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[Música] mudam-se os tempos mudam-se as vontades e há novos ventos a superar para os lados do Largo do rato o PS parece aberto a negociar o orçamento do estado e para esta viagem entre a sed socialista e a do PSD nação caitana alapa contamos hoje com a contora Mariana Lima Cunha jornalista da secção de política do Observador e com o ciloto Pedro rainha editor adjunto de sociedade Mariana Vamos começar por ti já que és a condutora Pedro Nuno Santos saiu da comissão política nacional mandatado para negociar o orçamento do Estado mas o secretário-geral do PS espera que seja o governo a ter a iniciativa para essas negociações certo é que há aqui uma evolução na na postura e no discurso há agora abertura para negociar sim sem dúvida eh já longe vs tempos em que nós víamos o PS a repetir como uma espécie de mantra que era praticamente impossível Ainda me lembro de ver dirigentes do do PS eh dizerem que eh enfim colocarem como cenário possível para uma viabilização de um orçamento uma coisa como uma pandemia ou seja em caso de tragédia talvez fosse possível viabilizar o orçamento e é claramente já não é esse o ponto em que estamos hh o que ainda há é bastante exitação eh dentro do PS em relação a como é que devem ser dados os próximos passos hh nó já falamos até acho que aqui até no semaf várias vezes de como eh o cenário ideal para o PS na cabeça do dos socialistas era que de facto ver o chega a viabilizar o orçamento e portanto conseguir um bocadinho o melhor Dois Mundos que era não ficar colado ao PSD Mas por outro lado ver a legislatura a continuar e não ficar com o ónus de deitar abaixo e já agora comprar mais algum um tempo a Pedro Nuno Santos para consolidar a sua liderança e é muito ou seja há uma conjugação aqui de dilemas e de fatores e de fatores imprevisíveis que são passam muito pela vontade do chega também que o PS não controla que se discute neste momento no partido o PS ontem esteve reunido eh 3 horas a comissão política aliás do PS esteve reunida aliás tivemos ali com umas eh conclusões que até pareciam um bocadinho contraditórias porque tivemos primeiro Marcos PR estrel que é secretário do do partido eh a dizer que eh o padrino do Santos estava mandatado para começar para iniciar negociações depois tivemos pedroo Santos a corrigir à saída e dizer que eh calma eh tenho mandato para gerir as negociações mas na verdade quem tem des começar é o governo que o orçamento é deles e na verdade isto parece quase uma uma coisa simbólica sobre as duas posições que o PS tem em relação a este processo que é eh Há quem eh eh defenda uma viabilização eh ou Enfim uma disponibilidade para isso de forma muito mais aberta e acho até um erro que até tão tarde se T dito que era praticamente impossível fazê-lo eh e há quem continua a resistir eh enfim aquilo que seria entregar um triunfo ao PS dizer já que o orçamento está passado e portanto o governo não tem de se preocupar com nada portanto continua a haver aqui muita dificuldade no p a gerir este dossier h na comissão política nacional parte da discussão foi sobre isso mesmo foi a dificuldade que é a continuar a diferenciar-se do PSD numa altura em que a o PSD com alguma probabilidade que pode ter mesmo de viabilizar este orçamento h e depois n algumas questões até mais específicas por exemplo a questão da descida do irc que está Prometida pelo PSD que para o PS é uma enorme pedra no sapato era uma medida que o PS não queria ver no orçamento Mesmo que não seja aprovada no orçamento terá de estar refletida Portanto o efeito prático pode ser parecido h e portanto a por isso é que Pedro Santos se queixava tanto na campanha de pras europeias de que já havia o orçamento a ser feito e comprometido Nessa altura mesmo sem o PS abordo como agora está uhum Pedro surpreendeu de alguma forma esta mudança de postura de Pedro Nuno Santos de uma maior abertura Ou nem por isso podíamos de preender que o PS não está interessado em eleições certamente que não mas eu acho que isto acaba por ser o não é o culminar porque ainda estamos no processo mas é é um passo seguinte natural naquilo que tem vindo a ser a a evolução da postura do PS em relação ao orçamento deixa-me só fazer uma nota é de registrar sempre o gosto que é ouvir a a Mariana a falar sobre sobre a fazer a sua leitura política e e a levar-nos aos Mentos do Não eu não estou habituada is por ISO hab Não és tu exatamente portanto eu estou aqui como que eu ia dizer eu já estava espantada por ter sido apresentada como contora de alguma coisa e agora com Pedro e com toda a responsabilidade portanto Muito obrigado acha que não choquei contra nada de todo foi foi bastante suro Foi bastante segur mas dizia que é o é o passo seguinte parece naquilo que tem sido vindo a ser a o a retórica do partido socialista a evolução da retórica do partido socialista em relação ao ao orçamento nós aqui há um mes e qualquer coisa escrevemos na sequência das das eleições europeias escrevemos como como resultado das europeias apesar de ser assim um pouco chinho eh melhor que o do PS tinha servido como um balão de oxigénio eraa a expressão que se utilizava no PS para para que para que Pedro Nuno pudesse respirar de alívio e dizer bem vamos reduzir aqui alguns níveis no nível na na na retórica de combatividade e vamos olhar para todo o processo e para os meses que nos faltam é sempre uma incerteza falamos sempre disto aqui porque enfim mas eh olhar com mais calma e se calhar com uma com uma atitude diferente eu não quero fazer um exercício de exagero mas vou fazê-lo por favor aquilo aquilo Obrigado nós chegamos a este ponto depois da da reunião da da comissão Política Nacional de ontem do PS e as expressões que e que ouvimos é de que não há linhas vermelhas eh eh que o PS esta creio que é nova eh que o PS vai esperar pelo governo isso já tínhamos ouvido eh enfim entre outras entre outras eh h considerações E eu lá está era um exercício de de exagero Mas a sensação que dá é de que o PS está a gerir isto com tanta cautela que até se esquece que pode ter aqui h uma postura de proatividade de proposição de de de proposta e não tem que ficar necessariamente à espera do dia da entrega do orçamento na Assembleia da República para para dizer ao que quer ir a questão das Linhas vermelhas eh eu creio que que que o discurso Não tem necessariamente que se colocar nestes termos porque o o PS é um partido de governo é um partido que naturalmente tem um projeto para o país tem um projeto de governo e portanto ficar à espera ficar nesta perdão nesta posição à espera do dia em que o que o que o governo apresente efetivamente o orçamento para começar a dialogar parece-me estranho parece-me até demasiado cauteloso é uma pessa muito trapesista acho eu do psilo dif porque PED Santos continua a ter esta convicção de que tem de se diferenciar Aliás o que é engraçado é que para quem conhece Pedro no Santos é muito evidente que antes H sempre foi uma uma convicção do secretário-geral do PS que eh a polarização é uma coisa boa eh e que é beneficiar a democracia haver dois blocos bem definidos a política não ser feita propriamente ao centro embora obviamente em termos estática eleitoral isso seja importante mas haver um projeto claramente alternativo e de esquerda é uma coisa que beneficia o sistema e o e o e enfim o nosso regime democrático e portanto eh e daí também não é essas dificuldades P Santos saber que ainda tem se diferenciar e ter claramente a dificuldade de saber como conduzir um processo negocial orçamental eh ainda com essa necessidade de distinguir ainda per ele que é um líder novo e que ainda tem de fazer algum caminho de consideração o meu ponto era era esse era que nesse nessa gestão muito sensível de todo este processo e a a o risco que Pedro Nuno Santos e e o PS correm é o de anular-se numa num num papel em que podem ter uma intervenção e e aliás ouvimos há pouco o Marcelo Rebelo de Sousa que me parece até bastante são neste momento que se há assim tanta dificuldade e percebe-se que haja para aprovar o próximo o próximo orçamento comecem a falar já não é preciso esperar pela apresentação do orçamento sentem-se comecem a e vão começar a sentar-se já vai ser na sexta-feira acabamos de saber que Luís Montenegro vai receber todos os partidos que parlamentar já esta só para terminar mar Lima Cunha Pedro rinho Muito obrigado pela vossa presença na edição desta terça-feira de semáforo político n [Música]