal de Tirana que é onde tudo acontece que ainda tem lá tem um memorial que ainda bem que não foi destruído que é um painel que está em todos os pósters em todas as fotografias em todos os postais eh do que era a lavagem cerebral do do cidadão comum é um painel gigantesco em azulejo que que em parte foi destruído por um terremoto que houve nos anos 60 mas que ainda bem que arquitetos e artistas o reconstruíram uhum pronto isto anda é tudo na na capital depois estivemos numa cidade Zita que tem ligações diárias a Itália que é durres é uma cidade que me foi dado perceber que estão a tentar encaminhar Turismo para lá estão com construção de hotéis praias é uma cidade Costeira não é é uma cidade Costeira no Adriático e acho que muito engraçada tem um anfiteatro do tempo dos Romanos muito muito bonito em termos históricos o anfiteatro é o que terá resistido mas também andaram ali impérios e daram ali civilizações também verdade hum pronto basicamente anda andam a tentar recuperar o seu tempo também a Albânia a Albânia e a maior parte desta Europa de Leste em minha opinião anda a tentar recuperar o o tempo perdido V lá o tempo perdido através de turismo pois Claro em busca se calhar de uma identidade não é em busca de uma identidade porque e de um futuro e de um futuro porque eh deu-me deu-me observei que que por exemplo estão lá os italianos com muita construção civil é um país ali próximo não é tem entre é do outro lado do Adriático do Adriático e deu para perceber que também em termos deste comércio informal lojinhas pequenas estão lá Os turcos Hum e até por afinidades religiosas aham e por interesses económicos também e porque está na está na os balcãs estão na esfera de influência da Turquia da Turquia e a Turquia também os ajuda e pronto e o que o que me chamou a atenção é um trânsito caótico ah na Albânia na Albânia um trânsito caótico caótico porque é muito ou caótico porque eles são muito não são muitos carros muitos carros muito carro é muito carro boas impressões então Apesar apesar disso de da da Albânia do kosovo e também eh presumo que da macedónia do norte macedónia do Norte para mim é o mais eh ao contrário é o menos interessante tem uma capital SC cópia Mas nada de especial é um país que dois dois três dias chega passa a correr e passa-se para outro passa-se para outro muito bem eh cas Alberto Pereira H começou a viajar tarde aos 30 anos tarde quer dizer aos 30 anos sim as preocupações até Essa época eram alguma consolidação em termos de da aquisição da primeira casa Claro em termos fazer pela vida não é sim em termos de do nascimento da única filha que temos e em termos de consolidação financeira por aí eh sim e E porque é que decidiu começar a viajar diga-me viajar viajar não direi que tivesse sido um sonho aham foi um desafio um desafio com um amigo de um amigo de refinaria Uhum que já tinha viajado que fez algo ele é 10 anos mais novo do que eu fez algo que eu não tive possibilidades porque eu quando andei na escola isso não existia que era o interrail Sim e se calhar digo eu na memória dele o Viajar conhecer outros mundos Outras ideias outros objetivos ver porque é que somos diferentes sendo todos iguais e é fascinante não é isso é fascinante e ele já não me lembro exatamente os pormenores mas um dia ou ele me disse ou eu disse-lhe e a primeira saída que eu fiz com ele foi à Tunísia aham e ele e El disse eu vou contigo e ele disse fixe anda comigo porque só entre sozinho e dois é melhor dois pronto a partir daí is foi isso foi em que ano nós estamos a falar 2020 estamos a falar 98 por aí 97 foi o a primeira de muitas e algumas repetições nós ele é um entusiasta eu menos mas também gosto ele é um entusiasta da arqueologia Ah e das fortalezas dos castelos já voltamos várias vezes a Marrocos para ver fortalezas monumentos e ligados à arqueologia e vestígios portugueses na costa a Tunísia é Idêntica não é a Tunísia em termos de vestígios Romanos anfiteatros muito bem preservados um deles é L Jam um pouco um pouco a sul de tunis e depois organizamos nós trabalhamos sempre por turnos e organizamos sempre em Fun S dos turnos e dos períodos em que na Europa era aquilo que consideramos um pouco período baixo uhum época baixa não é época baixa e nós adaptável [Música] basicamente isso ok a diria diria que dos sítios todos dos países que todos onde já andou e onde é que tratam melhor os vestígios e Roman do Império Romano à cabeça Itália não é sim embora eu não não não conheço o único vestígio Romano que eu conheço em Itália É só o Coliseu o Coliseu não conheço mais mas pronto conheço o mais importante mas maltratado agora agora por um turista viu um um que escreveu o nome lá na Enfim uma Ton há sempre há sempre gente que quer aposta aos melhores disparados não é que quer que quer ser conhecida pelos piores motivos não é mas e dos dois países aqui do norte da África ambos o ambas as os vestígios eh próprios de outras civilizações até Como Nossos em Marrocos em mogador por exemplo ainda no ano passado estivemos em mogador a ver os canhões do século XV x da época portuguesa da época dos descobrimentos uhum e estavam muito bem preservados independentemente de termos visto placas em que diziam algo do género Don nativos da fundação gol benken mas pronto isso não invalida que eles preservem a sua memória a sua história hum portanto isto norte da África depois há outros há relativamente ao nosso antigo Império o a fortaleza da antiga Lourenço Marques hoje Maputo está muito bem preservada o o Vasco da Gama que na época do antigo ultramar português estava em quase todas as médias e grandes cidades pelo menos as estátuas do Vasco da Gama que estão na Fortaleza estão preservadas ao contrário daquilo que eu vi em Sant Tomé que os canhões das das naus portuguesas estão vandalizados eh deixou-me triste mas pronto vale o que vale às vezes não tratamos da nossa memória ou os outros também por motivos que nos levavam para uma longa conversa também não nos tratam bem mas mas há mas há quem faça o trabalho bem por nós não é ainda bem olhe tem dado pelo mundo inteiro mais de 50 países ou cerca de 50 países hum de tudo o que viu Eh terá sido a Muralha da China aquilo que o deixou assim de queij caído sim Carlos Alberto foi a Muralha da China e basicamente a Muralha da China mas houve há mais dois ou três então fá diga h faça-nos viajar Vamos embora é para isso que aqui está a Muralha da China é o único Suponho que sabe é o único monumento e que se vê do espaço é verdade não há mais nenhum um monumento que se veja do espaço para a época mongol Aquilo é da época mongol para os chineses se defenderem do dos Mongóis Deve ter sido algo que hoje a nossa imaginação com a tecnologia que temos com a as o equipamento que temos para construção e perceber que o que é que aquela gente fez à mão é verdade os recursos que eles tiveram de movimentar para Construir aquela aquela coisa gig aquela linha defensiva gigantesca não é gigantesca eh e quando e é é curioso porque nós quando olhamos para os muros que hoje se erguem por aí pelo mundo uhum eh apesar de toda a tecnologia e dos recursos que podemos aplicar sim eh está muito longe da dimensão daquilo que sim sim Aquilo é qualquer coisa para a inteligência humana em minha opinião é qualquer coisa de espantoso é qualquer coisa de espantoso eu eu não é comparável porque se disser que é comparável é comparável num patamar superior Uhum mas a civilização queem que também tive a oportunidade de ver no cambodja também é qualquer coisa e de outro patamar dizer como é que no século X 1 por aí como é que esta gente construiu isto com os recursos manuais é qualquer coisa de espantoso o a civilização queem que quando quando caiu a selva tapou tudo e até eu não posso precisar os anos mas talvez início século XX por aí quando alguém viu algo espantoso em termos de construção e começou a desv estar a selva mas depois e a perceber que havia ali um tesouro histórico não é e mas depois voltamos eh voltamos sempre aos recursos financeiros e aquilo é uma vegetação que em num curto espaço de tempo cobre tudo e se não tiver manutenção permanente as lianas florestas úmidas não é as florestas dão tomam conta de tudo tomam conta de tudo colonizam tudo cas Alberto estamos a chegar aqui ao final da primeira parte Vamos abrir o álbum de viagem [Música] Qual é o objeto que trouxe das suas viagens e que encerra uma história especial vamos lá o objeto mais mais interessante em mim para mim que eu trouxe foi a máscara de tuton camon Ah boa é comprou no Egito comprei no Cairo no no museu no museu desculpe no mercado mais antigo do mundo o El calile que é no perto de uma da famosa da praça tarir onde há relativamente Poucos Anos houve o início de uma revolução exato o o mercado do El calili começa aí é um mercado muito grande não não direi muito grande há provavelmente haverá maiores Mas é para a dimensão da cidade do Cairo é que é uma cidade gigantesca não é aí 20 milhões de pessoas mas que provavelmente terá muitos marcados mas esse será um dos mais famosos é onde para onde encaminham os turistas V lá porque também relativamente perto fica o museu do Cairo e fica aquilo é a concentração do Museu do Cairo do mercado do El calili e de um café que dizem que é dos mais antigos do mundo é um café todo espelhado também com relógios muito antigos pronto faz parte faz parte doir dos roteiros muito bem final da primeira parte regressamos depois de uma curta pausa até já [Música] [Música] estamos de regresso é a segunda parte das conversas do fim do mundo esta semana com O Viajante Carlos Alberto Pereira que já esteve em cerca de 50 países Carlos Alberto já tivemos a oportunidade na primeira parte de falar um bocadinho do seu percurso porque é que quando é que começou a viajar interessa-se pelos vestígios do Império Romano h o Carlos Alberto viveu a sua infância e a sua adolescência em Moçambique regressou lá depois de ter voltado como se dizia antigamente à petrópole que país foi encontrar é muito diferente muito diferente Talvez para pior hum infelizmente não estará contaminado pelas boas memórias que a adolescência nos deixa Carlos Alberto acho que não visto visto friamente acho que não porque pronto os recursos financeiros são escassos uhum e saíram de uma guerra connosco de 13 anos meteram-se numa guerra que a seguir ou quase a seguir que durou quase 25 anos e isso delapidação [Música] uhum eh que deixa-se deixa-se comelas deixa-se comelas porque eh as eleições acusam-se uns aos outros de serem fraudulentas e mas é um país que é um país que Moçambique é um país sente ou não que está a caminho da pacificação sim sim mas panto está a trilhar o seu caminho e curando enfim na medida do possível as feridas do passado ou não sente isso senti isso H sim sim eh porque eh a guerra deixa sempre marcas Claro a guerra deixa sempre marcas e e é muito embora eu conheça Moçambique a zona eh marítima quase todas as principais cidades eu conheço e conheço duas ou três do interior mas eh as duas vezes ou das duas vezes que lá voltei praticamente estão concentrados os recursos financeiros vá lá estão concentrados na capital Hum que é aonde há onde tudo funciona o resto do país vai vivendo vai vivendo mas é um país Bonito não é sim principalmente tem um eu não conheço mas sei que o Parque Nacional da gorongosa pois era isso que ia perguntar é espantoso se calhar ao nível do do kuger Parque que esse Eu o conheço Ah boa h na vizinha África do Sul sim não direi que é muito longe não direi isso independentemente de ser muito longe é mais fácil a partir da antiga Lourenço Marques é mais fácil ir ao kuger parque que são 3 horas de Jeep uhum do que ir ao ao gorongosa parque porque implica viagens de avião e implica portanto uma viagem de avião da antiga Lourenço Marques para a beira e depois se calhar de gip digo eu se calhar 5 6 7 horas até chegar ao ao Kruger Parque digo eu Ok então Kruger Park eh viu viu os Big five os Big five viu vi eh é algo que mas viu viu viu viu ou teve de meter uns binóculos relativamente perto portanto aquilo são uns autocarros de caixa sente jadil sim e que saem eh ao nascer do sol e que vão ver os animais a começarem a atividade deles que é a beber eh portanto com a exceção dos crocodilos que é o segundo passeio é ao fim da tarde que é eles passam o dia ao sol eh porque aquilo são animais de Sangue Frio e precisam de sol uhum H mas a temperatura é de tal maneira alta que os passeios para ver os crocodilos são ao fim da tarde quando eles vão beber ou quando eles vão para a água os outros ao nascer do sol que é leões elefantes búfalos e leopardos é ao nascer do sol quando eles começam a beber e viu-os a todos Sim e as girafas também e E o que e o que o que é que o que é que sentiu é sermos pequenos a ver sermos pequenos e provavelmente perceber que está ali um animal que é perigoso Uhum mas no parque ele se eu não vou arriscar dizendo que se pode tocar Não vou arriscar porque os guardas que que nos guiam estão armados sim por questões de segurança estão armados mas não têm que lutar uns com os outros para sobreviver há locais em que os animais habituar sem que tem comida Hum e portanto os animais estão ali fundamentalmente para serem vistos e serem fotografados Mas apesar disso apesar disso eh não deixa de ser uma imagem muito bonita muito bonita Dizem que o pô do sol na Savana é ou o nascer do sol na Savana eh é o mais bonito é sim talvez é vi viu o nascer e o pô o o o pô sim sim dizer que sim quando regressamos ao segundo passeio para ver os crocodilos vê-se o pô do sol e sim o nascer do sol em Moçambique mas também há outros locais em que o nascer do sol é é mágico posso dizer que varanasi na Índia é mágico é mágico também é mágico pelo enquadramento é mágico pelo enquadramento ali o ganj não é e e ver aquelas cerimónias osas Que Nós não entendemos mas que para eles aquilo é um cerimonial quando diz aquelas cerimónias religiosas a cremação deação a cremação as e não só e aqui em Portugal chama-se procissão eles também têm uma espécie de uma procissão não sei exatamente que nome dão a isso mas o respeito vá lá o respeito entre eles e o turista também está lá para os respeitar perante as as crenças e as suas cerimónias pronto e é é algo é algo de de outro patamar ol lá uhum eh conseguiu compreender ou não talvez não porque eu não gosto de de assuntos relacionados com religião eu não não sou adepto não sou fã respeito vejo mas estarem ali a cramaro me levar para um uma imagem que nós Portugueses e se calhar na Europa e se calhar noutros países hoje por motivos vários por falta de espaço e por questões de higiene também estamos a cremar os nossos mortos uhum sim mas nós cramos com algumas regras não é lá em Piras de madeira nas margens do ganos ex à vista de todos o que é o que chegou a ver isso essa corpos mesmo ali à sua frente a serem cremados corpos não vi porque eles estão estão embrulhados mas depois vejo as Piras a arder e as cerimónias da reza ali à à volta e isso se me toca toca um bocadinho mas tenho o que ultrapassar dedu que devemos ser confronto eu não vi e mas dedu que devemos ser confrontados assim com a nossa finitude não é sim sim tá ali um ser semelhante a quem é natureza enfim é provocada não é mas a quem é natureza põe fim à sua existência na terra Isto é é Deve ser duro de ver Carlos Alberto é é é pensarmos que que andamos aqui de passagem é pensarmos que que estamos cá todos nós passagem ninguém ninguém está cá para sempre e aproveitar ao máximo não é sim e aproveitar ao máximo e as viagens dão para isso dá dá para isso dá para ver algo que que Nós pensamos que não existe mas existe e no no bom e no mau sentido no bom e no mau sentido Dá para ver que somos todos iguais uns com mais oportunidades outros com menos oportunidades eh e dá e dá para ver que seremos todos iguais não é seremos todos iguais não não Teremos todos as mesmas oportunidades Mas seremos todos iguais porque a mim faz-me alguma uma confusão voltando um pouco atrás na conversa em relação a Moçambique e só para falar de Moçambique nem vou falar de outros que também Vi os contrastes idênticos ou até hum superiores é perceber que há há relativamente Poucos Anos apareceu gás e petróleo em Moçambique e que por motivos que eu não sei explicar mas que estão todos Associados aos Senhores da Guerra eh Moçambique não consegue andar para a frente hum por causa de de da guerra e por causa do terrorismo e porque as empresas que querem investir têm receio e por no fundo é a história da humanidade não é a ganância é um dos sete pecados Mortais não é não é um infelizmente não é um exclusivo de Moçambique Carlos Alberto masis não não não é um local que eu conheço a a zona norte de Moçambique onde apareceu gás e petróleo eu sim e e tenho muita pena que um país Um país que podia resolver o seu problema económico uhum e não resolve por causa de do terrorismo é assim a vida nós não vamos mudar o mundo não não podemos alertar os outros para a necessidade de mudar Enfim fazer o nosso o nos melor nos o nosso pequeno contributo olha Arménia gostou porquê por causa das montanhas e por causa dos por causa dos H dos templos religiosos por causa do silêncio é a Arménia tira a capital é uma capital eh Normal também para os padrões europeus é uma cidade uma cidade média uma cidade média não uma capital média europeia Não não é gigantesca mas H andar na Arménia é pelos templos e por gente que que passa a sua vida na montanha a meditar e provavelmente a dedicar-se aos outros e pronto e e e e os vestígios da da da da religião cristá que tanto quanto eu sei começou por por por aí começou por aí uhum teve oportunidade de ir só à capital ou estivemos na capital e estiv e tivemos em pequenitas cidades de cujo nome não tenho presente mas como aquilo ainda não está muito desenvolvido o regressámos sempre para dormir na capital erevan erevanum erevan Mas sinceramente não tenho presente os nomes dos pequenitos locais sei sei mas teve a oportunidade de de conhecer um bocadinho do país não é um bocadinho sim um bocadinho aquela zona da Ásia Central Aquilo é incrível não é aliás o o mundo é todo incrível o mundo é todo incrível o mundo é todo incrível e depois deparam-se noos situações e civilizações e histórias que nós aqui neste pequeno canto dizemos nós não há há mais mundo para Além Deste Mundo É verdade e e também partilha da opinião quanto mais vemos lá fora mais achamos que na verdade esta coisa dos portugueses terem muita bazófia É mesmo verdade não é é capaz de ser um pouco isso capaz de ser não não invalida que na na história Sim nós nós na história da humanidade não tnhamos tido o nosso papel e nos descobrimentos seguramente Sim Sim nós mas há mas há países também desempenharam um papel importante no passado e sim e sobre os quais nós sabemos muito pouco não é nós não nós tivemos a tivemos e temos quando digo países digo mais povos povos do que países não é porque a maior parte dos países nessa zona enfim S países recentes nós temos a sorte de geograficamente estarmos localizados Aonde estamos que é numa ponta numa ponta do mundo em que temos acesso marítimo a todo o lado uma ponta tranquila uma ponta tranquila e e se calhar foi por caus se calhar não tenho a certeza o mar eh abriu-nos os horizontes que nos abriu tivemos tivemos o nosso período Áureo e os outros tiveram os seus períodos aurios por causa das civilizações porque foram atravessados uhum porque criaram raízes esses Esses povos e mas tudo tudo foi finito como o nosso império foi finito eh portanto eles e melhor pior são iguais a nós e fizeram fizeram as mesmas coisas boas e fizeram as mesmas asneiras que nós fizemos não é porque criar um império e por motivos vários depois abandoná-lo uhum eh eu não direia que nós fizemos iguais porque nós preservá-los mais melhor pior preservá-los até há 50 anos atrás eh com com a exceção do Brasil e com a exceção da Índia ficamos sem o Brasil e ficamos sem a Índia eh Há mais anos Uhum mas H eh tivemos o nosso período Claro que sim não podemos apagar a nossa história nem a nossa memória Isto é o que eu penso não podemos apagar claro que sim claro que sim estamos a chegar ao fim sim vamos fazer checkout [Música] sim vou pedir-lhe para completar as seguintes frases na minha mala vai sempre o que é que não falha vai sempre um livreto Ah é um livreto mas leva Livres sobre o país ou hum às vezes não às vezes não um livreto só para à noite estar um bocadito para adormecer e chamar o sono e levar um cadern para dois ou três apontamentos uhum O que é que lê mais ensaio romance são livretos de do dos próprios países e e livres de viagens livres de eu principalmente os livros que compro são livros relacionados com a a parte arqueológica e a parte monumental desses países não quer dizer que não compro um ou outro Uhum que não tenha nada a ver com isso e isto portanto Isto é a parte dos livros dos países tirando os livros dos países eu gosto de de ler tudo o que esteja relacionado com a nossa o o nosso antigo ultramar mas pronto é um tema é um tema é que lhe é querido a viagem com mais peripécias que realizei até hoje qual é que foi a viagem com mais periv é assim eu vou dizer que que foi na Síria na Síria na Síria e e antes da guerra civil Sim nós estivemos lá em 2008 no ano anterior ao início da guerra guerra salvo foi em 2009 o início Gu nós tivemos lá em 2008 país Fantástico não é sim uma dor de alma sim e um legado histórico brutal não é imenso e Mas o que aconteceu para haver tantas para ser a viagem com mais peripécia nada de especial mas é assim provavelmente eu às vezes penso nisso provavelmente serei dos poucos ocidentais Uhum que não tive nenhum acidente mas fiquei doente na Síria na Síria e que o guia ao contrário do que é habitual nós íamos fazer uma viagem para Homs e o guia a cidade natal dele é tartus e nós estávamos com um guia mas mais não estávamos enquadrados com mais ninguém estávamos por nossa conta e o guia fez um desvio para a cidade dele a cidade natal dele uhum eh porque eu comecei a ficar doente e ele disse-me olha a minha mulher é médica e vou-te levar para para a minha casa ah uau e e o a peripécia é o o eu achar por aquilo que conheço que dificilmente um árabe deixa um estrangeiro em casa que não o conhece conhece-o de há poucos dias sim com a mulher dele Apesar apesar de eu estar doente sim e a mulher dele apesar de ser médica não é comum e não é normal um árabe eh permitir o acesso à casa dele e e o ele sair com o outro meu amigo que foram dar um passeio por e deixá-lo em casa em casa dele com a mulher dele mas foi tratado sim sim foi trado ótimo o carimo de passaporte ou viste mais difícil de obter até hoje não tenho nenhum e eh o que o que eu acho mais piada é o carimbo do cambodja que está escrito à mão é isso que me chama a atenção ai foi o funcionário que escreveu lá escreveu à mão é isso portanto todos os outros são portanto podia ter podia ter sido podia ter sido um amigo ou alguém Ah sim mas acho muita piada por ter sido à mão m é só isso a recordação de viagem mais cara a recordação de viagem mais cara terá sido o próprio já falei a máscara Toon comão Aham isso foi coisa para custar Quanto pode revelar 15 € por aí Ah 15 € nada nada de especial nada de especial a refeição mais estranha Qual foi eu não tenho refeições estranhas porque eu eh sou muito reservado em questões alimentares e eu não pego em nada deles não tenho nenhum preconceito mas não me quero sujeitar a ficar doente facilmente doente que fica-se facilmente doente portanto comida de Rua Água das fontes não nada disso só pego eu só pego em frango se houver e se não houver eu antes Prefiro não comer muito bem gostava de viajar com gostava de viajar com o Vasco da Gama Ah o Vasco da Gama foi Comandante de de quatro Naus que for saíram aqui de Lisboa do caix das colunas uhum ou perto do Caio das colunas em direção à à Índia e ele comandou quatro Caravelas ele comandava a São Gabriel e acho que deve ter sido qualquer coisa uma verdadeira epopeia não é de uma epopeia e portanto ao lado de um homem daqueles eu gostava de ter ido pois as as viagens doje comparadas com as viagens daquelas daquela Exatamente são brincadeiras são porque o a noção de partir para o desconhecido era era era aquilo não é era aquilo por acaso hoje não hoje é tudo fácil não é hoje já sabemos ao que vamos sim já sabemos até a fotografia que vamos fazer não é É verdade infeliz felizmente ou infelizmente enfim depende da da coisas nos surpreendem É verdade só somos surpreendidos Se quisermos vamos lá Carlos Alberto chegamos ao fim sim qual foi a música ora essa falta a música que música é que trouxe para fechar o programa Diga lá o o elcor pasa deu uma recordação de quando estive em Machu pichu sentado num Terraço ou num muro a ver os condores é incrível não é sim então El Condor passa de Simon and Garfunkel não é sim boa escolha muito obrigado Carlos Alberto foi um gosto Igualmente e obrigado eu Simon Edgar funel a fechar a conversa do fim do mundo desta semana já sabem estamos de regresso deje o8 dias sejam bons e boas viagens [Música] Yes I would if I could i [Música] w rather be a ham than na Yes I would If I that’s [Música] a like a SW Man ti up to the he the [Música] [Música] i’ rather be a Forest th a Street Yes I would if I could I sur [Música] would Feel the my feet Yes I would If I only could [Música] [Música] [Música] h e [Música]