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[Música] numa altura em que a saúde e o SNS estão e estarão no topo das preocupações dos Portugueses e com o primeiro-ministro a anunciar Mais vagas nos cursos de medicina vem aí também a primeira licenciatura do país em saúde pública arranca já no próximo mês é promovida pelo Instituto Universitário de Ciências da Saúde da cooperativa do ensino superior politécnico e Universitário o Presidente António Dias vai agora direto ao assunto bem-vindo Obrigada por ter aceitado o nosso convite Olá muito boa tarde esta licenciatura vai muito obrigada esta licenciatura vai decorrer em parceria com o instituto de saúde pública da Universidade do porto foi a pandemia que esteve na origem desta ideia hum de facto e a pandemia tornou mais Evidente a a necessidade de desenvolvermos este projeto era um projeto que já tínhamos pensado já tinha pessoalmente conversado com o professor Henrique Barros sobre a necessidade de avançarmos em Portugal com este tipo de Formação que existe por todo o mundo eu diria que Portugal seria já dos poucos países ocidentais que não teria formação posso dizer que por exemplo a Inglaterra tem mais de 90 instituições a fazer formação nesta área umas mais longas Como é o nosso caso em licenciatura de 3 anos outras formações mais curtas Mas é uma preocupação na maior parte dos do dos países de facto investirem na formação de pessoas que estão Preparadas para abordar os diferentes aspectos da saúde e do bemestar da população a pandemia vai tornar Evidente um dos aspectos eh que estes técnicos superiores de saúde pública tem como e competência que é no caso das emergências no caso neste caso de pandemias estão preparados para desenvolver programas e não só de noo dentro da pandemia atuarem e criarem soluções para reduzir nomeadamente a contaminação etc mas também tem um papel muito importante na prevenção na educação da da das populações a pandemia de facto foi o eu diria que foi o o ponto fulcral para nós passarmos de uma conversa para passarmos para e lançarmos e há lacunas no desenho na gestão e na aplicação de políticas públicas de saúde em Portugal que tornam urgente e necessário este novo curso bom eh esse eu diria que Portugal está preparado e demonstrou isso que durante a pandemia está preparado para responder eh como os outros países também responderam o que nós sentimos é que é acrescentarmos este tipo de de de recurso humano especializado pode melhorar imenso não só na redução dos tempos de reação como também num planeamento a médio longo prazo fundamentalmente na questão da literacia educar As populações para os riscos da todo o tipo de riscos não só da doença mas também dos bons hábitos bons hábitos Tod e nomeadamente agora que estamos a passar estamos a passar por uma uma nova fase da humanidade com a quarta idade com muita gente para além dos 80 anos aliás Portugal já tem muito Centenários já tem muita gente com mais 100 anos é preciso adaptar toda a sociedade a este aspecto nadamente em aspectos de acessibilidade determinado tipo de cuidados e estas pessoas estão tão orientadas um para isso também para o bem-estar das populações e por isso eu acho que acrescentam não vou dizer que não tivéssemos preparados mas claramente vão acrescentar muito e com muitos desafios a que temos que temos assistido mais ainda a propósito dos problemas no SNS e da falta de médicos tem-se discutido a necessidade ou não de abrir mais vagas nos cursos de medicina e gostava de ouvi-lo também sobre isto até porque eh o primeiro-ministro anunciou esta semana que quer até criar novos cursos em Évora e Vila Real e mais vagas tendo em conta que se aposentam 1500 médicos por ano é também este o seu entendimento o caminho deve ser por aí olha eu obviamente que Tenho que concordar com a necessidade de de formar Mais Mais Médicos até porque a cespo é a instituição provavelmente que tem apresentado propostas para criação de um curso mostrado integrado em medicina de uma forma mais sustentada posso dizer que recentemente apresentamos uma proposta com 116 doutorados dos quais 94 são médicos com 14 hospitais privados e do três uls portanto um curso muito bem estruturado e portanto eu obviamente que defendo só o que eu defendo é que não é só por uma questão de Portugal nós temos e cada vez mais perceber que temos que formar recursos humanos para para o mundo e os portugueses mesmo quando vão trabalhar para outras paragens têm sido eh muito elogiados e até premiados pela qualidade que apresentam não só na sua formação como o desempenho das suas funções isto na saúde tem sido muito Evidente em Portugal claramente que devia de haver uma abertura para a formação de médicos não tem sentido ser a única profissão diria que a única de uma forma muito Evidente onde se tenta condicionar a formação eh dos médicos e o resultado é este há falta neste momento claramente que há falta houvesse falta não tínhamos ISO da espera nem tínhamos problemas tentos Claro e como é que interpreta então a resistência à abertura de mais vagas em medicina por parte do atual e do ex bastonário da ordem dos médicos eu eu vou lhe dizer que assim pá eu eu nunca vi nenhum bastonário seja de que profissão for a a a a concordar com o aumento dos profissionais da da área que que que acabam por por presidir como bastonário da da da da da ordem profissional é um comportamento tradicional dos bastonário e tem iso na ordem dos médicos tem na medicina dentária tem em vários é um é um é uma posição corporativa e e é a partir de um princípio absolutamente que eu considero inaceitável é quanto mais raros mais preciosos Isto é quantos menos foros mais mais mais valemos eu estou à vontade sou médico portanto estou a dizer isto sem qualquer tipo de constrangimento e por isso é é a única coisa que eu acho que pode de alguma forma fazer com que os bastones tenham este tipo posição é quanto menos formos mais emprego ou mais empregos teremos mais condições mais mais valiosos somos no mercado de trabalho é a única justificação mas não podem Contrariar os números nem aquilo que a população sente a cespo tem desenvolvido uma série de estudos Aliás quando fez a proposta para o curso de medicina e que apresentou onde se é absolutamente visível a falta de médicos e não adianta dizermos que olhe eu eu eu vou-lhe até contar que em determinada altura uma das justificações que eu li num relatório a propósito de uma candidatura é que não havia necessidade de formar mais micos para evitar a proletarização da Medicina eu considero isto inqualificável este tipo de discurso e este tipo de posição eu sou favorável à abertura claramente a população precisa de mais méritos e olhe e no mundo o ms já disse está a precisar de 12 milhões e meio de profissionais de saúde dos quais metade médicos para poder oferecer osos primeiros cuidados de saúde que algumas populações têm a gente esquece que existem algumas áreas do do nosso planeta onde as pessoas nunca tiveram qualquer acesso a qualquer cuidado médico Portanto acho que masis o mundo não tem fronteiras E também temos que olhar para isto desta forma ó sen Doutor quem é que usava essa expressão da proletarização da Saúde olha um relatório um relatório por exemplo da agência da ah no passado não foi agora recentemente foi há un uns quro C anos foi da agência de acreditação hum da avaliação acreditação do ensino superior a 3es mas baseada mas baseada penso eu que num relatório no num parecer da ordem dos médicos mas isso eu tenho isso escrito Faz fez parte de uma apreciação de um dos nossos da nossa proposta Uhum E H voltando aqui e à e licenciatura em saúde pública e que tipo de cadeiras é que encontramos neste curso e que balanço de candidaturas é que pode fazer até ao momento olha eu Este é um curso que eu considero muito interessante porque se nós olharmos para aquilo que é a organização da saúde em Portugal e Os Profissionais de Saúde O que é que nós temos temos a formação dos que eu chamo de cuidadores aqueles que cuidam diretamente aqueles que prestam cuidados de saúde o médico enfermeiro o fisioterapeuta eh o médico dentista por aí fora depois temos outros profissionais que são de saúde não prestadores desses cuidados que são aqueles que trabalham na área administrativa dos hospitais e e depois tem que haver também este um conjunto de pessoas que é o caso destes técnicos superiores de saúde pública que têm que estar preparados para organizar os sistemas de saúde criar soluções e às vezes soluções de proximidade como sabem há relativamente pouco tempo iniciou-se a passagem para as alt autarquias de algumas competências nomeadamente da saúde e por exemplo as autarquias serão instituições que precisarão garantidamente de ter esses técnicos superiores de saúde pública a trabalhar no seu seio para que se possa adequar à sua realidade à sua área de intervenção eh os cuidados e porque as populações não são iguais tivemos uma população no norte é diferente da população de valenta etc portanto eles têm uma preparação muito abrangente quer no daquilo que é o conhecimento das das doenças mas não no sentido do médico da existência das doenças tem que saber obviamente a sua existência mas olham para elas de uma forma diferente têm que olhar para elas do ponto de vista da sua frequência e colaborar no conhecimento no terreno nomeadamente a incidência a prevalência da doença as taxas de moralidade as taxas de mortalidade eh os índices de envelhecimento portanto estudam a população do ponto de vista das doenças e da sua característica eh biológica ao fim e ao cabo depois também tem eh formação na área dos vários sistemas sistemas de organização da Saúde H porque existem vários e temos países com sistemas muito diferentes h nomeadamente o nosso e portanto este tem um conhecimento abrangente das várias formas de organização da saúde é de facto uma uma é é de facto um uma licenci pelo pelo que está a dizer que toca aqui várias e várias Vertentes queria só perguntar-lhe se eh qual é que é o balanço de candidaturas até oo momento as colocações ao ensino superior a primeira fase os resultados saem só dia 25 de agosto não sei se nos consegue dizer em termos de confesso que não sei respondi não sei mesmo eh não sei porque eu estou fora e portanto não não acompanhei neste momento esta fase esta primeira fase mas podi mas a 25 de Agosto Também logo logo saberemos muito obrigada António dias por ter vindo ao direto ao assunto o presidente do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da cooperativa de ensino superior politécnico e Universitário vem aí a primeira licenciatura do país em saúde pública [Música]