🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
a canção que te faz sonhar tem tanto para contar pois o caminho a seguir é a missão de incluir nós vamos desvendar melodias Olá este é o desvendar melodias o podcast rfm onde falamos sobre música e inclusão das pessoas ciência e surdas eu sou a Marta Vitorino e já estou aqui preparadíssima para ter aquela conversa que de certeza não vais querer perder podes ouvir o nosso podcast no YouTube e também nas plataformas de podcasts no site rfm tens também uma versão com legendas para que as pessoas surdas também possam acompanhar agora vamos ao nosso convidado de hoje dizem os pais que ele começou a cantar mesmo antes de falar aos 8 anos participou no musical mas enganem se acham que ele conquistou o júri pelas suas capacidades de representação segundo o que ele já disse a representar era horrível mas já nessa altura a sua voz a cantar não deixava ninguém indiferente ainda muito novo já coordenava o cor da igreja e eu poderia estar a falar com algum jogador de futebol bastante conhecido da nossa seleção mas ele nunca quis aproveitar as oportunidades seja porque era mais fixe ir à praia ou porque simplesmente não lhe apetecia mas houve uma coisa que ele nunca deixou de se fazer mesmo que ainda não soubesse que esse era o seu caminho música aos 16 e 17 anos disse mesmo que compunha até de uma forma um pouco obsessiva bem obsessivo ou não o que é certo é que o caminho o trouxe até aqui um vocalista de uma banda recheada de sucessos obrigada por estares aqui connosco a desvendar melias Éber Marques uau fogo incrível olha das melhores introduções que já me fizeram uau Obrigada sério sério sério não só pelo caminho que tu tu que tu traçaste né a contar a minha história e e as melhores introduções são aquelas que nos levam lá atrás né e e consegui me ver assim em miúdo no musical e a fazer essas etapas olha pá enfim obrigado a sério Obrigada essa história do musical como é que tu decidiste foste tu que pediste aos teus pais Olha eu quero fazer um musical não então eu não sei bem alguns pormenores o que eu sei é que a minha mãe trabalhava na no ATL onde eu andava uhum e aquilo foi um musical feito no ATL s e já se tinham já tinham reparado que eu tinha tinha muito jeito para a música inclusive o cantar e na verdade eles não me perguntaram então é Bert queres cantar no musical Não elas falaram com a minha mãe e a minha mãe falou comigo e pronto e eu aceitei mas eu não estava muito para aí virado porque eu não eu não tudo o que envolvia coisas muito sistemáticas e disciplinadas como por exemplo ensaiar decorar as falas eu não queria nada com isso Pois então a minha mãe teve que intervir por acaso com esse musical tem uma história curiosa que é hã estávamos a ensaiar já há algum tempo e eu já sabia as músicas de trás para a frente as minhas as dos outros de toda a gente porque tu querias cantar só no fundo sim e porque era era uma coisa muito fácil eu aprendi às melodias de uma forma muito automática quase e só que as falas Esquece então tivemos o um ensaio antes do dia ou seja o ensaio geral antes do dia porque depois no próprio dia voltamos a ensaiar e a pessoa que estava responsável foi falar com a minha mãe em Pânico a dizer o Heber não sabe as falas e e e e tá quase é o dia e a minha mãe disse deixa tá que eu faleo com ele a minha mãe deu-me uma daquelas conversas bem pedagógicas e a verdade é que quando depois no dia a seguir eu sabia as falas todas mas no vídeo comprova efetivamente que o meu trabalho enquanto ator estava péssimo porque eu decorei tudo por puro medo sim e então eu estava ali tipo em vez de entrar agir com os outros atores não eu ficava com os olhos a olhar para o ar para me lembrar das falas pá e disse as todas sem me enganar mas a nível de acting foi horrendo conforme vais crescendo e tens também o desafio de coordenar o cor da igreja onde eras bastante exigente com as outras pessoas é verdade era era mais o grupo musical não era só só o o coro Nessa altura o meu pai também estava o meu pai e a minha mãe estavam os dois no grupo uhum e pá e lá está a minha mãe outra vez na história Coitada ah mas ela até Desistiu porque eu era tão chato nos ensaios e punha a Malta a repetir tantas vezes que ela disse não não desculpa não dá para mim então a minha mãe desistiu do do grupo e eu fui um Hitler para o resto da Malta quando nem a própria mãe aguenta isso já já V já se vê tudo né mas tal era a minha a minha obsessão e a minha dedicação com com a música tu nunca pensaste mesmo que o futebol podia ser um caminho então o meu pai é que é o grande amante de futebol e era ele que queria que fosse esse o caminho não é porque ele era muito bom meu pai eu ainda o apanhei a jogar quando era mais novo e o meu pai era muito meu pai era esquerdino jogava muito bem à bola e depois também tinha os pares dele da da idade dele que dizia pá o Américo era um craque só que o meu pai pronto estava em Angola ele foi obrigado a servir e a ir para a tropa depois foi para a guerra depois eventualmente quando Conseguiu ver um bocado livre casou com a minha mãe e veio-se embora para Portugal isto tudo aconteceu em Angola né então aqui e em Portugal Ah meu pai também não foi perseguir esse sonho porque os meus pais casaram em 83 e eu e em 84 nasci por isso o meu pai de repente viu-se e a minha mãe tinha 19 anos e o meu pai 21 ainda dava tempo para ele ir ter ido correr atrás desse sonho mas pronto quis ser pai que também era um desejo muito muito grande dele e e depois surgiu o Weber que depois também demonstrei bastante jeito paraa bola só que eu não tinha não era a minha paixão e não e o meu pai tem uma personalidade muito teimosa que eu acho que lhe teria que se eu tivesse dado se eu tivesse essa essa essa esse traço característico do meu pai eu Talvez teria ido pelo futebol porque a parte de competir eu gostava da dos treinos e gostava da brincadeira mas a parte de competir não eu não gostava muito a competição torna as coisas profissionais não é mais sérias Sim e eu para fugir para eu hoje entendo isso né hoje mais velho eu olho para trás e consigo perceber o porquê que eu agia de algumas formas e então eu para fugir da da da frustração de perder um jogo de de não jogar bem num jogo o que eu fazia Ah isto também não tem importância Era este o meu esap então enquanto os meus colegas se acabavam o jogo e entravam no Balneário austar tudo a e mais alguma coisa eu completamente diz onde é que é o almoço á Bora vamos passar a próxima então sim então o futebol nunca me dediquei por causa da disciplina e da competição tu não imaginava a tua vida a jogar futebol mas também não imaginava a tua vida a ser músico o que é que a música tinha de diferente que o futebol não te conseguia dar a música Tem até hoje uma particularidade na vida de toda a gente que que desfruta dela que é de não pedir licença para entrar né na verdade a a música é quase um portal que nós acessamos e quando entramos realmente por esse Portal A dentro há uma série de transformações no nosso interior a música é capaz de nos deixar num num ponto de contemplação incrível é capaz de mexer com com o nosso humor e deixar-nos super alegres porque ouvimos um Refrão de uma canção incrível ou ou ou a melodia provoca em nós e essas sensações Ou seja a a música acaba por ser uma inevitabilidade e é e é por isso que eu que eu fui parar a música Aliás quando surgem HMB vocês estavam todos nos vossos trabalhos e faziam aquilo um bocadinho como hó não é Era sim gmb surge de uma de uma boa teimosia do do baterista da gmb que me chateou durante um ano quase ou fez um ano para fazermos uma banda E eu lá aceitei e e nós íamos pois nós gostávamos muito éramos muito felizes a fazer aquilo Hum E como éramos muito felizes e gostávamos muito Nós dedicávamos também então fazíamos a coisa com muita excelência Então as oportunidades foram surgindo e nós fomos crescendo de uma forma paulatina Uhum E como é que tu sabes tocar tantos instrumentos isso foi surgindo como é que é o talento dá aquele dá o que é que o talento eu gosto de dizer que o talento ajuda-nos a descodificar as coisas um bocado mais rápido Concord há depois a parte da disciplina e do estudo que vai fazer com que tu domines efetivamente como um mestre um instrumento eu não Dom Tirando a parte se calhar de cantar agora já nem sei se posso dizer isso que foi a parte se calhar que eu me dediquei mais Ah eu nunca cheguei a ir a fundo no instrumento porque eu sempre vi os instrumentos como uma maneira de compor sim então eu aprendia o suficiente cada vez que eu tinha o suficiente que que me desse para fazer uma canção tava fixe e eu Pareci para outra Ou seja eu isto para dizer o quê o baixo eu toco bem porque é como uma guitarra e é onde até eu domino melhor o instrumento mas um piano eu toco Mas se me pedirem para tocar to me Mall eh onde é que é o botão de transpose sim tens que pensar ya Tenho que pensar sim mas é pá eu acho que é o talento e é que me ajuda me ajuda o a a a explorar tantos instrumentos sim acreditas naquela frase dos 1% talento e 9999% trabalho ou achas que é precisa um bocadinho mais de talento não é uma não é uma verdade lá para Alice de facto de facto quem trabalha vai sempre mais longe mas se aliar os dois perfeito quem trabalha vai sempre mais longe quem trabalha feliz acredito que muito mais longe irá pode ir até à mesma distância só que com menos que sacrifício é sem o peso o peso não não pesa tanto sim e há uma pergunta que desde que eu pensei entrevistar-se que eu te quero fazer Uhum Porque como crente que sou e eu estava lá dá quase a fazer um ano na Jornada Mundial da Juventude e como aquele menino que cantou na igreja sim que organizou os grupos musicais da igreja aham como é que se sente tendo em conta que tu as coisas na tua carreira foram surgindo segundo aquilo que tu dizes tu não não tinhas aquele objetivo de amanhã vou fazer isto no outro dia vou fazer aquilo e de repente tu estás a cantar para o Papa Francisco e foi lindo eu estava lá volto a dizer por isso eu sai Ok olha na minha cabeça eu estava a cantar para Deus hum sim eu e e eu tinha um objetivo muito muito específico que era de fazer um hino e criar um momento em que todos os povos e todas as bandeiras vêm a Cristo e foi com esse sentido que eu fui que eu fui às jornadas da Juventude e e fui muito feliz eu acho que foi um momento muito bonito hah mas é conforme tu estás a dizer eu hoje em dia como é óbvio eu já reflito um pouco mais nas coisas eu sou eu sou cristão mas Cristão evangélico nós temos algumas diferenças com com a Igreja Católica né hum como por exemplo a igreja evangélica não tem um Papa né não tem uma figura Central que depois vai definir como é que nós vamos exercer a nossa fé sim pronto por causa porque vem do protestantismo né OK mas pondo essas diferenças de parte hum Ya o Deus more ou o chefe máximo é Cristo então foi por isso que eu que eu fui e E conforme tu estavas a descrever hum o o convite veio eu eu vi no que é que eu podia fazer onde é que eu podia ser uma mais valia e e chegou uma uma altura pá não não havia outra outra coisa a fazer sen não aceitar e fazer fazer a música Era fazia todo o sentido e a participar de um momento incrível e o antes do momento H há para nós que trabalhamos porque acaba por ser também apesar de ter sido algo feito debaixo da da fé e debaixo de um credo não não deixa de ser também um evento e o E tem também uma conotação de entretenimento ainda que não seja esse ex o o o principal objetivo e como tudo o que é entretenimento precisa de ser preparado as coisas são testadas são ensaiadas Hum e perde-se muito tempo para depois no final passar tão rápido então normalmente os momentos mais saborosos para mim são os antes são as coisas que acontecem antes é um momento de preparação porque dá para viver de forma mais intensa e eu lembro-me que a primeira vez que eu fui ensaiar com o coro porque tinha um coro de muitas vozes eu não me lembro agora o número Ah também não me lembro é muita gente mas era muita gente mas quando quando eles gravaram porque eles também gravaram o o dia de sol quandoos ouv viia cantar hoje é um dia de a vozes pá Foi incrível eu tamb lembrei estão-me a arrepiar ya esse momento Foi incrível lindo lindo mesmo lindo depois disto eu sei que Ou pelo menos é o que vais dizendo nas tuas entrevistas que não pensas muito no dia da amanhã vais deixando de acontecer mas Tens alguma perspectiva Para o Futuro alguma coisa que gostasses muito de fazer Hum então Marta eu digo que não penso muito no amanhã mas não é bem verdade é mais no sentido em que essa é a postura que eu quero ter porque Jesus no sermão no sermão do Monte disse que é para nós não andarmos ansiosos com as coisas sim porque se Deus cuida dos passarinhos e das ervas e das Flores ele também vai cuidar de nós nó Ah então é é é no sentido de querer pôr em prática eh as palavras de Jesus que eu digo isso mas obviamente como qualquer pessoa ten os meus anseios ten os meus temores só que eu também sei que se eu dou lugar demais à minha ansiedade eu vivo como alguém que não acredita em Deus e eu não quero viver assim e também acabas por deixar de consumir por ela não é exatamente também também tem isso mas então mas então eu então eu digo isso que é para me lembrar de que eu tenho tem que confiar que o que o meu que o meu que a minha vida tem tem alguém a a cuidar de mim e sim eu faço planos de futuro O que é que eu gostava de fazer eu gostava de continuar a fazer música porque eu acho que eu nasci para fazer isso Hum mas gostava de continuar a fazer sem um peso absurdo que o sucesso traz de ter que acertar sempre e de pá e e parece que estás numa corrida em que tens que est sempre nos lugares de cima eu gostava de fazer isso sem peso porque eu acho que a música ganha uma um outro sabor e e fica mais verdadeira quando nós fazemos enquanto propósito Então é isso que eu quero fazer quero fazer música para mim para outros o que seja mas nesse com com essa noção de que estou a servir este podcast tem também a componente para falarmos um bocadinho sobre inclusão das pessoas com deficiência e surdas e gostava de perguntar se nos teus concertos tu costumas encontrar muito pessoas com deficiência na nas plateias olha inclusive nós já demos um concerto só para pessoas a surdas mudas e foi muito especial foi Olha foi às vezes os concertos como vê num na correria né tu dás um dois ou três às vezes e os públicos são tão disparos sim que que é mais fácil tu por PES uma mentalidade Ok eu vou cumprir um papel e vou fazer a minha parte e acabas por não viver o momento sim ok sim nesse concerto não não aconteceu isso eu estava efetivamente muito feliz muito feliz de ver a são de pá Por ignorância minha de achar que pessoas que não estão a ouvir a música que eu estou a fazer mas no entanto estão a dançar mais do que as pessoas que a ouvem e não há foi uma experiência que eu vou levar para o resto da minha vida e e gostava Que Se repetisse quantas vezes forem possíveis porque hum pá enriquece enriquece a pessoa e traz uma série de lições que que convém nunca esquecer e como é que surgiu esse convite e como é que vocês enquanto banda lidaram com ele foi surpreendente foi assustador foi Bora lá sim foi foi foi surpreendente porque não é algo devia-se ver mais vezes isso acontecer né sermos mais inclusivos não é uma coisa que se vê assim ao virar da esquina foi um convite feito pela instituição Portuguesa de de deficientes auditivos acho eu não sei se o nome é assim em parceria com uma cadeia de hotéis sim ya então eu lembro-me que até eles instalaram um uns dispositivos tecnológicos para que o chão vibrassem mais ah que fixe e eles percebessem melhor a vibração da música porque a música aliás são energia né são frequências que que elas viajam né aqui no espaço e consoante for o material dá para sentir fisicamente inclusive as notas corretas Então esse dispositivo ajuda a sentir a as frequências é é como se tu ouvisse o teu próprio corpo amplific asse tudo é pá é muito interessante pois no final como é que foi o feedback pá Foi incrível eh eles agradeceram muito estavam muito gratos uns diziam que foi o melhor concerto que já tiveram hum pá foi muito fixe foi fixe não é uma boa palavra para para para o que foi a experiên foi surpreendente pá Foi um momento de alegria genuína tanto deles como minha S se calhar porque arrisco-me a dizer qualquer pessoa pode ir nem sempre pode mas é é muito mais fácil uma pessoa sem deficiência ir a um concerto às vezes até sem pensar bem seja Porque vão às festas da terra seja porque às vezes até há concerto com entradas livres e bora lá seja porque são fãs ou e para estas pessoas ter o concerto adaptado a elas de forma a que pudessem sentir no caso sendo que elas não ouvem de forma a que elas pudessem sentir a música é uma experiência quase única Sim é não foi mais um não foi mais um é verdade é verdade marcou a vida daquelas pessoas sim eu não sei a quantas vezes elas já tiveram em concertos que tinham esse tipo de tecnologia não isso eu não sei mas eu creio que marcou porque elas foram estavam muito agradecidas e pareciam estar a ser ser sinceras e para mim também me marcou isto não devia ser algo geral sim mas muitas vezes as pessoas erram por falta de conhecimento né e e é preciso e é preciso que que alguém mostre que é possível fazer exatamente então é para isso que se que acontecem estas iniciativas eu espero que verd Hum que os HMB tenham sido só uma gota no oceano eu não sei quantos mais têm acontecido eu espero que tenham concio vários outros e que que inclusive comecem a adotar Essas tecnologias para os festivais para as festas da cidade eu acho que isso era algo louvável de ser feito sem dúvida eu inclusive numa próxima reunião que eu não é que eu costumo estar mas em que haja música alguma coisa de Espetáculo e música Eu Vou sugerir isso muito bom é este o propósito do podcast sentir que os artistas vão daqui com ideias que vão daqui com vontade de tornar o mundo artístico um pouco mais inclusivo e deixa-me muito feliz quando se fala sobre isto assim como também Isto pode parecer um bocadinho controverso mas me deixa de certa forma não é feliz eh mas me deixa meio que descansada quando os artistas me dizem eu não sei ou muita coisa não se faz por desconhecimento porque hoje em dia há muita aquela questão de é difícil dizer não sei ou parece que temos que saber um bocadinho tudo sobre tudo e não a questão da inclusão é tão vasta há tanta coisa que que por desconhecimento não se faz Uhum que também é preciso dizer não sei para depois alguém explicar e ficar-se a saber uhum muita coisa não se faz com desconhecimento Mas então o que é que se pode fazer com conhecimento onde é que podemos chegar podemos chegar àquilo ao sítio onde podemos sempre sempre que somos esclarecidos sobre alguma coisa e efetivamente vou usar até uma um trexo bíblico jesus dizia muitas vezes que aquele que tem ouvidos ouça aquele que tem olhos veja Ah ele não tá a falar dos olhos nem dos ouvidos ah físicos ele tá a falar do entendimento ou seja se tu Entendeste e se tu percebeste a lição então tu podes melhorar então como é que isso acontece nem todos os que ouvem nem todos os que vê conseguem perceber logo mas os que já ouviram e já entenderem tê que começar a passar a palavra eu posso falar por mim e eu gostava de me lembrar sempre peço aqui já a Deus e ao Espírito Santo que me ajuda a lembrar de de falar sobre este assunto sempre que possível e que sempre que fori pertinente para além dessa experiência que outras experiências é que tiveste com pessoas com deficiência no mundo artístico já Olha já tive várias várias experiências sempre foi no no num ponto de vista de de público gostava gostava de um dia ter a experiência de alguém que partilha o palco comigo eu tenho uma uma amiga que é a a Mafalda a Mafalda Ribeiro que ela também tem uma uma deficiência não me lembro o nome da doença que ela tem mas eu falo com ela tão na boa que que me esqueço mas mas é alguém que me chama Sempre que estou com ela é um é uma recordação de que podemos ser mais empáticos podemos ser mais inclusivos e inclusive é hum é isso e seremos seremos teremos uma uma uma sociedade e uma humanidade melhor se se começarmos a prestar atenção e darmos palco e Voz A estas causas ao ponto de ser tão natural que quando estamos com pessoas com deficiência nem nos lembramos da da deficiência delas sim natural nesse sentido mas nunca natural demais a que se tome por garantido que acho que é o o ponto é é o ponto rebuçado que todos nós Devíamos de andar pela vida lembrando de que as bênçãos são bênçãos percebes o que eu estou a dizer sim sim ya às vezes quando damos as coisas por garantidas acabamos por deixar de perceber o seu verdadeiro valor não é uhum e e é o princípio para começar a deixar de fazer as coisas com excelência e voltarmos a Estero em relação às tuas redes sociais e à maneira como pensas os teus concertos tu tens em atenção as questões da inclusão nas redes sociais Olha eu sou um péssimo navegador das redes sociais Então nem não não porque eu não só para teres noção eu tenho que me lembrar quem trabalha comigo ten que Lembrar de fazer posts e etc porque eu sou mesmo péssimo com as redes sociais e nos teus concertos e nos mesmos concertos na organização do próprio concerto Eu normalmente não estou na na organização Ah não tens a não tás desse lado ya normalmente eu não estou nesse desse lado por isso é que te disse aqui que eu tando desse lado eu Se me vir sentado numa mesa em que tá a uma organização eu quero me lembrar de chamar atenção para as pessoas que têm deficiências num futuro o que é que tu achas que ainda podia ser feito para tornar o mundo artístico um mundo mais inclusivo o que é que P Million Dollar question hum por exemplo a questão das redes sociais aplicando aqui porque é uma questão que que que desconheces existe por exemplo a opção de colocar legendas nos vídeos ou fazer uma descrição alternativa das fotos eh no Instagram por exemplo não sei se no Facebook também dá acho que sim ou seja é uma descrição que vocês fazem que depois permite que o a voz do telemóvel Leia o que é que está a foto ao invés de ser e uma descrição gerada por Inteligência Artificial que às vezes não faz sentido nenhum uhum eh São pequenas coisas que no final do dia H podem ser feitas e e que fazem a diferença no na vida de alguém que que te segue e que vos segue Entendes aquilo que eu quero dizer entendo entendo não te sei responder porque eu próprio também tenho uma relação ambígua com as redes sociais e com a vida digital Hum eu vejo muitas vezes a pensar na no real valor que que isso traz uhum hum até que para pessoas que não têm nenhum tipo de deficiência física mas acabam por ter outros tipos de carências emocionais e etc sim sim sim hum então eu não não sei é daquelas eu precisava de meditar um bocado sobre isso que me TS a perguntar um exemplo fora das redes sociais outra coisa que também é interessante é a questão dos coletes sensoriais para as pessoas surdas já várias pessoas aqui me falaram umas que já tiveram a possibilidade de ter os esses coletes para as pessoas surdas poderem sentir o concerto ter a língua gestual portuguesa também e Há outras que dizem eu gostaria de ter mas ainda não tenho base financeira para é muito caro isso é ah segundo o que me tem dito aqui é bastante achas que devia de haver alguma ajuda por parte das entidades do governo do que seja para também contribuir para que o mundo artístico seja mais inclusivo sim eu acho que sim tudo o que é Generoso e é algo que se dá sem esperar nada em troca tem que vir h de um fundo bom Hum E então é que tu tsme a fazer as perguntas mas se eu eu podia responder só sim a questão é que eu fico a pensar nas motivações Entendes as pessoas têm sen motivadas para isso Hum e e para que se sinta a motivação de ajudar e de incluir as as as outras pessoas que não das quais que vivem uma vida diferente da minha tem outro tipo de realidade porque vivem com deficiências eu primeiro tenho que prestar atenção a elas e então antes de até de de algumas ações era importante chamar acho que uma coisa de cada vez né Vamos incluindo se calhar as vibrações e depois os coletes eu acho que é importante falar sobre isso também é ya achas que o caminho é pela sensibilização primeiros é isso sempre sempre as pessoas têm que ser sensibilizadas a par disso educadas respostas a essa diferença para para elas começarem a mudar se for tudo ao mesmo tempo torna-se ansiedade demasiada informação é demasiada informação queremos tanto fazer bem que estamos a cair um bocadinho nessa ansiedade eu acho que na verdade o ser humano tem milhares de anos mas há coisas que continuam iguais não sei se queremos fazer melhor ou se queremos por is simplesmente parecer que estamos a fazer melhor o que é que tu achas que poderia ser feito para consciencializar primeiro eu acho que os melhores trabalhos feitos em prol da sociedade têm que ser desenvolvidos nas comunidades uhum ok ok acho que por exemplo eu que com eu que frequento igreja sim por exemplo acho que se eu frequento uma igreja logo tá ali uma comunidade inserida então convém que comece por aí na comunidade a ver caso bem já é óbvio mas outras questões a linguagem gestual se for o havendo se há alguém que fale É bom começar a ter a comunicação Também com esse porte E por aí fora eu acho que tem que ser na comunidade Entendes porque através da comunidade é que vamos conseguir ver esses esses novos esses Novos Valores essas novas importâncias apreendidas eo comunidades e família né como compositor já tiveste alguma pessoa com deficiência a dizer olha esta música marcou-me de alguma forma já já já foi podes contar já aconteceu já aconteceu várias vezes várias vezes Hum eu no final do ano passado apercebi-me de que eh eu não consigo escapar de falar sempre pelo menos do sen Não especificamente de Deus eu não consigo escapar do transcendental né Ok sim e então a minha música acaba por chegar a pessoa pessoas que às vezes por força da própria vida né Uhum se vêm a refletir sobre elas mesmas sobre o que elas rodeiam e tu encaixas por exemplo nesse tipo de de pessoas então e elas acabam por encontrar muito suporte na nas músicas que que eu que eu compus e pá e daí rolam conversas e olha ainda há pouco estava-te a falar da Mafalda que é alguém que hoje senta-se à à mesa comigo e conversamos sobre tudo tudo e mas antes era alguém só que me ouvia sim a música Pode unir pessoas sempre é o que eu disse há pouco a música não Pede licença para entrar na nossa vida e ela tem um poder de Educar tem o poder de sensibilizar ela tem um poder incrível de Principalmente quando é feito com o espírito certo não é sim ela ela tem um impacto incrível a música inclui pessoas sem dúvida Sem dúvida para ti incluir é para mim incluir é notar olhar para os outros já é incluir obrigada é marqu por ter estado aqui connosco a desvendar melodias para a semana h mais Já sabes conto contigo vendar dias [Música]