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[Música] [Aplausos] sejam bem-vindos no programa de hoje vamos ao mar profundo é esse imenso desconhecido que tem ocupado o tempo da nossa viajante há cerca de 20 anos em expedições em alto mar e na recolha de amostras do fundo dos oceanos já viveu em vários países já mergulhou em muitos do nosso planeta inclusive é já foi aos 6500 m de profundidade é bióloga faz investigação sobre os Fundos marítimos tem um projeto de investigação em curso na Ilha de Santo Antão em Cabo Verde que belezas se escondem nessas águas nessas e nas do resto do mundo Teresa Amaro bem-vinda às conversas do fim do mundo olá muito obrigada pelo convite posso duzir que és uma grande apaixonada pelo mar certo certo quão apaixonado TR acho que bastante senão senão não passava não tinha passado estes últimos 20 e tal anos ah de país em país quase de mexê-la à costas só para estudar o mar uhum ou nesse caso o oceano só para estudar o mar mas uma parte particular do nosso mar que é aquele mar que ninguém vê exato nem os nossos olhos exatamente só máquinas não é s ex é o chamado mar profundo que ISO do mar profundo é tudo aquilo que existe abaixo dos 200 50 200 a 250 m ou seja 200 m até às fossas Marianas não é até às profundidades das Fas Marianas que é aos 11.000 M 11 Km lá para baixo não é ex é partir mais ou menos dos 200 m já não há luz ou há ainda há não íos é escuro aí é escuro sim sim sim eu quando estive no submarino no no Pacífico com os japoneses a partir dos 80 90 m a luz já já era bastante reduzida mas depende onde é que uma pessoa está claro quando dizes quando estive no submarino com os japoneses estás a falar do dsv shinkai 6 6500 certo uma ligeira correção não não fui aos 6500 M não fui aos 5200 5200 sim mesmo assim sim foram O que é que se vê aos 5200 m de profundidade no mar ah no local onde eu estava bastantes coisas porque eu fui fazer uma experiência em sito em que nós queríamos investigar se existissem mudanças climáticas lá em baixo no oceano profundo ya há mas nós queríamos provar Exatamente isso se existirem O que é que poderá acontecer ao ecossistema e foi por isso que nós fomos a essas profundidades não usamos vá os rovs usamos porque os japoneses gostam muito de usar o submarino e ainda bem e h e eu tive a oportunidade de ir dentro do submarino E durante 8 horas de viagem que foram 2 hor me0 para baixo 2 horas me0 para cima o resto a a fazer o nosso trabalho tive a oportunidade de fazer a experiência que foi pronto muito muito boa mas para dizer que o coração acelera não acelera não não acho que estava mais entusiasmada com o fato de estar dentro do submarino do que do que o perigo que prov quando é que isso aconteceu quando é que se deu tens no 2013 2014 sim mas para chegar a a ter essa oportunidade Foi bastante complicado porque os os japoneses primeiro foi uma expedição que eu tive com com eles que da Nova Zelândia até ao Japão Uhum E eu entrei a bordo do navio japonês e onde fiquei durante se semanas e fiz aquela toda essa parte da Nova Zelândia até a Japão E ao entrar para o navio vi o shinkai e a primeira coisa que que eu disse para mim próprio foi quero e fui ter com o o idaca e na realidade durante seis semanas hum eh tentei convencer a dizer eu quero muito ir lá dentro uhum a fazer o nosso trabalho e o que é que eu tenho que fazer e e ele disse que naquela viagem não poderia ser porque não estava planeado e e os japoneses são muito se não é de acordo com o plano de trabalhos não pode ser não há improvisos para eles não e e um à parte eu quando estava nas fossas Marianas eu ocorreram muitas ideias para fazer trabalho lá em baixo e como não estava de acordo com o plano não pude fazer nada e isto cortou-me o coração pois Imagino que é o local mais profundo do planeta não é sim sim sim e eu tinha mesmo muitas ideias mas não estava de acordo com o plano hum não deu para fazer então quando cheguei a terra e como eu tive que ir ao Japão e nesta nestas expedições com eles eh eu tive que ir ao Japão três quatro vezes Ah então eu perguntei-lhe o que é que eu tenho que fazer e eh ele tentou me dissuadir a ideia mas eu quando quero uma coisa vou conseguiste vou sim para para para para se mergulhar estas profundidades 5000 e 200 m é preciso fazer um curso de preparação não não não aquilo que ele me disse é que eu tinha que aprender a falar japonês eu acho que quando ele me disse tens que aprender a falar japonês acho que era uma pronto uma uma ideia que ele teve para eu não ir hum para te mover pronto mas não conseguiu porque assim que ele me disse que a única coisa que eu tinha que fazer era aprender japonês eu naquela altura estava na Grécia estava a viver em Creta uhum vim para Portugal ri uma professora de japonês durante um mês e dediquei-me ao estudo japonês em que lhe disse eu não quero aprender a ler nem escrever só quero aprender a falar e a compreender as pessoas sim e conseguiste sim só que me esqueci de só sei dizer Muitíssimo obrigada a meu nome é Ah então diz diz lá diz lá diz lá eu não faço ideia mas ded que tenhas perguntado como é que eu me chamo não eu eu adorei aprender japonês e só que o meu cérebro deu um nó porque eu como estava a viver em Creta Uhum eu naquela altura estava a aprender a falar grego e quando comecei a aprender a falar japonês e regressei à Grécia comecei a fazer variações do grego japonês já não sabia o que é que era o que era decidi dar um descanso Sé muito bem então mas aprendeste o suficiente para convencer o era o dono o comandante do Nav Era sim o o h coordenador da exp coordenador da expedição a mergulhar no tal dsv shinai 6500 O submergível que é capaz de levar seres humanos até aos 6.500 tu foste aos 5200 C Hum falavas E que a ideia era perceber como é que as alterações climáticas eh estão ou que poderiam ou poderiam ou ainda não chegou manifestar-se no mar profundo manifestam-se sim mas mas é assim ainda não estão a manifestar Mas a nossa hipótese era se se manifestarem o que é que poderá acontecer ah ok pronto e foi um foi um bocadinho por aí E a viagem Foi incrível Porque eu tive que ser pesada tive que ver o que é que eu tinha o que é que levava comigo eu levei o meu telefone e a minha lista no Spotify de de umas amigas minhas que por acaso eram DJs na altura uhum eh e levei também as minhas cábulas do japonês para poder falar com o piloto e o copiloto Hum e portanto vão três pessoas a Bordo é isso sim sim tu e mais duas sim o piloto e o copiloto pil at só uma coisa corre mal é se o piloto e o copiloto falecerem sou eu que sou em comando Pronto foi essa parte sim ensinaram-me em japonês inglês o que é que eu teria que fazer em caso de eh mais nada e a única coisa que eu tive que fazer era quando chegamos aos 5200 M fazer o nosso trabalho e dar indicações ao piloto ah do que fazer Uhum Então o que é que tu foste lá fazer então é assim eu tive eu eu fiz mimique não H fiz de conta não não eu fiz de conta que lá em baixo em vez de existirem por exemplo As algas iam existir só bactérias e se existissem só bactérias seob bactérias O que é que iria O que é que iria acontecer hum eh a nível do ecossistema a nível de todos os organismos se haviam manifestações Se não haviam se havia a a extinção destes animais Qual era destes animais não destes organismos O que é que iria acontecer no todo pronto e então nós tínhamos umas Ass cérium marcadas com isótopos eh isto estáveis isto é um bocadinho já científico e e nós queríamos saber durante sete semanas porque primeiro fomos lá introduzimos estas cianobactérias marcadas não é e as eh alguas marcadas também deixamos a acontecer e depois passado sete semanas voltamos e recolhemos as amostras não só de organismos ou seja dos animaizinhos que existem no sedimento que vivem dentro mas também em fora eh como por exemplo as holoturias porque eu estudava muito holoturias ou seja os pepinos do mar de grandes profundidades eh O que é que iria pronto acontecer chegar a alguma conclusão sim eh chegamos à conclusão que na realidade o ecossistema tal como à superfície vai mudar completamente caso isto se manifeste pronto e h e usei as as alaturi também para para que me ajudassem a perceber o que é que iria acontecer muito bem Já percebemos que tens uma grande paixão pelo mar aliás confesse Logo no início do programa olha essa paixão já te levou onde Teresa a todo o lado a todo não a já já mergulhasse em todos os oceanos é Sim estamos agora a falar de mergulhar com garrafa e Rib brider ou mergulhar no submarino tu não compliques não então vá com submarinos com submarinos não com submarinos só foi mesmo no Pacífico uhum ah em relação ao mergulho porque eu também sou mergulhadora S ah já mergulhei acho que praticamente em todos os oceanos e alguns Mares sim porque eu aquilo que que eu faço é quando eu dou uma palestra uhum num sítio qualquer do mundo se esse sítio for apelativo eu levo o meu equipamento todo e e e pronto e é por isso que eu já mergulhei também em em sítios tipo a Nova Zelândia que também já lá foi ah e qual foi o sítio assim que te deixou mais e se calhar deslumbrada se calhar Cabo Verde e o Egito no passado porque o Egito porque por causa de pronto do encontro que eu tive tubarões martelo que são que é o meu animal preferido é é é porquê não sei explicar só sei que quando eu o vi pela primeira vez apaixonei-me pelo animal Ok há há tubarões martelo no no Egito é isso sim sim há há em todo lado em todo lado aqui em Portugal também há não é aliás até ali que até aqui na Foz do Tejo não é é isso não sei Tom Maris martelo aqui pequeninos Ok não vou dizer que sim nem que a lar de Cascais Por aí deve estar confundido se calhar esqueçam isto ouves se calhar tubarão azul não não não não não não não não era azul não era azul bom mas há tubarões martelo e são bichos grandes ou sim sim sim sim eu no no eip quant 2 m 2 m 2 m e tal sim ia dizer 30 30 cm não era 30 m isso não não eu no Egito tava tava com uns amigos meus numa viagem ah organizada pela minha escola naquela altura escola mergulho do Norte e e de repente eu eu tinha falado muito com o guia a dizer-lhe eu sei que H tues martelo e eu quero ver foi a semana toda assim até que o guia veio ter comigo eh e disse é hoje e e deu-me uma oportunidade de escolher ou vais para o rif não é o Recife e a oportunidade aquilo a hipótese de ver tubarões é mínima mas se não os vires pelo menos tens o Recife ou vais para a coluna d’água a hipótese de ver nada é muito grande mas ah aumenta ligeiramente a hipótese ver tues martelo e eu disse colona de água o que é que é uma colona de água desculpa é é não vês não não vês a Terra é é mesmo não vês o fundo do mar ah ok e portanto é o imenso Azul certo só água não é sim é lind lindo é aquele para mim chama-me lá para baixo eu não sei explicar também ah é como sente-se aquele a atração do precipício sim sim é lindo de me sim e então nós fomos estávamos mais ou menos aos 32 33 M uhum e de repente vejo o guia todo entusiasmado porque acho que eu peguei o entusiasmo a chamar-me a dizer que havia tões martelo e nós mergulhamos acho que foi até aos 37 mais ou menos Ok e e vimos uma acho que foram cerca de 25 tubarões martelo ali à nossa b e foi lindo demais desculpa a ignorância o tubarão martelo é carnívoro é É mas não come homens não mas pode comer mulheres certo mas não não isso é isso é influências do do filme do stev Spielberg e isso é um mito po obviamente que o tubarão é um Predador certo uhum mas tal como todos os perdedores Se se sentir ameaçado obviamente que pode tacar não é mas um cão e um gato também pois é é igual igs num hab pois mas estás em habital não vou dizer hostil mas não oão não natural não é não é o teu ambiente natural o mar certo é quase é quase não mas um um cão é igual e um gato é igual sim é verdade olha mas calhar S um bocadinho maiores certo o que é que o que é que sentiste na altura que viste pela primeira vez um tuão martelo quero ir atrás querias ir atrás dele certo sim sim atrás deles que foram 25 sim e desde então tuor martelo nunca mais vi assim nessa quantidade ah depois fui ao Faial Ah e com o Norberto vi tubarões azuis uhum e estive cerca de 2 horas acho eu a com 13 tubarões azuis ali à volta e foi lindo demais e agora em Cabo Verde foi o tubarão baleia ah em que estava com o Ricardo que é o dono de uma escola em Santo Antão estávamos a a tentar pronto fazer um mergulho um bocadinho mais profundo e de repente quando nós estávamos naquela de cair dos 37 para lá para baixo ah vimos uma sombra enorme e olhamos um para outro tipo o que é que é aquilo Uhum E era um tubarão baleia e foi uma coisa também Alucinante de ver tão perto é assustador não é porque por Não não é é só lindo é só lindo não mas nós estamos a falar de um animal já tem tem uma dimensão já considerável tubarão baleia tem tamanho se 7 8it 10 mais pode ter mais sim é aquele assim meio achatado malhado não é como pintas sim sim mas que come planton tá bem mas é uma coisa gigante não é sim e nós somos assim umas coisinhas eu acho mais perigoso uma gaivota do que um tubarão uma Gaivota por exemplo no porto da cidade onde eu vho são froses não é também já tive uma experiência ali no ao pé de do Palácio de Cristal são loucas não são e veem comer e até no Japão por acaso fui atacada ou quase atacada por uma águia porque estava a comer e estava a descer uma uma mon já nem sei muito bem aonde e de repente eu só vejo a águia à minha frente porquê tive muita sorte porque estava a comer uma Sante qualquer coisa sim e no momento em que eu meti a boca a águia passou ou seja mais um segundo que levava a mão e a s provavelmente e os Japoneses atrás de mim estavam aje bem arar e eu guardei a s e coloquei na mochila Só voltei a comer no comboio portanto não há nenhum animal aquático dos mares que te assuste G votas só G votas sim mas é sim boa não mas dentro da água nada não não OK não pronto mulher corajosa Olha tresa estamos a chegar ao final da primeira parte Vamos abrir o álbum de [Música] viagem Há algum objeto que tu guardes e em casa e que tenhas trazido das tuas expedições mergulhos por esse mar profundo Qual é sim é um bocado nerd daquilo que eu vou falar mas eh quando eu fui aos 5.000 M aos 5200 M eu queria me lembrar eh visualmente do acontecido então Eh no no no barco Bá no navio onde eu estive haviam aqueles copos da esferovite Uhum que eh devido à pressão se nós colocarmos de Fora quer do rov quer do submarino é uma prática deente istas aquilo devido à pressão encolhe Uhum Então o copo era mais ou menos desta desta da da altura de um copo Bá de beber aqui dos dos vossos das vossas instalações seis dedos de altura certo e então aquilo que nós fizemos aquilo que eu fiz foi desenhar À Volta do copo o shinkai tubarão eu estive em inglês aos 5200 m colori e pus pedi aos japoneses obviamente para colocar de fora do submarino não é porque o submarino tem os braços né com que nós trabalhamos e o copo foi num num pronto fora quando cheguei obviamente que o copo veio super reduzido sim e e isto é um objeto não é que eu tenho em minha casa e e e que guardo com todo gosto não é testemunha a prão exercida por 5200 m de água ya em em cima de um copo que é incrível Não é esse é um objeto que guarda com muito carinho um bocado nerd eu sei não é nada não é nada não é nada não é nada estamos à conversa com Teresa amar o bióloga Marinha fazemos aqui uma curta pausa regressamos já a seguir vamos a Cabo [Música] [Aplausos] [Música] Verde que era um grupo de gente completamente à margem e todos ra esta é operação papagaio o plan mais louco Dee para derar Salazar pirata declarando fim do fascism esperando uma revolu uma série para ouvirem se episdios faz parte dos podcast Plus dosador narrada por mim Miguel Guilherme comor original [Música] [Música] segunda parte das conversas do fim do mundo esta semana com a bióloga Marinha Teresa Amaro especializada em mergulho de profundidade a Teresa já mergulhou em imensos locais do planeta em todos os oceanos e em alguns Mares já foi aos 5200 metros de profundidade e vai partilhar a sua experiência publicamente nas diving talks organizadas pelo Portal Dive no próximo fim de semana no Museu da Marinha em Lisboa Teresa tens um em curso um projeto de investigação na Ilha de Santo Antão em Cabo Verde queria que me falasse deste Mar ao Largo deste arquipélago que na primeira parte dizias que era um dos sítios mais bonitos onde já mergulhasse Isto é Sim isto é em 2017 acho eu eu fui pela primeira vez a Cabo Verde fui mergulhar em Santo Antão e achei aquil merulo sim sim desculpa e achei aquilo incrível incrível porquê porque havia muitos corais corais negros havia muitas espécies diferentes de peixes a visibilidade era incrível se eu comparar por exemplo com a visibilidade do porto que às vezes vou mergulhar ao submarino aos 30 m e não vejo o submarino por isso é uma possibilidade incrível vais mergulhar ao submarino há lá um submarino fundeado Porto sim sim na Segunda Guerra Mundial que é também incrível eh mas e a água também está dependente obviamente da altura Em que em que nós vamos a 26º mais ou menos entre 24 25 26º lá lá em Cabo Verde em Cabo Verde em Santo Antão no porto e isso é impossível Porto não 15 13 um bocadinho diferente H E aquele aquele mar aquele oceano vá ah se que é oceano Atlântico sim e apaixonou pela sua beleza mas em 2018 os donos do cento mergulho eu estava desempregada na altura e como pronto naquela altura também já tinha alguma experiência os donos do centro Pediram para eu gerir porque tinham que vir a Portugal eu conhecia os spots de mergulho melhor que ninguém e eu aceitei o desafio Hum e e e vi que realmente aquilo merecia ser estudado merecíamos ver a o porquê da existência de determinados organismos ali não há então mas vamos particularizar e sem sermos muito científic cza certo certo o que é que se pode ver na no mar de Santo Antão em Cabo Verde É sim podemos ver que não se vê no porto ou Porto pois nós poderemos ver e que isto tá tá tá no foi uma coisa que eu acabei Bá de descobrir mas que o Ricardo que é o dono do centro da escola também já já já tinha visto há muito tempo mas nós vimos florestas e florestas de coral negro lá em baixo Ah isso é o quê Coral negro são corais é corais negros sim é é tipo tipo chama negro é porque Ah é tipo um Pinheiro é tipo um Pinheiro sim é para para pir não mais Pequenino tipo os raminhos do Pinheiros do Natal certo e então eu vi a o Ricardo com o Ricardo Nós tínhamos já descoberto várias ou ele descobriu e eu fui ver ah mas agora com um reeder não é que Ou seja eu não mergulho com uma garrafa já de circuito aberto não deito bolhinhas eu agora eh mergulho com um sistema diferente que é o r brider que onde nós reciclamos o nosso próprio ar Ah o que nos permite portanto não peles bolhinhas portanto não interferes com o meu ambiente é certo e osos vem ter conosco uau E além disso os ouvintes não estão a ver mas os teus olhos sim sim iluminaram ah e isto é é é fantástico permite mergulhos mais longos Sim e mais profundos também ah ok pronto e e portanto estás ali e és e és com esse re breeder és parte quase do meio ambiente é pel um tempo limite pois claro claro claro mas consegue estar ali S sok sim e pronto nós eu já conhecia alguns spots e através do do Ricardo que tinha estas florestas ou início destas florestas de coral negro e nós com o r breer a partir dos spots que eu conheço bastante bem fomos à exploração de mais ainda não é uau e e pronto Isto é único na macaronésia não é só na Ilha de Santo Antão mas também tive a ler agora um artigo que saiu há pouco nas Canárias por isso isto é uma coisa que é única que nós devemos preservar e o o projeto que eu estou a coordenar vai servir também para isso e e e então foi um bocadinho por aí que eu lancei o projeto já que não havia nada escrito eu não sabia nada sobre aquele mar cientificamente falando eu antes de saber os porquês temos que começar pelo início não é e eu não sendo de todo uma investigadora de ambientes mais costeiros n é sou mais ligada ao mar tive que ou estou a reaprender tudo não é para fazer investigação então nest momento estás na fase de radiografar o local é isso sim quer quer a nível geológico ou seja saber o que é que como é que é o relevo do fundo marinho e as profundidades na Ilha de Santo Antão e o projeto vai até aos 200 m por isso não inclui M profundo infelizmente ainda h e nós então estamos começamos na na Não é vamos também para a oceanografia através dos satélites queremos saber como é que são as correntes como é que são as as temperaturas H como é que é na coluna de água qual é o PH salinidade pronto esses parâmetros todos e depois vamos também à biologia em termos de biodiversidade Que tipo de organismos existem queir a nível de invertebrados são os os animaizinhos pequeninos queer a nível de peixe que eu neste momento não entendo e estou a a começar a aprender o nome dos peixes vai porque eu não eu não me nunca estudei peixes embora toda a gente quando eu digo o que é que eu faço digo bióloga Marinha ah estuda os peixes não ou então estuda os golfinhos não portanto eu é função do ecossistema o funcionamento do ecossistema como todo pronto e depois a partir daí é que nós queremos tentar perceber se a diminuição por exemplo dos peixes ou dos Corais não é está a acontecer devido às alterações climáticas no aumento da temperatura ou se existe um Outro fator como as influências antropogénicas não é o a poluição H A Pesca intensiva ou é um conjunto de tudo não é mas isto Só posso dizer no fim do projeto espero eu espero eu sim sim que às vezes acontece não chegar a nenhuma conclusão certo é verdade isso é frustrante é um resultado é um resultado eu quando fiz o meu doutoramento um dos meus principais o meu primeiro artigo científico do do meu doutoramento a hipótese foi não e eu fiquei muito frustrada e o meu orientador lembro como se fosse hoje Teresa não desanimes porque um não é um resultado é o correto mas não era bem isto que eu estava à espera nãoé certo certo não mas em cavo Verde espero nós já temos resultados excelentes como as florestas de coral negro como Campos e Campos de gorgonias com de espécies diferentes no outro lado da Ilha eh por isso já já são resultados que nos vão levar a criar ou a tentar implementar áreas de Marinhas protegidas muito bem Teresa Já percebemos que já viveste em imensos sítios eh no mundo eh em quantos concretamente não sei não sabes já mergulhasse em em todo o lado eh quando fazes viagens para mergulhar seja com vocação científica ou recreativa uhum também disfrutas dos países ou a tua mente está focada no azul e dali não sais não eu acho que sou uma pessoa com a mente muito aberta Sim e como eu vivi em muitos países eu tento me sempre integrar na cultura desses países por isso quando eu vou a um país obviamente que tento me integrar com as pessoas e tento ver aquilo que existe Olha onde é que foi mais difícil a tua integração na Noruega na Noruega sim muito difíc eles constroem uma barreira não é sim intransponível foi um bocadinho e eu na realidade Desisti do emprego desististe sim eu podia ter eu podia ter um emprego para a vida que ainda não tenho e desisti dele porque não conseguia lá estar o que é que foste lá fazer à Noruega tinha um contrato de quase Permanente em que um dos meus principais objetivos era saber as consequências eh do es vazamento do do dióxido carbono no fundo do mar uhum e e e nós fazíamos bastante experiências íamos ver a nível de invertebrados se havia consequências se não havia mas a Noruega e principalmente bergan onde eu estava uhum era tipo muito escuro sempre chuva nem Neve só havia n só havia Neve Quando ia a Oslo Hum e as pessoas Sim era eram bastante frias não pronto ajudou-me bastante o facto de eu partilhar gabinete com uma francesa e um italiano eu sei falar e italiano a Francesa também por isso a nossa língua era italiano e como éramos todos mais ou menos do sul da Europa fazíamos jantares entendiam bem sim muito e isto salvou-me a min e eles eu agora agora se calhar fazia as coisas de maneira diferente mas não sei eu precisava de sol precisava de luz pois pois isto levou-me não tanto pelo emprego mas levou-me a desistir e depois escrevi uma proposta marri e fui para a Creta para Creta na Grécia sim e foi aí que foi depois foi para o Japão totalmente diferente a vida na Grécia da Noruega e até de Portugal ou não não eu acho os gregos muito parecidos a nós mas eu estava em Creta e os cretinos Sim Isso são são particulares mas eu acho que os gregos da forma geral de uma forma geral são muito cidos a nós portugueses hum somos povos do Mediterrâneo sim sim medit Mediterrâneo não o sul da Europa Porque nós não somos Pois é sim mas partilhamos ali a bacia não é mais ou menos sim sim mais ou menos sento que o mediterrâneo rigorosamente começa Gibraltar para lá olha Mar Mediterrâneo que não é muito apelativo pois não quer dizer não até aos 20 m eu fiz o meu curso de R breer em França em caval e a partir dos 50 m aquilo tem navios não é eh para ver Pois é bastante apelativo mas a nível de ver a densidades e biodiversidade de peixes sim não os Peixinhos são pequenitos em Creta Eu também mergulhei obviamente eu Mergulhe em todo lado Sim e também lembro-me muito bem do do guia do mergulho ficar super entusiasmado com um peixe minúsculo eu olhei para ele Ya mas eu adorei eu já vi te Barões martelo estou a ver mas eu gosto muito de mergulhar Por isso gosto do Mediterrâneo e e e adoro est estar agora no Mediterrâneo em Barcelona a Barcelona não quando quando vais em direção ao Mar tens as Ilhas medas também é fixe não é tens Nápoles onde eu também tive a viver é São são é um ambiente diferente podes estar à espera de ver no Mediterrâneo aquilo que vês no Oceano Atlântico ou no Pacífico ou no Índico mas é apelativo na mesma só que tens que estar formatada de maneira diferente não vais ver peixes enormes vais ver peixes pequeninos e se calhar vais ver corais que vejo muito corais e vais ver por exemplo aviões da segunda guerra mundial vais ver navios Isto é é um mundo completamente à parte estamos a chegar ao fim Teresa vamos fazer checkout Ok vamos lá vou pedir-te para completar as habituais frases então na minha mala vai sempre meu computador de mergulho computador de mergulho ah tens um computador específico para ir lá abaixo certo usas assim no pul É isso que me dá a profundidade dá-me o tempo que eu tenho para estar àquela profundidade por isso sim não vou não vou sem o computador o carimo passaporte mais difícil de obter até hoje qual foi se calhar eu fazia o carimbo que levou mais tempo hum foi na Nova Zelândia porque foram quase dois dias de de avião h e naquele naquele num avião iam só investigadores porque nós íamos para um congresso e e aquilo foi muito giro porque nós vínhamos todos com com muito sono super cansados tipo Zombies porque passamos quase dois dias não é viajar e de repente chegamos a a Wellington e existia assim um um póster enorme a dizer não é permitido a hum fruta vindos de Europa América o que seja pois eles são muito certo e todos nós rigorosos nessa regra como Sis que somos íamos todos maçãs e tivemos que comer a maçã com caroço e aquilo foi engraçado porque estava toda a gente a comer antes de colocar o carimbo mas foi engraçado eu vi mesmo pessoas a comer o caroço caroço eu inclus não foi foi engraçado a viagem com mais peripécias que realizei Qual foi hum ah se calhar México México Então em oaca o que aconteceu eu tinha vindo de uma expedição científica de seis semanas no Oceano Pacífico uhum e organizei juntamente com dois italianos uma viagem a a chapas queríamos ver os templos mas não para turistas aqueles templos que existiam nas florestas ou o que seja e fomos para chapas que é um dos Estados do México um bocadinho perigosos sim pronto e organizamos a nossa viagem e tínhamos em lá 12 casas eu acho tínhamos tipo um era tipo um guia ele não era bem um guia oficial mas era uma pessoa que nos levava aos sítios Que nós queríamos uhum e e de repente Vimos que estava a existir uma e uma ação relig osá sim ah e eu meia e eu disse que não era um sacrifício não mas que eu disse que queria ir ver e era tipo um bocadinho ilegal nós irmos ver e ele meteu lá dentro porque era uma igreja e naquela igreja podia-se fumar podia-se fazer tudo as pessoas sentadas no chão as pessoas de pé conversar um bocadinho pronto diferente não estranho diferente e de repente vi uma família entado com uma cesta e e nós ficamos a olhar para aquilo então o senhor tirou uma galinha do cesto colocou a mão na cloaca tirou um ovo colocou o ovo dentro da cesta colocou a mão com as duas pronto agarrada à duas patas da galinha fez girar sobre a cabeça deu ao filho o filho deu ao outro irmão e depois foi a mãe de repente colocaram a galinha dentro do se e foram-se embora não sei o que é que se passou mas foi interessante interessante a refeição mais estranha que comig no Japão porque os japoneses disseram-me que como eu estudava pepinos do mar eu teria que comer um pepino do mar e eu disse que não valia a pena que não queria ter aquela experiência mas eles tipo como obrigaram então pediram no restaurante uma lúria eh um pino do mar aberto e dentro da estavam um ovo cru e olhei para aquilo e disse eu tenho mesmo que comer isto e eles disseram que sim eu não queria desfazer n é então bebi primeiro um shot de saqu e depois comi foi muito estranho horrível horrível mas ri-me claro e eu agradeci meso pela experiência a refeição mais estranha não a recordação de viagem mais cara Aliás mais mais cara se calhar foi na Noruega Hum porque eu estive a viver na Noruega não é mas obviamente que eu exploro tudo e fui fazer ski e se calhar pronto eu já não me lembro quanto é que eu paguei mas é carne é tudo é carne na Noruega exato gostava de viajar com Charles Darwin Ah o Charles Darwin então sim eu acho que iria aprender imenso com o Charles Darwin e obviamente com o custou já custou é uma lenda não é uma figura inspiradora para quem gosta de mergulho Sim foi o iniciador não é aquela pessoa que iniciou a expar também vias os documentários do jacus toda televisão foi isso que te fez gostar do mar acho que não eu não sei explicar o porquê porque os meus pais vem trazos Montes Ah e tu cresceste em trar doos Montes Não não eu nasci e Vivi na cidade do Porto sim sim sim não sei porquê mas adorava ter uma experiência com pronto uma viagem com o Jack cou ou então com o Norberto já passou por aqui exatamente Ah que el já costou de Portugal não pois é pois é um grande abraço ao Norberto ele também costuma ouvir o programa olha chegamos ao fim Teresa Qual foi a música que escolheste para fechar a conversa do fim do mundo desta semana hum relacionada com o Mar I set by the Ocean a dos Queen of the Stone ag Ah tu és uma rapariga de Rock Certo yeah muito bem Teresa Muito obrigado obrigada eu foi um gosto Obrigado por teres vindo aqui à rádio observador partilhar tuas histórias nesse mar profundo nesse imenso azul azul mais ou menos que é mais escuro não certo dep onde estamos É verdade Queens of the Stone Age a fechar a conversa do fim do mundo desta semana estamos de regresso de hoje o dias já sabem sejam bons e boas viagens [Música] Face Down in the bev yet I couldn’t Face you right you cry doesn’t ch anything so baby Your Friends May [Música] [Aplausos] [Música] and [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] there’s no to Run you love Do you know who you really are you sure It’s really [Música] you lives are aunps [Música] Because The we out you The L me and the clos in [Música] [Aplausos] just clos we passing sh in with [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] Cler and CL cring [Aplausos] [Música]