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[Música] está concluído o primeiro dia de negociações com vista à aprovação do orçamento do Estado em debate neste tir temas vão estar Hugo Carneiro do PSD e Marina Gonçalves do PS bem-vindos Boa tarde à saída do encontro último do dia pelo PS Alexandra Leitão vincou que há margem para negociar continuaremos a conversar O que significa que há algo para conversar é a expressão da Líder parlamentar do PS Hugo Carneiro Começando por si é um bom ponto de partida o PS é o parceiro preferencial da Ad eh antes mais muito boa tarde obrigado pelo convite cumprimentar vos e à marina e a quem nos está a ouvir também eh a partir da Rádio eh ora eu acho que é um bom ponto de partida quando os partidos eh mostram genuinamente que estão disponíveis para negociar e portanto a minha expectativa a expectativa eh dos meus colegas e certamente também do governo é que de facto aqueles partidos que estiveram ou que demonstraram estar disponíveis para negociar o estejam de facto já sabemos que há partidos que mesmo sem conhecer o documento orçamental disseram que votam contra mas ainda assim querem ir negociar não percebo muito bem essa Qual é a coerência dessas posições estou a falar do bloco de esquerda ou do PCP o bloco de esquerda aliás teve o cuidado de dizer que nada na política do governo vai mudar portanto nós somos contra podiam ter dito isso no primeiro dia da tomada de posse porque já conheci qual era o programa do governo não é relativamente ao partido socialista eh eu vi as declarações da líder da bancada parlamentar do PS de que ainda há espaço para conversar portanto Isto foi uma primeira conversa digamos assim e portanto essas conversas vão continuar J foi mais ou menos essa a expressão eh e eu devo eh valorizar E e reconhecer que isso é uma atitude positiva e e e e e e que de facto há espaço para para conversar aliás Porque como é sabido até eh para além de todas as coisas que cada um dos par poderá apresentar relativamente àquilo que são as questões mais importantes eh na sua Ótica ou na sua perspectiva há aqui também elementos que nós vamos conhecer mais à frente eh que tem que ver com as negociações que o próprio Governo está aar e está a desenvolver com a comissão europeia relativamente aos tetos de de de e limites de despesa eh portanto são valores que ainda não estão completamente fechados Eu compreendo que os partidos os queiram conhecer eh o governo hoje ainda não os pode dizer porque eles estão em negociação portant ainda não estão fechados eh mas será um elemento importante depois para para as as negociações a Marina Gonçalves Como dizia aqui o carneiro Este foi apenas um primeiro encontro a Marina Gonçalves fez parte da delegação saiu mesmo há pouco eh dessa reunião com o governo eh o PS acredita que é possível chegar a bom Porto para garantir pelo menos a abstenção no orçamento é a pergunta que lhe faço e quais é que são as linhas vermelhas das quais os socialistas não abdicam e em que matérias é que poderá ser possível ceder ent maises muito boa tarde obrigada pelo convito cumprimentar também o Hugo e a quem nos está a ouvir bom nós aliás dissemos no final desta reunião as reuniões e a neg a negociação o diálogo que queremos fazer deve ser também tido com seriedade isso implica também não é nenhum nenhum dos respeito também por este por esta por estes fóruns mas implica que haja também alguma reserva daquilo que é o conteúdo destas reuniões obviamente que o partido socialista apresenta-se a essas estas reuniões como a vontade de dialogar e de conseguir encontrar aqui pontos de convergência sabendo de antemão que isso não implica da nossa parte o uma Total convergência com o programa do governo e sabendo também que isso implica do da parte do governo o mesmo sentido de responsabilidade e de diálogo neste exercício hoje foi o um um primeiro momento de de no fundo de início deste diálogo era foi a primeira reunião obviamente que não que com o seu conteúdo que será certamente desenvolvido nas próximas reuniões não não deve ser por nós falado na fora dessas reuniões mas aquilo que podemos dizer é que obviamente não saímos pessimistas dailo que é o trabalho que temos que fazer em junto é com seriedade que estamos nestas nestas reuniões é precisamente para para dialogar e conseguir pontos de convergência no final do dia aquilo que teremos que fazer é uma avaliação Global deste exercício de de daquele que for o o documento final e E se for positivo o PS será uma postura e certamente se for negativo terá outra postura mas eh hoje foi o início desse diálogo e a seriedade com que estamos é precisamente o o o também não nos apresentarmos pessimistas neste trabalho pelo contrário temos que temos temos aqui e queremos fazer este caminho para chegar a bomporto o carneiro sendo que André Ventura saiu do encontro a dizer que o governo não pode querer jogar nos dois tabuleiros e e entenda-se dois tabuleiros um do partido socialista o outro do do Chega mas diz também André Ventura que quer ser parte da negociação olhando para aquilo que é a a AD a posição da Ad e tendo estes dois tabuleiros para jogar como é que se faz este trabalho como é que se faz este exercício deve a AD tentar garantir uma aprovação do orçamento pelo chega e pelo menos uma uma abstenção do PS para jogar pelo Seguro ou contrário como é que se faz este jogo perante estas forças que que se posicionam eh é uma pergunta muito interessante eh e é uma pergunta retórica interessante até por um outro aspecto porque eu tenho visto André Ventura num dia a dizer uma coisa no outro dia diz diz outra por exemplo já ouvi André Ventura a dizer que só vai viabilizar o orçamento eventualmente se houver um acordo de governação eh assinado com o chega depois no dia seguinte já diz que está disponível para negociar mas já fala do acordo de de governação na Perspectiva do chega eh portanto em cada dia vai dizendo coisas diferentes e e Isso demonstra que eh da parte da André Ventura há por vezes algum desnes eh O que é que eu acho que seria desejável eh e seria desejável para o chega e seria desejável para todos os partidos incluindo os partidos que eh sustentam o governo alguma ponderação algum bom senso e cautela eh nas afirmações públicas que fazem porque muitas das vezes quando são feitas determinadas afirmações eh poderão estar a enterarse numa determinada posição que depois querendo sair dela não conseguem e portanto isto não é Nenhuma crítica é apenas uma constatação de um facto portanto no processo negocial eh aliás como a Marina esteve ainda agora a referir eh deve haver alguma reserva e cautela nas conversas que são tidas eh e também naquilo que é dito publicamente porque se nós estivermos genuinamente interessados em chegar e a bom Porto nas negociações eh essa cautela vai nos ajudar a que isso possa ser possível Eh agora relativamente aos partidos que devem aprovar ou não o orçamento aquilo que é desejável é que o orçamento não desvirtuando aquilo que é o programa do governo portanto essa parece-me Evidente Portanto o o nós não podemos ter um orçamento que é contrário ao programa do governo isso é impensável não é eh mas com ex cedências necessárias de parte a parte com os outros partidos se eh a aprovação eh er acontecer por um número alargado de partidos ou mais representativos possível eu acho que isso é de louvar porque significa que há mais partidos a reverem se numa determinada solução de execução orçamental para o ano 2025 que vai ao encontro da resolução dos problemas dos Portugueses e portanto eu acho que eh aqui não há não há namoro só com um partido ou só com outro partido Aliás o governo disse desde o início que falaria sempre com todos e nós temos tido muita cautela e cuidado para que seja mesmo assim tem razão o governo tem mesmo que chegar nos dois tabir e aquilo que eu Ach aquilo que eu acho é que começaram agora conversações esta foi uma primeira reunião haverão outras reuniões eh já depois do verão provavelmente com mais dados já em cima da mesa assim será desejável até com a questão dos limites da despesa que ainda há pouco referia eh e portanto o o e a recomendação que eu deixaria era que eh nenhum partido seja ele qual for eh inclusivamente os partidos portanto sendo muito honesto at os partidos que eh eh sustentam a o governo eh nós Nenhum de nós pode entricheirada numa determinada posição que seja demasiado radical e que impossibilite um acordo é essa é a recomendação que eu dejo muito bem Marina Gonçalves eu vou manter metáfora e esta questão dos tabuleiros porque certamente o PS sabe que e eh o governo tem vários espaços onde pode onde pode jogar e onde fazer esta discussão orçamental eh mas perceber de que forma isso tem influência para aquilo que é a posição do partido socialista a evolução das ições com o chega depois pode ter uma influência naquilo que é o sentido de voto do partido socialista nós estamos a nossa preocupação e aquele que é o nosso foco é na no trabalho que estamos a fazer e obviamente que é um trabalho que tem como foco as nossas prioridades e e e as nossas preocupações quando quando fazemos um orçamento de estado portanto essa essa avaliação é uma avaliação que fazemos a partirda uma avaliação que teremos que fazer afinal em função desta desta discussão eh não não somos nós que temos que que adjetivar ou de ou de fazer qualquer tipo de comentário aquela que é postura do governo de querer dialogar com todos os partidos eh não não não temos não é Aliás não não é nem não não estou a fazer nenhum juízo de valor positivo nem negativo é obviamente um um trabalho que que cabe ao governo fazer e uma opção que c o governo cabe fazer ao partido socialista O que é importante para este trabalho de diálogo é que com base Como dizia o Hugo com base também daqueles que são os testes de despesa com base de conjunto de dados que ainda não temos e e e que portanto são necessários e são importantes para fazer este trabalho com base nisso podermos também H avançar no no trabalho de diálogo percebendo e compreendendo a preocupação com o programa do do governo por parte do do governo e neste caso em concreto por parte do grupo parlamentar do PS e do Hugo percebendo também e é importante nunca esquecer esta esta parte do do taboleiro usando a mesma a mesma expressão que é aquele que é o programa do partido que tem também 78 deputados no no Parlamento que tem eh um conjunto de medidas e uma visão também para para o país e que não não é nenhuma posição de é isto ou nada mas que tem que ser obviamente tido em conta esta deve ser a nossa premissa nós nós temos que com seriedade olhar para este para este diálogo com base naquilo que é que são as nossas preocupações que estão no nosso programa e obviamente depois com base naquilo que será o programa o o orçamento de estado final que caberá o governo construir eh não não nos caba a nós avaliar à partida o o o o fundamento o a forma como farão esse esse trabalho mais eh eh plural cabe-nos sim naquilo que é o diálogo que nós fazemos salvaguardar que aquilo que é a nossa visão do orçamento de estado e aquela que é a avaliação que faremos certamente Afinal do orçamento de estado é cidente com os nossos princípios e a nossa visão de país dentro deste Como dizia equilíbrio que é necessário fazer e portanto esta tem necessariamente que ser a nossa a nossa preocupação Central o nosso trabalho central com seriedade olhar para aquilo que é para aquelas que são as nossas prioridades e preocupações e olhar também para aquilo que é o diálogo com o governo que é com o governo que estamos a dialogar para discutir o o orçamento de estado é mesmo preciso eh tirar e do documento e não contar com nem o IRS nem o irc que sabemos que vão ser negociados à parte do Carneiro eh Ora bem sobre isso eu acho que é muito importante que as pessoas percebam eh duas coisas e sobre esse ponto irg primeiro eh quero o irc quer o IRS jovem eh eh já iriam ser discutidos fora do contexto do orçamento estado aliás eh o pedido de autorização Legislativa do IRS jovem já tinha entrado no Parlamento antes de toda esta discussão do orçamento ter se iniciado de forma mais ativa na imprensa eh Este é o primeiro ponto o segundo ponto relativamente ao irc muito tem sido dito de que o governo o AD pretende beneficiar as grandes empresas eu não sei se têm noção mas por exemplo se falarmos de microempresas e Pequenas Empresas elas suportam cerca de 50% do irc portanto não são as grandes empresas e se juntarmos as médias portanto micro pequenas e médias empresas elas suportam 63% de todo o irc liquidado isto não são dados do da Ad são dados da autoridade tributária que são públicos e que estão disponíveis para a consulta de qualquer um portanto nós temos que perceber que o posicionamento eh estratégico em termos económicos do país está em desvantagem com outros países europeus como por exemplo a Holanda ou Luxemburgo ou mesmo a Irlanda que tê taxa de irc muito mais baixas e que conseguem eh atrair investimento estrangeiro conseguem eh atrair investimento que gera emprego mais qualificado e porque é emprego mais qualificado conseguem pagar melhores salários com produtividades mais altas portanto nós não podemos eh ignorar de que de facto o modelo económico português não tem promovido eh empregos que consigam pagar salários por exemplo aos jovens ou mesmo outros trabal trabalhadores qualificados eh que sejam dignos quando comparado com eh outros exemplos que existem nesses países e portanto nós temos que fazer alguma coisa e este é um dos pontos que está no programa do governo já estava no programa da Ad Portanto o o apelo que eu faço e o desejo que tenho é que com também ponderação e bom senso se consiga chegar a uma solução relativamente a esta matéria eu vi abertura de Pedro Nuno Santos eh no Parlamento relativamente a esse ponto vi também que o primeiro-ministro demonstrou abertura relativamente a isso agora nessas conversações que têm que existir eh nomeada ente com o partido socialista e com os outros partidos eh o desejo que eu tenho é que se possa chegar h a um consenso Porque isto é determinante para o futuro económico do nosso país e para que os jovens não saiam do país só para vocês terem uma noção por exemplo em termos de tributação e agora falando mais na Perspectiva do IRS um jovem que ganhe 2.000 € brutos em Portugal ou que ganhe 2000 € brutos na Holanda recebe líquido a mais 700 € na Holanda portanto é óbvio que estamos a falar de valores por mês isto isto tem um impacto na vida das pessoas brutal já para não ignorar que o salário médio na Holanda é muito superior ao português eh Pedro Nuno Santos pediu no debate do estado da Nação a luí Montenegro para repensar a descida do irc Marina Gonçalves o PS tem uma meta para aquilo que o imposto possa descer eh mas não tem necessariamente a ver com metas o o o desafio que de que que geral levantou isto aplicação ao irc Como se aplica ao IRS a discussão da política fiscal de fazemos e o o Hugo Aliás traz-nos sempre estes estes dados mas a a grande A grande questão que está em cima da mesa é o objetivo da política fiscal nós ouvimos não não não mas o problema é que nós os números depois trazem Por Trás uma política e uma e uma visão daquilo que queremos verdadeiramente seja para a economia através do irc seja nós não inventamos modelos económicos nós olhamos para os números Então já agora só permita-me com o mesmo respeito que eu possa acabar o meu racioc estamos mesmo a terminar e portanto e portanto quer no IRS quer no irc aquilo que nós temos é verdadeiramente uma visão diferente e uma prioridade diferente na forma como eh utilizamos margens orçamentais nós já tivemos esta discussão aliás sobre com a proposta que o governo apresentou aqui em S IRS e aquela que foi a modelação que nós fizemos de uma proposta que foi apresentada pelo governo e que nós no fundo quisemos modelar para que chegasse à maioria da população e isso implica nós vios num país o hug há pouco falava da questão salarial nós vivemos num país onde temos verdadeiramente que valorizar os salários conseguir uma política uma política tamba fal que chegue que chegue a este resultado e por isso é que nós e agora falando do irc por isso é que nós ao longo dos últimos anos fizemos uma política fiscal não foi de de manutenção to cur daquilo que era a política fiscal foi precisamente beneficiar as empresas que reinvestem as empresas que crescem e com isso beneficiam os seus trabalhadores também Já percebemos que Já percebemos que o IRS e o irc são matérias ainda em que ainda há obstáculo mas permitamos só só para acabar só só para clarificar eu sei mas que como o teve bastante tempo já também só para eu clarificar a posição e ficar para ficar Clara a nossa posição nós aquilo que dizemos relativamente ao irc é que precisamos de tornar esta política justa no seu objetivo o primeiro-ministro era isso que eu ia referir há pouco o primeiro-ministro disse que não deixava de ser um ato de fé proposta que apresentavam e que esperavam que tivesse esses efeitos na economia aquilo que nós eh eh fizemos e aquilo que o secretário geral aliás disse ainda esta semana é que era importante tentarmos refletir precisamente este objetivo de de de ser de de convergir para uma empresa mais especializada para setores estratégicos do nosso país para aquela que é a valorização dos seus trabalhadores olhando para o irc e percebendo como é que podemos construí-lo ou construir estes benefícios de outra forma e é isso que está em cima da mesa atenção que este não é o tema não é o orçamento de estado não se circunscreve ao IRS e ao e ao irc e não não retirem isso também das nossas palavras agora obviamente que estes temas não ficam desconexos da discussão eh que é feita do orçamento de estado e que vai para lá obviamente destas destas temáticas mas que não deixa de valorizar também e de colocar nesta nesta neste diálogo estas matérias conclusão abertura para negociar da parte do partido socialista mas o IRS e o irc são aqui a pontos ainda de desacordo entre aad e os socialistas muito obrigada eh Marina Gonçalves Hugo Carneiro esperamos poder contar convosco também em próximas coisinhas até para tirar-nos temas sobre esta questão fiscal bom fim de semana muito bem muito [Música]