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[Música] é Nossa convidada neste direto ao assunto a antiga ministra da presidência dos governos de António Costa Mariana Vieira da Silva atual deputada do PS bem-vinda muito boa tarde obrigada por ter aceitado o nosso convite começávamos esta entrevista por um tema recorrente que vem à tona por norma nesta altura do ano os constrangimentos em diversos serviços do serviço Nacional de saúde e fizeram sentir-se de forma Evidente este fim de semana e hoje mesmo o secretário Geral do PS Pedro Nuno Santos acusou nos últimos dias o governo de Luís Montenegro de estar a falhar com o plano de emergência para a saúde eh e pretende também Pedro Nuno Santos reunir-se esta semana com os hospitais com urgências encerradas para ouvir quem está no terreno e estou aqui a a citar esse trabalho Mariana viira da Silva não foi feito pelo anterior governo do qual Pedro Nuno Santos e a senhora fizeram parte bom muito muito boa tarde eu Julgo que nunca ninguém poderá o partido socialista de não ter falado sempre a verdade sobre a complexidade dos problemas do SNS no nosso país aquilo que nós estamos a assistir neste momento é e um governo que prometeu que em 60 dias resolveria todos os problemas e eles não só não estão resolvidos como não não estão melhor estão mesmo piores do que aconteceu no grão passado e porque é que eu digo que há responsabilidades que precisam de ser assumidas porque ao longo dos últimos meses o governo na área da saúde alimentou uma instabilidade institucional desmontou todas as estruturas que estavam a preparar a resposta que é necessário no verão e agora Vivemos um momento de maior eh complicação do que aquilo que se viveu nos últimos Verões e já não era necessário porque havia trabalho em curso na organização agora nunca ouvirá de mim e nenhuma rejeição de que o problema é muito complexo porque o que nós temos é um en conhece com uma rede muito grande e uma falta de médicos para cumprir todas as responsabilidades em particular nestes períodos de férias e eh só ponto de vista político fica um bocadinho esta ideia que o tema é usado como arma de remesso sendo que diferentes partidos diferentes cores políticas quando chegam ao poder não conseguem dar uma resposta aos problemas identificados a pergunta que Mariana viira da Silva se não faria mais sentido uma concertação de esforços em particular de PS e PSD que tem governado e o país desde 74 para a tentarem definir uma política comum que ajudasse a ultrapassar os obstáculos há muito identificados eh repar que eu não estou a utilizar nemum partido socialista como arma de arremesso agora cabe ao Parlamento escrutinar a atividade do governo e muitas das questões que colocamos à ministra da Saúde nos últimos 3S meses foram precisamente centradas Na continuidade das reformas que estavam em curso e sinalizando que a sua interrupção ia trazer mais eh problemas e menos Soluções e portanto nós eu não não tenho não não faço absolutamente nenhum comentário sobre nenhum dos casos concretos que tem que tem acontecido Não é esse o meu propósito agora o SNS tem um conjunto de problemas para os resolver precisa de poder pagar mais aos seus médicos e por isso tínhamos feito um acordo com um dos sindicatos dos médicos no sentido de poder não só pagar mais com aumentos que já se concretizaram como permitir que os serviços se organizassem de forma a pagar ainda mais em aumentos poderiam chegar aos 70% tudo isso foi interrompido a direção executiva que estava a fazer um trabalho Julgo que reconhecido por todos com as qualidades que o que o professor Fernando Araújo tem tudo isso foi interrompido e agora estamos perante Um Verão de maior complexidade do que Os Varões anteriores e de um imenso silêncio tanto da parte da direção executiva como da parte dos responsáveis governativos e é por isso mesmo que amanhã iniciaremos um conjunto de reuniões com os diferentes eh hospitais no sentido de compreender o problema e de procurar contribuir para as soluções mas Mariana viira da Silva Pedro Nuno Santos criticou luí montro pelo silêncio Como está a fazer agora mas a questão é é ao governo ou a direção executiva do SNS cabrá algum tipo de esclarecimento e eu faço reparo quem quem reduziu as expectativas e e as responsabilidades da direção executiva foi este governo ao questionar a necessidade de de da direção executiva ter uma amplitude tão grande de tarefas na organização dos Serv vios como aquilo que estava destinado e anunciando aliás uma revisão da orgânica de direção executiva que ainda não aconteceu aquilo que queria sinalizar é que num SNS que é sempre um elemento sensível da nossa resposta da resposta do nosso estado social a instabilidade que foi trazida com as sucessivas substituições dirigentes às vezes anúncios substituições dirigentes que depois nem sequer se confirmam Isso é o que é eh pior e e eu queria Relembrar os vossos os ouvintes que todo este processo começou com a ministra da saúde a querer retirar toda a informação que estava disponível sobreamento de urgências da internet depois foi forçada a a recuar e a voltar a a a introduzir esta informação mas nós vivemos algumas semanas com uma ideia que o melhor era nem avisar que a urgência estava encerrada e por isso o nosso objetivo é contribuir para ouvir as anotações hospitalares que foram aliás criticadas pelo governo procurar contribuir pelas soluções e sinalizar mais uma vez que havia um conjunto de reformas em curso na organização do SNS que eu nem posso acusar de já terem sido todas desmontadas O que há é uma Nebulosa e uma eh completamente injustificada instabilidade no SNS mas falava do silêncio e esta pergunta que fazia anteriormente tinha em conta a separação que foi feita pelo governo de que a Maria Meira da Silva fez parte daquilo que é a decisão política cerza mas o governo mas o governo este governo atual disse que não devia ser assim E que o governo a ministra disse por várias vezes que a preparação do verão e a resposta a estas necessidades er uma responsabilidade sua e não da direção executiva e por isso eu nós eh obviamente como não poderia deixar de ser defendo aquilo que fizemos eh em qualquer caso o o anterior ministro da saúde nunca deixou de estar presente no terreno prante as dificuldades mas as decisões de gestão no dia a dia é que eram da direção executiva E nós agora não temos nem uma coisa nem temos a outra e esta a instabilidade e a até dificuldade que sei que muitas vezes os órgãos de comunicação social têm tido de aceder à verdadeira fotografia do que é que se passa em cada dia no fns isso preocupa-nos porque não é certamente com menos informação que conseguiremos resolver o problema e eh impunha-se também um um esclarecimento do do atual diretor executivo do SNS António Gandra de Almeida pelo PS e tendo em conta também aquilo que falávamos aqui da da da da importância para os cidadãos de haver uma espécie até de pacto para a saúde como já foi falado de um pacto para a justiça eh é um nome que para o PS pode levar o SNS a bom Porto está em funções p Pou eu eu não vou eu não vou criticar o nome em concreto vou simplesmente dizer que quem era o diretor executivo era alguém completamente inquestionável que tinha quando foi nomeado tido elogios dos Profissionais de Saúde dos diferentes partidos de eh antigos administrações hospitalares com quem ele já tinha trabalhado e e e e na vida e em particular na vida política em particular nas situações difíceis nós não devemos mexer só por mexer e há muito a sensação na área do SNS neste momento que aquilo que estamos a assistir é um desmontar primeiro e depois logo se vê como é que se volta a reorganizar e fazer isto dois meses antes do verão e não foi por falta de aviso porque avisamos sucessivamente a senhora ministra da Saúde Foi um erro e que agora precisa de ação política da ministra da Saúde que também não tem Aparecido e do primeiro-ministro Luís monteno uhum hoje mesmo tivemos um caso nas nas Caldas da Raí com versões contraditórias sobre aquilo que aconteceu Face ao atendimento a uma mulher grávida que perdeu um feto a que se junta eh o facto de algumas grávidas daquela zona mais central do país da zona de Leiria terem de viajar a quase 200 km entre Leiria e o porto para serem atendidas nos casos não urgentes Este é um problema recorrente que acontece por norma nesta nesta altura do ano nesta altura de férias do ano e de acordo com com o diagnóstico com com as informações que acontecia eh por força da sua H atuação enquanto governante O que é que motiva este problema porque é que ele é recorrente os médicos marcam todos férias na mesma altura do ano bom três três coisas eu não vou comentar o caso concreto porque não o conheço no detalhe e não vou contribuir para este debate da mesma forma que outros eh quando o partido socialista estava no governo contribuir portanto sobre o caso concreto não vou fazer nenhum comentário eh nunca o fiz e nunca farei hh sobre o problema de fundo aquilo que nós eh temos é uma evolução e e estamos num período difícil porque tivemos muitas apresentações de médicos e ainda eh não chegaram eh à à à sua completa formação Ou seja já enquanto especialistas um uma uma geração de médicos que serão desejavelmente mais e eh na nossa perspectiva e por isso a criação da direção executiva falta organização a todo o sistema para sabermos como como é que temos que ter capacidade para manter as portas abertas nós eh eh no verão no inverno passado na altura do natal e no ano novo Eh precisamente perante esta dificuldade fizemos uma um modelo de urgências organizado mas quando estas eh organizações são feitas em que umas encerraram e outras assumiram as responsabilidades daqueles doentes são feit previamente e com Total transparência isso é completamente diferente destes encerramentos feitos dia a dia sem nenhuma capacidade de previsão e por isso volto a assinalar esta incapacidade da gestão do problema que Como disse inicialmente sei bem que é muito difícil mas que este verão mostra uma grande preparação e as consequências de desmontarmos um sistema de organização antes de termos uma alternativa Quem criou esta expectativa que em 60 dias resolveria os problemas foi o governo e por isso as críticas que são feitas ao governo resultam principalmente da forma como eh fez as pessoas acreditarem antes das eleições que existia uma resposta fácil para um problema que é complexo uhum e eh Mariana Vieira da Silva H Além Deste tema da do serviço Nacional de saúde Tenho de ir aqui a outro que eh tem que ver com as autárquicas do próximo ano até porque tem sido um dos possíveis nomes apontados para concorrer à Câmara de Lis ao observador a senhora deixou recentemente um muito aberto vamos ver pergunto-lhe se as férias o bom tempo estão a ajudá-la refletir melhor se está mais ou menos inclinada para esse desafio era era era um vamos ver essencialmente centrado no que é que poderia ser o futuro o partido socialista teve eleições internas para as concelhias E terá agora para as federações distritais depois dessas eleições desenhará a sua estratégia autárquica e depois escolherá os seus candidatos tenho a certeza absoluta que o partido socialista tem nos seus quadros eh para todas as câmaras do país os nomes indicados e ao longo dos próximos meses fará as suas escolhas eu Pela minha parte estou sempre disponível para trabalhar eh para a melhoria das condições das condições de vida dos meus concidadãos é isso que faço todos os dias é também isso que faço agora enquanto vice-presidente do grupo parlamentar para a área da saúde estou sempre disponível mas este é um tempo do PS realizar as suas eleições internas e depois de definir a sua estratégia mas depreende então que está disponível para aceitar esse desafio de eventualmente não não não não não não não não eu só estava a dizer que a frase que eu disse remetia para uma pergunta muito mais aberta do que aquela que me estão a fazer agora e o PS escolherá os seus candidatos e nessa altura veremos Este é o momento do partido socialista organizar as suas prioridades para as autárquicas do próximo ano que são eleições muito importantes e fazer o trabalho de preparação e quanto ao mais eu estou sempr disponível para fazer o trabalho que que se possa esperar de mim mas não não é nenhuma resposta concreta e portanto debia que que que não a tratassem assim porque é mesmo uma abertura o PS está noutra fase neste momento está ainda a trabalhar e eu também por esse trabalho enquanto dirigente Nacional Espero poder contribuir e acha que seria importante uma Coligação pré-eleitoral de esquerda para a câmara de Lisboa mesmo que não com a Mariana iira da Silva como candidata o que é mais importante neste momento é que Lisboa possa ter uma resposta virada para a vida dos seus cidadãos e não para uma espécie de anúncio permanente que é aquilo que vivemos Isto é verdade para Lisboa mas não só para Lisboa o partido socialista tem sempre o objetivo de conquistar o maior número de câmaras e é por isso que o trabalho de definição de estratégia do partido para todas estas para as eleições autárquicas é importantíssimo e é prioritário faça tudo o resto faç à escolha dos nomes Face até e às decisões sobre coligações primeiro Assumimos a Nossa estratégia e fazemos a nossa avaliação sobre o o ponto de situação e depois logo o partido socialista apresentará Como tem sido um hábito eh os melhores candidatos e que encontrar para estes desafios Não Valeu de Nada o nosso esforço a Vanessa Cruz para arrancar de Mariana Vieira da Silva a afirmação de que sim está disponível para ajudar os seus concidadãos como candidata este este é ainda outro tempo ainda é um tempo de trabalho combinado uma próxima entrevista então fica já aqui combinado que havemos de voltar a falar Sil Muito obrigado pela suaid por ter estado conosco neste direto a assunto [Música]